21 research outputs found

    Coping, emotional regulation, and subjective well-being in aged on aresilience approach

    Get PDF
    Orientador: Anita Liberalesso NeriTese (doutorado) - Universidade Estadual de Campinas, Faculdade de Ciências MédicasResumo: Resiliência diz respeito a um padrão de adaptação positiva, ou de ausência de adaptação negativa, dependente da eficácia da atuação de recursos pessoais e sociais, na presença de riscos pontuais ou acumulativos ao funcionamento biológico, psicológico e social do indivíduo, e ao seu desenvolvimento. São exemplos desses riscos entre idosos: morte de entes queridos; acidentes, doenças e incapacidades; pobreza; abandono; conflitos familiares; violência doméstica e urbana; tensão crônica de papeis sociais, senso de incontrolabilidade associada a estressores que afetam os descendentes, e ansiedade e depressão em virtude da exposição a eventos críticos. Recursos psicológicos e sociais e processos de regulação emocional foram identificados como elementos chave da resiliência na velhice, na análise que realizamos de 53 estudos internacionais e 11 nacionais publicados entre 2007 e 2013 (estudo 1). Um terceiro tema recorrente nesses estudos foi o da relação entre resiliência e velhice bem-sucedida. Com base nesses fundamentos, realizamos dois estudos sobre enfrentamento de eventos estressantes, considerado como indicador de resiliência, em 415 idosos (62,5% mulheres) de 65 anos e mais (M = 72, 5 + 5,5), com renda familiar média de 3,5 SM + 4,14, sem déficit cognitivo sugestivo de demências. Os dados foram obtidos de um banco eletrônico com uma amostra probabilística de duas cidades brasileiras participantes de um estudo multicêntrico que investigou relações entre fragilidade e variáveis sociodemográficas, antropométricas, clínicas, de saúde, de cognição, de funcionalidade e psicossociais. Entre estas existiam medidas de experiências de eventos estressantes, enfrentamento, sintomas depressivos (considerados como indicadores de regulação emocional), satisfação com a vida e autoavaliação de saúde (indicadores de bem-estar subjetivo). O estudo 2 testou estatisticamente um modelo conceitual de enfrentamento adaptativo (ex: "Procuro relaxar ou tirar uma folga, quando a situação me parece pesada demais"); não-adaptativo (ex: "Bebo e como em excesso para compensar ou esquecer do que estava acontecendo") e de desenvolvimento (ex: "Fortaleço laços afetivos com outras pessoas"), construído sobre os itens de um inventário clássico de enfrentamento com foco no problema e com foco na emoção. A solução fatorial replicou o modelo conceitual e explicou 30,8% da variância total dos itens, cuja consistência interna foi moderada (? = 0,541). Foram observadas correlações estatisticamente modestas e positivas entre estratégias não-adaptativas e depressão, correlações negativas entre estratégias não-adaptativas e autoavaliação de saúde e satisfação com a vida; correlações positivas entre estratégias de desenvolvimento e autoavaliação de saúde e satisfação com a vida e correlações negativas com depressão.No estudo 3, a análise de regressão logística multivariada mostrou relações entre o uso de estratégias de enfrentamento de desenvolvimento e poucos sintomas depressivos (OR=4,49); atribuição de intensidade moderada e baixa a estressores relativos a eventos de transição (OR=2,20 e OR=2,37, respectivamente),faixas etárias 75 a 79 e 65 a 69 (OR=3,27 e OR=2,88, respectivamente) e autoavaliação positiva de saúde (OR=2,09). Pontuações baixas em depressão e altas em satisfação com a vida e em autoavaliação de saúde, associadas ao uso de estratégias de enfrentamento adaptativas e de desenvolvimento, e à evitação de estratégias não-adaptativas, podem ser interpretadas como indicadores de controle de perdas e maximização de ganhos, que se constituem em mecanismos centrais à velhice bem-sucedidaAbstract: Resilience refers to a standard of positive adaptation, or the absence of negative adaptation that depends on the efficacy of personal and social resources, in the presence of specific or cumulative risks for the biological, psychological and social functioning of individuals and for their development. Some examples of risks among the elderly are: death of loved ones; accidents, diseases and impairments; poverty; abandonment; family conflicts; domestic and urban violence; chronic stress of social roles, sense of uncontrollability of stressors that affect the descendants, and anxiety and depression due to exposure to critical events. Based on an analysis of 53 international and 11 national studies, published between 2007 and 2013 psychological and social resources together with emotional regulation processes were identified as key-elements of resilience in aging (study 1). A third recurrent theme in this study was the relationship between resilience and successful aging. Based on these findings, we planned two studies about coping with stressful events, an indicator of resilience, conducted with 415 elders (62.5% female), aged 65 or over (M=72.5+5.5) with an average family income of 3.5 minimum wages +4.14, without cognitive deficits suggestive of dementias. The data are from an electronic database created using probabilistic sampling in two Brazilian cities participants that participated in a multicenter study to research relationships among frailty and measures to assess sociodemographic, anthropometric, clinical, health, cognitive, functionality, and psychosocial variables. Among these, there were measures of stressful events, coping, depressive symptoms (considered as indicator of emotional regulation), life satisfaction and self-rated health (indicators of subjective well-being). The study 2 statistically tested a conceptual model of adaptive coping (e.g. "I try to relax and take a break when the situation seems too heavy"); non-adaptive (e.g. "I drink and eat in excess to compensate or to forget what was going on"); and developmental (e.g. "I strengthen my affective ties with other people"), using items from a classical coping inventory, with a focus on problem and one emotion based coping. The factorial solution replicated the conceptual model and explained 30.8% of the total variance. Internal consistency was moderate (? = 0.541). There were statistically modest, and positive correlations among non-adaptive strategies and depression, negative correlations among non-adaptive strategies and self-rated health as well as satisfaction with life; positive correlations among development strategies and self-rated health as well as satisfaction with life, and negative correlation with depression. In the study 3, the multivariate logistic regression analysis was observed that development coping related to few depressive symptoms (OR=4.49), attribution of moderate and low intensity to stressors, related to transiction (OR=2,20 e OR= 2,37, respectively), aged 75-79 and 65-69 years (OR=3,27 and OR= 2,88, respectively) and positive self-rated health (OR=2,09). Low depression scores and high scores for satisfaction and self-assessment of health were associated with the use of adaptive and developmental coping strategies, and with the avoidance of non-adaptive strategies; these strategies appear to be indicators of loss control and maximization of gains, which seen to be central mechanisms for successful agingDoutoradoGerontologiaDoutora em Gerontologi

    Self-efficacy beliefs and resilience: findings of social-cognitive literature

    Get PDF
    This article studies how the relationship between self-efficacy and resilience has been dealt with by literature in different phases of the life cycle and contexts. It takes Bandura´s Social Cognitive Theory as a reference, addressing the concepts of agency, self-efficacy and self-regulation. Self-efficacy beliefs are seen as perceptions about the capacity to organize and execute a specific course of action; they are regarded as a central element in the foundation of motivation and attainment and may affect the manner in which individuals cope with taxing environmental demands without falling into dysfunction (resilience). As an agent, the individual sees environmental threats as opportunities, choosing strategies to deal with them. Using self-regulating mechanisms, the individuals motivate themselves and steer themselves through proactive control, establishing challenging goals and mobilizing efforts to achieve the desired goals. Studies referring to the beliefs of self-efficacy and resilience are highlighted, and some horizons are compared for research.Este artigo investiga como as relações entre autoeficácia e resiliência vêm sendo abordadas pela literatura em diferentes etapas do ciclo de vida e contextos diversos. Toma como referência a teoria social cognitiva de Bandura e aborda os conceitos de agência, autoeficácia e autorregulação. As crenças de autoeficácia são tidas como percepções sobre a capacidade de organizar e executar determinado curso de ação; são consideradas elemento central na fundação da motivação e da realização e podem afetar a maneira como o indivíduo resiste às pressões do ambiente, sem entrar em disfuncionalidade (resiliência). Enquanto agente, o indivíduo encara as ameaças do ambiente como oportunidades, escolhendo estratégias para lidar com elas. Por meio de mecanismos autorregulatórios, os indivíduos motivam-se, orientam-se por meio do controle proativo, estabelecendo metas desafiadoras e mobilizando esforços para alcançar seus objetivos. Estudos baseados na crença de autoeficácia e resiliência são destacados e alguns horizontes são relacionados para pesquisa.10511

    Fatores associados à qualidade de vida percebida em adultos mais velhos: ELSI-Brasil

    Get PDF
    OBJETIVO: Identificar fatores associados à qualidade de vida percebida em amostra nacional representativa da população com 50 anos ou mais. MÉTODOS: Foram utilizados dados de 7.651 participantes da linha de base do ELSI-Brasil, conduzida entre 2015 e 2016. A qualidade de vida percebida foi aferida pela escala CASP-19, considerando-se como boa qualidade de vida percebida o tercil mais alto. As variáveis independentes incluíram características sociodemográficas, mobilidade, solidão, redes sociais, apoio social e participação social. As associações foram testadas por meio de regressão de Poisson multivariada. RESULTADOS: A melhor qualidade de vida percebida apresentou associação positiva e independente com a frequência de encontros com amigos (RP = 1,25 para pelo menos uma vez a cada 2–3 meses e RP = 1,36 para pelo menos uma vez por semana), suporte instrumental dentro de casa, de cônjuge ou companheiro (RP = 1,69) e suporte emocional de outros parentes (RP = 1,45), de filho, nora ou genro (RP = 1,41) e do cônjuge ou companheiro(a) (RP = 1,33). Associações negativas foram observadas para idade igual ou superior a 80 anos (RP = 0,77), escolaridade igual a 4–7 e 8 anos ou mais (RP = 0,78 e 0,75, respectivamente) e dificuldade na mobilidade (RP = 0,83). CONCLUSÕES: Além da idade e da escolaridade, a mobilidade, a sociabilidade e o suporte instrumental e emocional estão associados à qualidade de vida percebida entre adultos mais velhos brasileiros. Essas características devem ser consideradas nas ações visando à promoção da qualidade de vida dessa população.OBJECTIVE: To identify factors associated with perceived quality of life in a representative national sample of the population aged 50 or over. METHODS: Data from 7,651 participants of the baseline ELSI-Brazil (Brazilian Longitudinal Study of Aging), conducted between 2015 and 2016, were used. The perceived quality of life was measured by the CASP-19 scale - (CASP - control, autonomy, self-fulfillment and pleasure), considering the highest tertile as good quality of life. The independent variables included socio-demographic characteristics, mobility, loneliness, and indicators of sociability (social network, social support and social participation). The associations were tested using multivariate Poisson regression. RESULTS: The best perceived quality of life showed a positive and independent association with the frequency of contacts with friends (PR = 1.25 for at least once every 2–3 months and PR = 1.36 for at least once a week), instrumental support from spouse or partner in the household (PR = 1.69), and emotional support from other relatives (PR = 1.45), children or children in law (PR = 1.41) and spouse or partner (PR = 1.33). Negative associations were observed for participants aged 80 and over (RP = 0.77), with 4 to 7 or 8 or more years of schooling (PR = 0.78 and 0.75, respectively) and with difficulty in mobility (PR = 0.83). CONCLUSIONS: In addition to age and schooling, mobility, sociability and instrumental and emotional support are associated with perceived quality of life among older Brazilian adults. These characteristics must be considered when actions are taken, aiming to promote quality of life in this population

    Resilience, according to the paradigm of the development along the life (life-span)

    No full text
    Resilience, in the approach of the development along the life, refers to the capacity of recovering and maintenance of the adaptive behavior when the person feels threatened by any distressing event (Staudinger, Marsiske and Baltes, 1995). Although the losses become more likely than the developed gains, the aged people can present considerable stability, self-esteem, competence, self-efficacy, subjective quality of life. The resilience is based on active protecting resources along the life: mechanisms of self-regulation, self-efficacy, emotional regulation, mechanisms of stress oping, selection strategies, optimization and compensation of the domains of human functioning. At the end of the article, interventions to increase the resilience of the aged are suggested

    The confrontation of stress in the work in the adult age

    No full text
    Orientadores: Monica Sanches Yassuda, Anita Liberalesso NeriDissertação (mestrado) - Universidade Estadual de Campinas, Faculdade de EducaçãoResumo: O envelhecimento e o desgaste provocado pelo trabalho demandam a compreensão das relações entre idade, experiência e o enfrentamento dos estressores ocupacionais. Objetivo: investigou-se através de um estudo descritivo o enfrentamento de estressores ocupacionais e sua relação com estresse percebido, idade, cargo e experiência, mediadas por crenças de auto-eficácia e agência, entre 71 líderes, técnicos e engenheiros de empresa elétrica, comparados quanto à idade (27-50 anos) e tempo de serviço (>=5 anos; 2 - 4 anos; =5 years; 2-4 years; <2 years). Method: the participants were submitted to a sociodemographic and job questionaire, scales of perceived stress intensity, coping with job stress, self-efficacy and agency, applied in the work by trained people. Results: it was found high internal consistency for coping scales (0.849), beliefs of agency (0.754) and personal agency (0.744). The degree of perceived stress was 7 (scale 0-10), identifying stressors inherent in organization, tasks and people management. The coping self-efficacy was moderate (engineers: M=3.34, ± 0.28; technicians: M=3.13, ± 0.41). Interpersonal agency was correlated significantly with age: the youngest ones believe more in the exercise of control through the resources of the others, in relation to the oldest. Positive correlations were observed among time of work and self-efficacy; management with control and escape; self-efficacy and control; personal agency with control and self-efficacy; interpersonal agency with control, management, self-efficacy and personal agency. In the analysis of linear regression, the more the use of control, the higher self-efficacy, personal and interpersonal agency; the more the use of symptom management, the higher the interpersonal agency. Conclusions: The results pointed to the value of the experience and of the beliefs of efficacy and agency for a competent aging in the work. The individuals aging in the work and organizations take the benefit of the best comprehension of relations among age, experience, stressor coping and personal beliefsMestradoGerontologiaMestre em Gerontologi

    Resilience In Aging: Literature Review.

    No full text
    Psychological resilience is comprised of an adaptive functioning standard before the current and accumulated risks of life. Furthermore, it has a comprehensive range of psychological resources which are essential to overcome adversities, such as personal competences, self-beliefs and interpersonal control which interact with the social networks support. The objectives are to show the concepts of psychological resilience in elderly, relative to dominant theoretical models and the main data about psychological resilience in aging, found in an international and Brazilian review from 2007 to 2013. The descriptors resilience, psychological resilience and aging, resiliência e envelhecimento, velhice e velho, were used in PubMed, PsychInfo, SciELO and Pepsic databases. Fifty three international and eleven national articles were selected. The international articles were classified in four categories: psychological and social coping resources, emotional regulation before stressing experiences, successful resilience and aging and correlates, and resilience measures. The Brazilian articles were grouped in three: psychological and social resources, resilience in carers and theory review. Articles on psychological resources and on emotional regulation prevailed as key factors associated with psychological resilience in aging.201475-149

    Estratégias de enfrentamento como indicadores de resiliência em idosos: um estudo metodológico

    Get PDF
    Resumo O enfrentamento, componente de resiliência em idosos, serve a três objetivos: proteção em face de ameaças à adaptação, recuperação dos efeitos das adversidades e desenvolvimento. O objetivo deste artigo é derivar evidências de validade interna e externa para um inventário de enfrentamento. Responderam a medidas de enfrentamento, depressão, autoavaliação de saúde e satisfação com a vida 415 idosos (65 anos e mais). Os scores foram comparados entre si e com gênero, idade e renda. Foram realizadas análises fatorial exploratória e de consistência interna. A análise fatorial resultou em 3 fatores (1. estratégias não adaptativas, 2. adaptativas e 3. desenvolvimento), explicativos de 30,8% da variância. A escala apresentou índice moderado de consistência interna (α = 0.541). Estratégias de desenvolvimento correlacionaram-se positivamente com autoavaliação de saúde e satisfação com a vida, e negativamente com depressão (p < 0,05). A variância explicada e o indicador de validade interna foram modestos, possivelmente, em parte, porque o inventário de enfrentamento não reflete situações específicas da velhice, em parte pela complexidade das relações estratégias-contexto. As correlações encontradas com outros indicadores de resiliência encorajam a realização de novos estudos
    corecore