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    EXTRAÇÃO E AVALIAÇÃO DO TEOR DE ANTOCIANINAS DAS FLORES DE HIBISCUS SABDARIFFA

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    O Hibiscus sabdariffa é uma planta originária da Malásia e da Índia, também conhecida como “azedinha”, e apresenta uma série de propriedades bioativas como antiinflamatória, anticarcinogênica, antioxidante, hipocolesterolêmica e até mesmo a melhora à resistência tecidual à insulina. Dentre elas destaca-se a ação antioxidante, que está relacionada com a alta concentração de antocianinas presentes na planta. A sua parte mais importante é o cálice, que já é utilizado pelas indústrias para a produção de diversos produtos. Com isso, este trabalho teve como objetivo realizar a extração e avaliação do teor de antocianinas, substâncias estas que também podem ser utilizados pela indústria como um corante alimentício natural. O Hibisco foi adquirido no comércio local de Concórdia, foi triturado, separado de acordo com sua granulometria, secado em estufa e armazenado em local seco livre de umidade. Escolheu-se duas variáveis, para a extração destes compostos, sendo elas o tipo de solvente e o tempo de extração. Os solventes utilizados foram: água destilada, tampão citrato pH 3,5 e tampão citrato pH 5,0, e os tempos de extração 3, 6 e 18 horas. A melhor condição de extração foi a que utilizou solução de tampão citrato pH 3,5 nos tempos de 3 e 6 horas tampão de pH 3,5, demonstrando que quanto menor o pH e quanto menor tempo for exposto a luz, melhor o resultado da extração. Os tempos de 3 e 6 horas, obtiveram as concentrações de 605,36 mg/L e 610,45 mg/L, respectivamente. Os fatores que interferem nesses resultados são: pH, tempo de extração e também a ação da luz. Esse estudo contribui para que mostre o potencial do extrato de hibisco em uma possível substituição de corantes sintéticos dentro da indústria alimentícia, atendendo aos pontos positivos da utilização de um corante e ainda adicionando ao produto algumas propriedades bioativas presentes nesse extrato

    AVALIAÇÃO DE REVESTIMENTO COMESTÍVEL À BASE DE ALGINATO E ÓLEO ESSENCIAL DE CAPIM-LIMÃO (Cymbopogon flexuosus) NA QUALIDADE PÓS-COLHEITA DE MIRTILOS (Vaccinium corymbosum)

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    O mirtilo apresenta alto valor nutricional e comercial, possui vários nutrientes essenciais, como minerais, vitaminas e baixos níveis de gordura e sódio, sendo apreciados pela sua rica composição em compostos bioativos que lhes confere propriedades antioxidantes e alto valor comercial agregado. No entanto, a partir do momento em que os mirtilos são colhidos, são muito susceptíveis a alterações estruturais, nutricionais e bioquímicas. Ademais, sua condição ideal de armazenamento é de aproximadamente 4°C, com umidade relativa de 90 a 95%, o que torna a garantia de sua qualidade onerosa aos produtores. O alginato é um polissacarídeo indigestível natural, extraído a partir de vários gêneros de algas marrons. É reconhecido por ser um biopolímero hidrofílico versátil, não tóxico, de baixo custo e com propriedades coloidais amplamente exploradas no desenvolvimento de revestimentos comestíveis. Os óleos essenciais são formados por uma complexa mistura de substâncias voláteis resultantes do metabolismo secundário de plantas, caracterizados por odor intenso associados às funções de defesa da planta frente a patógenos. Seu uso tem sido considerado um tratamento seguro para o controle pós-colheita em alimentos como vegetais frescos, representando uma alternativa para o controle de doenças frutíferas, além de serem considerados excelentes alternativas aos conservantes químicos. Destarte, o presente estudo teve por objetivo avaliar a eficiência do revestimento comestível de alginato incorporado ou não de óleo essencial de capim-limão na conservação pós-colheita de mirtilos, visando encontrar alternativas naturais para preservar a qualidade e segurança dos frutos. As amostras foram armazenadas a 8°C por 15 dias e analisadas quanto à perda de massa, teor de sólidos solúveis, pH, acidez titulável, cor, contagem de microrganismos aeróbios mesófilos e contagem de bolores e leveduras. A adição do óleo essencial não influenciou a acidez titulável e o pH, porém, potencializou a perda de massa, provocando aumento no teor de sólidos solúveis e pareceu afetar negativamente a cor. Não foi observada diferença significativa na contagem de microrganismos aeróbios mesófilos, enquanto para bolores e leveduras, houve diferença entre o controle e os demais tratamentos, indicando um efeito positivo de ambos os revestimentos aplicados no controle do crescimento desse grupo de microrganismos. O tratamento com alginato se apresentou como a melhor alternativa na redução da perda de massa dos frutos, evidenciando sua propriedade de barreira

    ALIMENTANDO CONHECIMENTO

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    Ensinar e incentivar estudantes para que aprendam de forma autônoma e participativa e, produzam conhecimento por meio de desafios e solução de problemas são objetivos primordiais da educação. Projetos de ensino oportunizam o educando à compreensão e a construção do conhecimento, através do uso de metodologias abrangentes e eficazes para complementar sua formação. O projeto de ensino “Alimentando Conhecimento” objetiva contribuir para a melhoria do processo de ensino-aprendizagem dos estudantes dos cursos Técnico em Alimentos e Técnico em Agropecuária do IFC - Campus Concórdia, através da oferta de oficinas e palestras sobre assuntos relacionados à Ciência, Engenharia e Tecnologia de Alimentos visando a permanência e a verticalização do ensino. Os eventos são ministrados por professores, técnicos-administrativos e acadêmicos do curso de Engenharia de Alimentos, para apresentar ao público alvo, conhecimentos relacionados à composição, análises, reações e técnicas de produção de alimentos. As oficinas e palestras são realizadas em um ciclo de três eventos ao longo do ano letivo, a saber: “O papel dos microrganismos na produção de alimentos”; “pH e alimentos” e “Oficina vitaminada”, sendo estas, desenvolvidas em conjunto com disciplinas afins aos temas. No primeiro ciclo, foram realizadas três palestras e oficinas para o terceiro ano do Técnico em Alimentos, com duração aproximada de 45 minutos cada. O evento “O papel dos microrganismos na produção de alimentos”, abordou os diferentes tipos de fermentações, microrganismos e sua importância. Paralelamente à palestra, executou-se uma oficina sobre fermentação alcoólica. O evento “pH e alimentos”, apresentou conceitos, relação com os alimentos, importância e diferentes tipos de indicadores. Esse tema foi consolidado com uma atividade prática utilizando o repolho roxo como indicador natural de pH. E o evento “Oficina vitaminada'' apresentou a classificação das vitaminas e sua importância. Esse conteúdo foi fixado com uma prática de elaboração de sucos nutritivos utilizando diferentes fontes de vitaminas. Ao final de cada evento foram aplicados questionários para os estudantes responderem sobre os temas estudados e para uma autoavaliação, atribuindo os conceitos “muito bom”, “bom” ou “ruim”. Adicionalmente, será aplicado um questionário avaliativo final, abordando perguntas como: “O quanto você gostou de participar das oficinas?”, “O quanto agregou em sua formação?”, “O quanto gerou interesse em cursar Engenharia de Alimentos?”, com o objetivo de verificar o impacto da execução do projeto na vida dos estudantes. Os resultados apontaram que mais de 96% dos alunos atribuíram nota “muito bom” e avaliações descritivas positivas. Foram atendidos 30 alunos em cada evento e no segundo semestre, será dada continuidade para as demais turmas e disciplinas envolvidas. A dinâmica utilizada no desenvolvimento do projeto permitiu uma grande interação entre os participantes. Além disso, perguntas sobre os temas foram respondidas corretamente por 100% dos alunos, indicando que os conteúdos abordados foram trabalhados de maneira clara, objetiva e adequada, promovendo a aprendizagem e incentivando à verticalização do ensino para o curso superior de Engenharia de Alimentos, como forma de promover e incentivar a permanência dos estudantes do ensino médio na instituição. Suporte financeiro IFC campus Concórdia – Projeto de Ensino Edital nº 22/2021

    COMPARAÇÃO DOS PROCESSOS DE SECAGEM CONVENCIONAL E POR LIOFILIZAÇÃO APLICADOS EM PITAYAS (Hylocereus undatus) SUBMETIDAS A DIFERENTES TRATAMENTOS QUÍMICOS

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    Originária das Américas e pertencente à família Cactaceae, a pitaya rosa de polpa branca (Hilocereus undatus) é uma fruta tropical exótica que tem atraído produtores, pesquisadores e consumidores pelas propriedades tecnológicas, nutritivas e sensoriais, indicando elevada importância agronômica e econômica. Contudo, excedentes de produção ocorrem em períodos de safra, culminando na deterioração e desperdício dos frutos, já que são altamente perecíveis e, dessa forma, menos atrativos ao consumidor. Adicionalmente, o fruto é escasso na entressafra, ocorrendo a necessidade da aplicação de técnicas de conservação como alternativas para o aproveitamento dos excedentes de produção no desenvolvimento de novos produtos. Sendo assim, esse trabalho objetivou avaliar o processo de desidratação dos frutos de pitayas utilizando a secagem convencional em secador tipo cabine com circulação de ar e em liofilizador, combinado a tratamentos químicos visando aumentar o período de conservação dos frutos e apresentá-los como uma nova alternativa de consumo. Os frutos foram adquiridos no comércio local de Concórdia-SC. Foram transportados e armazenados em temperatura de refrigeração. Os frutos foram descascados, fatiados e submetidos a três tratamentos químicos: P (padrão), AA (ácido ascórbico 0,1%) e AC (ácido ascórbico 0,1% + cloreto de cálcio 0,1%), por imersão. Em seguida, foram submetidos à secagem convencional, em estufa tipo cabine por convecção à 60ºC e por sublimação em liofilizador a -60°C e 450 MTorr de pressão, previamente congeladas em ultrafreezer. Para comparar os tratamentos e processos utilizados, avaliou-se a perda de massa, a alteração de cor e a atividade de água das unidades amostrais ao longo do tempo de secagem. Foi realizada análise de variância (ANOVA) seguida do teste de Tukey com 5% de significância. Resultados preliminares indicaram que o tempo de secagem até peso constante e a redução de atividade de água a níveis seguros, ocorreram ao final de 16 horas para ambos os processos. Porém, verificou-se que nas primeiras horas de secagem, ocorreu um declínio mais acentuado na perda de massa para a secagem convencional, sendo que o tratamento AC atingiu peso constante mais rapidamente, em ambos os métodos de secagem. Quanto à atividade de água, o declínio ocorreu de forma semelhante para todos os tratamentos, atingindo níveis inferiores a 0,6 ao final do processo. Com relação à cor, destacaram-se os parâmetros L*, com aumento da luminosidade para os frutos liofilizados e diminuição para aqueles submetidos à secagem convencional; e b*, com variação positiva em todas as amostras, indicando um amarelecimento maior nos frutos desidratados pela secagem convencional. Analisando os resultados obtidos, ambos os métodos de secagem utilizados, apresentaram potencialidades para a conservação dos frutos, uma vez que a atividade de água foi reduzida a níveis microbiologicamente seguros e o aspecto final dos produtos foi satisfatório. Entretanto, a liofilização, aliada ao tratamento com ácido ascórbico, destacou-se pela menor variação de cor, preservação da integridade das amostras e da aparência final, mantendo as características e o aspecto original dos frutos, resultando em produtos que se tornam mais atrativos ao consumidor

    AVALIAÇÃO MICROBIOLÓGICA DE QUEIJOS ELABORADOS ARTESANALMENTE A PARTIR DE LEITE CRU COM DOIS TEMPOS DE MATURAÇÃO

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    A comercialização de produtos artesanais constitui uma forma alternativa de incentivo às economias de base local, preservando a cultura local, bem como a geração de renda para inúmeras famílias. A elaboração de queijos artesanais de leite cru carrega a tradição passada de geração a geração e possui características próprias em sabor, textura e aroma, podendo variar de acordo com a produção e a microbiota do leite. Entretanto, há uma preocupação acerca da qualidade microbiológica desses produtos artesanais, para que se garanta a inocuidade do produto e segurança do consumidor. O presente trabalho objetivou avaliar a segurança e a qualidade microbiológica de queijos artesanais produzidos a partir de leite cru, em dois tempos de maturação distintos. Foram analisadas duas amostras de diferentes produtores rurais após 21 dias de maturação e novamente com 28 dias de maturação. As análises microbiológicas realizadas foram: enumeração de coliformes totais e Escherichia coli, Staphylococcus coagulase positiva, pesquisa de Listeria monocytogenes e Salmonella sp. Ambas as amostras apresentaram ausência de Listeria monocytogenes e Salmonella sp nos dois tempos de maturação avaliados. Comparando os resultados obtidos com a RDC n° 331 e a IN nº 60, de 23 de dezembro de 2019, que estabelecem os padrões microbiológicos para alimentos, a amostra “A” apresentou contagens de Staphylococcus coagulase positiva <100 UFC/g em ambos os tempos de maturação, estando, portanto, de acordo com os padrões microbiológicos vigentes neste quesito. Quanto à contaminação por E. coli, a contagem esteve acima do padrão vigente aos 21 dias (3,6x104 UFC/g) e também aos 28 dias de maturação (2,9x104 UFC/g). A amostra “B” apresentou contagem para E. coli (5x103UFC/g) e Staphylococcus coagulase positiva (5,3x104 UFC/g) acima dos padrões estabelecidos em legislação, aos 21 dias de maturação. Aos 28 dias, as contagens foram <10 UFC/g e 5,6x104, respectivamente, evidenciando uma expressiva redução na população de E. coli no produto. A partir dos dados obtidos, conclui-se que um maior tempo de maturação dos queijos artesanais em geral reflete uma melhor qualidade microbiológica, exceto para Staphylococcus coagulase positiva. É importante salientar que o Brasil ainda não possui padrões microbiológicos específicos para queijos produzidos a partir de leite cru, e que esta diferenciação se faz necessária

    AVALIAÇÃO DA UTILIZAÇÃO DE UM OZONIZADOR DE USO DOMÉSTICO NA SANITIZAÇÃO DE ALFACE AMERICANA (Lactuca sativa) COMO UMA ALTERNATIVA PARA SUBSTITUIR SANIFICANTES À BASE DE CLORO

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    A busca por uma alimentação mais saudável vem aumentando de forma gradativa nos últimos anos. Os vegetais frescos e minimamente processados apresentam-se como alternativas a essa demanda, pois retêm melhor sua qualidade nutricional e suas características sensoriais, sendo incluídos entre os alimentos mais saudáveis e que oferecem maiores benefícios à saúde. Porém, existe uma questão em relação à segurança e higiene destes alimentos, que é a presença de micro-organismos deteriorantes, bem como aqueles que podem ser causadores de toxinfecções alimentares. Para a remoção destes micro-organismos frequentemente são utilizados produtos químicos à base de cloro, que se sobressai perante os demais sanitizantes, pois em qualquer dos seus diversos compostos, destrói ou inativa parcela significativa dos organismos causadores de enfermidades, sendo que esta ação se dá à temperatura ambiente e em tempo relativamente curto. Entretanto, estudos realizados apontaram que a adição de cloro livre à água pode ocasionar a formação de compostos organoclorados como os trihalometanos (THM), potencialmente carcinogênicos. O ozônio vem se tornando uma aposta das indústrias alimentícias frente à crescente procura por métodos sanitizantes mais satisfatórios, eficientes, ambientalmente aceitáveis e que forneçam produtos com qualidade nutricional e microbiológica. Este trabalho teve como objetivo avaliar e comparar dois métodos de sanitização aplicados em alface americana (Lactuca sativa), sendo estes, hipoclorito de sódio (120 ppm) e gás ozônio (0,025 g/L). A alface foi submetida a ambos os tratamentos com um tempo de contato de 15 minutos e, na sequência, foram realizadas análises microbiológicas (contagem total de micro-organismos aeróbios mesófilos e contagem de bolores e leveduras) e análises físico-químicas (determinação de cor, pH, sólidos solúveis totais e acidez titulável total). As amostras foram armazenadas em câmara D.B.O. a 5ºC e analisadas nos tempos 0, 2, 4 e 7 dias de armazenamento. Foi realizada a análise de variância (ANOVA) dos dados obtidos e constatou-se que o tratamento com hipoclorito de sódio foi mais efetivo que o tratamento com gás ozônio nas reduções das contagens microbiológicas. Os tratamentos aplicados não apresentaram diferença significativa para os parâmetros físico-químicos analisados

    CARACTERIZAÇÃO DE RESÍDUOS DA FUNDIÇÃO DE FERRO E AVALIAÇÃO DE POSSÍVEIS APLICAÇÕES NA CONSTRUÇÃO CIVIL

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    A geração e a disposição de resíduos oriundos da fundição de metaisdespertam a necessidade de alternativas que promovam seu melhorreaproveitamento em processos produtivos. Assim, este estudo realizoua caracterização química, mineralógica e granulométrica de resíduosde fundição de ferro cinzento e nodular e avaliou sua aplicabilidade naconstrução civil. A areia verde, escória e material particulado apresentaramem sua composição química a presença majoritária de dióxido de silício(SiO2), além de óxido de alumínio (Al2O3), óxido de potássio (K2O) e óxidode ferro (Fe2O3). A análise mineralógica revelou a presença de quartzo emtodos os resíduos e de hematita, na escória. Os três resíduos apresentaramgranulometrias compreendidas entre 0,002 e 0,6 mm. Identificou-se que osresíduos possuem potencialidade de uso na produção de cimento, argamassase materiais cerâmicos, como substituintes parciais dos agregados miúdos doconcreto e como material da camada de sub-base de pavimentos.The generation and disposal of foundry waste result in the need for alternatives or solutions that promote a better waste reuse in the production processes. Having this in mind, this study carried out the chemical, mineralogical and granulometric characterization of gray and nodular iron foundry wastes and evaluated their applicability in civil construction. The green sand, slag and particulate material presented, in their chemical composition, the major presence of SiO2, followed by Al2O3, K2O and Fe2O3. The mineralogical analysis revealed the presence of quartz in all residues and hematite in the slag.These three residues had particle sizes ranging from 0.002 to 0.6 mm. It was identified that the residues have great potentiality of use in the production of cement, concrete as material of the sub-base layer of pavements

    ATRIBUTOS FUNCIONAIS DE ESPÉCIES ARBÓREAS EM UM FRAGMENTO DE FLORESTA OMBRÓFILA MISTA EM LAGES - SC

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    This study aimed to describe the functional traits of tree species in an Araucaria Forest fragment, in the municipality of Lages, SC state, in order to group them functionally. For each of the 20 most abundant species in the study area, a total of 10 individuals were sampled for the determination of the mean wood density and mean leaf size. The leaf renovation regimes, the dispersal syndrome and the maximum height in the fragment were also described for these species. The results of maximum height and wood density suggest the existence of a trade-off between investment of resources in height growth, ensuring access to some higher light availability, or in wood density, allowing for greater resilience and survival in a shaded understory environment. The gymnosperm species, Podocarpus lambertii and Araucaria angustifolia showed smaller leaves, while Cupania vernalis, Jacaranda puberula and Matayba elaeagnoides, all of compound leaves, had larger ones. Four functional groups stood out: 1) Evergreen with large leaves, 2) Evergreen with small leaves, 3) Deciduous with zoochoric syndrome, and 4) Deciduous with non-zoochoric syndrome. The results showed that the most abundant species of the studied Araucaria Forest fragment present functional trait variations, suggesting different life strategies.O presente estudo teve como objetivo descrever atributos funcionais de espécies arbóreas em um fragmento de Floresta Ombrófila Mista em Lages - SC, com o propósito de agrupá-las funcionalmente. Para cada uma das 20 espécies mais abundantes na área de estudo foi amostrado um total de 10 indivíduos e determinada a média da densidade da madeira e o tamanho médio das folhas. Dessas espécies, também foi descrito o regime de renovação foliar, a síndrome de dispersão de propágulos e a altura máxima no fragmento. Os resultados de altura máxima e de densidade da madeira sugerem a existência de um trade-off entre o investimento de recursos para o crescimento em altura, garantindo o acesso à maior disponibilidade lumínica, ou em densidade da madeira, permitindo maior capacidade de resistência e sobrevivência em um ambiente sombreado de sub-bosque. As gimnospermas Araucaria angustifolia e Podocarpus lambertii apresentaram as folhas de menor tamanho, enquanto Cupania vernalis, Jacaranda puberula e Matayba elaeagnoides, todas de folhas compostas, apresentam as maiores folhas. Quatro grupos funcionais se destacaram: 1) perenes de folhas grandes, 2) perenes de folhas pequenas, 3) decíduas zoocóricas e 4) decíduas não zoocóricas. Os resultados demonstraram que as espécies mais abundantes do fragmento de Floresta Ombrófila Mista estudado apresentam variações dos atributos funcionais avaliados, sugerindo diferentes estratégias de vida.
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