28 research outputs found

    Espaços ardidos e o espantoso comportamento demográfico da gente que lá medrou (séculos XVII a XX)

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    Através de Mapas de Proprietários, publicados pela Imprensa Nacional, na década de 1880, para utilização nas Repartições de Finanças, referidos a cada freguesia e baseados nas matrizes prediais, comparámos os rendimentos coletáveis nas quatro ilhas do ex-distrito da Horta. Calculámos o rendimento coletável por habitante e freguesia, observando como freguesia de gente mais pobre a de Santa Luzia, no espaço ardido do Pico. Com população sensivelmente idêntica, a freguesia mais rica era, nas Flores, a de Ponta Delgada. Desenvolvemos análises comparativas de comportamentos demográficos entre essas freguesias nos séculos XVII e XX, com incidência nos séculos XVIII e XIX. Num quadro de fecundidade próxima da natural, encontrámos evolução populacional paralela, com diferenças em nupcialidade e mortalidade. Nas gerações nascidas entre finais do século XVIII e primeiras décadas do XIX a esperança de vida dos naturais da freguesia mais pobre era de mais 10 anos do que os da freguesia mais rica.Using Maps of Owners, published by the National Press, in the 1880s, for use in the Finance Departments referred to each parish and based on the land matrices, we compared the taxable income on the four islands of the former district of Horta. We calculated the taxable income per inhabitant and parish, observing that the parish of the poorest people was that of Santa Luzia, in the burnt space of Pico. With a substantially identical population, the richest parish was, in Flores, that of Ponta Delgada. We developed comparative analyzes of demographic behaviors between these parishes in the 17th and 20th centuries, with an incidence in the 18th and 19th centuries. In a close-to-natural fertility situation, we found a parallel population evolution, with differences in nuptiality and mortality. In the generations born between the end of the 18th century and the first decades of the 19th, the life expectancy of the natives of the poorest parish was 10 years longer than those of the richest parish

    Trajetórias de vida. Nascer nos Açores no século XVIII.: Abordagem demográfica

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    A investigação demográfica sobre o século XVIII reveste-se em Portugal de grandes dificuldades, principalmente pelo sub-registo de óbitos de menores de 7 anos. No caso de registo sistemático dos eventos paroquiais, o acompanhamento de trajetórias de vida em espaços e períodos definidos permite-nos a aproximação mais conseguida ao jogo das variáveis demográficas e compreensão dos seus efeitos no crescimento das populações. Os Açores, pela diversidade de comportamentos, mesmo entre ilhas próximas, constituem um extraordinário laboratório de análise para o historiador demógrafo. Num quadro de fecundidade próxima da natural, importantes comportamentos compensatórios a uma esperança de vida elevada, como a emigração e idades elevadas ao primeiro casamento, ou mesmo gravosas mortalidades de crise, podem não ser suficientes entraves ao crescimento

    A gripe espanhola no quadro das epidemias históricas da Ilha do Faial

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    Pelo tráfico aéreo, desde as últimas décadas do século XX, qualquer ilha açoriana liga-se, várias vezes por semana, a um exterior sucessivamente alargado, sem qualquer entrave à eventual circulação de epidemias. Em períodos anteriores, em que apenas se contavam as ligações por mar, a entrada de epidemias podia acontecer de forma desfasada, afetando diretamente as zonas portuárias e preservando frequentemente zonas rurais mais afastadas. No caso da ilha do Faial, com um excelente porto de mar, verificamos que a gripe espanhola entrou na ilha com incidência marcada apenas no mês que decorre de 27 de novembro a 27 de dezembro de 1918, não tomado as proporções de grande crise. Utilizámos para esse estudo registos de óbito da Conservatória do Registo Civil da Horta, de janeiro de 1913 a dezembro de 1923, já disponibilizados ao público, enquadrando 1918 nos cinco anos anteriores e posteriores, com aplicação da metodologia de Livi-Bacci e Del Panta para tais casos. Estando os registos paroquiais anteriores a 1911 disponíveis on line, tivemos curiosidade em saber como a ilha do Faial, apesar do porto da Horta se abrir desde cedo ao tráfico intercontinental, lidou historicamente com epidemias de crise. A exploração sistemática dos registos de óbitos, freguesia a freguesia, fez-nos concluir que apenas no século XIX, com entradas de epidemias de varíola, a instabilidade da morte esteve mais presente, comprometendo o crescimento da população, já afetado por uma intensa emigração. No século XVIII, apenas duas epidemias generalizadas se instalaram, particularmente gravosas em algumas freguesias, a de 1704/5 e a de 1746, mas que não chegaram a comprometer o intenso crescimento das últimas décadas do século XVIII e primeiras do XIX

    O Pico: As famílias da Candelária nos finais do século XIX

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    As famílias de Santo Amaro nos finais do século XIX

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    Bases de dados genealógicas e história da família em Portugal : análises comparativas (do Antigo Regime à contemporaneidade)

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    Comunicação apresentada na Reunião Científica realizada na Faculdade de Humanidades da Universidade de Castilla-La Mancha, Albacete, 2003

    Francisca Catarina (1846-1940), vida e raízes em S. João do Pico (biografia, genealogia e estudo de comunidade)

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