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Le Travail de l’Acteur et l’Art de la Fiction de Soi
Este artigo trata sobre o trabalho do ator como possibilidade de criação, de invenção de si. Relaciona-se essa ideia a modos de ficcionar a si mesmo, ou seja, a maneiras de pensar o trabalho do ator sobre si como uma formação possÃvel de projetar-se para além da criação artÃstica, chegando a reverberar no prosaico da vida cotidiana. Para sustentar tal discussão, foram abordados os conceitos de ética, verdade e cuidado de si, além de outros, conforme tratados na obra de Michel Foucault. Além disso, do campo teatral tomam-se as noções de segunda natu- reza e corpo fictÃcio, problematizadas a partir de Constantin Stanislavski, Franco Ruffini, Eugenio Barba e Nicola SavareseThis article discusses the actor’s work as a possibility of creation and invention of the self. This con- cept is related to ways of fictionalising oneself, that is, ways to think an actor’s work on themselves as a possible way to project the self beyond artistic creation, even coming to reverberate in ordinary daily life. To support this discussion, we addressed the concepts of ethics, truth, and care of the self, as they are discussed in the work of Michel Foucault and others. Furthermore, we drew from theatre notions of second nature and fictitious body, problematised based on the ideas of Constantin Stanislavski, Franco Ruffini, Eugenio Barba, and Nicola SavareseCet article envisage le travail de l’acteur comme une possibilité de création, d’invention de soi. Cette idée est mise en rapport avec des modes de fiction de soi-même, c’est-à -dire, des manières d’envisager le travail de l’acteur sur soi comme une formation qui tend à dépasser la création artistique, pouvant réverbérer dans le prosaïque de la vie quotidienne. Cette réflexion s’appuie sur les concepts d’éthique, de vérité et de soin de soi, tels qu’ils ont été traités dans l’œuvre de Michel Foucault; entre autres. Du champ théâtral sont empruntées les notions de seconde nature et de corps fictif, problématisées à partir de Constantin Stanislavski, Franco Ruffini, Eugneio Barba et Nicola Savares
Teatro, palavra, performance : pensar a voz para além da expressão
Este texto problematiza a questão da voz no trabalho do ator, a partir das novas configurações cênicas das últimas décadas. Parte-se da perspectiva da expressão, como dimensão a ser ultrapassada, para pensar outras possibilidades para a presença da voz no teatro. Apresenta-se a voz como materialidade, ultrapassando, assim, o nÃvel semântico que a caracteriza. Opera-se em três blocos argumentativos. No primeiro, mostra-se a articulação da voz com a palavra. No segundo, efetivase a relação da voz na sua possibilidade de ato, portanto, como performance. Por fim, o terceiro bloco argumentativo, circunscreve a voz na sua possibilidade ética de constituição de si mesma aduzindo o elemento poético da voz em sua dimensão constitutiva e ascética.This paper discusses the voice in the work of the actor from the point of view of the new scenic configurations of the last few decades. We depart from the perspective of expression as a dimension to be overcome in order to reflect upon other possibilities for the presence of the voice in theatre. The voice is presented as materiality, thus, going beyond the semantic level that characterizes it. We operate in three argumentative blocks. In the first, we show the articulation between the voice and the word. In the second, the relationship of the voice in its possibility to act, as performance, is effected. Finally, the third argumentative block circumscribes the voice in its ethical potentiality for the constitution of oneself, adducing the poetic element of the voice in its constitutive and ascetic dimension
Vozes inauditas em um currÃculo colonizado : “Eu quero um paÃs que não está no retrato"
Neste artigo interpela-se a relação de desigualdade entre a abordagem da cultura eurodescendente e as culturas negra e indÃgena nos currÃculos escolares. Aponta-se a proposição dos Estudos da Performance como possibilidade de subverter as práticas curriculares correntes. Projeta se que, por intermédio de tal subversão, seja possÃvel agregar outras experiências epistemológicas aos programas escolares, na expectativa de construção de um currÃculo decolonial.In this article, we inquire about the inequality relationship between the approach of Eurodescendent culture and black and indigenous cultures in school curricula. The proposition of Performance Studies is pointed out as a possibility of subverting current curricular practices. It is projected that, through such subversion, it will be possible to add other epistemological experiences to school programs, in the expectation of building a decolonial curriculum
Vozes inauditas em um currÃculo colonizado: ‘Eu quero um paÃs que não está no retrato’
Neste artigo interpela-se a relação de desigualdade entre a abordagem da cultura eurodescendente e as culturas negra e indÃgena nos currÃculos escolares como decorrente de modos hegemônicos e colonizados de abordagem curricular. Trabalha-se com a noção metafórica de vozes inauditas para pensar as diferentes referências culturais brasileiras silenciadas e apagadas do processo educacional escolar brasileiro. Discute-se a relação entre os conceitos de racismo epistêmico, subordinação epistêmica, colonialismo e colonialidade. Indica-se alguns dos possÃveis efeitos da ação de tais conceitos sobre as formulações curriculares vigentes, além de sua interferência na instauração de relações étnico-raciais dÃspares, que são veirficaveis entre os sujeitos de diferentes pertencimentos raciais que habitam o cotidiano escolar. Aponta-se a proposição dos Estudos da Performance como possibilidade de subverter as práticas curriculares correntes. Projeta-se que, por intermédio de tal subversão, seja possÃvel agregar outras experiências epistemológicas aos programas escolares, na expectativa de construção de um currÃculo decolonial
Forjas pedagógicas no bloco da laje : resistência, performance e brincadeira
Este texto apresenta uma pesquisa com integrantes de um bloco de carnaval na cidade de Porto Alegre, Brasil. A pesquisa foi realizada no intuito de verificar elementos identitários de participantes negros como brincantes do Bloco de Carnaval. Descreve-se os elementos performáticos e teatrais do bloco, a partir dos Estudos da Performance. Problematiza-se a capacidade de resistência que a brincadeira do carnaval possui em relação aos saberes hegemônicos. Enfim, procura-se mostrar como os integrantes performam a si mesmos na operação de criar ou forjar modos de existência como contraposição ao racismo sistêmico.This text presents a research made with members of a carnival block in the city of Porto Alegre, Brazil. It was carried out to verify identity elements of black participants as performers in the carnival group. The text describes the performance and theatrical elements of the block from the viewpoint of Performance Studies. The resilience capacity of carnival play in relation to hegemonic knowledge is problematised. Finally, the text seeks to show how the members perform themselves in the operation of creating or forging modes of existence that oppose systemic racism
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