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    The design of fashionable wearables to promote sustainable behaviours in smart cities

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    A falta de sustentabilidade que ameaça o nosso futuro necessita de atenção urgente, exigindo uma abordagem holística. Contudo, ações explicitamente destinadas a mudar o comportamento humano não são muito comuns quando, paradoxalmente, grande parte do impacto ambiental está associado ao comportamento das pessoas na sua vida quotidiana. Muitas ações insustentáveis estão atualmente a ter lugar nas cidades, causando impactos negativos. As cidades oferecem respostas a muitas necessidades da vida, o que motiva as pessoas a procurarem estes espaços, causando uma concentração populacional. Esta procura do meio urbano decorre da expectativa de ter melhor qualidade de vida. A mobilidade urbana, por seu lado, que pode ser vista como um facilitador do acesso a múltiplas componentes da vida quotidiana, incluindo empregos, educação, cuidados de saúde e muitos outros pode, também, gerar congestionamentos, poluição, um acrescido consumo energético e aumento de stress, afetando diretamente a qualidade de vida das pessoas. Neste contexto, as escolhas pessoais quanto à mobilidade têm um impacto substancial na vida quotidiana. Contudo, dado que as cidades estão a tornar-se “inteligentes”, graças à aplicação de tecnologias emergentes de identificação, deteção e comunicação, nomeadamente com recurso à tecnologia da Internet das Coisas (IoT – Internet of Things), abrem-se novas possibilidade para alteração dos comportamentos da vida quotidiana, com impacto na sustentabilidade. Este desenvolvimento tecnológico tem vindo a ser explorado em múltiplas áreas, incluindo energia / instalações, transportes, cuidados de saúde, segurança, monitorização doméstica, entre outras, sendo reconhecido como uma tendência com forte crescimento a curto prazo. Neste contexto, este estudo pretendeu explorar a possibilidade de promover comportamentos de mobilidade considerados mais sustentáveis através do design de artigos de moda que possam funcionar como elementos ativos no sistema de uma cidade “inteligente”. A possibilidade de combinação de funcionalidade e sedução, o poder motivador da moda, combinado com tecnologia avançada e sensores, foi entendido como tendo fortes argumentos para ser bem-sucedido na modificação do comportamento. Como ocorre com muitos outros produtos, os produtos da moda são pensados para responder às expetativas, necessidades e limitações das pessoas, onde convivem aspetos funcionais, ergonómicos, afetivos e emocionais, fortemente focados na experiência e no envolvimento, mas com assumido enfoque na componente estética, estilo, estatuto e formação de identidade. Estes são parte essencial da mudança de comportamento. As tecnologias digitais embutidas nos têxteis oferecem oportunidades significativas de alargamento das funcionalidades dos produtos de moda, incluindo a comunicação, transformação da informação do nosso corpo em dados, conduzindo energia, brilhando, crescendo e muitos outros. Alguns bons exemplos deste tipo podem já ser encontrados na promoção da segurança humana, saúde/ bem-estar, treino militar e entretenimento. Nesta investigação, o termo “fashionable wearables” é adotado para enfatizar a combinação de moda e tecnologia. Importa ressalvar que o objetivo deste estudo não foi trabalhar questões de moda sustentável, que é outra questão vital, mas que fica fora do recorte deste trabalho. O principal objetivo foi explorar como e em que medida as soluções de “fashionable wearables” podem promover comportamentos mais sustentáveis em cidades inteligentes. As escolhas de mobilidade foram selecionadas como comportamentos-alvo que se pretendem alterar. Para o conseguir, foi utilizada uma metodologia mista, de acordo com a abordagem do Design Centrado no Humano. A abordagem do Design para a Mudança de Comportamento foi utilizada para fornecer soluções a um nível do design conceptual. Este estudo de doutoramento foi pensado como uma investigação pelo design, no qual o design conceptual desempenhou um papel formativo na geração do conhecimento. Utilizámos dados qualitativos e quantitativos para explorar o contexto, identificar os tópicos, gerar ideias e soluções e verificar conceitos para cumprir objetivos. A metodologia proposta foi dividida em cinco fases: (1) Compreender, (2) Descobrir, (3) Design Conceptual, (4) Protótipo, e (5) Avaliação. Na primeira fase, aprofundámos os conhecimentos teóricos sobre temas de investigação e fizemos revisões de literatura. Compreendemos a noção atual de sustentabilidade e do comportamento sustentável com entrevistas a peritos e métodos de mapeamento de conceitos. Identificámos comportamentos sustentáveis e exemplificámo-los considerando domínios da vida quotidiana e tipos de comportamento. Determinámos os comportamentos que têm um impacto mais negativo na vida quotidiana. No final, decidimos concentrar-nos nos comportamentos de mobilidade. Na segunda fase, explorámos os obstáculos à adoção e/ou manutenção de comportamentos sustentáveis. Conduzimos sessões de grupos focais para descobrir necessidades dos utilizadores, exigências, problemas e desculpas razoáveis para não adotar ações de mobilidade sustentável e níveis de preferência/satisfação dos modos de mobilidade. Depois de traçarmos as oportunidades potenciais para um maior desenvolvimento, identificámos os comportamentos sustentáveis alvo, em que nos iriamos focar, em particular o caminhar e partilhar bicicletas, na vida da cidade. Na terceira fase, identificámos utilizadores-alvo, desenvolvemos personas e um cenário narrativo representando potenciais perfis de utilizadores e problemas. Ilustrámos storyboards, gerámos ideias. Apesar de o estudo se rever no paradigma sócio-critico, as soluções conceptuais geradas foram baseadas em Estratégias de Mudança de Comportamento e problemas observados em potenciais utilizadores, bem como em oportunidades futuras recolhidas a partir de relatórios de previsão e não apenas nas possibilidades tecnológicas atuais. Realizámos entrevistas de avaliação por peritos para alimentar a ideação, fazer a avaliação e refinamento das propostas, com a participação de especialistas em diferentes campos do saber, incluindo design de interfaces, produto, têxtil, moda, interação e ciência, incluindo engenharia, computador, física, software. Na quarta fase, visualizámos ideias conceptuais de produtos e sistemas com “storyboarding” de soluções. Desenvolvemos “mock-ups” e um protótipo em vídeo do vestuário de moda, para permitir a avaliação da experiência de utilização antecipada. O protótipo de vídeo forjou o que seriam as futuras ofertas de tecnologia inteligente em termos de interface e exibição do e-textile com animação por computador e ferramentas de edição de vídeo. Demos aos potenciais utilizadores a impressão de que estavam a interagir com um sistema real antes deste existir, o que proporcionou a tangibilização possível da solução para a fase de avaliação. Na última fase, avaliámos o desenho conceptual dum “fashionable wearable” para testar a motivação do utilizador em aderir ao comportamento desejável e a usabilidade do artefacto. Utilizámos o Questionário de Experiência de Utilização (UEQ), avaliando a sua experiência considerando a perspicuidade, eficiência, estímulo, atratividade, novidade e fiabilidade do design conceptual. Obtivemos também feedback e sugestões dos utilizadores. O conceito foi avaliado positivamente. Encontrámos um estímulo significativo para a mudança de comportamento, que sugere que os artigos de moda, se usados como parte de uma estratégia de mudança de comportamento, podem influenciar a adoção de comportamentos mais sustentáveis no contexto da mobilidade urbana em cidades “inteligentes”. Em última análise, esta investigação de doutoramento contribuiu para o campo do design de moda, design para comportamento sustentável, design para mudança de comportamento e sustentabilidade.The lack of sustainability that threatens our future needs urgent attention, requiring a holistic approach. However, actions explicitly aimed at changing human behaviour are not very common when, paradoxically, much of the environmental impact is associated with the behaviour of users in everyday life. Many unsustainable actions are currently taking place in cities, causing negative impacts. Cities offer access to many requirements of life that causes a population shift. Significantly, mobility facilitates access to all necessities of life in urban areas. Considering the potential to generate congestion, pollution and preventing freedom of accessibility, mobility can directly affect the quality of air and quality of life. Since cities are becoming smart thanks to emerging technologies, smart mobility has growing in importance and concerns more about being effective and sustainable. In this matter, mobility choices have a substantial impact on daily life. This study intended to promote mobility behaviours considered more sustainable through the design of fashionable wearables that can work as active elements of the system in the smart city context. The combination of body-related functionality and seduction, as well as the motivating power of fashion, combined with advanced technology and sensors, provided a strong motivation for contributing to behaviour change. The main objective was to explore how and to what extent solutions of fashionable wearables can promote more sustainable behaviours in smart cities. Mobility choices were selected as target behaviours that are desired to be altered. To achieve this, a mixed methodology according to the Human-Centred Design approach was used to gain information about needs and demands. Design for Behaviour Change strategies were used to provide solutions at a conceptual design level. We evaluated the conceptual design with a key element of fashionable wearable to test the motivation of the user to use and adhere the usability of the design to determine behaviour intervention. The conceptual design was evaluated positively, and we found the meaningful stimulus for the behaviour change

    Sustainable Solutions for Wearable Technologies:Mapping the Product Development Life Cycle

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    Wearable technologies involve the integration of technology into clothing or accessories to bring new functionalities for people on the move. Many examples of wearables are emerging, from simple fitness tracking watches to electronics deeply embedded into garments for multi-touch sensing and control for personal music players. Without careful development, wearables can have a negative impact on the environment due to increased production of electronic components, increased e-waste from abandoned devices, and increased energy usage. We examine environmental sustainability issues through a review of recent research and cases across three broad areas including the fashion industry, information and communications technology (ICT), and wearable technologies. In the analysis, we examine stages in the product life cycle and identify the unique issues for each sector, including the extraction of materials, production process, distribution of products, use, and disposal of products that have reached the end of their life. The findings are gathered as implications for design so that researchers, educators, designers, developers, and product managers will gain an overview of the issues related to environmental sustainability. Related examples of products and prototypes are provided to enable informed choices during the design and development of wearables that are more environmentally sustainable

    Spheres of Practice for the Co-design of Wearables

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    As expectations within the area of smart textiles increasingly become informed and driven by technological developments, the disciplinary boundaries and relationship between user and technological innovation will unavoidably transform. The authors venture that new paradigms of collaborative practice will inevitably develop between design and science, to more fully realize both the opportunities and contexts that wearable textiles offer. Drawing on previous work by the authors namely Molecular Imprinted Textiles (MIT - 2009/10), Future Textile Visions (FTV - 2010/11), Design Specks: Connecting People with Speckled Computing (2012/13), Second Skin (2013/14), and The S*** Word: Designing the Empathic Underwardrobe (2014), a model is proposed to more clearly understand and navigate between design, technology and application, and more importantly, between our cultural understanding of the user and the wearer. This paper reflects on a series of projects that inform a methodological approach: a process of asking questions; developing scenarios; exploring materials and making; generating concepts and building prototypes. Each project involved collaborations between design, academics, users and industry, and a form of co-design, where knowledge exchange was central, design was the intermediary, and the goal was to understand the drivers and the stakeholders. Simultaneously, this research sought to better understand and communicate the development of more empathic textile and fashion artifacts, and solutions. Co-design in this context is seen as a core approach to shifting the balance from technology as merely adjunct, or as a hook for marketers and users, to a more informed and harmonised position, where technology sits proximally and comfortably. The notion of interdisciplinary understanding, which tracks across domains of product, fashion and textiles, presents an approach where the application is still emerging. Through analysis of this progressive series of projects, the authors suggest that there is an opportunity to explore the inherent connectedness that textiles might offer for the integration and embedding of technology within material as a means to embrace these affordance opportunities. Central to this notion is the realisation of opportunities arising from dialogue and collaborative making (i.e. co-design), and for exploring the transformative notions of the user and the wearer. This paper led the authors to pose a set of questions that align to a four stage design process: Research, Define, Develop, Reflect, to frame findings and insights, and to outline the potential for future opportunities of working with technology to achieve the making and wearing of desirable materializations on the body

    Smart Textiles and Clothing: An Opportunity or a Threat for Sustainability?

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    Wearable technology products which include smart clothing and textiles have grown in popularity and are only expected to become more ubiquitous over the next several years with an annual growth of 23 percent reaching 100billioninsalesby2023and100 billion in sales by 2023 and 150 billion by 2026. But this growing demand does not come without considerable cost. Combining electronics and textiles, which both are relatively short-lived mass consumer goods, would intensify product obsolescence and lead to even shorter life cycles and abandonment of products. Although there is extensive research on the sustainability of fashion, limited research exists on the sustainability of smart textiles and clothing, and it appears timely and significant for an exploratory study on this topic. This study explores sustainability of smart textiles and clothing by a critical and in-depth review of existing literature and recent design efforts in the industry and in alternative realms such as maker spaces. The study introduces design approaches for more sustainable products and user experiences by employing Norman’s levels of emotional design [1], and Lamb and Kallal’s functional, expressive, and aesthetic (FEA) apparel design models [2] as grounding frameworks to discuss the sustainability of smart textiles and clothing from all angles. References [1] Norman, Donald A. 2004. Emotional design: Why we love (or hate) everyday things. Basic Civitas Books. [2] Lamb, Jane M., and M. Jo Kallal. 1992. A conceptual framework for apparel design. Clothing and Textiles Research Journal 10, 2, (1992), 42-47. </div

    The rise and fall of wearable fitness trackers

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    Wearables are becoming increasingly popular in different industries for various purposes. It is suggested that the market will reach 30 billion USD in 2020, containing a variety of products made by different companies. Yet one of the current issues is the large attrition rate of consumers no longer wearing their device. Current business models are built on technology push and therefore do not succeed in matching the technology to consumer needs. Previous studies have either focused on the technological features or adoption potential of wearables. Yet, little is known about the elements leading to attrition. Therefore the purpose of the paper is to identify the key determinants from a consumer perspective leading to dissatisfaction and eventually wearable attrition
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