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Os saberes da antropologia da educação e a emergência de novos papéis sociais em escolas portuguesas
A escola sempre foi um lugar de encontros e desencontros de pessoas, de diferentes culturas, de diferentes pontos de vista, de vários saberes, de continuidades e descontinuidades entre a escola e o lar. Contudo, a “escola para todos” trouxe mais gente para dentro do mesmo espaço, das mesmas regras, da mesma cultura hegemónica do Estado-Nação. Por isso a educação, mesmo a educação escolar, para ser performativa, não pode ser senão um processo de mediação entre sujeitos, mundos e saberes. E não será o professor, qualquer que seja, por definição, um mediador? Mas é-o na prática? Todos o são? O professor é um mediador de aprendizagens ou, também, de tensões sociais, de conflitos, de culturas, um mediador intercultural, portanto e um mediador sociopedagógico? O Professor pode ser isto tudo?
Nesta comunicação apresentar-se-á parte de uma pesquisa em curso sobre o trabalho social realizado num programa TEIP – Territórios Educativos de Intervenção Prioritária, e num GAAF – Gabinete de Apoio ao Aluno e à Família, onde professores, psicólogos, antropólogos, sociólogos, assistentes sociais, animadores e educadores sociais têm trabalhado, em conjunto, usando teoria e metodologia da antropologia da educação para construir estratégias de resolução de tensões sociais que, tantas vezes, se transformam em indisciplina escolar e na exclusão de muitos alunos no acesso à cultura hegemónica
Entre o estigma e a afirmação positiva: os territórios educativos como espaços de mediação sociopedagógica
Professores e outros atores no processo educativo escolar
Comunicação apresentada no XXIV Colóquio AFIRSE Portugal, A escola: dinâmicas e atores, que decorreu em Lisboa, de 2 a 4 de fevereiro de 2017, no Instituto de Educação da Universidade de Lisboa.info:eu-repo/semantics/publishedVersio
Pedagogia social e mediação sociopedagógica como processos de emancipação: investigação e ação em escolas portuguesas
(Re)viver a vida : etnobiografias e produção de novos sentidos
Comunicação apresentada no II CIPA – Congresso Internacional sobre Pesquisa (Auto)Biográfica, Tempos Narrativas e Ficções: a invenção de si, Salvador, Bahia, Brasil, 2006.Nesta comunicação procuramos mostrar como os professores, esses agentes sociais que constituem nosso objecto de estudo, se redescobrem, racionalizam experiências passadas, opções tomadas, etc., pela possibilidade de terem alguém que os ouve e os questiona a partir das suas próprias lógicas e contextos
The Master Programe on Intercultural Mediation and Social Intervention
Portugal, in particular, and Europe in general are paradigms of diversity in unity and of the need for intercultural
mediation and social intervention policies enabling the reception, hospitality, respect for others and their
training in a more inclusive society. From a research and sociological and anthropological level of knowledge,
the ESECS-IPLeiria invested, in 2013, on a Master program in Intercultural Mediation and Social Intervention
that is a unique example in Portugal. In this paper, in addition to present the Master’s curriculum, we invest in
the distinction between preventive mediation, transformative and social empowerment, rather than focusing
on solving, typical of conflict resolution, based on the questionable pillar of neutrality and impartiality
Trabalho social na escola : um estudo comparativo entre TEIPS e GAAFS
Comunicação apresentada no XVIII Colóquio da Associação Francofone Internacional de Pesquisa Científica em Educação (Afirse): Deontologia, ética e valores na educação – Utopia e realidade, Universidade de Lisboa, Lisboa, 2010.Nesta comunicação apresentar-se-á parte de uma pesquisa em curso sobre o trabalho social realizado num programa TEIP – Territórios Educativos de Intervenção Prioritária e num GAAF – Gabinete de Apoio ao Aluno e à Família, onde professores, psicólogos, educadores sociais e assistentes sociais têm trabalhado em conjunto para construir estratégias de resolução de problemas sociais que tantas vezes se transformam em indisciplina escolar e na exclusão de muitos alunos do acesso à cultura hegemónica
A entrevista em grupo: formas de desocultar representações e práticas de trabalho social nas escolas
Nesta comunicação apresentar-se-á parte de uma pesquisa em curso sobre o
trabalho social feito nas escolas, quer por parte de educadores sociais e
assistentes sociais, quer por parte de professores que estão sensibilizados e
preparados para fazer mediação escolar e a articulação entre a cultura
hegemónica da escola e as dos alunos que a ela chegam.
Para o efeito, socorrer-nos-emos dum trabalho etnográfico e, em particular,
de narrativas de professores de duas escolas do concelho de Leiria que têm
sido paradigmáticas na construção de práticas pedagógicas e sociais de como
lidar com a diferença, a desigualdade e os problemas da sociedade
contemporânea que se espelham na “escola para todos”.
Dedica-se uma especial atenção à análise de uma entrevista em grupo (focus
group)
para confrontar pontos de vista. A partir de extractos das vozes dos sujeitos
implicados nessa entrevista em grupo, avaliar-se-á da eficácia desta
metodologia etnográfica e do valor heurístico da mesma para confrontar
representações e práticas de trabalho social em escolas. Este tipo de
entrevista, gravada em áudio e em vídeo, permite apurar melhor os olhares
consonantes e dissonantes sobre a emergência e legitimação de novos
profissionais dentro das escolas hoje, cada vez mais, um microcosmos da
sociedade global
Territórios educativos e mecanismos de lidar com a diferença na escola
Pretendemos, nesta comunicação, dar conta duma investigação a decorrer no CIID-IPL (www.ciid.ipleiria.pt) que compara as práticas de Professores e de Técnicos Superiores de Serviço Social (TSTS) em dois Territórios Educativos do concelho de Leiria1: um Território Educativo de Intervenção Prioritária (TEIP) e um Agrupamento Escolar que tem sustentado uma “Oficina de Comportamento” a par do currículo formal e experimentado um Gabinete de Apoio ao Aluno e à Família (GAAF) do Instituto de Apoio à Criança (IAC) como meio de mediação sociopedagógica.
Em ambos os territórios, as funções de mediação têm sido desempenhadas por professores e TSTS, um com mais autonomia para sustentar mediadores, outro que tem privilegiado o projecto educativo como gerador de créditos horários para afectar professores ao trabalho de mediação.
Apesar das diferenças estruturais e de variedade de agentes educativos implicados, em ambos os territórios há uma crença de se trabalhar com a diferença cultural na escola, com a mediação de tensões sociais mas as práticas e discursos de professores e TSTS parecem inscrever-se numa postura ideológica próxima do que designamos de “patologização da diferença” que vê a escola contemporânea com muitos problemas que têm de ser resolvidos não só por professores mas, também, por psicólogos e TSTS como sejam os assistentes sociais, educadores sociais, sociólogos, animadores, etc. A tónica da prática parece ser posta na mediação para a resolução de conflitos (a escola como o hospital dos problemas sociais) e não tanto da mediação sócio-cultural, a montante dos problemas, resultante da (in)comunicação entre os agentes educativos e os alunos e suas famílias, bem como entre os diferentes alunos
A formação no ensino superior para a mediação
Apresentamos os resultados de uma análise documental sobre o que os vários cursos da área das ciências sociais e humanas, para além da formação de professores, que põe a tónica na saída profissional de ser educador/ser professor, indicam nas saídas profissionais ligadas à mediação e quais aqueles que, particularmente, contêm unidades curriculares ligadas à mediação. Procuramos perceber até que ponto a formação de índole superior, nas universidades e institutos politécnicos do país, antevê e prepara os alunos para esta dimensão da mediação, seja ela da mediação de conflitos ou da mediação sociocultural ou intercultural aplicada ao contexto pedagógico e escolar
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