research

Territórios educativos e mecanismos de lidar com a diferença na escola

Abstract

Pretendemos, nesta comunicação, dar conta duma investigação a decorrer no CIID-IPL (www.ciid.ipleiria.pt) que compara as práticas de Professores e de Técnicos Superiores de Serviço Social (TSTS) em dois Territórios Educativos do concelho de Leiria1: um Território Educativo de Intervenção Prioritária (TEIP) e um Agrupamento Escolar que tem sustentado uma “Oficina de Comportamento” a par do currículo formal e experimentado um Gabinete de Apoio ao Aluno e à Família (GAAF) do Instituto de Apoio à Criança (IAC) como meio de mediação sociopedagógica. Em ambos os territórios, as funções de mediação têm sido desempenhadas por professores e TSTS, um com mais autonomia para sustentar mediadores, outro que tem privilegiado o projecto educativo como gerador de créditos horários para afectar professores ao trabalho de mediação. Apesar das diferenças estruturais e de variedade de agentes educativos implicados, em ambos os territórios há uma crença de se trabalhar com a diferença cultural na escola, com a mediação de tensões sociais mas as práticas e discursos de professores e TSTS parecem inscrever-se numa postura ideológica próxima do que designamos de “patologização da diferença” que vê a escola contemporânea com muitos problemas que têm de ser resolvidos não só por professores mas, também, por psicólogos e TSTS como sejam os assistentes sociais, educadores sociais, sociólogos, animadores, etc. A tónica da prática parece ser posta na mediação para a resolução de conflitos (a escola como o hospital dos problemas sociais) e não tanto da mediação sócio-cultural, a montante dos problemas, resultante da (in)comunicação entre os agentes educativos e os alunos e suas famílias, bem como entre os diferentes alunos

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