8 research outputs found

    Processos interativos no campo da difusão científica: uma experiência com educação de jovens e adultos privados de liberdade

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    Essa pesquisa teve como objetivo investigar, por meio de um estudo de campo, as interações sociais constituídas no âmbito da difusão científica, em espaço da educação não formal - Banca da Ciência (BC) - entre mediadores e visitantes. Para isso, observamos o processo interativo, no decorrer de uma apresentação da BC, entre os mediadores e o público da EJA privado de liberdade, utilizando um diário de campo e fotos para registro. Em seguida, foram realizadas duas sessões de discussão, em uma perspectiva dialógica, com os mediadores, estudantes de graduação, que atuaram nas atividades. Usamos como disparadores dos grupos fotos dos processos interativos vivenciados e três questões problematizadoras. Foram coletados registros em vídeo dos grupos dos quais, posteriormente, foram transcritos os turnos de fala com o intuito de identificar discursos significativos dos participantes para estudo do processo interativo. Para análise dos dados, foram consideradas as diferentes etapas da pesquisa buscando uma visão de todo o processo. A análise foi estruturada a partir de núcleos de significação (AGUIAR e OZELLA, 2013), visando não apenas a descrição do fenômeno, mas sim seu estudo e interpretação na totalidade. A BC é uma proposta interdisciplinar de intervenções não formais de comunicação dialógica e crítica da ciência para crianças, adolescentes, público geral em espaços educativos escolar e não-escolar. A BC tem como uma de suas preocupações a formação dos mediadores para atuação nos processos interativos de difusão científica. As atividades desenvolvidas dialogam com os cursos de licenciatura da Universidade Federal de São Paulo e representam importante valor formativo profissional para os estudantes, contribuindo com a formação dos futuros professores. Foram sujeitos os graduandos dos cursos de Pedagogia, História, Ciências Sociais, Letras e Filosofia da Unifesp que atuaram como mediadores do projeto Banca da Ciência na mediação da interação de educandos da Educação de Jovens e Adultos (EJA) privados de liberdade com atividades do projeto. Por meio da análise dos dados, verificamos indícios objetivos de que participar desse processo interativo de difusão científica na educação não formal, Banca da Ciência, com os educandos privados de liberdade permitiu uma aproximação que trouxe contribuições na formação dos mediadores, que serão futuros professores, levando-os a refletir sobre as especificidades do trabalho com o público da Educação de Jovens e Adultos e, além disso, pensar o papel da difusão científica e da educação não formal no processo de aproximação da população ao conhecimento científico. Todos os registros foram avaliados qualitativamente a partir de nosso referencial bibliográfico que tem como base a teoria histórico-cultural de Vigotski e a perspectiva dialógica para Paulo Freire.This research aims to investigate, through a field study, the social interactions constituted within the scope of scientific diffusion, in non-formal education space: Stand of Science (SS), between mediators and visitors. We observed the interactive process during a SS presentation, between mediators and public deprived of their liberty, using a field diary and photos for registration. Two discussion sessions were held then, in a dialogical perspective, with mediators who acted on their activities. We use as group triggers photos of the experienced interactive processes and three problematic questions. Video records were collected from the groups which their speech shifts were later transcribed in order to identify participants' meaningful discourses for the study of interactive process. As data analysis, we considered the different stages of the research seeking a view of the entire process. The analysis was structured based on meanings (AGUIAR and OZELLA, 2013), aiming not only to describe the phenomenon, but study and interpreting on their entirety. The Stand of Science is an interdisciplinary proposal of non-formal interventions of dialogic communication and critical of science for children, adolescents, the general public in educational and non-school educational space. The formation of mediators to act in interactive processes of scientific diffusion is one of SS concern. The developed activities dialogue with the Federal University of São Paulo undergraduate courses and represent important professional formative value for students, contributing to the formation of future teachers. The Unifesp undergraduate students of Pedagogy, History, Social Sciences, Letters and Philosophy courses acted as mediators on Stand of Science project mediating the interaction of young and adult education students deprived of their liberty with project activities. Through data analysis, we found objective evidence that participating in this interactive process of scientific diffusion in non-formal education, Stand of Science, with students deprived of liberty allowed an approach that brought contributions in the formation of mediators, who will be future teachers, making to reflect on the specificities of working with the public of Youth and Adult Education and also think about the role of scientific diffusion and non-formal education in the process of bringing the population closer to scientific knowledge.; We grasp the specificities of the education of young and adult. All records were qualitatively evaluated from the bibliographic framework based on Vigotski's cultural historical theory and Paulo Freire dialogical perspective

    Grizzly Den set for January 13, 1981

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    Desenvolvemos, no programa de extensão interinstitucional (Unifesp, USP e IFSP) Banca da Ciência a divulgação científica, em vários ambientes, com uma metodologia que privilegia o lúdico, o dialogismo e as interações sociais. O objetivo do programa Banca da Ciência é apresentar conceitos científicos de uma forma lúdica e interativa para estudantes da escola básica e para outros interessados. Para isso contamos com a Banca da Ciência, uma estrutura em forma de banca de jornal adaptada para receber equipamentos científicos e didáticos e com espaço para sua manipulação por grupos de estudantes funcionando como espaço expositivo, além laboratório de investigação e divulgação de ciências. A partir das diferentes demandas, espaços e formatos com os quais trabalhamos, são caracterizadas e delimitadas ações e pesquisas em diferentes projetos que se caracterizam por diferentes públicos, espaços e modalidades de ações. Esses projetos são nomeados por siglas representando personagens de ficção e/ou fantasia. Joaninha, Ellie e Susan Calvin são três projetos desenvolvidos pela Escola de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade Federal de São Paulo (EFLCH-Unifesp) desde 2018 em colaboração com o subprojeto Pedagogia do Pibid Unifesp. Dito isso, objetivamos, nesse trabalho, descrever a estrutura e as ações do programa Banca da Ciência articulada com a formação dos graduandos do curso de Pedagogia, no campus Guarulhos da Unifesp, contribuindo assim para uma experiência na interface divulgação cientifica–ensino de ciências.We developed, in the interinstitutional extension program (Unifesp, USP and IFSP) Science Stand, the science outreach in various environments, with a methodology that privileges the playful, dialogism and social interactions. The goal of the Science Stand program is to present scientific concepts in a playful and interactive way for elementary school students and other stakeholders. For this, we have the Newsstand, a structure in the form of a newsstand adapted to receive scientific and didactic equipment and with space for its manipulation by groups of students working as an exhibition space, as well as a research and science outreach laboratory. From the different demands, spaces and formats with which we work, actions and researches are characterized and delimited in different projects, which are characterized by public, spaces and modalities of actions and, which are given names with acronyms representing fictional and/or fantasy characters. Joaninha, Ellie and Susan Calvin are three projects developed by the School of Philosophy, Letters and Human Sciences of the Federal University of São Paulo (EFLCH-Unifesp), since 2018 in collaboration with the Pibid Unifesp Pedagogy subproject. That said, we aim, in this paper, to describe the structure and actions of the Science Stand program articulated with the training of Pedagogy undergraduates at the Unifesp Guarulhos campus, thus contributing to an experience in the interface science outreach - science education

    Science in prison: non-formal education and initial teacher formationin the prison context

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    A Banca da Ciência (BC) é uma proposta de intervenções não formais de comunicação dialógica e crítica da ciência. O objetivo desse artigo é investigar os processos interativos no âmbito da difusão científica em espaços de educação não formal - no caso, a Banca da Ciência - entre os mediadores e os educandos jovens e adultos privados de liberdade. Para tanto observamos o processo interativo, no decorrer de duas apresentações da BC, entre os mediadores e o público da Educação de Jovens e Adultos (EJA) privados de liberdade utilizando, para registro, diário de campo e fotos. Também foram promovidos dois grupos de discussão com os mediadores. Com base nas teorias de Vigotski e Freire verificamos, na análise dos dados, indícios objetivos de que a atividade da BC contribuiu com a formação dos mediadores, que são futuros professores, fazendo-os pensar sobre as especificidades do trabalho com o público da EJA

    Banca da Ciência no Presídio: uma experiência de difusão científica e educação não formal em espaços de privação de liberdade

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    O projeto Banca da Ciência (BC) foi desenvolvido por professores da Universidade de São Paulo (USP) e Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP) como uma proposta interdisciplinar de intervenções não-formais de comunicação dialógica e crítica da Ciência para crianças, adolescentes, adultos e idosos em espaço educativo escolar e não-escolar. O projeto BC trabalha com a difusão científica de forma interativa e dialógica visando aproximar seus participantes do conhecimento científico e proporcionar-lhes a reflexão. A BC busca levar a espaços não específicos de exposição aspectos da experiência vivida por visitantes de museus e centros de ciências, como uma iniciativa de levar a prática a um público mais amplo do que o que costuma visitar as instalações centralizadas. Como no caso, levamos o projeto para os educandos privados de liberdade em regime fechado na Penitenciária José Parada Neto em Guarulhos, com o objetivo de aproximar esse público da ciência, a partir de experimentos científicos confeccionados com materiais de baixo custo. A apresentação teve como finalidade, não só levar a ciência para um contexto onde a educação formal ainda é recente, mas também mostrar aos educandos como a ciência faz parte do seu cotidiano e que eles carregam saberes populares e experiências empíricas ricas de conhecimentos sobre ciências da natureza. Foi possível observar que, quando inseridos em um ambiente de educação não-formal interativo como a Banca da Ciência, ocorre o processo de construção de ideias sobre as ciências da natureza e as possíveis relações desses conhecimentos com o cotidiano dos visitantes favorecendo a aproximação deles com os assuntos científicos, colaborando com o processo de difusão científica. Por meio das falas dos educandos tivemos indícios objetivos de que a difusão científica tem o papel de contribuir para ampliação do acesso ao conhecimento sistematizado, elaborado pela ciência, e assim buscar garantir a aproximação da ciência com a população, independente do estrato social a que essa população pertence. Democratizar o acesso à ciência é também uma forma de aumentar o acesso das populações mais marginalizadas à ciência

    BANCA DA CIÊNCIA NO PRESÍDIO: UMA EXPERIÊNCIA DE DIFUSÃO CIENTÍFICA E EDUCAÇÃO NÃO FORMAL EM ESPAÇOS DE PRIVAÇÃO DE LIBERDADE

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    O projeto Banca da Ciência (BC) foi desenvolvido por professores da Universidade de São Paulo (USP) e Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP) como uma proposta interdisciplinar de intervenções não-formais de comunicação dialógica e crítica da Ciência para crianças, adolescentes, adultos e idosos em espaço educativo escolar e não-escolar. O projeto BC trabalha com a difusão científica de forma interativa e dialógica visando aproximar seus participantes do conhecimento científico e proporcionar-lhes a reflexão. A BC busca levar a espaços não específicos de exposição aspectos da experiência vivida por visitantes de museus e centros de ciências, como uma iniciativa de levar a prática a um público mais amplo do que o que costuma visitar as instalações centralizadas. Como no caso, levamos o projeto para os educandos privados de liberdade em regime fechado na Penitenciária José Parada Neto em Guarulhos, com o objetivo de aproximar esse público da ciência, a partir de experimentos científicos confeccionados com materiais de baixo custo. A apresentação teve como finalidade, não só levar a ciência para um contexto onde a educação formal ainda é recente, mas também mostrar aos educandos como a ciência faz parte do seu cotidiano e que eles carregam saberes populares e experiências empíricas ricas de conhecimentos sobre ciências da natureza. Foi possível observar que, quando inseridos em um ambiente de educação não-formal interativo como a Banca da Ciência, ocorre o processo de construção de ideias sobre as ciências da natureza e as possíveis relações desses conhecimentos com o cotidiano dos visitantes favorecendo a aproximação deles com os assuntos científicos, colaborando com o processo de difusão científica. Por meio das falas dos educandos tivemos indícios objetivos de que a difusão científica tem o papel de contribuir para ampliação do acesso ao conhecimento sistematizado, elaborado pela ciência, e assim buscar garantir a aproximação da ciência com a população, independente do estrato social a que essa população pertence. Democratizar o acesso à ciência é também uma forma de aumentar o acesso das populações mais marginalizadas à ciência

    Inclusive Literacy: Possibilities of a Formative Experience from a Historical-Cultural Perspective

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    A Educação Inclusiva é baseada em ideias que podem ser efetivadas por meio de um processo de letramento inclusivo, uma vez que este pode reconstruir e problematizar crenças limitantes sobre diferenças, estimular atitudes e práticas favoráveis à inclusão e direcionar ações que qualifiquem o processo de inclusão social e escolar. Compreendemos letramento inclusivo como um conjunto de atitudes e práticas socioculturais favoráveis à inclusão. A partir dessa perspectiva, nossa pesquisa tem como objetivo investigar as contribuições do processo de letramento inclusivo para a formação das graduandas participantes de uma experiência formativa na perspectiva histórico-cultural. Para isso, realizamos um encontro inicial com o intuito de diagnosticar os interesses das nossas participantes no que tange ao tema Educação Inclusiva, bem como para dialogar e alinhar as próximas etapas da pesquisa. A partir dessas informações elaboramos um plano de ação organizado em três etapas: um curso de extensão com 8 encontros síncronos, oficinas e apresentações da Banca da Ciência em uma instituição de ensino especializada, localizada no município de São Bernardo do Campo e uma apresentação da Banca da Ciência em um espaço público (shopping), no mesmo município, onde nossas participantes, em parceria com os alunos com deficiência, apresentaram os experimentos científicos para um público espontâneo. Para avaliar nossa experiência formativa realizamos um grupo de discussão com as participantes buscando constatar, e discutir, as contribuições de toda a experiência formativa no processo de letramento inclusivo das graduandas, que são futuras professoras. Foi elaborado também um diário de campo para registro das observações, por parte da pesquisadora, de todas as etapas da pesquisa e foram respondidos, pelas participantes, questionários ao longo do processo. Foram participantes da nossa pesquisa sete graduandas do curso de Pedagogia de três instituições de ensino superior diferentes. Como resultado teórico estabelecemos o conceito de Letramento Inclusivo que envolve atitudes e práticas socioculturais favoráveis à inclusão, essas ações são consequência da ação da pessoa com a tomada de conhecimento do ambiente social. O letramento inclusivo pode se desenvolver a partir de diversos fatores: por experiências, vivências e por meio de aprendizagens. Consideramos que estes fatores foram proporcionados às nossas participantes ao longo de toda a nossa experiência formativa. Por meio da análise dos dados, verificamos indícios objetivos de que participar da experiência formativa, na perspectiva histórico-cultural, contribuiu com o processo de letramento inclusivo das nossas participantes. Além disso, foi possível identificar os desafios e possibilidades relacionados à formação inicial de professores na perspectiva inclusiva, assim como compreender as percepções das graduandas ao vivenciar a experiência formativa por meio do diálogo no grupo de discussão. Por fim, conseguimos avaliar o papel da educação não formal, representada pela Banca da Ciência, no processo de inclusão dos educandos com deficiência. Todos os registros foram avaliados qualitativamente a partir de nosso referencial bibliográfico que tem como base a teoria histórico-cultural de Vigotski.Não recebi financiament
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