8 research outputs found

    Ureteroneocistostomia unilateral em uma cadela com carcinoma de células transicionais em região de trígono vesical: relato de caso

    Get PDF
    O carcinoma de células de transição (CCT) é o neoplasma de vesícula urinária mais comum no cão, compreendendo cerca de 80 a 90% dos tumores epiteliais do órgão. A região mais comumente acometida é o trígono vesical e, por isso, o tratamento cirúrgico muitas vezes não é possível para a ressecção completa do tumor. O objetivo deste trabalho é descrever a técnica de ureteroneocistostomia unilateral realizada em um cão diagnosticado com CCT em região de trígono vesical, destacando-a como uma opção terapêutica para esta afecção. Para diagnóstico foram realizadas ultrassonografia abdominal e citologia urinária, em que foi possível identificar a presença de uma massa amorfa em região de trígono vesical e presença de células com características de malignidade compatíveis com CCT, respectivamente. Para o tratamento, optou-se pela realização da ureteroneocistostomia unilateral, que demonstrou ser uma técnica eficiente ao restabelecer a função do ureter, permitindo a completa exérese da neoplasia, conforme demonstrado em urografia excretora. Conclui-se que a técnica de ureteroneocistotomia unilateral foi eficiente para o tratamento de uma cadela com CCT em região de trígono vesical

    Prostatectomia total para exérese de adenocarcinoma em cão: relato de caso

    Get PDF
    As neoplasias prostáticas são extremamente relevantes na rotina veterinária, visto que as afecções que acometem esse órgão, que é a única glândula sexual acessória do cão, têm um alto grau de malignidade e são localmente invasivas. A incidência de neoplasia prostática é baixa, sendo os animais de meia-idade a idosos (8 a 11 anos) mais predispostos. O diagnóstico definitivo é realizado através do exame histopatológico, entretanto o mesmo acontece muitas vezes de forma tardia, levando a um prognóstico de reservado a desfavorável. Devido à raridade da ocorrência desta neoplasia, sem o aparecimento de metástase, o presente trabalho teve por objetivo descrever a realização da prostatectomia total para exérese de adenocarcinoma em um paciente canino, da raça Maltês, com 10 anos de idade. O animal foi encaminhado para atendimento clínico apresentando incontinência urinária, polaquiu?ria, baixo grau de tenesmo e episódios de diarreia pastosa. Foram realizados exames complementares como hemograma, bioquímico (dosagem de triglicerídeos, colesterol total, alanina aminotransferase, fosfatase alcalina e creatinina), ultrassonografia abdominal, eletrocardiograma, ecocardiograma, tomografia computadorizada do tórax e abdômen e citologia. Após diagnóstico neoplásico, realizou-se a prostatectomia total para exérese do adenocarcinoma prostático, obtendo-se resultado satisfatório. Conclui-se que o procedimento cirúrgico empregado em questão é eficaz para o tratamento de neoplasia prostática em animais com diagnóstico precoce, sem indícios de metástase, no qual é possível realizar toda a ressecção tumoral

    Complicações tardias do uso de abraçadeiras de náilon para ligadura de pedículos ovarianos em cadela: relato de caso

    Get PDF
    A ovariosalpingohisterectomia (OSH) é o procedimento cirúrgico mais realizado no sistema reprodutor da fêmea de cadelas e gatas, seja como cirurgia eletiva, visando evitar crias indesejáveis, ou ainda como medida terapêutica para pacientes portadoras de piometra, tumores influenciados pelos hormônios reprodutivos ou outras afecções. Como alternativa à técnica cirúrgica tradicional que utiliza fios de sutura para realizar a ligadura dos pedículos ovarianos e uterino, alguns cirurgiões tem utilizado abraçadeira de náilon, visando reduzir o tempo cirúrgico e diminuir os custos da cirurgia. No entanto, este dispositivo pode causar complicações graves, como granuloma e aderências. Diante disso, foi objetivo deste trabalho relatar complicações tardias após a realização de OSH eletiva em uma cadela em decorrência da utilização de abraçadeira de náilon para ligar os pedículos ovarianos. Uma cadela, foi atendida na Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE) apresentando vômito crônico e emagrecimento progressivo. Posteriormente a paciente foi encaminhada para celiotomia exploratória, onde foi possível identificar a formação de granulomas (em topografia de coto ovariano) e aderências decorrentes de ligaduras com abraçadeira de náilon em OSH realizada quatro anos antes. Concluiu-se que apesar do uso da abraçadeira tornar a técnica mais facilmente exequível e reduzir os custos da cirurgia, o seu emprego pode levar a complicações graves, como a formação de aderência e granulomas

    Retalho padrão axial ilíaco circunflexo profundo empregado após exérese de carcinoma em cão

    Get PDF
    O carcinoma de células escamosas (CCE) é um tumor maligno de origem epitelial comum em animais de pele clara e com exposição prolongada à luz ultravioleta (UV). O presente trabalho tem por objetivo relatar um caso de canino diagnosticado com Carcinoma de Células Escamosas (CCE), sendo realizado exérese cirúrgica com a utilização de retalho de padrão axial da artéria ilíaca circunflexa para correção do defeito. Uma cadela, bulldog francês, com oito anos de idade, foi avaliada apresentando lesão ulcerativa com cerca de 12cm2 em região dorso caudal, próximo ao períneo. O diagnóstico de CCE foi realizado através do exame histopatológico. As margens cirúrgicas estavam livres de tumoração. Optou-se pela utilização de técnica de cirurgia reconstrutiva para fechamento da ferida, sendo realizado o flap da artéria ilíaca circunflexo profunda, não sendo observada nenhuma complicação pós cirúrgica. A técnica foi considerada satisfatória para correção do defeito cirúrgico, permitindo uma exérese completa do tumor

    Retalho padrão axial ilíaco circunflexo profundo empregado após exérese de carcinoma em cão :

    Get PDF
    Squamous cell carcinoma (SCC) is a malignant tumor of common epithelial origin in light-skinned animals with prolonged exposure to ultraviolet (UV) light. The present study aims to report a case of canine diagnosed with squamous cell carcinoma (SCC), and surgical excision with the use of an axial pattern flap of the deep circumflex iliac artery to correct the defect. A French bulldog, eight years old, was evaluated presenting ulcerative lesion with about 12 cm2 in the caudal back region of the animal, close to the perineum. The diagnosis of SCC was made through histopathological examination. The surgical margins were free of tumor. We chose to use a reconstructive surgery technique to close the wound, and the flap of the deep circumflex iliac artery was performed, and no postoperative complications were observed. The technique was considered satisfactory for correction of the extensive surgical defect, allowing complete excision of the tumor.O carcinoma de células escamosas (CCE) é um tumor maligno de origem epitelial comum em animais de pele clara e com exposição prolongada à luz ultravioleta (UV). O presente trabalho tem por objetivo relatar um caso de canino diagnosticado com Carcinoma de Células Escamosas (CCE), sendo realizado exérese cirúrgica com a utilização de retalho de padrão axial da artéria ilíaca circunflexa para correção do defeito. Uma cadela, bulldog francês, com oito anos de idade, foi avaliada apresentando lesão ulcerativa com cerca de 12cm2 em região dorso caudal, próximo ao períneo. O diagnóstico de CCE foi realizado através do exame histopatológico. As margens cirúrgicas estavam livres de tumoração. Optou-se pela utilização de técnica de cirurgia reconstrutiva para fechamento da ferida, sendo realizado o flap da artéria ilíaca circunflexo profunda, não sendo observada nenhuma complicação pós cirúrgica. A técnica foi considerada satisfatória para correção do defeito cirúrgico, permitindo uma exérese completa do tumor

    Effect of clonidine and hyaluronidase associated with lidocaine in peribulbar anesthesia in dogs submitted to cataract surgery

    No full text
    Dentre as técnicas de anestesia regional, o bloqueio peribulbar vem se tornando cada vez mais utilizado por proporcionar acinesia, com menor risco de complicações. A clonidina é um agonista do receptor α₂ adrenérgico, frequentemente usado como adjuvante em bloqueios retrobulbar, peribulbar e subtenoniano na medicina, por prolongar a acinesia e analgesia. A hialuronidase é uma enzima bastante utilizada como adjuvante em bloqueios orbitais, cuja finalidade é facilitar a difusão do anestésico local no espaço ocular. Objetivou-se no presente estudo avaliar se o uso da clonidina e hialuronidase associada à lidocaína 2% na anestesia peribulbar em cães, promovem bloqueio e anestesia do bulbo ocular suficientes para a realização de cirurgia de catarata. No estudo prospectivo, foram incluídos 14 pacientes provenientes da casuística do Laboratório de Oftalmologia Experimental (LOE) do Hospital Veterinário da Universidade Federal Rural de Pernambuco (HOVET/UFRPE), de ambos os sexos, aos quais foram administrados, 1 mL de lidocaína 2% mais hialuronidase 25 UTR/ML, associada a 1,5 μg/kg de clonidina diluída em 0,5 mL de solução de cloreto de sódio a 0,9%. Foram avaliados na pré, trans e pós-anestesia: diâmetro pupilar, período de centralização bulbar (PCB), período de duração do bloqueio motor (PDM), pressão arterial média, frequência cardíaca, frequência respiratória, saturação arterial periférica de oxigênio e dosagem de glicose. Observou-se que o PCB foi de 51 ± 12 segundos, com PDM de 108± 24 minutos e tempo de cirurgia de 58,7± 16,4 minutos. Em relação ao diâmetro pupilar, ocorreu diferença estatística significativa, quando comparado este parâmetro no momento antes do bloqueio com o momento após o bloqueio. Conclui-se que a clonidina mais hialuronidase, adicionada à lidocaína 2% na anestesia peribulbar em cirurgia de catarata, promoveu de forma eficiente a centralização do globo ocular em um curto espaço de tempo, além de ocasionar aumento do diâmetro pupilar e tempo de acinesia bulbar sufientes para a realização de cirurgia de catarata, com valores de pressão intraocular (PIO) dentro da normalidade e com poucos eventos adversos.Among the regional anesthesia techniques, peribulbar block is becoming increasingly used for providing akinesia, with less risk of complications. Clonidine is a α₂ adrenoceptor agonist, commonly used as an adjuvant in retrobulbar, peribulbar and subtenon block in medicine, extending akinesia and analgesia. Hyaluronidase is an enzyme widely used as an adjuvant in orbital, which purpose is to facilitate the spreading of local anesthetic in the eye space. The objective of this study was to evaluate if the addition of clonidine and hyaluronidase associated with lidocaine 2% in peribulbar anesthesia, promotes sufficient block for accomplishment of cataract surgery. In the prospective study included 14 patients of both sexes, who were administered 1 ml of lidocaine 2% more hyaluronidase 25 UTR/ml, associated with 1,5 μg /kg of clonidine diluted in 0,5 ml of solution sodium chloride 0,9%. They were assessed before, during and after anesthesia: pupillary diameter, bulbar centralization period (PCB), motor block duration (PDM), mean arterial pressure, heart rate, respiratory rate, peripheral arterial oxygen saturation and dosage of glucose. It was observed that the PCB was 51 ± 12 seconds with PDM 108 ± 24 minutes with duration of surgery of 58,7 ± 16,4 minutes. In relation to the pupil diameter, statistically significant differences was observed when compared this parameter at the time before blocking with time after the block. It is concluded that clonidine (1,5 μg/kg) more hyaluronidase (25 UTR/ml), added with lidocaine 2% in peribulbar anesthesia in cataract surgery, promoted efficiently eyeball centralization on a short time, and cause increased pupil diameter and length of bulbar akinesia sufientes for performing cataract surgery, with IOP values within normal limits and with few adverse events

    Utilização da matriz extracelular corneal de tilápia na ceratoplastia lamelar experimental em suínos e aplicada a afecções corneais em cães e gato

    Get PDF
    A córnea é a estrutura mais anterior do olho, e quando encontra-se hígida, é lisa, esférica e transparente. As afecções corneais podem ser causadas por vários fatores e se não tratadas corretamente, podem levar a perda da visão. Devido a escassez de estudos no Brasil sobre a utilização da matriz extracelular corneal (MEC), objetivou-se utilizar a matriz extracelular corneal de tilápia (MECT) em córneas de suínos submetidos a ceratoplastia e em cães e gato com enfermidades corneais. Para a realização dos estudos “in vitro”, as córneas de tilápia foram descelularizadas utilizando o hidróxido de sódio (0,5 M) e conservadas em solução de Dulbecco’s modified minimum essencial medium (DMEN) associada ao glicerol. As mesmas foram avaliadas através da extração e quantificação do DNA, onde ocorreu uma diferença estatística do DNA antes da descelularização (10,43 ± 3,84 ng/mg) e após a descelularização (4,6 ± 2,15 ng/mg). No teste microbiológico não foram observadas a presença de contaminantes e no cultivo celular observou-se que as células Madin Darby Bovine Kidney (MDBK), 3T3-L1 e fibroblasto bovinos se desenvolveram na MECT. Já nos estudos “in vivo”, observou-se a opacidade corneal em todos os animais do grupo ceratectomia (CT) e em 92,8% (13/14) dos animais do grupo ceratoplastia (CP). A vascularização corneal esteve presente em 92,8% (13/14) dos animais do grupo CP até os 30 dias de pós-operatório (PO), e esteve ausente aos 60 dias de PO no grupo CP e grupo CT. Na avaliação histológica foram observados a presença de vasos nos subgrupos CP15 e CP30, e não foram observados vasos no subgrupo CP60. A reeepitelização corneal esteve presente em todos os animais dos subgrupos CP e CT e pôde-se observar através da coloração pelo tricrômio de gomory que a MECT se integrou à córnea receptora. Após a realização dos estudos experimentais, as MECTs foram utilizadas em dois cães com úlceras profundas e um gato com sequestro corneano. Após a ceratectomia, a MECT foi suturada na córnea receptora utilizando poliglactina nº 8-0 no canino 1 e felino e mononylon nº 10-0 no canino 2. O tratamento prescrito no PO consistiu no uso de antibiótico e cicloplégico tópico e anti-inflamatório sistêmico. Com 30 dias de PO, utilizou-se o corticóide tópico. Na avaliação do PO com sete dias, a reepitelização esteve presente em todos os animais e com 60 dias de PO as córneas apresentaram-se translúcidas nos três pacientes. No canino 1 observouse a presença de pigmentação em faixa e na área da ceratoplastia, enquanto que no canino 2 e felino, visualizou-se a presença de uma nébula na área do enxerto. Desta forma, a MECT permitiu o crescimento celular, sem efeito citotóxico, sendo integrada na córnea suína, e a mesma foi eficaz no tratamento do sequestro corneal em felino e úlceras complicadas em caninos.The cornea is the most anterior structure of the eye and when healthy, it is smooth, spherical and transparent. Corneal disorders can be caused by several factors and if is not treated correctly, can lead to loss of vision. Due to the lack of studies in Brazil on the use of corneal extracellular matrix (ECM), the objective of this study was to evaluate corneal extracellular matrix of tilapia (TECM) in corneas of pigs experimentally submitted to keratoplasty and subsequent use for the treatment of dogs and cat with corneal diseases. Corneas of tilapia were decellularized with sodium hydroxide (0.5 M) and preserved in DMEM with glycerol solution for further in vitro analysis. Corneas were evaluated by the extraction and quantification of DNA and the statistical analysis of DNA had different results before (10.43 ± 3.84 ng/mg) and after decellularization (4.6 ± 2.15 ng/mg). TECM cultures showed no microbiological contaminants and cell cultures supported the growth of bovine MDBK, 3T3-L and fibroblast cells. In vivo assessments demonstrated corneal opacities in all animals that underwent keratectomy (KT) and in 92.8% (13/14) of the keratoplasty (KP) group. Corneal vascularization was present in 92,8% (13/14) animals of the KP group at day 30 postoperatively (PO) and was absent at day 60 PO in the KP and KT groups. At histologic evaluation vessels were present in the subgroups CP15 and CP30 and no vessels were observed in the subgroup CP60. Corneal reepithelization occurred in all animals of KP and KT groups. Gomori trichrome stains revealed that the TECM grafts were integrated into the cornea. Next, TECM were used in two dogs with deep ulcers and a cat with corneal sequestrum. After keratectomy TECM graft was sutured in the recipient cornea of case 1 with 8-0 polyglactin and in case 2 and case 3 with mononylon 10-0. PO included topical antibiotic, topical cycloplegic and systemic anti-inflammatory. 30 days after surgery topical corticosteroid was introduced. At day 7 PO reepithelization was present in all animals and at day 60 all animals presented corneal transparency. Band pigmentation was present where keratoplasty was performed in case 1. Corneal nebula was present at graft surfaces in cases 2 and 3. Thus, TECM allowed cell growth, without cytotoxic effect, integrated into swine cornea, and was effective in the treatment of corneal sequestrum in a cat and complicated ulcers in dogs

    HÉRNIA DIAFRAGMÁTICA PERITONIOPERICÁRDICA CONGÊNITA EM FELINO

    No full text
    Background: Peritoneopericardial diaphragmatic hernia is a rare pathogenesis of congenital origin, which occurs due to a failure in the communication between the diaphragm and the pericardium during embryogenesis. Symptoms may be non-existent or non-specific, depending on the herniated organ involved and, in most cases, the diagnosis is incidental. Regarding the most indicated treatment, there are still divergences in the literature concerning the indication of conservative or surgical treatment. This study reports the case of a feline peritoneopericardial hernia, for which surgical correction was the treatment of choice. Case: A 3-month-old female kitten, no defined racial pattern, was referred to the Veterinary Hospital of the Federal Rural University of Pernambuco for treatment of a peritoneopericardial diaphragmatic hernia. This condition was diagnosed through radiographic examination after the patient having been submitted to pediatric castration and presented anesthetic complications in the transsurgery. Blood count, biochemical profile and Doppler echocardiogram were performed, which showed no significant changes. To obtain a better study and surgical planning, computed tomography was performed to observe the heart located cranially in the pericardial cavity. Caudally to the heart, hepatic parenchyma located in the pericardial cavity was observed; and hepatic vessels presenting slightly enlarged dimensions. These tomographic findings suggested peritoneopericardial diaphragmatic hernia; being the liver present in the pericardial cavity and signs of congestion in the hepatic parenchyma. Due to the likelihood of future worsening of the hernia, surgical correction was performed, with an abdominal midline incision in the preumbilical region to reposition the liver to its normal anatomy, followed by diaphragm reconstitution through a herniorrhaphy. After the surgical procedure, the patient was referred for observation in internment and, after 15 days, the skin sutures were removed. Complete correction of the hernial defect was observed on radiography performed 30 days after the surgical procedure. However, the examination showed the presence of deviation/deformity in the topography of the sternum and costal cartilages, with slight cardiac displacement to the right hemithorax, suggesting the presence of pectus excavatum. Discussion: Peritoneopericardial diaphragmatic hernia is considered rare and, despite being one of the most common causes of congenital pericardial anomaly in felines, it has a low prevalence ranging from 0.06% to 1.45%. They are usually diagnosed from two years of age, with prevalence for older animals. However, due to having presented anesthetic changes, the patient of this case report could be diagnosed early. Among the most common organs that migrate to the thoracic cavity, the liver is the most commonly observed, which is also the hernia content of the present report. Peritoneopericardial hernia is often diagnosed through radiography and ultrasound, and these imaging tests proved to be sufficient for the diagnosis in this report. However, computed tomography was important for providing a better study of case and for the adoption of median celiotomy as a treatment. Associations with other malformations are described in the literature, with pectus excavatum being the most common and also observed in this report. Peritoneopericardial diaphragmatic hernia is a rare anomaly, rarely reported in the literature and with divergences regarding its treatment. The adoption of early surgical treatment performed in this report showed satisfactory evolution and the possibility of a favorable prognosis. Keywords: congenital anomaly, celiotomy, congenital diaphragmatic hernia. Descritores: anomalia congênita, celiotomia, hérnia diafragmática congênita.Background: A hérnia diafragmática peritoniopericárdica é uma patogenia rara deorigem congênita, que ocorre devido a uma falha na comunicação do diafragma com opericárdio durante a embriogênese. Os sintomas podem ser inexistentes ouinespecíficos, de acordo com o órgão herniado envolvido e, na maioria dos casos, odiagnóstico ocorre de forma incidental. No que concerne o tratamento mais indicado,ainda existem divergências na literatura quanto à indicação do tratamento conservativoou cirúrgico. O presente trabalho objetivou relatar o caso de uma hérniaperitoneopericárdica em um felino, a qual foi instituída a correção cirúrgica comotratamento.Case: Um felino, fêmea, sem padrão racial definido, de três meses de idade, foiencaminhada para o Hospital Veterinário da Universidade Federal Rural dePernambuco, para tratamento de hérnia diafragmática peritoneopericárdicadiagnosticada por meio de exame radiográfico após a paciente ser submetida à castraçãopediátrica e apresentar complicações anestésicas no transcirúrugico. Foram realizadoshemograma, perfil bioquímico e ecodopplercardiograma, os quais não apresentaramalterações significativas. Com o intuito de obter um melhor estudo e planejamentocirúrgico, foi realizada tomografia computadorizada onde foi observado coraçãolocalizado cranialmente em cavidade pericárdica; caudalmente ao coração observou-separênquima hepático localizado em cavidade pericárdica; vasos hepáticos apresentandodimensões levemente aumentadas. Esses achados tomográficos sugeriram hérniadiafragmática peritoneopericárdica, com presença do fígado em cavidade pericárdica,com sinais de congestão em parênquima hepático. Devido à probabilidade deagravamento futuro da hérnia, foi realizada a correção cirúrgica, com incisão na linhamédia abdominal na região pré-umbilical para o reposicionamento do fígado à suaanatomia normal e, em seguida, a reconstituição do diafragma através de uma herniorrafia. Após o procedimento cirúrgico a paciente foi encaminhada paraobservação em um internamento e, após 15 dias, as suturas de pele foram removidas. Acorreção completa do defeito herniário foi observada em radiografia realizada após 30dias do procedimento cirúrgico. Entretanto, o exame demonstrou a presença dedesvio/deformidade em topografia de esterno e cartilagens costais, com ligeirodeslocamento cardíaco para hemitórax direito, sugerindo a presença de Pectusexcavatum.Discussion: Hérnia diafragmática peritoneopericárdica é considerada rara e, apesar deser uma das causas mais comuns de anomalia pericárdica congênita em felinos,apresenta uma prevalência baixa variando de 0,06% a 1,45%. São geralmentediagnosticados a partir dos dois anos de idade, com prevalência para animais maisidosos, entretanto por ter apresentado alterações anestésicas, a paciente do presenterelato pode ser diagnosticada precocemente. Dentre os órgãos mais comuns demigrarem para a cavidade torácica, o fígado é o mais comumente observado, sendo estetambém o conteúdo herniário do presente relato. A hérnia peritoniopericardicafrequentemente é diagnosticada através de radiografia e ultrassonografia e, tais examesmostraram-se suficientes para o diagnóstico neste relato. No entanto, a tomografiacomputadorizada foi importante por proporcionar um melhor estudo do caso e paraadoção da celiotomia mediana como tratamento. Associações com outras malformaçõessão descritas na literatura, sendo o Pectus excavatum a mais comum e tambémobservada neste relato. A hérnia diafragmática peritoniopericardica é uma anomaliarara, pouco relatada na literatura e com divergências no que concerne o seu tratamento.A adoção do tratamento cirúrgico precoce realizado no presente relato demonstrouevolução satisfatória e possibilidade de um prognóstico favorável
    corecore