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    A quem afetou o desabastecimento de penicilina para sífilis no Rio de Janeiro, 2013–2017?

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    OBJECTIVE: To analyze the shortage of benzathine penicillin G (BPG), characterizing its temporal evolution and spatial distribution in the city of Rio de Janeiro from 2013 to 2017. METHODS: Th is e cological s tudy u sed g estational a nd c ongenital s yphilis n otifications, BPG distribution records, and sociodemographic data from the population of Rio de Janeiro. To quantify the shortage, a BPG supply indicator was estimated per quarter for each neighborhood between 2013 and 2017. Thematic maps were created to identify areas and periods with greater BPG shortage, described according to sociodemographic factors, health services network, and epidemiological features in the incidence of syphilis. RESULTS: BPG shortage in Rio de Janeiro from 2013 to 2017 was not homogeneous in space nor in time. The temporal evolution and spatial distribution of BPG scarcity shows that the shortage affected the inhabitants of the municipality in different ways. Shortage was lower in 2013 and 2016 and more severe in 2014, 2015, and 2017, particularly in neighborhoods within the programmatic areas PA3 and PA5, poorer and with higher prevalence rates of gestational and congenital syphilis. CONCLUSIONS: Analyzing BPG shortage and its temporal evolution and spatial distribution in Rio de Janeiro allowed us to realize that the inhabitants are affected in different ways. Understanding this process contributes to the planning of actions to face shortage crises, minimizing possible impacts on the management of syphilis and reducing inequality in access to treatment.OBJETIVO: Analisar o desabastecimento da penicilina benzatina (PB), caracterizando sua evolução temporal e distribuição espacial no município do Rio de Janeiro de 2013 a 2017. MÉTODOS: Trata-se de estudo ecológico misto realizado com notificações de sífilis gestacional e congênita, registros de distribuição de PB e de dados sociodemográficos da população dos bairros do município do Rio de Janeiro. Para mensurar o desabastecimento foi calculado por trimestre um indicador de abastecimento de PB para cada bairro, entre 2013 e 2017. Mapas temáticos foram produzidos para identificar áreas e períodos com maior desabastecimento de PB, o qual foi descrito segundo condições sociodemográficas, rede de serviços de saúde e aspectos epidemiológicos da incidência de sífilis por bairro. RESULTADOS: O desabastecimento de PB no município do Rio de Janeiro, no período de 2013 a 2017, não foi homogêneo no espaço ou no tempo. A evolução temporal e a distribuição espacial da escassez de PB revelam que o desabastecimento afetou de formas distintas os habitantes do município, sendo menor em 2013 e 2016 e mais intenso em 2014, 2015 e 2017, principalmente nos bairros das áreas programáticas AP3 e AP5, mais pobres e com maiores taxas de sífilis gestacional e congênita. CONCLUSÕES: Analisar o desabastecimento de PB e sua evolução temporal e distribuição espacial no município do Rio de Janeiro permitiu reconhecer que os habitantes do município são afetados de diferentes modos. Compreender esse processo ajuda a planejar ações para enfrentar crises de desabastecimento, minimizando possíveis impactos no controle da sífilis, além de reduzir a desigualdade no acesso ao tratamento

    Comportamentos de proteção para COVID-19 entre adultos e idosos brasileiros que vivem com multimorbidade (Iniciativa ELSI-COVID-19)

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    To measure the occurrence of protective behaviors for COVID-19 and sociodemographic factors according to the occurrence of multimorbidity (MM) in the Brazilian population aged 50 or over was the objective of this study. We used data from telephone surveys among participants of ELSI (Brazilian Longitudinal Study of Elderly's Health), conducted between May and June 2020. The use of non-pharmacological prevention measures for COVID-19, reasons for leaving home according to the presence of multimorbidity and sociodemographic variables were evaluated. among 6,149 individuals. Multimorbidity was more frequent in females, married, aged 50-59 years and residents of the urban area. Most of the population left home between once and twice in the last week, increasing according to the number of morbidities (22.3% no morbidities and 38% with MM). Leaving home every day was less common among individuals with MM (10.3%) and 9.3% left home in the last week to access health care. Hand hygiene (> 98%) and always wearing a mask when leaving home (> 96%) were almost universal habits. Greater adherence to social isolation was observed among women with multimorbidity when compared to men (PR = 1.49, 95% CI: 1.23; 1.79). This adherence increased proportionally with age and inversely with the level of education. The protective behavior in people with MM seems to be greater in relation to the others, although issues related to social isolation and health care deserve to be highlighted. These findings can be useful in customizing strategies for coping with the current pandemic.Objetivou-se medir a ocorrência de comportamentos de proteção para a COVID-19 e fatores sociodemográficos segundo a ocorrência de multimorbidade (MM) na população brasileira com 50 anos ou mais de idade. Foram utilizados dados de inquérito telefônico entre participantes do ELSI (Estudo Longitudinal da Saúde dos Idosos Brasileiros), conduzidas entre maio e junho de 2020. Avaliou-se o uso de medidas de prevenção não farmacológica para COVID-19, motivos para sair de casa segundo a presença de multimorbidade e variáveis sociodemográficas. Participaram do estudo 6.149 pessoas. Multimorbidade foi mais frequente no sexo feminino, em casados, na faixa etária 50-59 anos de idade e em moradores da zona urbana. A maior parte da população saiu de casa entre uma e duas vezes na última semana, aumentando segundo o número de morbidades (22,3% sem morbidades e 38% com MM). Sair de casa todos os dias teve menor ocorrência entre indivíduos com MM (10,3%) e 9,3% saíram de casa na última semana para obter atendimento de saúde. Higienização de mãos (>98%) e sempre usar máscara ao sair de casa (>96%), foram hábitos quase universais. Observou-se maior adesão ao isolamento social entre as mulheres com multimorbidade quando comparada com os homens (RP=1,49, IC95%: 1,23; 1,79); Esta adesão aumentou proporcionalmente com a idade e inversamente ao nível de escolaridade. O comportamento de proteção em pessoas com MM parece ser maior em relação aos demais, embora questões relacionadas ao isolamento social e cuidado em saúde mereçam ser destacadas. Esses achados podem ser úteis na customização de estratégias de enfrentamento atual da pandemia
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