Comportamentos de proteção para COVID-19 entre adultos e idosos brasileiros que vivem com multimorbidade (Iniciativa ELSI-COVID-19)

Abstract

To measure the occurrence of protective behaviors for COVID-19 and sociodemographic factors according to the occurrence of multimorbidity (MM) in the Brazilian population aged 50 or over was the objective of this study. We used data from telephone surveys among participants of ELSI (Brazilian Longitudinal Study of Elderly's Health), conducted between May and June 2020. The use of non-pharmacological prevention measures for COVID-19, reasons for leaving home according to the presence of multimorbidity and sociodemographic variables were evaluated. among 6,149 individuals. Multimorbidity was more frequent in females, married, aged 50-59 years and residents of the urban area. Most of the population left home between once and twice in the last week, increasing according to the number of morbidities (22.3% no morbidities and 38% with MM). Leaving home every day was less common among individuals with MM (10.3%) and 9.3% left home in the last week to access health care. Hand hygiene (> 98%) and always wearing a mask when leaving home (> 96%) were almost universal habits. Greater adherence to social isolation was observed among women with multimorbidity when compared to men (PR = 1.49, 95% CI: 1.23; 1.79). This adherence increased proportionally with age and inversely with the level of education. The protective behavior in people with MM seems to be greater in relation to the others, although issues related to social isolation and health care deserve to be highlighted. These findings can be useful in customizing strategies for coping with the current pandemic.Objetivou-se medir a ocorrência de comportamentos de proteção para a COVID-19 e fatores sociodemográficos segundo a ocorrência de multimorbidade (MM) na população brasileira com 50 anos ou mais de idade. Foram utilizados dados de inquérito telefônico entre participantes do ELSI (Estudo Longitudinal da Saúde dos Idosos Brasileiros), conduzidas entre maio e junho de 2020. Avaliou-se o uso de medidas de prevenção não farmacológica para COVID-19, motivos para sair de casa segundo a presença de multimorbidade e variáveis sociodemográficas. Participaram do estudo 6.149 pessoas. Multimorbidade foi mais frequente no sexo feminino, em casados, na faixa etária 50-59 anos de idade e em moradores da zona urbana. A maior parte da população saiu de casa entre uma e duas vezes na última semana, aumentando segundo o número de morbidades (22,3% sem morbidades e 38% com MM). Sair de casa todos os dias teve menor ocorrência entre indivíduos com MM (10,3%) e 9,3% saíram de casa na última semana para obter atendimento de saúde. Higienização de mãos (>98%) e sempre usar máscara ao sair de casa (>96%), foram hábitos quase universais. Observou-se maior adesão ao isolamento social entre as mulheres com multimorbidade quando comparada com os homens (RP=1,49, IC95%: 1,23; 1,79); Esta adesão aumentou proporcionalmente com a idade e inversamente ao nível de escolaridade. O comportamento de proteção em pessoas com MM parece ser maior em relação aos demais, embora questões relacionadas ao isolamento social e cuidado em saúde mereçam ser destacadas. Esses achados podem ser úteis na customização de estratégias de enfrentamento atual da pandemia

    Similar works