2 research outputs found

    O MITO NÓRDICO DE CRIAÇÃO NA EDDA EM PROSA: TRADUÇÃO COMENTADA

    Get PDF
    A Edda em prosa é uma das mais importantes fontes sobre o mito nórdico de criação. Composta no século XIII por Snorri Sturluson, político e poeta islandês, a obra contém diversas narrativas sobre deuses e heróis das antigas religiões pré-cristãs da Escandinávia. Neste artigo, apresento uma tradução comentada direto do texto em islandês antigo estabelecido por Faulkes (2005) do segmento sobre a criação do mundo, em que Snorri detalha a origem do cosmo, dos astros, dos elementos da natureza, dos deuses, dos homens, gigantes, elfos, anões etc

    Alcinous versus Odysseus in the Phaeacian court: a discourse game

    No full text
    Dos Cantos 6 a 13 da Odisseia, Homero narra a estada de Odisseu em Esquéria, a terra dos feácios. Durante a recepção de Alcínoo ao herói, uma tensão sutil se desenvolve: enquanto o anfitrião deseja descobrir a identidade de seu misterioso convidado, o herói luta para manter-se anônimo e garantir sua condução para casa. Essa tensão se desenrola num jogo de palavras sutil e elegante, no qual se digladiam o mestre da astúcia, o polúmetis Odisseu, e aquele de forte mente, alkí-nóos, o perspicaz Alcínoo. A essa disputa dou o nome de jogo do discurso. Conforme aqui defendo, tal jogo toma forma abaixo da superfície das palavras, e seus dois participantes conversam muito mais por meio do não-dito do que pelo que de fato dizem. Para que uma análise desse jogo intelectual seja possível, proponho um resgate da figura de Alcínoo, cujo nome defendo significar alkí-nóos, força-mente, como figura astuta e perspicaz, o que vai de encontro à opinião difundida de que o rei dos feácios é anódino ou pouco inteligente. Conforme argumento, ele permanece atento às manobras retóricas de seu convidado, o qual busca a todo custo tecer discursos agradáveis e proveitosos (meilíkhioi kaì kerdaléoi mûthoi), num processo que culmina com sua cartada final: a narrativa das aventuras. Alcínoo, mesmo percebendo os recursos astuciosos e manipulativos de seu convidado, rende-se a seus talentos e regozija-se com sua performance.From Book 6 till the beginning of Book 13 in the Odyssey, Homer tells us of Odysseus sojourn in Scheria, the land of the Phaeacians. During Alcinous reception of the hero, a subtle tension develops between the two: while the host wishes to discover the identity of his mysterious guest, the hero strives to remain anonymous and secure his conveyance home. This tension unfolds in a subtle and elegant game of words in which the two oponents meet: the master of of tricks, Odysseus polúmetis, and the one of a strong mind, alkí-nóos, shrewd Alcinous. I call this contest the discourse game. As I wish to defend, such game takes place beneath the surface of words, and the participants maintain a conversation in which what remains unexpressed communicates more than what is actually said. For such an analysis to be possible, I propose to rescue Alcinous, whose name I claim to mean strength-mind, from the widespread opinion that the king is foolish or unintelligent. As I argue, he is very attentive to the rhetorical maneuvers of his guest, who is trying to fabricate pleasing and profitable speeches (meilíkhioi kaì kerdaléoi mûthoi), in a process that culminates with his final play: the narrative of the adventures. Alcinous, although detecting and understanding the crafty and manipulative purposes of his guest, surrenders to his talents as a storyteller and enjoys his performance
    corecore