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    Métodos alternativos e complementares no tratamento da fibromialgia

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    Introdução: A fibromialgia é um distúrbio musculoesquelético de etiopatogenia ainda desconhecida, que resulta em dor crônica para o paciente. Além das terapias tradicionais que utilizam medicamentos, várias outras terapias adjuvantes têm sido utilizadas como alternativas na tentativa de obter uma melhora no quadro sintomático dessa doença. Objetivo: Apontar diferentes métodos alternativos e complementares e sua eficácia no tratamento da fibromialgia. Material e Método: Foram realizadas buscas nas plataformas “Scientific Electronic Library Online” (Scielo) e “US National Library of Medicine” (PubMed) utilizando os descritores “fibromialgia” e “terapias complementares” e seus correspondentes em inglês para a elaboração desta revisão integrativa. Foram selecionados 37 artigos para análise, dos quais 11 se adequaram aos critérios de inclusão estabelecidos, sendo eles: publicações nas línguas portuguesa e inglesa e relevância temática para esta revisão. Resultados: Observou-se que a acupuntura teve um papel significativo no manejo da dor de pacientes com fibromialgia, levando a uma melhora na qualidade de vida até 3 meses após o final do tratamento, além de estar associada com o aumento dos níveis do neuropeptídio Y. Resultados positivos também foram obtidos através de um questionário aplicado para pacientes que fizeram tratamento com acupuntura, que incluiu a escala visual analógica, número de pontos dolorosos, índice miálgico e qualidade de vida. Em pacientes que praticaram algum tipo de intervenção baseada na meditação, principalmente a yoga, notou-se uma melhora importante nos sintomas da fibromialgia como dor, fadiga e humor. Outrossim, efeitos positivos e consistentes também foram observados em pacientes que fizeram hidroterapia. Por fim, estudos que analisaram a homeopatia como tratamento complementar para a fibromialgia concluíram que apesar desse método apresentar algum benefício, há uma certa ambiguidade em relação a sua eficiência. Conclusão: Diante disso, concluise que métodos complementares e alternativos demonstram grande potencial no tratamento de sintomas da fibromialgia

    Perfil clínico e laboratorial de paciente portadora de fibrose cística: relato de caso

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    A Fibrose Cística (FC) é uma doença crônica autossômica recessiva ocasionada por mutações no gene RTFC do cromossomo 7, o qual é responsável pelo transporte de íons de sódio, potássio e cloro através das membranas epiteliais, o que gera uma grande variabilidade e complexidade de manifestações clínicas. O tratamento desse agravo de saúde consiste em intervenções diretas nos sintomas manifestados e nas complicações decorrentes. O diagnóstico é realizado pelo Teste do Pezinho no Programa de Triagem Neonatal e pelo Teste do Suor. Busca-se descrever perfil clínico, laboratorial e de tratamento de uma paciente portadora de Fibrose Cística com idade mais avançada acompanhada em unidade de referência no interior de Goiás. A paciente de 10 anos, acompanhada no ambulatório de FC desde o nascimento, é a segunda filha de um casal jovem e saudável, cuja mãe teve acompanhamento pré-natal realizado de maneira adequada e não apresentou intercorrências durante a gravidez. O nascimento foi à termo e sem anormalidades. O primogênito do casal não foi diagnosticado com fibrose cística. Após o nascimento, realizou-se o Teste de Triagem que gerou hipótese para Fibrose Cística, sendo essa confirmada posteriormente para a doença a partir do Teste do Suor, com a metodologia condutividade. Desde o diagnóstico a paciente tem sido acompanhada por equipe multidisciplinar, na APAE de Anápolis/GO, circunstância essa fundamental para o bem-estar da paciente e sucesso do tratamento

    Infecções multirresistentes por Candida auris: fatores de risco, prevenção, diagnóstico e tratament

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    Introdução: As infecções invasivas por Candida são relevantes causas de morbimortalidade, principalmente aos pacientes hospitalizados ou imunocomprometidos. Nesse contexto, está a Candida auris, uma espécie recém-emergente, identificada pela primeira vez em 2009. Essa levedura apresenta diversos desafios no âmbito da saúde, já que apresenta resistência às terapias antifúngicas, além de possuir fácil transmissão nosocomial. Objetivo: Discutir os fatores de risco, as estratégias de prevenção, os métodos diagnósticos e de tratamento da infecção por C. auris. Material e Método: Trata-se de uma revisão integrativa da literatura. Realizou-se uma busca nas bases de dados “Scientific Electronic Library Online” (SciELO) e “US National Library of Medicine” (PubMed), incluindo apenas artigos publicados a partir de 2015. As palavras-chave utilizadas foram: “Candida auris”, “resistência a múltiplas drogas” e seus termos correspondentes em inglês. No total, foram encontrados 26 estudos, sendo todos submetidos à análise. Desses, 14 artigos se adequaram aos critérios de inclusão estabelecidos, sendo eles: publicações nas línguas portuguesa e inglesa, relevância temática e concordância com o objetivo desta revisão. Resultados: Em relação aos fatores de risco da infecção por esse fungo multirresistente, estão incluídos o uso de antibióticos de amplo espectro, imunossupressão, admissão em Unidades de Tratamento Intensivo (UTIs), diabetes mellitus e uso de cateteres venosos centrais. Acerca da prevenção, é imprescindível a implementação de medidas de controle de transmissão, como o isolamento de pacientes, uso de roupas e equipamentos de proteção individual por profissionais, limpeza e descontaminação dos abientes, antissepsia da pele dos infectados (usando clorexidina) e triagem de pacientes de enfermarias afetadas. Além disso, como forma de limitar a emergência de fungos multirresistentes, os antifúngicos não devem ser utilizados em doses subterapêuticas ou quando não há indicação para os mesmos. Quanto ao diagnóstico, existe uma dificuldade no reconhecimento da C. auris por meio das plataformas de identificação fenotípica comercialmente disponíveis, já que é comumente confundida com outras espécies de Candida. Assim, são necessários novos métodos confiáveis de determinação desta levedura. Nesse contexto, foram criados primers específicos para a técnica de reação em cadeia da polimerase (PCR), o que demonstrou eficácia de 100% na diferenciação entre C. auris e espécies semelhantes. A respeito do tratamento, foi observado que 93% da espécie estudada apresenta resistência a fluconazol, 35% a anfotericina B, 7% a equinocandina, 41% a duas classes de antifúngicos e 4% a três classes. Nesse contexto, dentre essas opções a equinocandina e a anfotericina B são as drogas de escolha, mesmo com eficácia limitada. Diante disso, foi descoberto o SCY-078, um medicamento com atividade promissora contra a C. auris. É um inibidor de síntese de triterpenoglicano-sintase, possuindo efeitos potentes contra Candida spp., além de impedir o crescimento e a formação de biofilmes de fungos resistentes. Conclusão: Dessa forma, é relevante que os fatores de risco sejam evitados, quando possível, e que as estratégias de prevenção sejam aplicadas. Ademais, foi observado que o diagnóstico e o tratamento ainda são limitados, necessitando de mais estudos a fim de comprovar a eficácia dos métodos recém-descobertos

    O suicídio de profissionais médicos: quais fatores influenciam?

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    Introdução: O suicídio é considerado um problema de saúde pública pela Organização Mundial da Saúde. Nos últimos anos, as taxas de suicídio levaram-se substancialmente no Brasil. Nesse contexto, destaca-se o aumento na taxa de suicídio em médicos, conhecida por ser mais elevada do que a da população em geral, devido, em partes, às comorbidades de saúde mental e estressores psicossociais presentes no cotidiano dessa classe profissional. Objetivo: Apontar os fatores que influenciam o contexto do suicídio dentro da classe médica. Material e Método: Realizou-se uma revisão integrativa de literatura com base em pesquisas nas plataformas The Scientific Electronic Library Online (Scielo), Us National Library of Medicine National Institutes of Health (PubMed) e Periódicos Capes utilizando os descritores Ciências da Saúde (DeCs) “suicídio”, “médicos”, “saúde mental”, “educação médica” e seus correspondentes em inglês. Pré-selecionou-se trinta e oito artigos dentro do intervalo de 20152019. Após isso, eliminou-se dez dos trinta e oito artigos por não abordarem os fatores que influenciam o suicídio desses profissionais da área da saúde ou por abordarem o suicídio apenas em acadêmicos do curso de medicina. Contando essa revisão integrativa, portanto, com vinte e oito artigos. Resultados: O contexto que permeia o suicídio entre os profissionais médicos mostra-se complexo e, altamente, influenciado por fatores ambientais e pessoais. Com relação a essa junção de fatores que podem influenciar a ideação e o comportamento suicida, transtornos psiquiátricos, como depressão, transtornos de ansiedade e abuso de substâncias, dentro dos fatores pessoais, e questões relacionadas às condições de trabalho, pressão psicológica, alta carga de trabalho, etc., dentro dos fatores ambientais, mostram-se presentes na maioria dos casos. Esses estressores podem influenciar negativamente o desempenho profissional, a saúde física e o bem-estar psicológico dos médicos, tornando-os mais vulneráveis emocionalmente. Portanto, nota-se crucial para a decisão de se suicidar a combinação entre as circunstâncias da vida, a saúde mental do indivíduo e eventos estressantes. Além disso, pontua-se como aspecto facilitador do fenômeno nesta população o conhecimento científico desenvolvido, a disponibilidade e a oportunidade de acesso a meios de cometer o ato suicida. Conclusão: Portanto, é consenso que a decisão de se suicidar dentro da classe médica resulta de um conjunto de fatores externos, orgânicos e circunstanciais. Destaca-se como fator de maior incidência para esse ato, os transtornos psiquiátricos. Além do mais, o fácil acesso e o maior conhecimento sobre o funcionamento fisiológico humano podem contribuir para a efetivação do ato suicida. Além do mais, percebe-se que a imagem social de equilíbrio e de apoio dificulta a solicitação de ajuda pelos médicos, impedindo a identificação dos transtornos e o auxílio com relação às insatisfações com a própria vida e às ideações suicidas nessa população

    Os efeitos maléficos da polifarmácia em idosos

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    Introdução: O envelhecimento, frequentemente, está associado ao aumento de doenças crônicas não transmissíveis (DCNT), as quais aumentam notavelmente a necessidade do uso de medicamentos. A polifarmácia é uma conduta terapêutica muito comum em idosos, a qual baseia-se na utilização concomitante de vários medicamentos. Essa associação, pode, em alguns casos, ser benéfica, no entanto, efeitos maléficos podem ser expressivos. Objetivo: Abordar os efeitos maléficos da polifarmácia em idosos. Material e método: Trata-se de uma revisão integrativa de literatura para a seleção de um total de vinte e dois artigos acerca do tema. Foram utilizados os descritores de Ciência de Saúde (DeCs) “tratamento farmacológico”, “idosos” e “fenômenos farmacológicos e toxicológicos” e seus correspondentes em inglês nas plataformas The Scientific Electronic Library Online (Scielo), Us National Library of Medicine National Institutes of Health (PubMed) e Periódicos Capes. Utilizou-se a data de publicação entre 2017 e 2019 como critério de exclusão, resultando em uma pré-seleção de quarenta e quatro artigos. Eliminou-se vinte e dois artigos por não tratarem das repercussões em idosos ou por abordarem, preferencialmente, efeitos condicentes com DCNT, resultando em vinte e dois artigos. Resultados: Os idosos são mais vulneráveis a consequências indesejáveis da polifarmácia, devido às alterações fisiológicas da senescência, bem como, as potenciais interações medicamentosas (IM), fatores que aumentam a morbimortalidade do paciente. Muitas das IM podem resultar em morte, hospitalização, sequelas permanentes do paciente ou insucesso terapêutico. Há também, as IM que não causam dano aparente no idoso, porém o impacto é silencioso, tardio e, às vezes, irreversível. Alguns medicamentos comumente usados por idosos como, anti-inflamatórios, digoxina, antilipidêmicos, depressores do sistema nervoso central são potencialmente interativos e encontram-se envolvidos nas IM, que ameaçam a saúde do idoso. Além do mais, o uso concomitante de vários medicamentos pelos idosos contribui significativamente para o surgimento de reações adversas. Estima-se que o risco de reações adversas aumente exponencialmente, em torno de 50%, quando se faz uso de 5 medicamentos e ultrapasse 95% quando se utiliza 8 ou mais. Em alguns casos, tais reações adversas apresentam graves consequências, que poderiam ser minimizadas pelo monitoramento adequado quanto à adesão, prescrição, dose e período de tratamento corretos. As quedas por alterações de equilíbrio, também, constituem importantes consequências do uso inadequado de medicamentos ou de interações entre eles. Suas implicações variam desde escoriações leves até o óbito. Essa realidade, portanto, expõe que a associação inadequada de medicamentos é um grave problema para os sistemas de saúde, que além dos prejuízos já citados, mostra-se uma prática onerosa. Conclusão: Percebe-se a existência de um “círculo vicioso” que envolve a polifarmácia com o idoso, já que o envelhecimento traz consigo um maior número de doenças, risco aumentado de internação hospitalar, excesso de medicamentos prescritos e potenciais IM que estão fortemente associados à ocorrência de eventos adversos. Esse contexto é semelhante ao causado pela polifarmácia, que além disto, aumenta a perda de funcionalidade, a não aderência ao tratamento e a incidência de quedas

    Ação educativa com frequentadores de uma unidade básica de saúde: um relato de experiência

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    Introdução: O câncer de cérebro tem tempo de crescimento extremamente variável, podendo ser medido em dias ou até mesmo em anos. O que determina se terão comportamento agressivo ou crescimento lento é basicamente o tipo de tumor e seu grau de diferenciação. Fatores ambientais e externos também podem contribuir para o desenvolvimento da doença que gera cerca de 11.320 novos casos a cada ano no Brasil. Objetivo: Relatar a experiência e as estratégias de abordagem dos acadêmicos de medicina sobre câncer de cérebro na ação na Unidade Básica de Saúde Complexo Itamaraty. Relato de experiência: A ação da Liga Acadêmica de Psiquiatria (LAPSU) em conjunto com a Liga Acadêmica de Oncologia de Anápolis (LAONCO) se deu na Unidade Básica de Saúde Complexo Itamaraty, dia 29 de maio de 2019, no período da manhã, tendo um público-alvo de aproximadamente 25 frequentadores do local. Ocorreu uma dinâmica de panfletagem e principais orientações sobre os principais tipos de neoplasias cerebrais. As discussões giraram em torno da prevenção, principais sinais e sintomas e as condições de tratamento e prognóstico desse conjunto de doenças. Ocorreram dois momentos na ação, um primeiro de orientações gerais e informações sobre neoplasias cerebrais e um segundo momento de retirada de dúvidas e orientações mais direcionadas aos presentes. A estratégia de entrega de panfletos é muito útil em termos de ação educativa porque sensibiliza o ouvinte e aumenta a atenção ao tema abordado. Optou-se por linguagem simples a acessível ao público presente, além do uso de comparações para o melhor entendimento dos frequentadores da unidade. Discussão: É fato que existe um tabu significativo acerca do câncer em geral e principalmente um desconhecimento acerca das neoplasias cerebrais. Contudo, é um assunto que intriga e gera interesse no público alvo em decorrência de sua incidência e gravidade. As principais dúvidas relatadas foram acerca do tratamento e do diagnóstico. Muitas dificuldades em transmitir certos tipos de informações foram superadas com o uso de comparações e figuras de linguagem que tornassem acessível alguns conceitos passados, principalmente no que tange às informações mais aprofundadas, sobre, por exemplo, interleucinas. Conclusão: Dessa maneira, o resultado da ação foi melhor que o esperado, tanto em termos de ganhos para os acadêmicos em habilidades comunicativas, quanto para o público alvo da ação que ganhou em informações úteis sobre neoplasias cerebrais. Em termos de comunicação efetiva com o público alvo, percebeu-se a importância da manutenção da acessibilidade na comunicação, por meio de uso de linguagem simplificada de compatível com o grau de instrução dos presentes no local. Um dos fatores limitantes de uma melhor abrangência fora o horário da ação, que, infelizmente, não correspondeu com o horário em que o Complexo Itamaraty estava mais cheio, mas, mesmo assim, possibilitou ganhos aos presentes

    Controle da sífilis congênita no país: uma realidade de vulnerabilidades

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    Introdução: A sífilis congênita ocorre quando há infecção do concepto pela espiroqueta Treponema pallidum oriunda de gestante não tratada ou inadequadamente tratada. Essa doença se configura como um grave problema de saúde pública e o seu controle é uma das metas de organismos de saúde nacionais e internacionais. Porém, se observa em nosso país que existem dificuldades no controle dessa infecção. Objetivo: Avaliar os pontos vulneráveis que dificultam o controle da sífilis congênita no Brasil. Material e método: Trata-se de uma revisão integrativo, em que se realizou uma busca nas seguintes plataformas: Scientific Eletronic Library Online (SCIELO) e US Nacional Library of Medicine (PubMed) e PubMed contando com artigos no período de 2006 a 2019 e pesquisa no Descritores em Ciências da Saúde (DeCS). Eliminou-se cinco de trinta artigos pré-selecionados por não se tratarem de sífilis congênita ou por não abordar deficiências no controle da infecção. Resultados: A sífilis congênita é uma patologia grave, uma vez que pode causar mortes e sequelas importantes nos recém-nascidos, sendo que em 2016, foi declarado um total de 185 óbitos por sífilis em crianças menores de um ano. Sobretudo tem se observado um aumento em sua incidência nos últimos anos, tornando-se um problema de saúde pública. Tal cenário, fica evidente nos últimos dez anos em que houve um progressivo aumento na taxa de incidência de sífilis congênita: a taxa era de dois casos em mil nascidos vivos, e atualmente, essa estimativa foi mais que o triplo, chegando em torno de sete casos em mil nascidos vivos. Esse aumento sugere a interferência de diversos fatores, como baixa qualidade do pré-natal no país e o desinteresse por parte dos profissionais de saúde quanto ao diagnóstico e ao tratamento da doença. Tal afirmação é comprovada em estudos, onde demonstra que, a maioria das gestantes, cerca de 63%, apresentou diagnóstico tardio no momento do parto ou da curetagem. Ademais com relação ao esquema de tratamento da gestante, nota-se que cerca de 60% receberam tratamento inadequado, aproximadamente 27% não receberam tratamento e apenas cerca de 4% delas receberam tratamento adequado. Além disso, quanto ao parceiro, apenas um quinto aproximadamente recebeu tratamento, de forma que a maioria não foi tratada ou a condição de parceiro foi ignorada. Somado a isso, em relação a paciente, cerca 90% delas não possuíam ocupação no momento da consulta, além da baixa escolaridade, em que cerca de 30% apresentava da 5ª à 8ª série incompleta, o que contribui para um baixo nível socioeconômico. Tais condições demonstram forte relação para a dificuldade de controle da sífilis e consequentemente aumento da transmissão vertical. Conclusão: Diante do exposto, nota-se que o problema da sífilis congênita no país é multifatorial. Existem deficiências na assistência pré-natal, que contribui para a incidência dos casos. Além da constatação de que as mães das crianças que adquiriram sífilis congênita possuem baixo nível social, o que leva essas pacientes a vulnerabilidade e favorece as mesmas a contrair doenças sexualmente transmissíveis. Dessa forma, é preciso melhorar a assistência pré-natal e investigar a história pregressa de doenças sexualmente transmissíveis na gestante e em seu parceiro sexual, além de ações de orientação sexual e de planejamento familiar

    A utilização de melatonina sintética como coadjuvante no tratamento de câncer colorretal

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    Introdução: O Câncer Colorretal (CCR) é relevante causa de morbimortalidade, sendo a segunda principal causa de morte por câncer. Acerca do tratamento, certos casos requerem radioterapia e quimioterapia. Porém, eventualmente, as células tumorais podem adaptar-se e oferecer resistência a essas modalidades terapêuticas. Nesse sentido, inovando o tratamento de CCR, foram descobertas funções antitumorais da melatonina (N-acetil-5metoxitriptamina). Objetivo: Avaliar a eficácia da utilização de melatonina sintética, associada às terapias convencionais, no tratamento de CCR. Material e Método: Trata-se de uma revisão integrativa da literatura. Realizou-se uma busca nas bases de dados “Scientific Electronic Library Online” (SciELO) e “US National Library of Medicine” (PubMed), incluindo apenas artigos publicados nos últimos cinco anos. As palavras-chave utilizadas foram: “melatonina”, “câncer”, “colorretal” e seus termos correspondentes em inglês. Além disso, foram eliminados os artigos que continham a palavra “revisão” e sua tradução para o inglês. Assim, foram encontradas 18 publicações, das quais todas foram submetidas à análise. Desses, 8 artigos se adequaram aos critérios de inclusão estabelecidos, sendo eles: publicações nas línguas portuguesa ou inglesa, relevância temática e concordância com o objetivo desta revisão. Resultados: Todos os estudos mostraram que o uso de melatonina sintética, em associação com as condutas convencionais, foi eficaz para o tratamento de câncer colorretal. Foram destacadas suas funções antitumorais, antioxidantes e anti-inflamatórias, que contribuíram para uma terapêutica apropriada. Quanto a sua combinação com 5-fluorouracil (5-FU), utilizado como a quimioterapia de primeira linha para o CCR avançado, foi observado que a melatonina influenciou na superação da quimiorresistência adquirida pelas células tumorais. Isso ficou evidente com a inibição da proliferação celular em células CCR resistentes à 5-FU, além do aumento significativo da apoptose das células tumorais e da ação citotóxica do medicamento. Ademais, outro quimioterápico utilizado para tratar CCR é a oxaliplatina, cuja associação com a melatonina também foi benéfica, uma vez que houve aumento do estresse do retículo endoplasmático e, consequentemente, da apoptose, mesmo nas células tumorais resistentes às terapias não combinadas. Acerca da radioterapia, verificou-se que a combinação de radiação ionizante (IR) com a melatonina também foi efetiva, já que houve redução da proliferação celular, aumento da radiossensibilidade das células cancerígenas e ativação da via apoptótica dependente de caspases. Quanto à utilização isolada da melatonina, foram notados os seus efeitos anti- proliferativos, citotóxicos e pró-apoptóticos nas células do CCR. Porém, em comparação às terapias combinadas, esse manejo foi menos eficiente. Conclusão: A combinação de melatonina sintética a quimioterápicos, como 5-FU ou oxaliplatina, ou à RI mostrou resultados positivos, ampliando o efeito das modalidades terapêuticas isoladas e superando a resistência das células tumorais. Dessa maneira, é eficaz a utilização de melatonina sintética como coadjuvante das terapias convencionais no tratamento de CCR

    Telemedicina: uma ferramenta potencialmente benéfica para o Brasi

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    Introdução: Os debates acerca da telemedicina estão cada vez mais em tona. O Conselho Federal de Medicina define “telemedicina como o exercício da medicina mediado por tecnologias para fins de assistência, educação, pesquisa, prevenção de doenças e lesões e promoção de saúde”. Essa nova ferramenta, implantada de forma lenta, aos poucos demonstra sua capacidade de solucionar problemas como a dificuldade de promover a equidade e integralidade. Objetivo: Elencar os benefícios da telemedicina no sistema de saúde do Brasil. Material e Método: Realizou-se uma revisão integrativa de literatura com base em pesquisas nas plataformas The Scientific Electronic Library Online (Scielo), Us National Library of Medicine National Institutes of Health (PubMed) e Periódicos Capes utilizando os descritores Ciências da Saúde (DeCs) “telemedicina”, “telessaúde” e “e-Saúde” e seus correspondentes em inglês. Pré-selecionou-se trinta e dois artigos ao restringir-se o intervalo de publicação nos anos de 2014-2019. Após isso, eliminou-se onze dos trinta e dois por abordarem telemedicina apenas em outros países ou por não abordarem suas repercussões. Contando, portanto, vinte e um artigos nesta revisão integrativa. Resultados: Apesar de sua lenta implantação, a telemedicina tem se mostrado como uma ferramenta para participação ativa e para a interação entre profissionais de diferentes instituições e serviços, proporcionando não somente o compartilhamento de conhecimentos, como também sua aquisição. Os sistemas de comunicações, como as videoconferências e as webconferências, portais assistenciais, email com segurança de encriptação, sistemas colaborativos online, etc, permitem aos médicos de diversas áreas interagirem com colegas e pacientes com maior frequência, e obterem uma melhoria na qualidade dos serviços. Os contínuos avanços da tecnologia criarão novos sistemas de assistência a pacientes que ampliarão a margem dos benefícios que a atualmente são oferecidos. Além dos aspectos assistenciais, a telemedicina pode oferecer mais acesso à educação, ao conhecimento multicêntrico, à atualização profissional continuada, e à pesquisa médica, em especial para os estudantes e os médicos que se encontram em regiões mais afastadas. Dessa forma esse instrumento busca facilitar o acesso aos serviços do sistema de saúde, aumentar a qualidade e contribuir para a formação profissional. Ademais, a telemedicina incentiva e experimenta princípios doutrinários e organizacionais do Sistema Único de Saúde (SUS), uma vez que promove a descentralização, regionalização, tecnologia e informação, contribuindo para a integralidade, equidade e uma atenção humanizada da saúde, principalmente àqueles que são excluídos. Conclusão: Diante disso, conclui-se o grande potencial da telemedicina em solucionar problemas persistentes no sistema de saúde brasileiro como a fragmentação e a centralização. Além do mais, a integração entre soluções tecnológicas e serviços de saúde podem melhorar as atividades de educação, planejamento da logística de saúde, regulação da teleassistência e implementação de métodos para proporcionar atividades multi-institucionais. Assim, a telemedicina é apontada como uma ferramenta que, em um futuro próximo, poderá aplicar algumas das diretrizes proposta pelo SUS e que, ainda, não são totalmente contempladas
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