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    Características fisiológicas e componentes de produção de feijão caupi sob diferentes lâminas de irrigação

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    O feijão caupi tem potencial genético para alcançar produtividades elevadas quando em cultivo irrigado, porém a deficiência de água é um dos fatores limitantes da produção de grãos. Considerando que diferentes genótipos de feijão caupi respondem de formas distintas à aplicação de água e às condições climáticas nas quais estão submetidas, objetivou-se neste trabalho, avaliar características fisiológicas e componentes de produção de feijão caupi sob diferentes lâminas de irrigação, no Submédio do Vale São Francisco. O experimento foi conduzido no campo experimental do DTCS/UNEB, Juazeiro, de julho a setembro de 2016. O delineamento experimental foi em blocos casualizados, esquema fatorial 2 x 5 (genótipos de feijão caupi x lâminas de irrigação), três repetições. Os genótipos utilizados foram BRS Acauã e Canapu; e as lâminas, determinadas com base em frações da evapotranspiração de referência estimada pela equação de Penman-Monteith. As variáveis analisadas foram: diâmetro, altura de planta, altura do primeiro ramo com vagem, massa seca da parte aérea, peso de vagem, comprimento de vagem, número de grãos por vagem, peso de cem grãos, número de vagens e número de ramos. Não houve efeito significativo de interação entre lâminas e genótipos de feijão para nenhuma das variáveis analisadas. O incremento da lâmina de irrigação proporcionou aumento no número de ramos, altura do primeiro ramo com vagem e massa seca da parte aérea dos genótipos de feijão caupi. Para a época de condução do experimento, o genótipo Canapu se destacou, quanto a componentes básicos relacionados à produtividade de grãos

    Precipitação esperada, em diferentes níveis de probabilidade, na região de Juazeiro, BA

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    Os eventos de chuvas são preponderantes para o desenvolvimento dos cultivos agrícolas totalmente dependentes de sua ocorrência. Tendo em vista que previsões climáticas nem sempre são precisas, técnicas que possam auxiliar nas previsões, como estimativas de precipitações, com base em níveis de probabilidade de sua ocorrência, podem ser uma boa alternativa. Objetivou-se, neste trabalho, determinar a precipitação pluviométrica esperada, em diferentes níveis de probabilidade, para a região de Juazeiro, BA bem como a época de menor risco de perdas na colheita de uvas finas por causa da ocorrência de chuvas. O estudo foi realizado com dados dos registros pluviométricos diários de uma série de 40 anos, obtidos junto à estação Agrometeorológica de Mandacaru no município de Juazeiro, BA. As estimativas mensais da precipitação pluviométrica provável para os níveis de 90; 80; 75; 60; 50; 45; 40; 35 e 30% de probabilidade foram obtidas pela função de distribuição gama. Aplicou-se o teste de aderência de Kolmogorov-Smirnov, ao nível de 5% de significância para verificar o ajuste dos dados. A distribuição gama apresentou bom ajuste para estimar a precipitação provável em diferentes níveis de probabilidade na região de Juazeiro, BA. Os valores médios de precipitação pluvial mensal ocorreram próximo ao nível de 40% de probabilidade. A época mais adequada para o cultivo de sequeiro na região foi o bimestre fevereiro e março. As menores probabilidades de ocorrência de chuva de maio a outubro proporciona menor risco de perdas na colheita de uvas finas em cultivo irrigado, na região de Juazeiro, BA

    SAÚDE MENTAL NA ATENÇÃO PRIMÁRIA: EXPERIÊNCIAS A PARTIR DE UMA REVISÃO DE LITERATURA

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    Eixo temático 4: Saúde mental e atenção básica. Território, matriciamento e acesso   Introdução: a atenção em saúde mental na estratégia de saúde da família configura-se hoje uma necessidade considerarmos o processo de Reforma Psiquiátrica e a legitimação da Rede de Atenção Psicossocial – RAPS.  Para um cuidado integral da pessoa, a atenção especializada em saúde mental precisa aproximar-se da atenção básica, com ações de apoio matricial, ampliação de repertórios de cuidado, suporte técnico, desenvolvimento de ações práticas junto com as equipes, entre outros (AZEVEDO; et al, 2014). Problema: elevada quantidade de usuários que fazem uso de uma Unidade Básica de Saúde apenas para renovação de receita, ressaltando o crescimento dessa demanda ao longo dos anos. Participantes: usuários que estão na área de cobertura de uma UBS de Juazeiro-BA. Período de realização: fevereiro a agosto de 2015. Abordagem: os dados foram colhidos durante os acolhimentos realizados pelos residentes de Saúde Mental no dia de renovação de receita controlada na UBS em que os residentes estavam em prática, além de ter havido e realização de pesquisa em prontuários dos pacientes listados para renovação de receita até maio de 2015. Resultados e discussão: foram analisadas 37 pessoas. A faixa etária de 16 a 28 anos houve a maior quantidade de pessoas analisadas (9 pessoas), seguida da faixa etária de 52 a 64 anos (8 pessoas). Em seguida, havia as pessoas que estavam entre 28 a 40 anos (6 pessoas) e em último lugar houve um empate com as faixas entre 40 e 52 anos e entre 64 e 78 anos, sendo em cada uma dessas analisadas apenas 5 pessoas. Percebe-se, com isso, que a faixa etária mais prevalente ficou com as pessoas mais novas, evidenciando um processo de medicalização cada vez mais precoce. Toassa (2012) e Oliveira (2012) explicitam tal ocorrência através da expansão progressiva do campo de intervenção da biomedicina por meio da redefinição de comportamentos humanos e experiências como se fossem problemas relacionados à medicina. Mais do que o uso indiscriminado, essa lógica consiste em fazer com que os indivíduos interpretem problemas como fatos clínicos, apenas. Quanto ao sexo, percebeu-se uma maior prevalência de mulheres (67%) para renovação de receitas. Acerca da questão social envolvida, percebeu-se que os usuários tinham dificuldade em desenvolver relações sociais, tinham vulnerabilidade social e a maioria deles não tinham renda fixa (52,8%). Quanto ao tipo de acompanhamento que faziam, percebeu-se que a maioria não tinha o histórico de internação psiquiátrica (35,71%) e não faziam acompanhamento no CAPS (39,28%). Quanto a medicação que mais usam, os ansiolíticos foram a maioria, seguido de Clorpromazina e Fenobarbital. O diagnóstico mais prevalente foi epilepsia e convulsões, seguidos de delírios e alucinações. Conclusão: são necessários novos estudos para se traçar um perfil mais abrangente da população acompanhada com receita controlada de medicação psicotrópica. Entende-se, porém, que os dados aqui contidos podem servir de instrumento de planejamento de ações e práticas no âmbito da saúde mental, visando a integralidade em saúde. Serve ainda como um documento reflexivo, para se pensar as intervenções já adotadas, representando um instrumento importante de avaliação e aperfeiçoamento do cuidado.Referências:   AZEVEDO, D M.; et al. Atenção básica e saúde mental: um diálogo e articulação necessários. Rev. APS. v.17, n.4, 2014.   OLIVEIRA, S. M. Os alcances e limites da medicalização: do risco para a psicose: a emergência de uma nova categoria?. Physis: Revista de Saúde Coletiva, v. 22, n. 1, 2012.   TOASSA, G. Sociedade de tarja preta: uma crítica à medicalização de crianças e adolescentes. Fractal: Revista de Psicologia, v. 24, n. 2, p. 429-434, 2012.

    INTERVENÇÃO E ATUAÇÃO DOS FAMILIARES DE USUÁRIOS QUE UTILIZAM O CENTRO DE ATENÇÃO PSICOSSOCIAL AD

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    Eixo Temático 10: Saúde Mental e empoderamento. Exercício de protagonismo e participação social. Introdução: O uso de substâncias ilícitas e suas consequências têm proporcionado uma preocupação mundial devido ao aumento do número de pessoas que estão consumindo e também sobre o seu impacto na sociedade (FERNANDES; et al, 2015; BRASIL, 2010). A instituição escolar, no entanto, pode agir estrategicamente na prevenção de uso dessas substâncias, contribuindo para o processo de promoção da saúde. Evidencia-se uma atenção peculiar ao uso do crack atrelado aos efeitos deletérios ao organismo no que tange aos sistemas físico e psíquico humano (SILVA; SANTOS, 2011). Diante disso, o PET Saúde, cuja linha: Drogas: é preciso intervir nas escolas, aprovado sob o parecer de nº 0018/270512, pelo Comitê de Ética e Deontologia em Estudos e Pesquisas da UNIVASF, buscou aproveitar esse espaço de integração para desenvolver atividades de pesquisa e promoção à saúde, ao inserir-se em uma escola pública de Petrolina-PE. Objetivos: Conhecer o perfil dos estudantes de uma escola pública que utilizam o crack e analisar dados sócio-demográficos desses estudantes em relação ao uso dessa droga. Método: Enfoque quantitativo, a partir dos resultados obtidos com o preenchimento pelos estudantes de um questionário auto-preenchível, contendo questões sobre o crack. Resultados e Discussões: O sexo predominante nos resultados foi o sexo feminino com uma porcentagem de 58% e a maioria dos entrevistados (42%) estava na faixa etária de 15 a 17 anos. Quanto ao grau escolar, 52,8% estava no ensino médio, seguido do fundamental II com 38,6% e, de todos os estudantes, apenas 0,8% já experimentou o crack, corroborando com os dados do uso dessa substância em grandes capitais brasileiras que também apresentou essa mesma porcentagem (CAVALCANTI, 2013). Em relação à distribuição por sexo dos que já experimentaram, o masculino1 sobressaiu-se (1,1%), contra 0,3% do sexo feminino. Além disso, a idade predominante, neste caso, foi a de 18 anos ou mais (1,8%), seguido de 15 a 17 anos com 0,5%. Os resultados mostraram, além do mais, que o primeiro uso aconteceu predominantemente na faixa etária de 18 anos ou mais, com 45,5% dos casos, seguido de 15 a 17 anos com 9,1%. Dos que usam essa substância, mais da metade tem um relacionamento bom com os pais (54,5%) e uma minoria tem um relacionamento ruim (9,1%). Sobre o relacionamento entre os pais, a maioria destes vive separado (36,4%), demonstrando, assim, que pode existir alguma contribuição desse fato no uso do crack pelos adolescentes. Ademais, 81,8% das pessoas que usam, têm uma perspectiva de vida positiva quanto ao futuro. Conclusão: Percebeu-se que houve uma congruência com os dados nacionais. É preciso, ainda, compreender o que ocorre com esses adolescentes e seu meio, percebendo suas vulnerabilidades e especificidades atribuídas ao uso da droga, permitindo a implementação de ações em saúde e de reabilitação social focadas no sujeito. Isso significa que são necessárias políticas públicas mais direcionadas para a prevenção e promoção à saúde nas escolas, uma vez que, são nestas, que o adolescente passa uma parcela considerável de seu tempo.Referências: BRASIL. Presidência da República. Secretaria Nacional de Políticas sobre Drogas. I Levantamento nacional sobre o uso de álcool, tabaco e outras drogas entre universitários das 27 capitais brasileiras. Brasília: SENAD; 2010. CAVALVANTI Talita. Maior pesquisa sobre crack já feita no mundo mostra o perfil do consumo no Brasil. Fundação Oswaldo Cruz: uma instituição a serviço da vida. 2013. FERNANDES, P. et al. CAPS AD: drogas psicoativas promotoras de dependência entre assistidos. Journal of Biology & Pharmacy and Agricultural Management, v. 10, n. 3, 2015. SILVA, J. C.; SANTOS, E. M. A. L. Crack e adolescência: fatores de risco para o consumo. 2011

    REFORMA PSIQUIÁTRICA E SUAS NUANCES A PARTIR DE UMA REVISÃO NARRATIVA DE LITERATURA

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    Introdução: A Reforma Psiquiátrica, iniciada no final dos anos 70, demonstra as inconveniências do modelo que fundamentou as vertentes da psiquiatria clássica e tornou o hospital psiquiátrico a única alternativa de tratamento, o que contribuía para a cronicidade e a exclusão das pessoas que tem transtorno mental (GONÇALVES; SENA, 2001). Nesse sentido, é hoje considerada como consequência da maior maturidade teórica e política, alcançada com maior conscientização da sociedade civil organizada (AMARANTE, 1996). Tem o objetivo, não apenas de modificação do modelo assistencial, mas de transformar o lugar social da loucura, da diferença e da divergência (AMARANTE, 2009). Objetivo: Desvelar as modificações ocorridas na Reforma Psiquiátrica e seus impactos nos dias atuais. Método: Abordagem qualitativa, descritiva, do tipo revisão bibliográfica narrativa a partir de achados bibliográficos que evidenciassem a Reforma Psiquiátrica como marco importante na proposição de ações diferenciadas empregadas atualmente na saúde mental. Logo, destacou-se duas categorias temáticas: Redirecionamento das ações em saúde mental, e CAPS e os desafios na reestruturação de terapêuticas eficazes na saúde mental. Resultados e Discussões: Dentre as modificações no atendimento ao usuário, contidas nessa reforma estão: redirecionamento do modelo assistencialista; regulamentação do cuidado especial com as pessoas internadas por longos períodos; possibilidade de punição para internação involuntária ou sem necessidade; desinstitucionalização de pessoas que tenham longo período de permanência em hospital psiquiátrico; inclusão de assistência à saúde mental para os detentos do sistema penitenciário, alterando as formas de tratar com os manicômios judiciários; assistência farmacêutica na atenção psiquiátrica, de forma que os medicamentos básicos de saúde mental para os usuários de serviços ambulatoriais públicos de saúde sejam assegurados e tenham plena atenção em saúde mental, dentre outras providências (BERLINCK; MAGTAZ; TEIXEIRA, 2008). Além disso, os Centros de Atenção Psicossocial (CAPS), entre todos os dispositivos de atenção à saúde mental, têm valor estratégico para a Reforma Psiquiátrica Brasileira. É o surgimento destes serviços que passa a demonstrar a possibilidade de organização de uma rede substitutiva ao Hospital Psiquiátrico no país, sendo considerados articuladores estratégicos da rede e da política de saúde mental (BRASIL, 2005). Há a criação de condições e instituição de novas práticas terapêuticas, visando incluir o usuário em saúde mental na sociedade e na cultura. Nesse sentido, a efetivação das mudanças propostas depende de novas formas de clinicar e praticar o tratamento, pressupondo que o profissional de saúde esteja Inserido em um arcabouço que se proponha à inclusão do indivíduo em sofrimento mental (BERLINCK; MAGTAZ; TEIXEIRA, 2008). Conclusão: Dessa forma, a reforma psiquiátrica serviu como superação da violência asilar. O importante não foi a simples transferência do doente mental para fora do hospital psiquiátrico, mas garantir a ele o resgate da cidadania, da autonomia, da reintegração à família e à sociedade, além do direito à sua particularidade e subjetividade. Isso o torna único no seu tratamento sem a ideia de cura medicamentosa como única estratégia de solução

    EXPERIÊNCIAS DA SAÚDE MENTAL NA ATENÇÃO PRIMÁRIA A PARTIR DE UMA REVISÃO NARRATIVA

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    Considerações iniciais: as práticas e ações de saúde mental na atenção primária no contexto brasileiro tem atuações limitadas (MODESTO; SANTOS, 2009). É importante perceber, também, que sem a inserção de uma equipe mínima de saúde mental, na atenção primária, o que se propõe, fica dissociado. Outro adendo é que nenhum modelo assistencial estará completo se não atender às necessidades de saúde mental da população. Portanto, a atenção primária tem um importante papel na assistência a certas demandas em saúde mental (FIGUEIREDO; CAMPOS, 2009). O Ministério da Saúde avalia que cerca de 9% da população apresenta transtornos mentais leves e de 6 a 8% apresentam transtornos decorrentes do uso de álcool e outras drogas, pelos quais a atenção primária deve responsabilizar-se (BRASIL, 2003). Objetivo: Desvelar a importância da saúde mental e seus arranjos na atenção primária. Metodologia: Qualitativo, descritivo e de revisão bibliográfica narrativa, a partir de achados de 1990 a 2010 que fundamentassem a Saúde Mental na Atenção Primária como marco importante na proposição de ações diferenciadas empregadas atualmente na saúde mental.. Utilizou-se fontes eletrônicas e impressas, sem pré-determinação, incluindo-se documentos federais, teses, dissertações, monografias, artigos em português e livros, a partir dos descritores: Saúde Mental, Atenção Primária à Saúde , adotando-se a análise temática de conteúdo. Discussão: Os estudos aqui relatados evidenciaram a necessidade de inserção das ações de saúde mental na atenção primária, considerando o número alto de transtornos mentais severos e a débil inserção sócio- econômica desses indivíduos.Sendo a atenção primária a porta de entrada do sistema de saúde, a inclusão de ações da saúde mental permite que os sintomas psíquicos sejam detectados e tratados precocemente, evitando-se internações desnecessárias (STARFIELD, 2002). O Brasil, junto a outros países, viveram mudanças significativas na saúde mental, com transformações nos modelos de atenção à saúde, e ênfase nas redes de serviços comunitários (WORLD HEALTH ORGANIZATION, 2003). A reforma psiquiátrica contribuiu para essa realidade, pois possibilitou o surgimento de experiências inovadoras e bem-sucedidas, oriundas da interação entre saúde mental e os serviços do nível primário em saúde. A atuação da saúde pública, através da Estratégia Saúde da Família (ESF) é expressiva, uma vez que evidencia a potencialidade da incursão de políticas especiais neste cenário, como é o caso da inclusão de ações de saúde mental (SILVEIRA; VIEIRA, 2009). Considerações finais: Há muito a ser desenvolvido ainda sobre a inserção das ações de saúde mental na atenção primária. A postura assumida sobre esta questão deve superar os conceitos organicistas e a lógica da exclusão, exigindo tempo para mudança dos atuais conceitos e práticas. Nesse tocante, a implantação das equipes de saúde da família parece ser uma tecnologia de produção do cuidado às pessoas em sofrimento psíquico a ser explorada e melhor desenhada enquanto possibilidade de atenção comunitária em saúde mental. Referências Bibliográficas: BRASIL. Ministério da Saúde. Coordenação de Saúde Mental/Coordenação de Gestão da Atenção Básica. Saúde mental e atenção básica: o vínculo e o diálogo necessários. Brasília: Ministério da Saúde, 2003. [Mimeo]. FIGUEIREDO, M. D.; CAMPOS, R. O. Saúde Mental na atenção básica à saúde de Campinas, SP: uma rede ou um emaranhado? Ciência & Saúde Coletiva, 2009. Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/csc/v14n1/a18v14n1.pdf. Acesso em: 14 mar. 2015. MODESTO, T. N.; SANTOS, D. N. Saúde Mental na Atenção Básica. Revista Baiana de Saúde Pública. v. 31, n. 1, p.19-24. 2007. Disponível em: http://inseer.ibict.br/rbsp/index.php/rbsp/article/viewFile/1385/1021. Acesso em: 14 mar. 2015. SILVEIRA, D. P.; VIEIRA, A. L. S.; Saúde mental e atenção básica em saúde: análise de uma experiência no nível local. Ciência & Saúde Coletiva, 2009. Disponível em: http://www.scielosp.org/pdf/csc/v14n1/a19v14n1.pdf. Acesso em: 14 mar. 2015. STARFIELD B. Atenção primária. Brasília: Ministério da Saúde, 2002. Disponível em: http://apsredes.org/site2013/blog/2013/01/04/barbara-starfield/. Acesso em: 14 mar. 2015. WORLD HEALTH ORGANIZATION. Mental health context: Mental health policy and service guidance package. Geneva: WHO, 2003. ________________________ [1] Enfermeira, pós-graduanda em Enfermagem do Trabalho na Uninter, e-mail: [email protected]; [2] Enfermeira, Residente em Saúde Mental na Universidade Federal do Vale do São Francisco – UNIVASF, e-mail: [email protected] [3] Engenheiro Agrônomo, Mestre em Agronomia, Universidade Estadual da Bahia - UNEB, Licenciatura em Matemática, Universidade do Estado de Pernambuco, [email protected]; [4] Enfermeira, Mestre em Psicologia, Docente da Universidade Federal do Vale do São Francisco, e-mail: [email protected]; [5] Enfermeira, Mestre em Enfermagem, Docente da Universidade Federal do Vale do São Francisco, e-mail: [email protected]

    ATENÇÃO PRIMÁRIA COM UMA ABORDAGEM NA SAÚDE MENTAL: VIVÊNCIAS A PARTIR DE UMA REVISÃO NARRATIVA

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    Introdução: as práticas e ações de saúde mental na atenção primária no contexto brasileiro tem atuações limitadas (MODESTO; SANTOS, 2009). É importante perceber, também, que sem a inserção de uma equipe mínima de saúde mental, na atenção primária, o que se propõe, fica dissociado. Outro adendo é que nenhum modelo assistencial estará completo se não atender às necessidades de saúde mental da população. Portanto, a atenção primária tem um importante papel na assistência a certas demandas em saúde mental (BONFIM; et al., 2013). O Ministério da Saúde avalia que cerca de 9% da população apresenta transtornos mentais leves e de 6 a 8% apresentam transtornos decorrentes do uso de álcool e outras drogas, pelos quais a atenção primária deve responsabilizar-se (BRASIL, 2003). Objetivos: Desvelar a importância da saúde mental e seus arranjos na atenção primária. Método: Qualitativo, descritivo e de revisão bibliográfica narrativa, a partir de achados de 1990 a 2010 que fundamentassem a Saúde Mental na Atenção Primária como marco importante na proposição de ações diferenciadas empregadas atualmente na saúde mental.. Utilizou-se fontes eletrônicas e impressas, sem pré-determinação, incluindo-se documentos federais, teses, dissertações, monografias, artigos em português e livros, a partir dos descritores: Saúde Mental, Atenção Primária à Saúde , adotando-se a análise temática de conteúdo. Resultados e discussão: Os estudos aqui relatados evidenciaram a necessidade de inserção das ações de saúde mental na atenção primária, considerando o número alto de transtornos mentais severos e a débil inserção sócio-econômica desses indivíduos. Sendo a atenção primária a porta de entrada do sistema de saúde, a inclusão de ações da saúde mental permite que os sintomas psíquicos sejam detectados e tratados precocemente, evitando-se internações desnecessárias (FRANL; et al., 2015). O Brasil, junto a outros países, viveram mudanças significativas na saúde mental, com transformações nos modelos de atenção à saúde, e ênfase nas redes de serviços comunitários (COELHO; et al., 2014). A reforma psiquiátrica contribuiu para essa realidade, pois possibilitou o surgimento de experiências inovadoras e bem-sucedidas, oriundas da interação entre saúde mental e os serviços do nível primário em saúde. A atuação da saúde pública, através da Estratégia Saúde da Família (ESF) é expressiva, uma vez que evidencia a potencialidade da incursão de políticas especiais neste cenário, como é o caso da inclusão de ações de saúde mental (COELHO; et al., 2014). Conclusão: Há muito a ser desenvolvido ainda sobre a inserção das ações de saúde mental na atenção primária. A postura assumida sobre esta questão deve superar os conceitos organicistas e a lógica da exclusão, exigindo tempo para mudança dos atuais conceitos e práticas. Nesse tocante, a implantação das equipes de saúde da família parece ser uma tecnologia de produção do cuidado às pessoas em sofrimento psíquico a ser explorada e melhor desenhada enquanto possibilidade de atenção comunitária em saúde mental

    CAPS AD: INTERVENÇÕES E EXPECTATIVAS DE FAMILIARES DE PESSOAS QUE FAZEM USO DO SERVIÇO

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    Considerações iniciais: O uso exagerado do álcool tem sido a modalidade mais difundida de dependência química na humanidade, sendo destaque entre os mais jovens da faixa etária dos 18 a 29 anos, declinando com o avanço da idade (LARANJEIRA et al., 2003; CARVALHO, 2010). É considerado a segunda maior causa de mortes relacionadas às drogas psicoativas (GORGULHO, 2004). O beber de forma demasiada influencia as relações familiares e acarreta grandes transformações nesta (MELO et al., 2005). Além disso, a co-dependência de familiares do alcoolista é interesse de investigação de diversos autores, dentre os quais podem ser destacados Beattie (2004), Zampieri (2004) e Lucena (2006), que destacam a complexidade da situação vivenciada pelos dependentes e seus familiares. As implicações sociais, psicológicas, econômicas e políticas geradas pela dependência do álcool são enormes e devem ser consideradas na sua forma global. Objetivos: investigar as expectativas dos familiares de alcoolista acerca das intervenções do CAPS ad de Petrolina-PE, em diversos estágios de tratamento. Metodologia: estudo descritivo e exploratório, desenvolvido na perspectiva qualitativa. Foram entrevistados integrantes de 09 famílias nucleares que convivem com membro alcoolista, o que incluiu as 9 esposas desses alcoolistas e 17 de seus filhos(as). Essas famílias representam três grupos, cada um deles constituído por três famílias. O primeiro grupo é composto por familiares de usuários ingressantes (com até 3 meses de tratamento). O segundo grupo é composto por familiares de usuários intermediários (aqueles que estão em tratamento por período entre 7 e 10 meses). O terceiro grupo reúne familiares de usuários veteranos em termos de vínculo com o CAPS ad (aqueles que estão em tratamento há mais de um ano). A coleta de dados foi realizada por meio de entrevista semi-estruturada individual. Na análise dos dados obtidos foram empregados procedimentos de análise de conteúdo. Discussão: Verificou-se que nas famílias estudadas, as expectativas dos familiares que aderiram às atividades realizadas pelo CAPS ad se revelaram predominantemente positivas. Com o passar do tempo, em que o alcoolista continua no tratamento, essas expectativas foram se fortalecendo, pois nesses casos passou a existir a abstenção ou um padrão de beber eventual, sob controle, sendo minimizados os danos decorrentes do beber abusivo (que podem ser diferentes em cada caso, ainda que alguns aspectos sejam verificados em todas as famílias). Entre as nove famílias participantes, houve apenas uma que demonstrou não acreditar na recuperação do dependente. Considerações finais: em função da diversidade de fatores que afetam a vida pessoal, familiar e social do alcoolista, das limitações que as famílias encontram para lidar com a questão em seu próprio âmbito, e considerando o fato de que a percepção dessas famílias sobre a atuação do CAPS ad é bastante positiva, pode ser um caminho promissor pensar em ações intersetoriais de atenção integral, articuladas com vários segmentos da sociedade, possibilitando, assim, a formação de uma rede de atenção com capacidade resolutiva ampliada. BEATTIE, M. Co-dependência nunca mais: pare de controlar os outros e cuide de você mesmo. 2004. Rio de Janeiro: Record. CARVALHO, M. F. A. A. Expectativas de familiares de alcoolistas em diferentes estágios de tratamento acerca das intervenções do CAPS ad. Dissertação de Mestrado do Programa de Pós-graduação em Psicologia, Universidade Federal do Espírito Santo, 2010, Projeto MINTER/DINTER com a Universidade Federal do Vale do São Francisco, Petrolina, PE. LARANJEIRA, R. et al. Usuários de substâncias psicoativas: abordagem, diagnóstico e tratamento. São Paulo: Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo/Associação Médica Brasileira, 2003. MELO, Z.M. et al. Família, Álcool e violência em uma comunidade da cidade do Recife. 2005. Psicologia em Estudo. v. 10, n. 2, p. 201-208, 2005. GORGULHO, M. O papel da mídia na promoção do uso responsável de álcool. In: BRASIL, Ministério da Saúde. Álcool e Redução de Danos: uma abordagem inovadora para países em transição. Brasília: MS, 2004.  [1] Enfermeira, Residente em Saúde Mental na Universidade Federal do Vale do São Francisco – UNIVASF,  [2] Enfermeira, pós-graduanda em Enfermagem do Trabalho na Uninter, [3] Engenheiro Agrônomo, Mestre em Agronomia, Universidade Estadual da Bahia - UNEB, Licenciatura em Matemática, Universidade do Estado de Pernambuco, [email protected]; [4] Enfermeira, Mestre em Psicologia, Docente da Universidade Federal do Vale do São Francisco,; [5] Enfermeira, Mestre em Enfermagem, Docente da Universidade Federal do Vale do São Francisco, ;  Ana Karla da Silva Freire[1]; Cicera Gabriela Limeira[2]; Edgo Jackson Pinto Santiago[3]; Maria de Fátima Alves Aguiar Carvalho[4]; Mônica Cecília Pimentel de Melo[5]

    O PAPEL DA FAMÍLIA EM RELAÇÃO AO USO DAS DROGAS

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    Introdução: A família atua na construção da identidade individual e é nela que as pessoas buscam apoio e compreensão, vislumbrando possibilidades e estabelecendo relações bem intensas e firmadas, o que atua como fator de proteção para o uso de substâncias ilícitas (SCHENKER; MINAYO, 2005; BRUSAMARELLO et al., 2010). Objetivo: Descrever o suporte familiar enquanto estratégia de enfrentamento das drogas. Método: Abordagem qualitativa, descritiva e de revisão bibliográfica. Optou-se pela revisão narrativa de literatura, na qual, fundamentasse a relação do papel da família e o uso de drogas. Nessa dinâmica, elegeu-se duas categorias temáticas: Família enquanto fator protetor ao uso de drogas e Fragilidades familiares e a relação com as drogas. Resultados e Discussões: O desenvolvimento saudável de um indivíduo depende diretamente do vínculo familiar, sendo que a linguagem desta, imprime a sintaxe, a semântica e a pragmática do como se relacionar, interagir e comportar-se no seio da cultura. As experiências vividas na família que podem repercutir favoravelmente no consumo de substâncias psicoativas são: problemas no relacionamento entre pais e filhos com relações afetivas prejudicadas; ausência de regras e normas claras dentro do contexto familiar; uso de drogas pelos pais, irmãos ou parentes próximos; situações de conflitos permanentes; dificuldades de comunicação; falta de acompanhamento e monitoramento constante dos filhos por parte dos pais; falta de apoio e de orientação, atmosfera da casa e a falta de qualidade das relações familiares (TOSCANO JUNIOR, 2001). Considerando ainda que o uso abusivo dessas substâncias constitui um dos mais importantes problemas de saúde pública mundial, os fatores familiares têm, certamente, destaque em relação aos fatores de risco e ao uso dessas substâncias (FREIRES; GOMES, 2012). É possível perceber que apesar das famílias brasileiras estarem passando por mudanças constantes na sua estrutura, principalmente, no que diz respeito à última década, o uso indevido de drogas não se associa diretamente ao tipo de estrutura familiar. Além disso, outra realidade é a mudança, ao longo do tempo, no arcabouço das famílias no Brasil, de tal forma que a mulher vem preenchendo o espaço de provedora do lar, o que era antes, papel masculino nas camadas média e alta da população (OLIVEIRA, 2011). Influenciado pelas questões de gênero e permeados por fatores histórico-culturais, as mães ainda são as principais pessoas que permitem as trocas afetivas, as quais marcam o indivíduo no seu modo de ser e agir com os outros e consigo mesmo (SCHENKERL; MINAYO, 2005). Conclusão: Depreende-se que está intrínseco à família ser essencial em todo o processo de desenvolvimento e educação dos filhos, sendo que o relacionamento com o mesmo deve ser iniciado o quanto antes, para se evitar comportamentos ilícitos. O papel da família é mais importante sob a ótica da prevenção às drogas, do que delegar à estrutura familiar a relação causal
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