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Porosidade e densidade de solos sob uso agrícola no município de Sobradinho-BA.
Considerando que o manejo do solo altera suas propriedades físicas, imprescindíveis ao oferecimento de condições favoráveis ao desenvolvimento produtivo, objetivou-se com este estudo avaliar a porosidade e a densidade de quatro solos sob uso agrícola, localizados as margens do Lago de Sobradinho, no município de Sobradinho-BA. Foram selecionadas quatro propriedades rurais onde foram coletadas amostras de solos nas profundidades de 0,00?0,10; 0,10-0,20 e 0,20-0,40 m tanto na área agrícola como na área sob caatinga, utilizada como referência. Em laboratório avaliou-se granulometria, argila dispersa em água e densidade do solo. Além disso, foram calculados: índice de floculação, macroporosidade e microporosidade. O intenso processo de mecanização adotado no uso agrícola proporcionou comportamentos distintos aos solos, em relação aos índices analisados, sendo que houve aumento na sua densidade e redução da macroporosidade
Atributos físicos do solo em sistemas de adubação e de manejo de resíduos culturais em plantio direto
O não revolvimento do solo e o aporte de resíduos culturais em superfície são importantes visando a conservação dos recursos naturais e a sustentabilidade de sistemas de produção de grãos. Em semeadura direta é essencial o entendimento da relação entre os diferentes manejos da cobertura e da adubação sobre atributos físicos sensíveis a processos de degradação, a exemplo da compactação. Desse modo, o trabalho teve por objetivo a avaliação de atributos físicos do solo em função dos sistemas de adubação e dos equipamentos de manejo de resíduos culturais. O delineamento foi em blocos ao acaso, em esquema fatorial 3 x 2, sendo três manejos dos restos culturais da safra anterior (rolagem com rolo-faca, trituração com triturador de palhas e roçada com roçadora) e dois sistemas de adubação (em pré-semeadura e na semeadura), com quatro repetições em Latossolo Vermelho eutroférrico textura argilosa. O sistema de adubação não afetou os atributos físicos do solo. O equipamento de manejo de resíduos, triturador de palhas, afetou a resistência do solo à penetração entre as fileiras da cultura nas camadas de 0,00-0,10 m e 0,20-0,30 m
Environments in Rio Preto watershed, with emphasis on the Mid High Rio Preto portion
Dentro do contexto de manejo integrado de bacias hidrográficas esse trabalho tem por objetivo a realização de estudos do meio físico na Bacia Hidrográfica do Rio Preto, buscando o estabelecimento das relações dos solos com os demais componentes dos meios natural e antrópico, de modo a dar suporte de uso e manejo adequados às condições locais. É dada ênfase à região hidrográfica do Médio Alto Rio Preto por se tratar de uma área mais intensivamente utilizada na exploração agropecuária e, conseqüentemente com maiores problemas de degradação dos recursos naturais: solo, água e vegetação. Para tal, foi realizada a caracterização de solos, geologia e vegetação a partir da base de dados do projeto RADAMBRASIL e, do relevo e hidrografia a partir de cartas topográficas (IBGE), utilizando-se os programas ArcInfo e ArcView do ESRI. Foram criadas classes para cada tema e calculadas as áreas de acordo com a legenda dos mapas. De posse dos mapas temáticos foi realizado o trabalho de campo que consistiu na observação e descrição da área em função do manejo e do estado de conservação da paisagem e, na descrição de perfis e coleta de amostras de solos para análises físicas e químicas. A BHRP possui uma área de 3.434,57 Km2 e foi dividida em 6 regiões hidrográaficas permitindo a observação de uma grande variedade de ambientes, incluindo desde áreas de preservação ambiental como o Parque Nacional do Itatiaia com altitudes entre 800 a 2787 m, até áreas extensamente antropizadas e ocupadas por pastagens degradadas em altitudes de até 300 m. Em relação ao relevo, em 73% da área este apresenta-se como forte ondulado e montanhoso e, em 27% como ondulado, suave ondulado e plano. Os solos predominantes são Latossolo Vermelho Amarelo, Cambissolo e Neossolo Litólico, com manchas menores de Cambissolo Húmico na área do Parque e de Argissolos próximo ao Rio das Flores. A geologia é representada pelos Complexos Paraíba do Sul e Juiz de Fora em 87% da área e, em menores proporções estão o Grupo Andrelâdia, o Gnaisse Piedade, a Suíte Intrusiva Três Córregos e as Rochas Intrusivas Alcalinas. O cruzamento das características de relevo, geologia e solos permitiu a separação de 4 unidades geoambientais: (i) Maciço Montanhoso do Itatiaia/Alto Rio Preto: caracterizado por um relevo bastante acidentado aliado à um ambiente pedológico frágil composto por Cambissolos e Latossolos Vermelho Amarelos com inclusões de Cambissolos Húmicos, Neossolos Litólicos, podendo ser caracterizada como de alto risco ambiental em relação a processos erosivos; (ii) Planalto Soerguido do Alto Rio Preto: o relevo varia de montanhoso a forte ondulado e ondulado com ocorrência de Argissolos no terço inferior e médio das colinas e de Cambissolos nas cristas de serras, associadas a um intenso desmatamento para uso com pastagens e ocorrência freqüente de processos erosivos severos; (iii) Maciço Montanhoso em Rochas Metassedimentares Proterozóicas: relevo forte ondulado a montanhoso e predominância de Cambissolos, Latossolos Vermelho Amarelos e Afloramentos de Rochas com riscos ambientais considerados altos e intensa ocorrência de processos erosivos com a retirada da vegetação; (iv) Planalto Deprimido do Médio Baixo Rio Preto: relevo mais suavizado em relação as outras UGs e ocorrência predominante de Latossolos Vermelho Amarelos e Cambissolos álicos com inclusões de Argissolos e Neossolos Litólicos, sendo uma área com alto grau de desmatamento e degradação, decorrentes do povoamento agropecuário tradicional, caracterizando-a como de alto risco ambiental em função da intensa exploração dos recursos naturais. Em relação aos 6 perfis estudados, todos foram classificados como Latossolos Vermelho Amarelos, com textura variando desde muito argilosa e franco-argilo-arenosa, apresentando reação ácida e distrofia e com índices Ki e Kr superiores a 0,75, denotando a natureza caulinítica destes solos.This work aimed at surveying the Rio Preto Watershed (RPW) seeking to establish the relationships between soils and other components of natural and man-made environments so to support the use and management practices adequate to local conditions. The emphasis on the chosen area (RPW) is due to the fact that it is an intensely agricultured and grazed area with problems concerning the degradation of natural resources: soil, water and vegetation. We made the characterizations of soils, geology and vegetation after RADAMBRASIL project database, and of relief and hydrology after IBGE topographic charts with the use of ESRI’s ArcInfo and ArcView softwares. Classes for each subject were created and areas were calculated accordig to maps legends. After thematic maps were drawn, field work, which consisted of observation and description of the area in relation to management and landscape conservation status, soil profiles descriptions and soil sampling for physical and chemical analyses. The RPHB has a total area of 3,434.57 Km 2 and was divided into 6 hydrologic regions which allowed the observation of a large variety of environments, from environmental preservation areas like Itatiaia National Park with altitudes ranging from 800 to 2787 m, to extensively used and overgrazed areas on altitudes up to 300 m. As to relief, 73% of the ixarea is strongly slopy and mountainous and 27% is slopy, gently slopy and plane. Soils are predominantly Red Yellow Latosols, Cambisols and Litholic Neosols with smaller Humic Cambisol spots in the Park’s area and Argisols near Flores River. The local geology is represented by Paraiba do Sul and Juiz de Fora Complexes in 87% of the area and in smaller proportions by Andrelândia Group, Piedade Gneiss, Três Córregos Intrusive Suite and Intrusive Alkaline Rocks. From relief, geology and soil information it was possible to classify the area into 4 geo-environmental unities (GU): (i) Itatiaia/Alto Rio Preto Mountain Area: strongly slopy relief with a fragile soil environment of Cambisols and Red Yellow Latosols with inclusions of Humic Cambisols and Litholic Neosols, this area presents high environmental risks as related to erosional processes; (ii) Alto Rio Preto Uplifted High Plains: mountainous to strongly slopy and slopy relief with Argisols on basal and middle third of hills and Cambisols on the crest of mountains, the area is intensely deforested and grazed and afflicted by frequent severe erosive processes; (iii) Mountain Area on Proterozoic Metasedimentary Rocks: strongly slopy and mountainous relief with Cambisols, Red Yellow Latosols and Rock Outcrops with high environmental risks and frequent erosive processes due to deforesting; (iv) Médio Baixo Rio Preto Depressed High Plains: gentler slopy relief than the other GU’s with predominant Red Yellow Latosols and (?alic) Cambisols with Argisols and Litholic Neosols spots, this area is highly deforested and degraded, mostly due to traditional land use practices with agriculture and herding, and presents a high environmental risk because of intense exploitation of natural resources. All the 6 described soil profiles were Red Yellow Latosols, ranging from very clayey to sandy-clay-loam textures, presented acid reaction and distrophy, Ki and Kr indexes higher than 0.75 which denotes a kaolinitic nature.Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológic
CARACTERÍSTICAS QUÍMICAS E COMPACTAÇÃO DE UM LATOSSOLO VERMELHO INFLUENCIADO POR RESÍDUOS CULTURAIS
Tem
sido observado que, a adição de material orgânico melhora as características
físicas do solo e, principalmente reduz sua susceptibilidade à compactação.
Desse modo, este trabalho teve por objetivo, avaliar o efeito da incorporação
de doses crescentes de resíduos de soja e de milho picados em diferentes
tamanhos e incubados em diferentes tempos, na resistência física à compactação
e em algumas características químicas de Latossolo Vermelho. Realizou-se o
ensaio da influência dos resíduos culturais na resistência física à compactação
do solo, determinando-se a Densidade Máxima do Solo (DMS) e avaliações
químicas: N, pH em água, K e P disponíveis, AI, Ca e Mg. O resíduo de milho
apresenta maior contribuição na resistência física à compactação do solo, em
relação ao resíduo de soja. As diferenças são decorrentes da natureza dos
resíduos que afeta as taxas de decomposição. A quantidade e o tamanho do pedaço
do resíduo afetam a resistência à compactação, porém, o efeito destes fatores é
dependente do tempo de incubação. A adição de altas doses de resíduos culturais
foi efetiva no incremento da fertilidade do solo. O mecanismo dominante para
este efeito é atribuído à liberação de cátions trocáveis, como Ca, Mg e K, ao
aumento do pH, à redução dos teores de AI e ao aumento da CTCe. Os resultados
permitem inferir que, por meio da rotação de culturas incluindo milho e soja, a
incorporação dos resíduos poderia aliviar os problemas de compactação e
deficiência de nutrientes do solo
Variabilidade espacial da resistência mecânica à penetração em vertissolo cultivado com manga no perímetro irrigado de Mandacaru, Juazeiro, Bahia, Brasil
A resistência do solo à penetração é um parâmetro frequentemente utilizado como indicador da compactação do solo em sistemas de manejo, podendo relacioná-lo diretamente com o crescimento e a produtividade das culturas em geral. Para isso, é importante a utilização de métodos geoestatísticos em sua avaliação, por considerar a heterogeneidade dos dados ao longo da área. O objetivo deste trabalho foi avaliar a variabilidade espacial da resistência mecânica do solo à penetração (RP) em um Vertissolo cultivado com manga. A coleta de dados foi realizada em área do Projeto Mandacaru I, em Juazeiro-BA, utilizando um penetrômetro eletrônico para determinação da RP nas camadas de 0,00-0,10, 0,10-0,20, 0,20-0,30 e 0,30-0,40 m e um GPS de navegação para determinação da posição geográfica dos pontos. Também foram feitas coletas de amostras de solo, para determinação da umidade e da textura. Na análise dos resultados foram utilizadas a estatística descritiva e a aplicação da geoestatística. A partir dos resultados, pôde-se constatar aumento da RP ao longo das camadas mais profundas, podendo atingir níveis acima de 3,000 kPa em zonas específicas da área. Por meio desses resultados, é possível monitorar a compactação, que se mostrou crítica em determinados pontos, e realizar o manejo do solo em pontos localizados, dependendo do nível de compactação
Adubação verde contribuindo para ciclagem de nutrientes em ambientes irrigados no semiárido brasileiro
A adução verde, por meio da semeadura simultânea de diferentes espécies, pode ser uma estratégia para mitigar o impacto ambiental devido uso de fertilizantes em ambientes irrigados no Semiárido brasileiro. Assim, o objetivo deste trabalho foi avaliar a produção de fitomassa seca e o acúmulo de nutrientes da parte aérea de dois tipos de coquetéis vegetais e da vegetação espontânea cultivados nas entrelinhas de um pomar de mangueira, em dois sistemas de manejo do solo, durante cinco ciclos de produção. O experimento foi conduzido no delineamento em blocos casualizados com quatro repetições, com os tratamentos dispostos em esquema de parcelas subdivididas. As parcelas foram constituídas por 2 sistemas de manejo (com e sem revolvimento do solo), e as subparcelas por 3 tipos de adubação verde: coquetel vegetal 1 (CV1); coquetel vegetal 2 (CV2) e vegetação espontânea (VE). Foram avaliados a fitomassa seca, teores e acúmulos de N, P, K, Ca, Mg e S. Os coquetéis vegetais cultivados, independentes da sua composição, produziram maiores quantidades de fitomassa seca em relação à vegetação espontânea e, consequentemente, acumularam maiores quantidades de nutrientes. Os teores médios de N e P foram menores na fitomassa da vegetação espontânea e no coquetel vegetal com predominância de gramíneas e oleaginosas, respectivamente, quando se utilizou a prática de incorporação dos resíduos vegetais. Os teores de Ca foram superiores na fitomassa do coquetel vegetal com predomínio de gramíneas e oleaginosas (CV2); e de Mg no coquetel com predomínio de leguminosas (CV1) e na vegetação espontânea (VE)