8 research outputs found

    RENDA DA TERRA: CONCEITO CENTRAL PARA OS ESTUDOS EM GEOGRAFIA AGRÁRIA

    Get PDF
    ResumoO presente artigo busca destacar a atualidade dos estudos sobre renda da terra, tomando como base a análise realizada por Karl Marx, no livro 3 de O Capital, bem como perquirir como essa teoria tem sido retomada por autores das Ciências Sociais e da Geografia. Consideram-se estudos sobre renda da terra que abordam tipos de renda capitalistas e não-capitalistas, fundamentais para a compreensão do campo brasileiro, sobretudo para a análise das estratégias e alianças das classes detentoras dos meios de produção na extração do trabalho excedente. Assim, busca-se compreender a atuação dos proprietários fundiários na extração da renda e das empresas capitalistas que, ao adquirir amplas porções de terra, passam a atuar também na esfera da produção, conseguindo auferir renda e lucro

    Geografia e trabalho; teoria e método

    Get PDF
    O presente artigo tem como objetivo analisar a relação entre a ciência geográfica e a categoria trabalho, objetivando as dimensões teórica e metodológica que envolve o debate. A respeito da teoria, a discussão seguiu no sentido de entender os significados do valor-trabalho e da relação sociedade natureza, bem como as possibilidades de sua inserção na análise geográfica. A respeito do método, a discussão se orientou no debate sobre a dialética e sua constituição a partir de Hegel e Marx, demonstrando como que ela é o resultado interpretativo das contradições reais estabelecidas no interior da relação capital-trabalho, própria da sociedade moderna. Por fim, o texto conclui com um chamado à repensar a importância da centralidade do trabalho para a Geografia

    Labor in the gaps of geographical criticism

    No full text
    O objetivo da presente pesquisa é analisar as formas com que o trabalho, tomado como categoria da análise social, foi inserido na crítica do movimento de renovação da Geografia no Brasil. Tal movimento se inicia na década de 1970, mas se mantém vivo em suas principais perspectivas ainda atuantes. Buscou-se identificar no processo de incorporação do trabalho seu papel na mediação entre a crítica social e a crítica geográfica que se montava, primeiro como denúncia capitalista, depois como consolidação epistemológica. A tese é que, na urdidura da crítica tensionada pelo movimento de renovação (que se pretendera como Geografia Crítica), o trabalho se estabeleceu como importante elemento de transição para a abertura crítica da análise geográfica, mas que, em seu processo de afirmação teórico-epistemológico, não o fora tomado em sua totalidade contraditória e dialética, significando, simultaneamente, sua própria negação. É, por isso, um estudo sobre a afirmação/negação do trabalho na gênese da crítica da Geografia em seu movimento de renovação a partir de suas principais perspectivas teóricas. Considerou-se, para tanto, as proposições teóricas que, de forma direta ou indireta, central ou apenas tangencial, adotaram o trabalho como objeto, tema ou perspectiva política para suas formulações. Essas perspectivas são aqui denominadas como geografias do trabalho. Dentre os objetivos específicos que comporão a argumentativa da presente tese, aponta-se: (1º) o papel fundamental da teoria do valor para a formulação de uma crítica que se volta contra o desenvolvimento e a expansão capitalista. Observou-se como o trabalho fora tomado como cristalização valor para subsidiar uma leitura que, pelo espaço, procurava desvendar os mecanismos de dominação e exploração do capital a partir de sua instrumentalização no território. Nota-se nesse momento, uma forte vinculação à interpretação concreticista confundida como leitura propriamente geográfica; (2º) a montagem de uma leitura geográfica que se pretendia ontológica teve no trabalho uma de suas principais referências. Mas se notou que as formulações, muitas delas por sistemas de montagem ou de fusão teórica, não foram pautadas pela autocrítica, o que levou a um discurso ontológico remoto e, consequentemente, confundido com a gnosiologia e com a própria epistemologia geográfica, dada a manutenção da interpretação concreticista que se conservara; (3º) a natureza da crítica geográfica e sua expressão teórica. Neste último ponto da análise se observou como o problema da contradição foi interpretado e inserido na crítica geográfica; constatou-se, em última análise, sua ausência. Tomando o trabalho como referência, constatou-se ainda que a dialética envolvida em sua formulação tendeu a ser mais um instrumento de conciliação teórica do que uma crítica social. Concluiu-se que, tomando a argumentativa da tese que se pretendeu partir do trabalho como referencial para análise da crítica geográfica, esta apresenta fissuras no interior de suas próprias formulações, fissuras essas que tendem a se desenvolver como autocontradição, deixando ainda incompleta sua efetividade como crítica social emancipatória.The aim of the present research is analyzing the ways labor, as a category of social analysis, was inserted in the criticism of renewal movement of Geography in Brasil. Such movement has its beginning in the 1970s, but it remains alive in its most active perspective. It was sought to identify, in the process of insertion of labor, its role in mediation between social and geographic criticism which has been coming up; first as a capitalist denunciation, afterwards as epistemological consolidation. The theory is that, in the warp intended by the renewal movement, labor settled as an important element of transition to the critical opening for the geographic analysis, but, in its process of theoretical-epistemological affirmation, it was not considered in its conflicting and dialectical entirety, meaning, simultaneously, its own negation. That is why it is a study concerning the affirmation/negation of labor in the genesis of criticism in Geography in its renewal movement from its main theoretical perspectives. For this purpose, the theoretical proposals which, directly or indirectly, centrally or simply tangentially, have adopted labor as object, core or political perspective for its formulation were considered. Those perspectives are denominated as labor geographies. Among the specific aims which compose the argumentation in this thesis, it is remarkable to mention: (1st) the essencial role of value theory to the formulation of a critique against development and capitalism expansion. It was observed how labor was taken as value crystallization to subsidize a view that, by space, intended to reveal mechanisms of domination and exploitation of capital from its territory instrumentalization. At this moment, a strong linking to a concreticist interpretation, misunderstood as a properly geographical reading is remarkable; (2nd) the construction of a geographical reading supposed to be ontological had one of its main references in labor. But it was noticed the formulations, many of them through assembly or theoretical fusion systems, were not guided by self-criticism, which led to a remote ontological discourse and, consequently, mistaken as the gnosiology and geographical epistemiology itself, considering the remaining of concreticist interpretation. (3rd) the nature of geographical criticism and its theoretical expression. At this latter point of analysis, it was able to observe how the issue of contradiction was interpreted and inserted in the geographical criticism. Its absence was, after all, concluded. In addition, taking labor as reference, it was observed that the dialectics involved in its formulation tended to be more like an instrument of theoretical conciliation than for a social critique. It could be concluded that, considering the argumentation in the thesis, intended to be from labor as a reference to the analysis of geographical criticism, the present thesis presents some fissures in its own formulations, those ones which tend to develop as a self-contradiction, leaving its effectiveness as an emancipatory social critique still incomplete

    Geografía y trabajo; teoría y método en Geografía

    Get PDF
    The present article aims to analyse the relation among geographical science and the category work, aiming theoretical and methodological dimensions which involves the debate. In regards of the theory, the discussion followed on to understand the meanings of work-value and the relation society nature, as well as the possibilities of its insertion in geographic analysis. In regards of the method, the discussion oriented itself in the debate on dialectics and its constitution from Hegel and Marx's perspective, demonstrating how it is the interpretive result of the real contradictions established within the capital-labor relation, typical of modern society. Lastly, the text concludes with an alarm to rethink the importance of work centrality for the Geography.El presente artículo tiene como objetivo analizar la relación entre la ciencia geográfica y la categoria trabajo, objetivando las dimensiones teórica y metodológica que involucra el debate. Sobre la teoría, la discusíon siguío para comprender los significados del valor-trabajo y de la relación sociedad naturaleza, así como las posibilidades de su inserción en el análisis geográfico. En cuanto al método, la discusión se orientó en el debate sobre la dialéctica y su constitución desde Hegel y Marx, demostrando cómo ella es el resultado interpretativo de las contradicciones reales establecidas dentro de la relación capital-trabajo, propria de la sociedad moderna. Por último, el texto concluye con una alarma para repensar la importancia de la centralidad del trabajo para la Geografía.O presente artigo tem como objetivo analisar a relação entre a ciência geográfica e a categoria trabalho, objetivando as dimensões teórica e metodológica que envolve o debate. A respeito da teoria, a discussão seguiu no sentido de entender os significados do valor-trabalho e da relação sociedade natureza, bem como as possibilidades de sua inserção na análise geográfica. A respeito do método, a discussão se orientou no debate sobre a dialética e sua constituição a partir de Hegel e Marx, demonstrando como que ela é o resultado interpretativo das contradições reais estabelecidas no interior da relação capital-trabalho, própria da sociedade moderna.  Por fim, o texto conclui com um chamado à repensar a importância da centralidade do trabalho para a Geografia

    RENDA DA TERRA: CONCEITO CENTRAL PARA OS ESTUDOS EM GEOGRAFIA AGRÁRIA

    No full text
    ResumoO presente artigo busca destacar a atualidade dos estudos sobre renda da terra, tomando como base a análise realizada por Karl Marx, no livro 3 de O Capital, bem como perquirir como essa teoria tem sido retomada por autores das Ciências Sociais e da Geografia. Consideram-se estudos sobre renda da terra que abordam tipos de renda capitalistas e não-capitalistas, fundamentais para a compreensão do campo brasileiro, sobretudo para a análise das estratégias e alianças das classes detentoras dos meios de produção na extração do trabalho excedente. Assim, busca-se compreender a atuação dos proprietários fundiários na extração da renda e das empresas capitalistas que, ao adquirir amplas porções de terra, passam a atuar também na esfera da produção, conseguindo auferir renda e lucro

    A PRODUÇÃO DO ESPAÇO FRENTE AO DESENVOLVIMENTO TÉCNICO DO CAPITAL

    No full text
    Este artigo possui o objetivo de fazer uma análise da realidade empírica, compreendendo o trabalho abstrato e a técnica enquanto capital no desenvolvimento histórico da produção do espaço. Para isso, abordamos o desenvolvimento histórico do espaço de Vitória da Conquista e Barra do Choça, na Bahia, a partir de uma intensificação da mecanização da produção agrícola de café no campo desses municípios e as consequências dessa mecanização na realidade da classe trabalhadora desse setor. Conclui-se que a modernização do capital pode produzir tanto a atração quanto a repulsão de trabalhadores, a depender do contexto histórico, apesar de ambas as tendências estarem sempre voltadas para o aumento da exploração desses trabalhadores em prol da acumulação do capital
    corecore