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    A BRUXARIA NOS TEMPOS MODERNOS SINTOMA DE CRISE NA TRANSIÇÃO PARA A MODERNIDADE

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    Este artigo pretende apresentar algumas informações básicas sobre o fenômeno da bruxaria, um fenômeno específico dos Tempos Modernos que surgiu a partir do início do século XV unindo a feitiçaria da Antigüidade e da Idade Média com o delito da heresia. A teoria e prática jurídica daquele tempo, incluindo a aplicação legítima de torturas, contribuíram muito para a disseminação da bruxaria na Europa. A partir do fim do século XVII, com o surgimento do Iluminismo, encerrou-se, definitivamente, este fenômeno da bruxaria, que tinha se manifestado, muito diferentemente, nos países europeus. A bruxaria pode ser interpretada como um sintoma de crise na transição do mundo medieval para o mundo moderno. Abstract This paper intends to present some basic information on the phenomenon of witchcraft, a specific phenomenon of the Early Modern Times, which came out in the beginning of the 15th century, unifying the sorcery of the Antiquity and the Middle Ages with the crime of heresy. The theory and practise of justice from that period, including the legitimate application of tortures, contributed very much to the spread of the witchcraft throughout in Europe. Since the 17th century, with the emergence of the Enlightenment, the phenomenon of witchcraft, whose appearances had been very diferent in the european states, ceased definitively. Witchcraft can be interpreted as a symptom of the transition from the medieval world to the modern world

    O Congresso da Paz de Vestfália (1643-1648): convocação, negociações, resultados

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    Os tratados da Paz de Vestfália (1648) representam uma marca notável e di-visória na história moderna europeia e universal. Os resultados, obtidos nesse primeirocongresso de paz de dimensão europeia, transformaram, consideravelmente, o mapapolítico, religioso e territorial da Europa, com repercussões globais. Um conjunto deconflitos em níveis variados, surgidos a partir do início dos Tempos Modernos e queresultaram na Guerra dos Trinta Anos, aguardava uma solução em Münster e Osnabrück.Na pauta do Congresso de Paz na Vestfália encontraram-se, consequentemente, questõesconstitucionais quanto ao Império Romano-Germânico, questões religiosas e questõesterritoriais. Com base em fontes primárias e numa vasta literatura atual de apoio, esteartigo apresenta o longo e tortuoso caminho até a convocação do Congresso de Paz,as condições gerais das reuniões, os principais diplomatas e seus posicionamentos, osassuntos mais importantes, o decurso geral das negociações e, finalmente, os resultadosque influenciaram, notavelmente, as épocas seguintes

    AS UNIVERSIDADES EUROPÉIAS NO PERÍODO PRÉ-MODERNO (SÉCULO XII-1800)

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    Este artigo trata das universidades como instituições genuinamente européias,nascidas na Europa da Alta Idade Média; a partir daí, o modelo da universidade se espalhavapor toda a Europa e pelo mundo inteiro. No período pré-moderno das universidades, isto é,entre o século XII e o fim dos Tempos Modernos por volta de 1800, o Estado aumentou,enormemente, a sua influência sobre as universidades, sem poder, porém, acabar com aautonomia que havia caracterizado, especialmente, a fase inicial das universidades

    A LUTA EUROPÉIA ENTRE AS DINASTIAS DOS HABSBURGOS E DOS VALOIS PELA BORGONHA E ITÁLIA (1477-1559)

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    O sistema dos Estados na Europa, nos Tempos Modernos e Contemporâneos, até o fim da Segunda Guerra Mundial, era caracterizado pelo antagonismo entre o Império Romano-Germânico, e mais tarde a Alemanha, por um lado, e a França, por outro. Esse artigo tem como objetivo principal apresentar as origens desse conflito na virada da Idade Média para os Tempos Modernos, quando os Habsburgos lutaram contra os reis franceses pela herança de Borgonha (1477-1493), a extensão dessas lutas à Itália, em que a França e a Espanha eram os verdadeiros adversários (1494-1516) e, acumulando os antagonismos antigos entre a Borgonha e a França, assim como entre a Espanha e a França, as cinco guerras entre Carlos V e Francisco I, inclusive os seus filhos herdeiros e sucessores Felipe II e Henrique II, pela hegemonia da Itália e do mundo (1521-1559). The European struggle between the Habsgurg and Valois dynasties for Burgundy and Italy Abstract The system of states in Europe in the early Modern and Contemporary times, until the end of the Second World War, was caracterized by the antagonism between the Roman-German Empire or Germany on the one side and France in the other. The main goal of this article is to present the origins of this conflict at the turning point of the Middle Ages to the early Modern times, when the Habsburgs fought with the kings of France for the heritage of Burgundy (1477-1493), the expansion of the struggles to Italy, where France and Spain were the real opponents (1494-1516) and, taking over the ancient antagonism between Burgundy and France as between Spain and France, the five wars between Charles V and Francis I, including their sons and sucessors Philip IIand Henry V for the hegemony in Italy and the world (1521-1559)

    AS UNIVERSIDADES ALEMÃS E O “PROCESSO DE BOLONHA”

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    Proceeding from the beginnings of the European universities, this paper is focussing the German universities in the 20th and 21st century, since the end of the Second World War, when the ‘classic period’ of the university came to her end. The challenges of massification of the Higher Education since the 1960s and 1970s and of globalisation required fundamental reforms of the European university system. These reforms have been realizing since 1999 by the Bologna-process in Europe.Saindo dos primórdios da universidades européias na Idade Média, este artigo focaliza as universidades alemãs nos séculos XX e XXI, a partir do fim da Segunda Guerra Mundial, quando o ‘período clássico’ da universidade chegou ao seu fim. As exigências de massificação do ensino superior a partir das décadas de 60 e 70 do século XX e da globalização do mundo necessitaram a reformas fundamentais do sistema universitário europeu, reformas que estão sendo realizadas pelo Processo de Bolonha desde  1999 no âmbito europeu

    A política educacional do Estado prussiano na época de Kant e as tendências pedagógicas do período

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     A época do Esclarecimento foi, ao mesmo tempo, uma época pedagógica. Partindo de uma visão geral sobre as tendências da pedagogia reformista no século esclarecido XVIII, este artigo discute a política educacional do Estado prussiano na época de Immanuel Kant. O Estado esclarecido-absoluto de Frederico II da Prússia começou a articular claramente a sua pretensão de dirigir e utilizar o sistema escolar para os fins do Estado e da sociedade, sem poder, contudo, superar na realidade a oposição dos representantes das estruturas escolares tradicionais. Porém, naquele tempo, o caminho a uma política educacional moderna foi aberto

    Sobre a história européia ultramarina: um núcleo de pesquisa na Alemanha e as suas atividades e produções científicas

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    Este artigo pretende apresentar o grupo de pesquisa sobre a expansão européia e a história ultramarina nos Tempos Modernos, ou seja, na primeira era da colonização, na Universidade de Bamberg/Alemanha, assim como as suas atividades (congressos anuais) e produções científicas, especialmente a edição de uma coleção abrangente de fontes relacionadas à temátic

    Os fundamentos da identidade européia na antiguidade, na idade média e nos tempos modernos = The bases of European identity in antiquity, middle ages and in modernity

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    Depois do fim da Segunda Guerra Mundial iniciou-se o processo da unificação européia, compreendendo todas as áreas do Estado e da sociedade (legislação, jurisdição, política, economia, instituições, etc.) dos 27 Estados, tão diferentes quanto às tradições e à sua história, que compõem, no momento, a União Européia. Porém, quais são os fundamentos intelectuais e os valores culturais, quais são as idéias e memórias, que dão à Europa uma identidade coerente e compartilhada, em princípio, por toda a população européia de atualmente, quase 500 milhões de pessoas? Esses alicerces intelectuais da Europa remontam à Antiguidade, à Idade Média e aos Tempos Modernos. Este trabalho pretende apresentar alguns desses fundamentos comuns da Europa, postos na Idade Média e nos Tempos Modernos (por exemplo o Cristianismo, o Humanismo e o Iluminismo), e discutir a sua importância para a identidade européia.<br><br>The process of European unification started immediately after the II World War. It comprised all the areas of State and society (legislation, jurisdiction, politics, economy, institutions and others) in the twenty-seven countries, highly different in their traditions and history and which now make up the European Community. Which are the intellectual bases and the cultural values, which are the ideas and memories that give Europe a coherent identity shared, at least theoretically, by the European population of approximately 500 million people? Europe's intellectual bases go back to Antiquide, to the Middle Ages and to Modernity. Current essay will provide some of Europe's common principles posited in the Middle Ages and in Modernity (for instance, Christianity, Humanism and Illuminism) and will discuss their importance within Euopean identity

    O conceito científico de progresso e objetividade e a sua crítica por Nietzsche

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    Na segunda metade do século XIX, as ciências que predominavam na Alemanha eram as ciências naturais sob a influência do Positivismo e as ciências históricas sob a influência do Historicismo. A base das suas ciências era o Objetivismo, que versava sobre a possibilidade de um conhecimento absoluto e objetivo da realidade. Ante estas tendências gerais da história da ciência no século XIX, a parte principal deste artigo apresenta a contribuição de Friedrich Nietzsche para essa discussão com base em sua Segunda Consideração Extemporânea de 1874, Sobre a utilidade e a desvantagem da história para a vida. - Nesse escrito, Nietzsche refletia, filosoficamente, como observador atento do seu tempo, sobre a história e historiografia, sempre estendendo as suas considerações às questões fundamentais da cultura e da educação, como das ciências em geral. O seu ponto de vista, portanto, ficava fora das ciências (históricas) e também acima delas. A base das suas reflexões era a vida presente e atual, o homem individual e ativo e a sua ação imediata. No âmago desses critérios, Nietzsche desenvolveu a sua crítica forte e radical das tendências culturais, educacionais e científicas do seu tempo. Quanto à teoria do conhecimento, Friedrich Nietzsche representa, com a sua crítica ao conhecimento absoluto e objetivo, uma ponte entre Immanuel Kant, no fim do século XVIII, e o início do século XX, quando o pensamento kantiano, que versava sobre a possibilidade de somente um conhecimento relativo, foi retomado por Max Weber e representantes famosos das ciências naturais, mas a crítica nietzschiana não tinha efeitos naquele tempo
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