19 research outputs found

    Comissão Coordenadora do Tratamento das Doenças Lisossomais de Sobrecarga − Relatório de actividades 2018

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    Relatório de atividades da Comissão Coordenadora do Tratamento das Doenças Lisossomais de Sobrecarga (CCTDLS) relativo ao ano de 2018. A CCTDLS funciona no âmbito do INSA, sendo constituída por profissionais designados pelo INSA, pelos Centros de Referência nesta área, pela Administração Central do Sistema de Saúde, pela Direção-Geral da Saúde e pela Autoridade Nacional do Medicamento e Produtos de Saúde (Infarmed). As Doenças Lisossomais de Sobrecarga (DLS) constituem um grupo de patologias raras, progressivas, com elevada morbilidade, que engloba, atualmente, mais de 60 patologias, cuja apresentação clínica é extremamente variável, podendo ir desde doença neurológica grave até a casos menos graves. Em Portugal, a prevalência deste tipo de patologias em recém-nascidos é de 25 por cada 100.000 nados vivos. Nos últimos anos, várias terapêuticas de substituição enzimática e de redução do substrato têm sido desenvolvidas possibilitando o tratamento dos doentes com algumas destas patologias, nomeadamente, a Doença de Gaucher, a Doença de Fabry, a Doença de Pompe, as Mucopolissacaridoses tipo I, II, IVA e VI, a Deficiência de lipase ácida lisossomal e a Doença de Niemann Pick tipo C. Do relatório anual da CCTDLS, relativo ao ano 2018, destaca-se a realização das seguintes atividades: i) Discussão e avaliação de 47 casos clínicos com emissão de 40 pareceres relativos a pedidos de início de tratamento (19), ajuste de dose (12), alteração do tratamento (8) e transferência de hospital (1). Foram emitidos pareceres para a Doença de Gaucher, Doença de Fabry, Mucopolissacaridoses tipo I, II e VI, Doença de Pompe e Doença de Niemann Pick tipo C; ii) Definição de critérios gerais de início e de suspensão de terapêuticas; iii) Monitorização da evolução clínica dos doentes com terapias em curso. Foi efetuada a monitorização de 29 doentes com Doença de Fabry (1 do Centro de Referência Centro Hospitalar Universitário S. João e 28 do Centro de Referência Hospital Senhora da Oliveira – Guimarães; iv) Avaliação e elaboração de protocolos de avaliação e seguimento das diferentes patologias de acordo com regras de anonimização; v) Atualização de dados referentes ao número total de doentes com DLS em tratamento no território continental, por centro hospitalar, por patologia e terapêutica; vi) Desenvolvimento de folhetos informativos para o doente.info:eu-repo/semantics/publishedVersio

    Biomarkers in lysosomal storage disorders: what do they tell us?

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    As Doenças Lisossomais de Sobrecarga (DLSs) são um conjunto de patologias raras, crónicas, multissistémicas com modo de apresentação e gravidade muito variáveis. No seu conjunto afetam aproximadamente 1:5000 nados vivos e são causadas pela acumulação de metabolitos não degradados no interior do lisossoma. As esfingolipidoses são o grupo de DLS com maior prevalência e incluem a doença de Gaucher, a doença de Fabry e a doença de Niemann-Pick. Por vezes, parte do produto primário de acumulação, através de uma reação de desacilação, é convertido na respetiva base esfingoide, que se encontra bastante elevada em casos de patologia. Em alguns doentes, estes compostos já se encontram aumentados, mesmo antes do aparecimento dos primeiros sintomas. Os tratamentos disponíveis para estas patologias (terapia de substituição enzimática, terapia de redução de substrato de chaperones farmacológicos) conduzem a um decréscimo da concentração destas bases esfingoides, tornando o doseamento destes compostos útil também para aferir a eficácia da terapêutica utilizada. Pela primeira vez em Portugal, é disponibilizado o estudo destes biomarcadores para as DLSs, através da tecnologia de espectrometria de massa em tandem (MS/MS). Os autores apresentam os resultados obtidos do doseamento destes lisolípidos em diferentes doentes de DLSs, com a clara demonstração da especificidade destes biomarcadores, permitindo um diagnóstico atempado, um melhor conhecimento da evolução da doença e monitorização da eficácia do respetivo tratamento.More than 50 inherited lysosomal storage disorders (LSDs) are presently known. They are a group of rare, multisystemic diseases with a variable presentation. Most are the result of an impairment of a catabolic enzyme, leading to the accumulation of the corresponding specific substrate(s) and subsequent pathology. LSDs are individually rare diseases, but as group they affect about 1 in 5,000 live births. The sphingolipidoses are due to deficiencies in the enzymes needed for lysosomal degradation of sphingolipid substrates and constitute the most prevalent group, where Gaucher, Fabry and Niemann-Pick diseases are included. In these disorders, the primary product of storage is deacylated into the respective sphingoid bases. In some cases, these products are already increased before the appearance of the first symptoms making them important for an early diagnosis. The available treatments for these pathologies can lead to the decrease of these sphingoid bases, raising the possibility of using them for treatment follow-up. For the first time in Portugal, it is available the study of several biomarkers for LSDs, through the technology of liquid chromatography coupled with tandem mass spectrometry (LC/MS/MS). The authors present the results of the measurement of these sphingoid bases in several LSD patients, showing a clear specificity of these biomarkers, allowing an early diagnosis, a better knowledge of the natural history of the disease and a evaluation of the efficacy of the treatment.info:eu-repo/semantics/publishedVersio

    Variants in the new E1ʹ cryptic exon of the VHL gene associated with congenital erythrocytosis—Description of three cases

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    Abstract Congenital erythrocytosis (CE) represents a rare and heterogeneous group of hereditary disorders. The molecular basis of VHL gene mutations related to CE. Recently, Lenglet et al. reported a discovery of a novel cryptic exon in the VHL gene. Mutations in the first intronic region resulting in the creation of a cryptic exon termed E1ʹ were found in seven families with CE and one family with VHL disease. We report three patients with prolonged CE with the aetiology being clarified several years later by sequencing of intronic region 1 of the VHL gene. This work addresses the first cases reported at the clinical level of VHL‐associated CE due to the E1ʹ cryptic exon
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