30 research outputs found

    Weight gain and metabolic disorders in schizophrenia

    Get PDF
    BACKGROUND: Five decades after use and dissemination of use of drugs for the treatment of schizophrenia, with different pharmacologic profiles, it has been evidenced that these drugs display a large profile of adverse events other than endocrinological and neurological, including weight gain, metabolic disorders, increased frequency of cardiovascular disorders and premature death associated to common disorders. These evidences, aggravated by the lack of synthetic and clear description of guidelines for the clinical practitioner, points to the need of comprehensive studies about weight gain and metabolic disturbances followed by clear and simple guidelines orienting drug selection and measures for prevention and treatment of weight and metabolic disturbances. OBJECTIVE: Identification of frequency and type of weight and metabolic disturbances in people diagnosed with schizophrenia, before and after the use of different antipsychotics. METHODS: A PubMed and Scielo review of the last 5 years using descriptors such as weight, metabolic syndrome AND schizophrenia, and after that, the authors selected articles with clinical data. RESULT: Increased weight, dislipidemia and metabolic syndrome in subjects with schizophrenia, before, was evidenced during and after drug use, especially new-generation drugs, with overall rates around 2 times the general population, resulting in a 20% reduction of life expectancy in these patients. CONCLUSION: The evidence of elevated risk for overweight and metabolic syndrome and the lack of defined criteria for risk assessment for weight gain before drug use (despite of increased pre-drug use risk with clozapine and olanzapine) it is recommended active follow-up of patients under antipsychotic drug use, with drug change when observed 5% or more weight gain, with maintenance of active care of nutritional, lifestyle and activity level. There is also a need of systematic reviews for controlling selection biases associated to the type of methodology of the present review.CONTEXTO: Após cinco décadas de síntese e disseminação de uso de drogas para o tratamento da esquizofrenia, foi possível observar a disponibilidade de drogas com diferentes perfis farmacológicos e um largo perfil de efeitos adversos que se estendem além dos originalmente descritos em área endocrinológica e neurológica, se expandindo para aumento de peso, transtornos metabólicos, transtornos cardiovasculares e morte prematura associada a doenças comuns. Estas evidências, agravadas com a relativa ausência de diretrizes e orientações para o clínico, apontam para a necessidade de se produzir orientações claras e sintéticas para uso pelo clínico, orientando para a seleção de drogas e medidas de prevenção e tratamento de transtornos de peso e metabolismo. OBJETIVO: Identificar a freqüência e o tipo de alterações de peso e metabolismo em pessoas diagnosticadas com esquizofrenia, antes e depois do uso de diferentes antipsicóticos, e sintetizar as medidas preventivas e paliativas adequadas para a redução desses desfechos desfavoráveis. MÉTODOS: Efetuada breve revisão em PubMed e Scielo nos últimos cinco anos com os descritores weight, metabolic syndrome AND schizophrenia, e a partir dos artigos encontrados, selecionados artigos com dados clínicos. RESULTADO: Foram identificados aumento de peso, dislipidemia e síndrome metabólica em pacientes portadores do diagnóstico de esquizofrenia, antes, durante e após o uso de antipsicóticos, especialmente em drogas de nova geração, com taxas perto de duas vezes maiores do que na população geral, que resultam de redução de cerca de 20% na expectativa de vida desses pacientes. CONCLUSÃO: Devido a estes riscos elevados e à inexistência de critérios claros de definição de risco de ganho de peso antes da exposição a antipsicóticos (apesar do maior risco associado a uso de clozapina e olanzapina), recomenda-se seguimento ativo de pacientes em regime de drogas antipsicóticas, com troca logo que observado aumento em 5% ou mais no peso corporal, com manutenção do cuidado ativo, com orientação nutricional e de estilo de vida e nível de atividade. Adicionalmente, existe a necessidade de revisões sistemáticas para controlar possíveis vieses de seleção com o tipo de metodologia empregada

    Estudo longitudinal : Dieta e níveis de BDNF em pacientes com diagnóstico de esquizofrenia atendidos no ambulatório do Hospital de Clínicas de Porto Alegre

    Get PDF
    Objetivos: Avaliar e relacionar os níveis séricos do Fator Neurotrófico derivado do cérebro (BDNF) dos pacientes esquizofrênicos em tratamento de restrição dietética, atendidos no Ambulatório de Demência e Esquizofrenia do Hospital de Clínicas de Porto Alegre (PRODESQ), com os níveis séricos de BDNF em pacientes esquizofrênicos sem restrição dietética. Método: Este estudo longitudinal avaliou 45 pacientes durante 2 anos, com idades entre 18 e 50 anos, provenientes do PRODESQ. Foram aferidos peso e altura e coletadas amostras de sangue para verificação dos níveis séricos de BDNF, glicose, colesterol total, HDL e LDL-colesterol e triglicerídeos, além da aplicação do questionário de frequência alimentar (QFA) e anamnese nutricional. Ao final do estudo encontramos 3 grupos: (a) Grupo A, em dieta continuada nos 2 momentos; (b) grupo B, em dieta em algum dos momentos durante o estudo e (c) grupo C, sem dieta nos 2 momentos ao longo do estudo. Resultados: O grupo C reduziu significativamente o consumo de calorias (efeito de interação; p=0,003), ácidos graxos saturados (efeito de interação; p=0,027), ácidos graxos polinsaturados (efeito de interação; p=0,024), magnésio (efeito de interação; p<0,001), ferro (efeito de interação; p=0,001), fibras (efeito de interação; p=0,034), folato (efeito de interação; p=0,004) e zinco (efeito de interação; p=0,006) de um ano para o outro, quando comparado com os demais grupos. Em relação à redução do consumo de calorias e demais macro e micronutrientes neste grupo, pode-se supor que, apesar de não se fazer intervenção nutricional formal neste grupo, houve um efeito de mudança de comportamento alimentar nestes indivíduos após aplicação dos questionários de avaliação nutricional e do QFA. Houve associação positiva significativa entre a dose de antipsicóticos e a variação dos níveis de BDNF (r=0,515; p=0,001). No grupo A, houve associação positiva entre a variação do IMC (r=0,536; p=0,022), a dose de neurolépticos (r=0,597; p=0,009) e a variação de peso (r=0,608; p=0,007) em relação à variação dos níveis de BDNF. Em relação ao grupo C, a variação do BDNF associou-se inversamente e significativamente com as variações de sódio (rs=-0,577; p=0,039), fibras (r=-0,767; p=0,001), ferro (rs=-0,635; p=0,015), ácidos graxos-monoinsaturados (AGM) (r=-0,662; p=0,010), zinco (rs=-0,600; p=0,023), ácidos graxos-saturados (AGS) (rs=-0,534; p=0,049) e folato (r=-0,729; p=0,003). No grupo C, apenas a variação do folato permaneceu associada, e de forma negativa, com a variação dos níveis de BDNF, ou seja, em sujeitos sem orientação nutricional, porém com redução de calorias por conta própria, a maior redução da ingestão de folato mostrou associação com aumento dos níveis de BDNF ao longo do tempo. Esta relação, aparentemente contraditória, pode ser melhor entendida se considerarmos que estes casos estavam com dieta com excesso de folato, e a redução foi no sentido de maior normalização destes níveis. Adicionalmente, esta associação pode ser entendida dentro do fato de que o folato participa do ciclo da homocisteína, que possui dois caminhos: o da transulfuração (que produz glutatião e tem efeito protetor) e o da remetilação (no qual o folato participa). Nossos resultados sugerem a hipótese de que talvez o mecanismo de regulação do BDNF envolva o ciclo do ácido fólico e a redução das calorias da dieta, porém são necessários dados adicionais para verificar as modificações dessas duas vias com a redução (ou talvez normalização) da ingestão de folato, especialmente, a medida dos cofatores B6 e B12 e da Homocisteína, substância chave neste ciclo.Objectives: To assess and compare blood levels of the brain-derived neurotrophic factor (BDNF) of schizophrenic patients undergoing nutritional monitoring, seen at the Schizophrenia and Dementia Program at a major teaching hospital in Porto Alegre, Brazil (Hospital de Clínicas de Porto Alegre), to BDNF blood levels in schizophrenic patients without nutritional monitoring. Method: This longitudinal study assessed 45 patients from this program between 18 and 50 years old for 2 years. Weight and height were measured and blood samples were collected to verify blood levels of BDNF, glucose, total cholesterol, HDL and LDL cholesterol and triglycerides. Patients were required to answer the Food Frequency Questionnaire (FFQ) and nutritional anamnesis. At the end of the study, three groups were found: (a) group A, on continued diet at both assessments; (b) group B, on diet at some moment during the study and (c) group C, with no diet at both assessments. Results: Group C significantly reduced the consumption of calories (interaction effect; p=0.003), saturated fatty acids (interaction effect; p=0.027), polyunsaturated fatty acids (interaction effect; p=0.024), magnesium (interaction effect p<0.001), iron (interaction effect; p=0.001), fibers (interaction effect; p=0.034), folate (interaction effect; p=0.004) and zinc (interaction effect; p=0.006) from one year to the next, when compared to the other groups. Regarding the reduction in the consumption of calories and other macro and micronutrients in this group, it is possible to suppose that, although this group did not undergo formal nutritional intervention, there was an effect of change in these individuals’ eating habits after undergoing nutritional assessment questionnaires and the FFQ. There was significant positive association between the mean equivalent medication dose and the variation in BDNF levels (r=0,515; p=0,001). In group A, there was positive association between the BMI variation (r=0.536; p=0.022), neuroleptics dose (r=0.597; p=0.009) and weight variation (r=0.608; p=0.007) and the variation in BDNF levels. Regarding group C, BDNF variation was inversely and significantly associated with the variations in sodium (rs=-0.577; p=0.039), fibers (r=-0.767; p=0.001), iron (rs=-0.635; p=0.015), monounsaturated fatty acids (MFAs) (r=-0.662; p=0.010), zinc (rs=-0.600; p=0.023), saturated fatty acids (SFAs) (rs=-0.534; p=0.049) and folate (r=-0.729; p=0.003). In group C, only folate remained negatively associated with BDNF variation, i.e., the higher the reduction in folate intake, the higher the increase in BDNF levels along the time. Our results suggest the hypothesis that perhaps the BDNF regulation mechanism involved the acid folic cycle and the reduction of calories in the diet

    Estudo longitudinal : Dieta e níveis de BDNF em pacientes com diagnóstico de esquizofrenia atendidos no ambulatório do Hospital de Clínicas de Porto Alegre

    No full text
    Objetivos: Avaliar e relacionar os níveis séricos do Fator Neurotrófico derivado do cérebro (BDNF) dos pacientes esquizofrênicos em tratamento de restrição dietética, atendidos no Ambulatório de Demência e Esquizofrenia do Hospital de Clínicas de Porto Alegre (PRODESQ), com os níveis séricos de BDNF em pacientes esquizofrênicos sem restrição dietética. Método: Este estudo longitudinal avaliou 45 pacientes durante 2 anos, com idades entre 18 e 50 anos, provenientes do PRODESQ. Foram aferidos peso e altura e coletadas amostras de sangue para verificação dos níveis séricos de BDNF, glicose, colesterol total, HDL e LDL-colesterol e triglicerídeos, além da aplicação do questionário de frequência alimentar (QFA) e anamnese nutricional. Ao final do estudo encontramos 3 grupos: (a) Grupo A, em dieta continuada nos 2 momentos; (b) grupo B, em dieta em algum dos momentos durante o estudo e (c) grupo C, sem dieta nos 2 momentos ao longo do estudo. Resultados: O grupo C reduziu significativamente o consumo de calorias (efeito de interação; p=0,003), ácidos graxos saturados (efeito de interação; p=0,027), ácidos graxos polinsaturados (efeito de interação; p=0,024), magnésio (efeito de interação; p<0,001), ferro (efeito de interação; p=0,001), fibras (efeito de interação; p=0,034), folato (efeito de interação; p=0,004) e zinco (efeito de interação; p=0,006) de um ano para o outro, quando comparado com os demais grupos. Em relação à redução do consumo de calorias e demais macro e micronutrientes neste grupo, pode-se supor que, apesar de não se fazer intervenção nutricional formal neste grupo, houve um efeito de mudança de comportamento alimentar nestes indivíduos após aplicação dos questionários de avaliação nutricional e do QFA. Houve associação positiva significativa entre a dose de antipsicóticos e a variação dos níveis de BDNF (r=0,515; p=0,001). No grupo A, houve associação positiva entre a variação do IMC (r=0,536; p=0,022), a dose de neurolépticos (r=0,597; p=0,009) e a variação de peso (r=0,608; p=0,007) em relação à variação dos níveis de BDNF. Em relação ao grupo C, a variação do BDNF associou-se inversamente e significativamente com as variações de sódio (rs=-0,577; p=0,039), fibras (r=-0,767; p=0,001), ferro (rs=-0,635; p=0,015), ácidos graxos-monoinsaturados (AGM) (r=-0,662; p=0,010), zinco (rs=-0,600; p=0,023), ácidos graxos-saturados (AGS) (rs=-0,534; p=0,049) e folato (r=-0,729; p=0,003). No grupo C, apenas a variação do folato permaneceu associada, e de forma negativa, com a variação dos níveis de BDNF, ou seja, em sujeitos sem orientação nutricional, porém com redução de calorias por conta própria, a maior redução da ingestão de folato mostrou associação com aumento dos níveis de BDNF ao longo do tempo. Esta relação, aparentemente contraditória, pode ser melhor entendida se considerarmos que estes casos estavam com dieta com excesso de folato, e a redução foi no sentido de maior normalização destes níveis. Adicionalmente, esta associação pode ser entendida dentro do fato de que o folato participa do ciclo da homocisteína, que possui dois caminhos: o da transulfuração (que produz glutatião e tem efeito protetor) e o da remetilação (no qual o folato participa). Nossos resultados sugerem a hipótese de que talvez o mecanismo de regulação do BDNF envolva o ciclo do ácido fólico e a redução das calorias da dieta, porém são necessários dados adicionais para verificar as modificações dessas duas vias com a redução (ou talvez normalização) da ingestão de folato, especialmente, a medida dos cofatores B6 e B12 e da Homocisteína, substância chave neste ciclo.Objectives: To assess and compare blood levels of the brain-derived neurotrophic factor (BDNF) of schizophrenic patients undergoing nutritional monitoring, seen at the Schizophrenia and Dementia Program at a major teaching hospital in Porto Alegre, Brazil (Hospital de Clínicas de Porto Alegre), to BDNF blood levels in schizophrenic patients without nutritional monitoring. Method: This longitudinal study assessed 45 patients from this program between 18 and 50 years old for 2 years. Weight and height were measured and blood samples were collected to verify blood levels of BDNF, glucose, total cholesterol, HDL and LDL cholesterol and triglycerides. Patients were required to answer the Food Frequency Questionnaire (FFQ) and nutritional anamnesis. At the end of the study, three groups were found: (a) group A, on continued diet at both assessments; (b) group B, on diet at some moment during the study and (c) group C, with no diet at both assessments. Results: Group C significantly reduced the consumption of calories (interaction effect; p=0.003), saturated fatty acids (interaction effect; p=0.027), polyunsaturated fatty acids (interaction effect; p=0.024), magnesium (interaction effect p<0.001), iron (interaction effect; p=0.001), fibers (interaction effect; p=0.034), folate (interaction effect; p=0.004) and zinc (interaction effect; p=0.006) from one year to the next, when compared to the other groups. Regarding the reduction in the consumption of calories and other macro and micronutrients in this group, it is possible to suppose that, although this group did not undergo formal nutritional intervention, there was an effect of change in these individuals’ eating habits after undergoing nutritional assessment questionnaires and the FFQ. There was significant positive association between the mean equivalent medication dose and the variation in BDNF levels (r=0,515; p=0,001). In group A, there was positive association between the BMI variation (r=0.536; p=0.022), neuroleptics dose (r=0.597; p=0.009) and weight variation (r=0.608; p=0.007) and the variation in BDNF levels. Regarding group C, BDNF variation was inversely and significantly associated with the variations in sodium (rs=-0.577; p=0.039), fibers (r=-0.767; p=0.001), iron (rs=-0.635; p=0.015), monounsaturated fatty acids (MFAs) (r=-0.662; p=0.010), zinc (rs=-0.600; p=0.023), saturated fatty acids (SFAs) (rs=-0.534; p=0.049) and folate (r=-0.729; p=0.003). In group C, only folate remained negatively associated with BDNF variation, i.e., the higher the reduction in folate intake, the higher the increase in BDNF levels along the time. Our results suggest the hypothesis that perhaps the BDNF regulation mechanism involved the acid folic cycle and the reduction of calories in the diet

    Associação entre dieta e níveis do fator neurotrófico derivado do cérebro em pacientes com diagnóstico de esquizofrenia atendidos no ambulatório do Hospital de Clínicas de Porto Alegre

    Get PDF
    Introdução: Há um reconhecimento crescente de que a fisiopatologia da esquizofrenia (SZ) pode ser o resultado de uma desregulação na plasticidade sináptica, com alterações nas neurotrofinas. O fator neurotrófico derivado do cérebro (BDNF) é a neurotrofina mais amplamente distribuída no sistema nervoso central e é considerada uma proteína crucial na doença psiquiátrica. Evidência recente aponta o papel da dieta na regulação do BDNF. De acordo com os registros, em modelos animais, intervenções ambientais, tais como o tipo de dieta e interações sociais e familiares, alteram a concentração de BDNF. Objetivo: Nós realizamos um estudo transversal para examinar o efeito da intervenção da dieta nos níveis séricos de BDNF na esquizofrenia. Método: A amostra do estudo constou de 67 pacientes ambulatoriais caucasianos (51 homens e 16 mulheres) que participam do Programa de Esquizofrenia do Hospital de Clínicas de Porto Alegre (HCPA). Os pacientes foram divididos em 2 grupos: com dieta hipocalórica e sem dieta hipocalórica. Dados de peso, altura e índice de massa corporal (IMC) foram coletados por um nutricionista ou um psiquiatra. A dieta hipocalórica consistiu na redução da ingestão de gordura saturada e açúcar, e no aumento da ingestão de frutas e vegetais. Foram coletadas amostras de 5ml de sangue de cada sujeito, através de venipunção sem anticoagulantes e os níveis séricos de BDNF foram medidos pelo método de "sandwich ELISA", utilizando um kit comercial de acordo com as instruções do fabricante.A amostra sangüínea foi obtida em um período de um mês, no mínimo, após a exposição à intervenção dietética. Resultados: Os níveis séricos de BDNF foram significativamente mais altos em pacientes com esquizofrenia submetidos à dieta hipocalórica (p = 0,023). Discussão: Junto às evidências prévias do efeito da dieta e da nutrição sobre os sistemas endócrino e imunológico e, conseqüentemente, sobre a expressão gênica, bioquímica e processos do envelhecimento, o estudo evidenciou que a dieta influenciou o curso e as respostas clínicas da doença psiquiátrica. Pesquisas adicionais para examinar a interação entre padrões de comportamento alimentar e a fisiopatologia subjacente podem resultar em insights sobre quais decisões baseadas em evidências, considerando intervenções dietéticas, podem ser tomadas em pessoas com doenças psiquiátricas importantes, tal como a esquizofrenia.Introduction: There is an increasing recognition that the pathophysiology of schizophrenia (SZ) may be the result of a deregulation in synaptic plasticity, with downstream alterations in neurotrophins. Brain-derived neurotrophic factor (BDNF) is the most widely distributed neurotrophin in the central nervous system and is regarded as a critically important protein in psychiatric illness. Recent evidence points to role for diet in regulating BDNF. In animal models, environmental interventions, in the form of diet, housing and social interactions, have been reported to alter the concentration of BDNF. Objective: We assessed a cross-sectional study, in order to examine the effect of diet intervention on BDNF serum levels in schizophrenia. Method: The study sample comprised 67 Caucasian outpatients (51 males and 16 females), currently participating in the Schizophrenia Program of a major teaching and public hospital in Porto Alegre, Brazil (Hospital de Clínicas de Porto Alegre - HCPA). Patients were divided into 2 groups: the ones on a hypocaloric diet and the ones not on a hypocaloric diet. Weight, height and BMI data were collected by a nutritionist or a psychiatrist. The hypocaloric diet consisted on reduction of saturated fat intake and sugar and increase in fruit and vegetables intake. Each subject had 5ml blood samples collected by venipuncture without anticoagulants and the BDNF serum levels were measured with a sandwich-ELISA, using a commercial kit according to the manufacturer's instructions. The blood sample was obtained a minimum of one month after the exposure of the dietary intervention. Results: Serum BDNF levels were significantly higher in patients with schizophrenia on hypocaloric diet (p=0.023). Conclusions: In addition to previous evidences of the effect of diet and nutrition over immune and endocrine systems and thus over gene expression, biochemistry and aging processes, the study evidenced that diet influenced the course and clinical outcomes of psychiatric illness. Additional research examining the interaction among patterns of nutritional food behavior with underling physiopathology may result in insights upon which evidence-based decisions regarding dietary interventions can be made in people identified with major psychiatric disorders, such as schizophrenia

    Ganho de peso e alterações metabólicas em esquizofrenia

    No full text
    Contexto: Após cinco décadas de síntese e disseminação de uso de drogas para o tratamento da esquizofrenia, foi possível observar a disponibilidade de drogas com diferentes perfis farmacológicos e um largo perfil de efeitos adversos que se estendem além dos originalmente descritos em área endocrinológica e neurológica, se expandindo para aumento de peso, transtornos metabólicos, transtornos cardiovasculares e morte prematura associada a doenças comuns. Estas evidências, agravadas com a relativa ausência de diretrizes e orientações para o clínico, apontam para a necessidade de se produzir orientações claras e sintéticas para uso pelo clínico, orientando para a seleção de drogas e medidas de prevenção e tratamento de transtornos de peso e metabolismo. Objetivo: Identificar a freqüência e o tipo de alterações de peso e metabolismo em pessoas diagnosticadas com esquizofrenia, antes e depois do uso de diferentes antipsicóticos, e sintetizar as medidas preventivas e paliativas adequadas para a redução desses desfechos desfavoráveis. Métodos: Efetuada breve revisão em PubMed e Scielo nos últimos cinco anos com os descritores weight, metabolic syndrome AND schizophrenia, e a partir dos artigos encontrados, selecionados artigos com dados clínicos Resultado: Foram identificados aumento de peso, dislipidemia e síndrome metabólica em pacientes portadores do diagnóstico de esquizofrenia, antes, durante e após o uso de antipsicóticos, especialmente em drogas de nova geração, com taxas perto de duas vezes maiores do que na população geral, que resultam de redução de cerca de 20% na expectativa de vida desses pacientes. Conclusão: Devido a estes riscos elevados e à inexistência de critérios claros de definição de risco de ganho de peso antes da exposição a antipsicóticos (apesar do maior risco associado a uso de clozapina e olanzapina), recomenda-se seguimento ativo de pacientes em regime de drogas antipsicóticas, com troca logo que observado aumento em 5% ou mais no peso corporal, com manutenção do cuidado ativo, com orientação nutricional e de estilo de vida e nível de atividade. Adicionalmente, existe a necessidade de revisões sistemáticas para controlar possíveis vieses de seleção com o tipo de metodologia empregada.Background: Five decades after use and dissemination of use of drugs for the treatment of schizophrenia, with different pharmacologic profiles, it has been evidenced that these drugs display a large profile of adverse events other than endocrinological and neurological, including weight gain, metabolic disorders, increased frequency of cardiovascular disorders and premature death associated to common disorders. These evidences, aggravated by the lack of synthetic and clear description of guidelines for the clinical practitioner, points to the need of comprehensive studies about weight gain and metabolic disturbances followed by clear and simple guidelines orienting drug selection and measures for prevention and treatment of weight and metabolic disturbances. Objective: Identification of frequency and type of weight and metabolic disturbances in people diagnosed with schizophrenia, before and after the use of different antipsychotics. Method: A PubMed and Scielo review of the last 5 years using descriptors such as weight, metabolic syndrome AND schizophrenia, and after that, the authors selected articles with clinical data. Results: Increased weight, dislipidemia and metabolic syndrome in subjects with schizophrenia, before, was evidenced during and after drug use, especially new-generation drugs, with overall rates around 2 times the general population, resulting in a 20% reduction of life expectancy in these patients. Conclusion: The evidence of elevated risk for overweight and metabolic syndrome and the lack of defined criteria for risk assessment for weight gain before drug use (despite of increased pre-drug use risk with clozapine and olanzapine) it is recommended active follow-up of patients under antipsychotic drug use, with drug change when observed 5% or more weight gain, with maintenance of active care of nutritional, lifestyle and activity level. There is also a need of systematic reviews for controlling selection biases associated to the type of methodology of the present review
    corecore