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Time, Landscape and Burials. 1. Megalithic Rites of Ancient Peasant Societies in Central and Southern Portugal: an Intitial Overview.
The author presents some questions about the big "half-orange" (the tumulus of classiccal passage graves) and about 'what lies under the peel' (the megalithic rituals). What are the meanings for the structure and for the type of burials? What is the significance for the number and nature of votive and ideotechnic artefacts? The decorated schist plaques are also discussed. Some monuments excavated by the author are specially referred: Penedos de S. Miguel (Crato), Olivald a Pega 2 (Reguengos de Monsaraz), Pedras Altas and Curral da Castelhana ( at the 'Alto Algarve Oriental'), Nevertheless, a particular attention is given to a key monument, Poço da GAteira 1 (Reguengos de Monsaraz).O autor comenta alguns aspectos da grande 'meia-laranja' (o tumulus das antas) e do que se esconde 'sob a sua pele' (os ritos megalíticos). Que significados para a estrutura e tipo dos monumentos? Que significado para a natureza e quantidade dos artefactos votivos e ideotécnicos? Igualmente se discutem as placas dc xisto com decoração geométrica. Particular atenção é dada a alguns monumentos escavados pelo autor: Penedos de S. Miguel (Crato), Olival da Pega 2 (Reguengos de Monsaraz), Pedras Altas e Curral da Castelhana (no Alto Algarve Oriental). Enfatiza-se ainda o ritual evidenciado num monumento-chave, Poço da Gateira 1 (Reguengos de Monsaraz).info:eu-repo/semantics/publishedVersio
A Anta 2 da Herdade dos Cebolinhos (Reguengos de Monsaraz, Évora): sinopse das intervenções de 1996-97 e duas datações de radiocarbono para a última utilização da Câmara ortostática
A Anta 2 da Herdade dos Cebolinhos (Reguengos de Monsaraz) é um monumento ortostático de Corredor longo, com um tholos anexo ao seu lado esquerdo, entre a Câmara e o meio do Corredor. Os trabalhos de 1996 e 1997 permitiram identificar um nível de deposições funerárias provavelmente “familiares” (dois adultos e uma criança), numa última fase de utilização da Câmara ortostática. Os ossos humanos foram datados, correspondendo, em datas calibradas a dois sigmas, a intervalos de tempo de 2480-2280 e 2450-2150 cal BC.
O tholos apresentava-se aparentemente muito bem conservado, com a cúpula tombada para o interior da Câmara, e não foi ainda escavado. No entanto, de entre os derrubes da cúpula, foi recolhida uma pequenina taça muito aberta, idêntica às dos níveis mais antigos do tholos OP-2b, datados da primeira metade do III milénio.
É assim possível propor uma sequência para o complexo megalítico: Fase 1, construção e primeira utilização do monumento, talvez nos últimos séculos do IV milénio; Fase 2, utilização do monumento por portadores das placas de xisto gravadas; Fase 3, construção e utilização do tholos; Fase 4, deposições “familiares” na Câmara já cheia ou entulhada do monumento ortostático. Se as Fases 1 e 2 existem separadamente, ou são uma só, se o tholos tem apenas uma fase de utilização, ou esta se distribuiu por vários momentos, tal apenas será possível de determinar com a escavação integral do monumento. De acordo com os parâmetros das duas datações disponíveis (2480-2280 e 2450-2150 cal BC, a dois sigmas), a última utilização da Câmara ortostática deve ter ocorrido algures no terceiro quartel do III milénio.Anta 2 of the Herdade dos Cebolinhos (Reguengos de Monsaraz) is a passage grave, with a nearby tholos to its left side, between the Chamber and the middle of the Corridor. The excavations conducted in 1996 and 1997 had allowed to identify a level of a probably familiar funerary depositions (two adults and a child), in one last phase of use of the orthostatic Chamber. The human bones had been dated, corresponding, in calibrated years (two sigmas), at intervals of time of 2480-2280 and 2450-2150 cal BC.
The tholos was very well conserved, with the doom overthrown for the interior of the Chamber, and was not yet excavated. However, between the ruins of the doom, was collected a very little, wide opened, cup, very identical to the ones of the oldest levels of the tholos OP-2b, dated of the first half of the 3rd millennium. It is thus possible to consider a sequence for the megalithic complex: Phase 1, construction and first use of the monument, maybe in the last centuries of the 4th millennium; Phase 2, use of the monument for carriers of the engraved slate plaques; Phase 3, construction and use of the tholos; Phase 4, “familiar” depositions
in an already full Chamber of the orthostatic monument.
If Phases 1 and 2 exist separately, or are only one, if the tholos had only one phase of use, or if this was distributed by some different moments, that only will be possible to know with the total excavation of the monument. In accordance with the parameters of the two available dating (2480-2280 and 2450-2150 cal BC, by two sigmas), the last use of the orthostatic Chamber must have occurred somewhere in the third quarter of 3rd millennium.info:eu-repo/semantics/publishedVersio
Dois novos ídolos tipo Moncarapacho
Deux nouvelles découvertes d'idoles cylindriques du type Moncarapacho
viennent d'être faites au Sud du portugal.
La Déesse Mere du néolithique occidental est aussi présente à I'Âge du
Cuivre, sous une forme plus stylisée. Dans ces répresentations on trouve: (a)
des yeux-soleil (b) des sourcils bien dessinés (c) des peintures faciales.
Les idoles cylindriques se trouvaient généralement hors-contexte ce qui
rendait difficile la détermination rigoureuse de son âge.
Apres les fouilles de l'habitat calcholithique fortifié de Santa Justa (Alcoutim,
Algarve) cette difficulté vient d'être surpassée, les idoles étant nettement calcholi tiques ce qui donne une nouvelle importance à l'étude de toutes les trouvailles
de ce type.info:eu-repo/semantics/publishedVersio
O IX Congresso Internacional de Antropologia e Arqueologia Pré-históricas (Lisboa, 1880): uma leitura, seguida da "Crónica" de Bordalo Pinheiro
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Built Spaves, Symbols and the Rituals of Death in Ancient Peasant Societies of the Extreme South of Portugal. Some Considerations as seven FAQ (Most Frequently Asked Questions)
El extremo sur de Portugal forma una región a veces conocida como El Algarve, pero cuya unidad geográfica es sólo aparente al referirse al Neolítico. En lo referente al megalitismo, más concretamente, existe un fenómeno específico en los yacimientos cistoides de Monchique, sin paralelos relevantes en el oeste peninsular. Los dólmenes, tholoi e hipogeos se distribuyen asimismo según complejas órbitas de influencia, algunas atribuidas al medio y bajo Alentejo y otras a Andalucía.
Entre tan variadas influencias debería haber lugar para la individualidad, que no parece muy evidente a excepción de Monchique y de la arquitectura de Nora y Marcela.
Antes de dedicarse a otras cuestiones con menor número de respuestas, el autor selecciona siete qmf (las preguntas más frecuentemente formuladas) referidas a los espacios construidos, los símbolos y los rituales de la muerte en las antiguas sociedades campesinas del extremo sur de Portugal: 1. ¿Existe una secuencia cronológica-cultural en el megalitismo del Algarve que sea detectable por medio de una cronología absoluta?, 2. ¿Qué son las necrópolis de Monchique?, 3. ¿Es autónomo e independiente el megalitismo ortostático del extremo sur?, 4.- ¿De dónde proceden las placas de pizarra grabadas de los monumentos del Algarve?, 5. ¿Se originan los artefactos votivos de piedra caliza en el Mediterráneo o la Península de Lisboa?, 6. ¿Reflejan los hipogeos una influencia andaluza?, 7. ¿Están relacionados los tholoi de Alcalar y el este del Algarve con los del Alentejo? Para concluir, “... incluso cuando un fenómeno tiene una única explicación inmediata y ‘verdadera’, el hecho de que generalmente lo desconozcamos puede dar lugar a varias y legítimas posturas paralelas, tantas como pueda corresponder a las observaciones documentadas que se pueda tener del mismo”.The Extreme South of Portugal forms a natural region, sometimes known as Algarve, but whose geographic unity, when referring to the Neolithic, is only apparent. Regarding megalithism, especially, there is a specific phenomenon in the cist-like graves of Monchique, without a parallel in the West of the Peninsula; dolmens, tholoi and hypogea are also distributed according to complex orbits of influence, some attributed to the middle and lower Alentejo, others to Andalusia. Amongst such distinct influences, there ought to be room for individuality (of which, except for Monchique and the architecture of Nora and Marcela, not much seems evident).
The author selects seven faq (most frequently asked questions) concerning built spaces, symbols, and the rituals of dead in ancient peasant societies of the Extreme South of Portugal (1. Is there a chronologico-cultural sequence in the Algarve megalithism detectable through an absolute chronology? 2. What are the Monchique necropolises? 3. Is the orthostatic megalithism of the Extreme South autonomous and independent? 4. Where do the engraved schist plaques of the Algarve monuments come from? 5. Do the votive limestone artefacts originate in the Mediterranean or the Lisbon Peninsula? 6. Do hypogea reflect an Andalusian influence? 7. Are the tholoi of Alcalar and the eastern Algarve related with the Alentejo?), before turning to other questions and fewer answers. To conclude, “… even when a phenomenon eventually has only one explanation, immediate and “true”, the fact that one generally doesn’t know it may give rise to several and legitimate parallel lives. As many as may correspond to the number of times one’s informed vision may focus upon it.”.info:eu-repo/semantics/publishedVersio
Manifestações do sagrado na Pré-História do Ocidente peninsular: 4. A “síndrome das placas loucas”
As placas de xisto gravadas do III milénio, no Centro e Sul de Portugal, são componentes votivos de deposições em antas, tholoi, grutas naturais e artificiais ou mesmo em deposições funerárias não estruturadas. Apresentam, por vezes, uma perturbação na composição, normalmente muito regular e normalizada, dos seus motivos principais. O autor designa essa particularidade, extremamente rara, por “síndrome das placas loucas” e procura explicar a razão desta ruptura do conceito de simetria.
Essa ruptura regista-se em duas categorias diversas, ainda que partilhando a mesma designação: a Variante 1 agrupa as placas em que apenas a Cabeça regista a assimetria de componentes específica de esta situação; a Variante 2 agrupa as placas cujo Corpo, resultante de segmentação da placa ou construído com um mesmo tratamento geral dado à superfície do suporte, é “decorado” assimetricamente.
Esta primeira aproximação parte do Grupo megalítico de Reguengos de Monsaraz, para um enquadramento mais geral da questão, alargada a outros grupos megalíticos e a outras manifestações simbólicas das antigas sociedades camponesas.The engraved slate plaques of the 3rd millennium, from the Centre and South of Portugal, are votive components of funerary depositions in passage graves, tholoi, natural and artificial caves or even in not structuralized burial sites. Sometimes, they present a disturbance in the composition, normally very regulated and normalized, of its main motifs. The author names this particularity, extremely rare, the “mad plaques syndrome” and looks for to explain the reason of this rupture of the symmetry concept.
The “mad plaques syndrome” is detected in two different categories: Variant 1 groups the plaques where only the Head presents the specific asymmetry; Variant 2 groups the plaques whose Body, resultant of segmentation of the plaque, is “decorated” asymmetrically. This first approach starts using the megalithic Group of Reguengos de Monsaraz like a case study and then a more general framing of the question is built, extended to other megalithic groups and, in next contributions, to other symbolic manifestations of the old peasant societies.info:eu-repo/semantics/publishedVersio
As deusas da noite: o projecto «Placa Nostra» e as placas de xisto gravadas da região de Évora
Das diversas e originais manifestações do megalitismo alentejano, as placas de xisto gravadas são sem dúvida as mais marcantes, pelo simbolismo que encerram e pelo seu carácter inédito na história do grafismo pré-histórico. As placas de xisto gravadas estão maioritariamente organizadas em campos, de cima para baixo, o primeiro correspondendo a uma «Cabeça», separada, ou não, de um «Corpo» por elementos de diferenciação, ele próprio rematado, ou não, por uma área final que marca o extremo inferior da placa. Algumas têm o contorno recortado, de forma a sublinharem ainda mais nitidamente o seu carácter antropomórfico. Outras apresentam figurações de Olhos, o mais das vezes com indicação da radiação, pelo que se lhes chama habitualmente «Olhos de Sol». As placas de xisto gravadas destinavam-se a ser colocadas ao peito dos mortos, pelo que apresentam muitas vezes uma ou duas perfurações no topo. As placas foram reconhecidas muito cedo, logo no século XIX, como um notável artefacto votivo e constituíram-se como objecto de diversas teorias explicativas. A que defendo, e é afinal, actualmente, a mais comum das
opções, considera-as uma representação da Deusa Mãe, força de vida e, por isso mesmo, companhia dos mortos (Gonçalves, 2004a). Num dado momento do longo historial das placas e da sua utilização (provavelmente, mais de 500 anos, com o apogeu na primeira metade do III milénio, entre 3000 e 2500 antes da nossa era) surgem as placas oculadas, maioritariamente com representações solares, típicas da Deusa dos Olhos de Sol, comum nas sociedades de arqueometalurgistas do Sul peninsular. Em toda essa vasta área, tais representações usam como suporte principal a cerâmica ou o osso, mas numa região do Ocidente que tem o seu coração no Alentejo, alargada da península de Lisboa para Sul, até ao Algarve, e abrangendo também a região de Badajoz e Huelva, surgem os símbolos da Deusa associados às figurações geométricas que preenchem as placas. Este trabalho apresenta ainda os objectivos do Projecto «PLACA NOSTRA» e os principais estudos actualmente em curso no seu âmbito.Of all the diverse and original manifestations of the megalithism of Alentejo, engraved schist plaques are undoubtedly the most striking, due to their symbolism and unique character in the history of prehistoric graphic representations. The majority of engraved schist plaques are organised from top to bottom into sections, the first corresponding to an “head”, separated or not from a “body” by elements of differentiation, the latter being sometimes defined by an area that marks the inferior extremity of the plaque. On some the outline is cut in such a way as to underline with greater clarity the anthropomorphic character of the plaque. Others have representations of Eyes, often with radiating lines, usually called “Solar Eyes”. Engraved schist plaques were placed over the thorax of the dead, many of them having one or two perforations at the top for this purpose. The plaques were recognised very early, during the 19th century, as a remarkable votive artefact and were, for that reason, the object of various explanatory theories. The one theory defended by the author — the final and most commonly held at present — considers them to be a representation of the Mother Goddess, the source of life, and for that reason companion of the dead (Gonçalves 2004a). At a certain point in their long history (probably more than 500 years with a climax in the first half of the 3rd Millennium, between 3000 and 2500 BC), plaques with engraved eyes make their first appearance. These consist mostly of solar representations, characteristic of the “Eye Goddess” common in the early metallurgic societies of the South of the Iberian Peninsula. Such representations also use ceramic or bone as the main
medium of expression. In a vast region of the Peninsular West extending southward from the Lisbon Peninsula into the Algarve, having the Alentejo as its centre and encompassing also the region of Badajoz and Huelva, the symbols of the Goddess appear associated with geometric representations that fill the plaques. This work also presents the objectives of the Project “PLACA NOSTRA” and its ongoing research in this field.info:eu-repo/semantics/publishedVersio
STAM-3, a Anta 3 da Herdade de Santa Margarida
Apresentam-se os resultados obtidos pela escavação e estudo dos materiais provenientes
da Anta 3 da Herdade de Santa Margarida (Reguengos de Monsaraz, Évora, Portugal).
Este monumento, de Corredor curto, foi construído durante os inícios do III milénio e
reconstruído e reutilizado no último quartel do mesmo milénio. Foi violado por duas vezes
durante a Idade Média e ia começar a ser desmantelado em 2000 da nossa era.info:eu-repo/semantics/publishedVersio
Antes de Endovélico... A propósito das placas de xisto gravadas da anta de Santiago Maior e das antas da Herdade dos Galvões (Alandroal, Alentejo)
O autor comenta três placas de xisto gravadas provenientes da Anta de Santiago Maior e outras tantas da Anta 2 da Herdade dos Galvões (Alandroal). Refere-se aos povoados de fossos do Alandroal e a uma estratégia do povoamento que implica a definição de espaços protegidos. Este ainda mal conhecido
modo de produção entra em colapso cerca de 2900 a.n.e., com a chegada dos arqueometalurgistas do cobre, vindos do Sul da Península Ibérica.
Águas Frias, um povoado protegido por fossos sinuosos, parece ter sido não necessariamente um centro produtor, mas uma escola para gravadores de placas de xisto.
A notável placa de xisto gravada MNA 7794, com 67 figurações do Jovem Deus é um marco na história da reconversão dos elementos presentes nas placas, e que correspondem a uma segunda fase. A primeira, anterior, é a de Águas Frias, datável dos últimos séculos do 4.º milénio e do primeiro do 3.º. A segunda é típica da primeira metade do 3.º milénio, talvez a partir de 2900 a.n.e., terminando cerca de 2500 a.n.e.info:eu-repo/semantics/publishedVersio
Estácio da Veiga: um programa para a instituição dos estudos arqueológicos em Portugal (1880-1891)
info:eu-repo/semantics/publishedVersio
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