56 research outputs found

    Avaliação da não realização do exame Papanicolaou por meio do Sistema de Vigilância por inquérito telefônico

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    Objective: To estimate the prevalence of the Pap test and analyze the factors associated with its non-attendance by Brazilian women. Method: Cross-sectional, population-based study in which were used Vigitel (Surveillance System for Protective and Risk Factors for Chronic Diseases by Telephone Survey ) data and were included women in the target age range of the screening. The coverage and prevalence of non-screening were assessed according to sociodemographic, behavioral and health characteristics. Results: Data from 22,580 women were included. About 17.1% of women did not take the Pap test in the three previous years. Women in the age groups of 35-44, 45-54 and 55-64 years showed a higher prevalence of having the test compared to those aged 25-34 years (p<0.05). The following factors were associated with the non-attendance: women with less than 12 years of study (p<0.05), who declared not having a partner (p<0.0001), residents of Northeast, Midwest and North regions (p<0.05), malnourished (p=0.017), who self-assessed their health as negative and presented at least one negative health behavior (p<0.0001). Conclusion: Despite the high coverage of this screening, it remains unsatisfactory in population subgroups, such as women living without a partner, with low educational level, malnourished, who self-assessed their health status as negative, and with at least one negative health behavior

    Fatores associados ao uso contraindicado de contraceptivos orais no Brasil

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    OBJETIVO Estimar a prevalência de contraindicação ao uso de anticoncepcionais orais e os fatores associados em mulheres brasileiras. MÉTODOS Participaram 20.454 mulheres que responderam ao inquérito Vigitel em 2008, das quais 3.985 reportaram uso de contraceptivos orais. Definiu-se como uso contraindicado de anticoncepcionais quando presente pelo menos uma condição: hipertensão; doenças cardiovasculares como infarto, derrame/acidente vascular encefálico; diabetes mellitus; ser tabagista e ter idade igual ou maior de 35 anos. Foram estimadas as prevalências e intervalos de 95% de confiança de uso contraindicado em usuárias de anticoncepcionais orais e fatores associados à contraindicação por meio de razões de prevalência e intervalos de 95% de confiança. RESULTADOS Na população total, 21,0% (IC95% 19,7–21,9) das mulheres apresentaram alguma contraindicação ao uso de anticoncepcionais orais, das quais 11,7% (IC95% 10,6–13,7) pertenciam ao grupo de usuárias de anticoncepcionais orais. A contraindicação mais freqüente entre as usuárias de anticoncepcionais orais foi hipertensão (9,1%). A maior proporção de mulheres com pelo menos uma contraindicação tinha entre 45 a 49 anos (45,8%) e escolaridade entre zero e oito (23,8%). A prevalência de contraindicação de anticoncepcionais orais foi maior nas mulheres menos escolarizadas (zero a oito anos de estudos) (RP = 2,46; IC95% 1,57–3,86; p < 0,05) e idade entre 35-44 anos (RP = 4,00; IC95% 2,34–6,83) e 45-49 anos (RP = 5,59; IC95% 2,90–10,75). CONCLUSÕES Idade maior ou igual a 35 e escolaridade baixa foram fatores demográficos e de iniquidade, respectivamente, no uso contraindicado de contraceptivos orais.OBJECTIVE To estimate the prevalence of the contraindicated use of oral contraceptives and the associated factors in Brazilian women. METHODS 20,454 women who answered the VIGITEL survey in 2008 also participated in this study, of which 3,985 reported using oral contraceptives. We defined the following conditions for the contraindicated use of contraceptives: hypertension; cardiovascular diseases such as heart attack, stroke/cerebrovascular accident; diabetes mellitus; being smoker and 35 years old or older. We estimated the prevalence and 95% confidence intervals of contraindicated use in users of oral contraceptives and the factors associated with contraindication by prevalence ratio and 95% confidence intervals. RESULTS In the total population, 21% (95%CI 19.7–21.9) of women showed some contraindication to the use of oral contraceptives, of which 11.7% (95%CI 10.6–13.7) belonged to the group of users of oral contraceptives. The most frequent contraindication in users of oral contraceptives was hypertension (9.1%). The largest proportion of women with at least one contraindication was aged between 45 and 49 years (45.8%) and with education level between zero and eight years (23.8%). The prevalence of contraindication to oral contraceptives was higher in women less educated (zero to eight years of study) (PR = 2.46; 95%CI 1.57–3.86; p < 0.05) and with age between 35-44 years (PR = 4.00; 95%CI 2.34–6.83) and 45-49 years (PR = 5.59; 95%CI 2.90–10.75). CONCLUSIONS Age greater than or equal to 35 and low education level were demographic and iniquity factors, respectively, in the contraindicated use of oral contraceptives

    Nutritional assessment in children under 10 in ferros, Minas Gerais

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    Brazil is going through problems with obesity as well as malnutrition and starvation - the nutritional transition. This is a cross sectional study with a sample of 1322 children under 10 years of age, residents in Ferros, Minas Gerais, Brazil, enrolled in SISVAN. Results showed that: 20.7% of children had nutritional disorder (10.1% nutritional risk, 3.8% malnourished and 6.7% overweight risk). Malnutrition risk factors were also identified: low birth-weight, RP=3.57, IC 95% (1.96-6.52); stunting, RP=19.36, IC 95% (11.53-32.52); no breastfeeding, RP=2.23, IC 95% (1.19-4.18); family income below R95,RP=2.39,IC95 95, RP=2.39, IC 95% (1.10-5.16). Prevalence for overweight was higher than for malnutrition. While the rural population presented higher prevalence for nutritional risk and malnutrition, in the urban area there was higher prevalence of risk for overweight. These results show the need for specific nutritional interventions according to the specific issues identified.A sociedade brasileira vivencia, além da desnutrição e fome, problemas relacionados à obesidade - a transição nutricional. Este trabalho é um estudo transversal com amostra de 1322 crianças menores de 10 anos, residentes no município de Ferros, Minas Gerais, e cadastradas no SISVAN. Observou-se que 20,7% das crianças apresentaram alguma alteração nutricional (10,1% risco nutricional, 3,8% desnutrição e 6,7% sobrepeso). Fatores de risco para o desenvolvimento de desnutrição foram pesquisados: baixo peso ao nascer, RP=3,57, IC 95% (1,96-6,52); baixa estatura RP=19,36, IC 95% (11,53-32,52); aleitamento materno ausente RP=2,23, IC 95% (1,19-4,18); renda familiar de até R 95, RP = 2,39, IC 95% (1,10-5,16). Destaca-se maior prevalência de sobrepeso em relação à desnutrição. Enquanto a população rural apresentou maior prevalência de desnutrição e risco nutricional, a urbana destacou-se pelo sobrepeso. Esses resultados são importantes para mostrar que intervenções nutricionais são necessárias e devem considerar os problemas específicos apontados.La sociedad brasileña experimenta, más allá de la desnutrición y el hambre, problemas relacionados con la obesidad -la transición nutricional-. Este trabajo es un estudio transversal, fue realizado sobre una muestra de 1322 niños con menos de 10 años residentes en Ferros, Minas Gerais, registrados en el SISVAN. Se observó que el 20,7% de los niños presentaba alguna alteración nutricional (10,1% riesgo nutricional, 3,8% desnutrición y 6,7% sobrepeso). Fueron investigados factores de riesgo para el desarrollo de la desnutrición: bajo peso al nacer, RP = 3,57, IC 95% (1,96-6,52); baja estatura, RP = 19,36, IC 95% (11,53-32,52); ausencia de amamantamiento, RP = 2,39, IC 95% (1,10-5,16). Es destacable la prevalencia del sobrepeso respecto de la desnutrición. Mientras la población rural presentó mayor prevalencia de desnutrición y riesgo nutricional, la urbana se destacó por el sobrepeso. Estos resultados son importantes para demostrar que las acciones nutricionales son necesarias y deben enfocarse en los problemas específicos detectados

    Nascer em Belo Horizonte: a trajetória das parturientes e seus desfechos reprodutivos

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    Objetivo: Analisar a trajetória percorrida pelas gestantes para assistência ao parto em Belo Horizonte e sua relação com os desfechos reprodutivos. Método: Estudo transversal, que utilizou base de dados de uma pesquisa realizada em Belo Horizonte. As variáveis estudadas foram referentes à trajetória da mulher em busca de atendimento para o parto, às suas características sociais, demográficas e assistenciais e aos desfechos reprodutivos. Estimou-se Odds Ratios com seus intervalos de 95% de confiança para avaliar os fatores associados à trajetória desfavorável e aos desfechos. Resultados: Foram estudados 1.087 casos, dos quais 39,3% tiveram trajetória desfavorável. A chance de ter trajetória desfavorável foi maior para mulheres não residentes em Belo Horizonte, com menor escolaridade, da raça/cor não branca e que realizaram o pré-natal no serviço público. A prevalência dos desfechos reprodutivos foi semelhante, independentemente do status da trajetória, exceto para parto vaginal. Conclusão: A trajetória desfavorável, ainda elevada, evidencia fragilidades da rede de serviços de saúde para garantir acesso oportuno e qualificado às gestantes. Porém, a assistência recebida nos serviços de saúde supera os riscos da trajetória.Objetivo: Analizar la trayectoria recorrida por las embarazadas para asistencia al parto en Belo Horizonte y su relación con los resultados reproductivos. Método: Estudio transversal, que utilizó la base de datos de una investigación llevada a cabo en Belo Horizonte. Las variables estudiadas fueron referentes a la trayectoria de la mujer en búsqueda de atención al parto, a sus características sociales, demográficas y de asistencia y a los resultados reproductivos. Se estimó Odds Ratios con sus intervalos del 95% de confianza para evaluar los factores asociados con la trayectoria desfavorable y a los resultados. Resultados: Fueron estudiados 1.087 casos, de los que el 39,3% tuvieron trayectoria desfavorable. La probabilidad de tener trayectoria desfavorable fue mayor para las mujeres no residentes en Belo Horizonte, con menor escolaridad, de la raza/color no blanco y que realizaron el prenatal en el servicio público. La prevalencia de los resultados reproductivos fue semejante, independientemente del status de la trayectoria, excepto para parto vaginal. Conclusión: La trayectoria desfavorable, todavía elevada, evidencia fragilidades de la red de servicios sanitarios para asegurar el acceso oportuno y calificado a las gestantes. Sin embargo, la asistencia recibida en los servicios sanitarios supera los riesgos de la trayectoria.Objective: To analyze the trajectory taken by pregnant women for delivery care in Belo Horizonte and its relation with the reproductive outcomes. Method: A cross-sectional study using a database from a study conducted in Belo Horizonte. The studied variables were referent to the trajectory of women seeking delivery care, to their social, demographic and health care characteristics, and to the reproductive outcomes. Odds Ratios were estimated with their 95% confidence intervals to evaluate the factors associated with unfavorable trajectory and outcomes. Results: A total of 1,087 cases were studied, of which 39.3% had an unfavorable trajectory. The chance of having an unfavorable trajectory was higher for women who were not Belo Horizonte residents, with lower education, non-white race/color, and who had undergone prenatal care in public healthcare service. The prevalence of reproductive outcomes was similar regardless of the trajectory status, except for vaginal delivery. Conclusion: An unfavorable trajectory remains high, and shows weaknesses in the health care services network to guarantee timely and qualified access to pregnant women. However, the care received in the health services outweighs the risks of an unfavorable trajector

    Acceso y prácticas de higiene menstrual en América Latina: revisión de alcance

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    Objetivo:&nbsp;sintetizar la evidencia disponible relacionada con el acceso y las prácticas de higiene menstrual en América Latina y el Caribe.&nbsp;Método:&nbsp;revisión de alcance de la literatura con protocolo de investigación registrado en el Open Science Framework, realizada en las bases de datos bibliográficas: PubMed, Scopus, Web of Science y Portal Regional da Biblioteca Virtual em Saúde. Los datos fueron analizados mediante estadística descriptiva simple y análisis temático. Resultados:&nbsp;se incluyeron 15 publicaciones, la mayoría de las cuales trataban sobre adolescentes en Brasil: 12 artículos, dos informes técnicos y una monografía de trabajo de conclusión de curso. Como temas recurrentes en las publicaciones se destacan: acceso a condiciones dignas para el manejo de la higiene menstrual; necesidad de acceso a información sobre el manejo de la higiene menstrual; y prácticas para el manejo de la higiene menstrual.&nbsp;Conclusión:&nbsp;adolescentes informan dificultades para acceder a baños, agua y materiales absorbentes, y falta de información sobre la salud menstrual, incluso en las escuelas, lo que lleva al ausentismo escolar. De esta manera, las lagunas en la literatura científica latinoamericana revelan desigualdades y diversidad en las experiencias menstruales interseccionadas por categorías como género, clase social y etnia.Objetivo:&nbsp;sintetizar evidências disponíveis relacionadas ao acesso e práticas de higiene menstrual na América Latina e Caribe.&nbsp;Método:&nbsp;revisão de escopo da literatura com protocolo de pesquisa registrado no Open Science Framework, realizada nas bases de dados bibliográficas: PubMed, Scopus,&nbsp;Web of Science e Portal Regional da Biblioteca Virtual em Saúde. Os dados foram analisados por estatística descritiva simples e análise temática.&nbsp;Resultados:&nbsp;foram incluídas 15 publicações, cuja maioria abordava adolescentes no Brasil: 12 artigos, dois relatórios técnicos e uma monografia de trabalho de conclusão de curso. Como temas recorrentes nas publicações, destacam-se: acesso a condições dignas para o manejo da higiene menstrual; necessidade de acesso à informação sobre manejo da higiene menstrual; e práticas para manejo da higiene menstrual.&nbsp;Conclusão:&nbsp;adolescentes relatam dificuldades de acesso a sanitários, água e materiais absorventes, e falta de informação sobre saúde menstrual, inclusive nas escolas, levando ao absenteísmo escolar. Assim, lacunas na literatura científica latino-americana revelam desigualdades e diversidade nas experiências menstruais interseccionadas por categorias como gênero, classe social e etnia.Objective:&nbsp;to synthesize available evidence related to menstrual hygiene access and practices in Latin America and the Caribbean.&nbsp;Method:&nbsp;literature scoping review with research protocol registered in the Open Science Framework, carried out in the bibliographic databases: PubMed, Scopus, Web of Science and&nbsp;Portal Regional da Biblioteca Virtual em Saúde. Data were analyzed using simple descriptive statistics and thematic analysis.&nbsp;Results:&nbsp;15 publications were included, the majority of which addressed adolescents in Brazil: 12 articles, two technical reports and a course conclusion monograph. As recurring themes in the publications, the following stand out: Access to dignified conditions for managing menstrual hygiene; Need for access to information on menstrual hygiene management; and Practices for managing menstrual hygiene. Conclusion:&nbsp;adolescents report difficulties in accessing toilets, water and absorbent materials, and lack of information about menstrual health, including in schools, leading to school absenteeism. Thus, gaps in the Latin American scientific literature reveal inequalities and diversity in menstrual experiences intersected by categories such as gender, social class and ethnicity

    Hipertensão arterial e fatores associados: Pesquisa Nacional de Saúde, 2019

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    OBJECTIVE: To analyze the factors associated with self-reported arterial hypertension, as well as its prevalence in the Brazilian adult population. METHODS: Data from 88,531 individuals aged 18 years or older who responded to the 2019 National Health Survey were analyzed. The outcome studied was self-reported arterial hypertension. Sociodemographic variables and clinical and lifestyle conditions were considered as exposures. The prevalence ratio (PR), crude and adjusted for sex, age, and schooling was used as a measure of association to verify the factors related to its prevalence, obtained by Poisson regression with robust variance. RESULTS: The prevalence of self-reported arterial hypertension was of 23.9% (95%CI: 23.4–24.4). When adjusting for age, sex, and schooling, the adjusted Prevalence Ratios (APR) were higher among: regular health self-assessment (APR = 1.6; 95%CI: 1.5–1.6) and bad health self-assessment (APR = 1.7; 95%CI: 1.6–1.8); self-reference to heart disease (APR = 1.7; 95%CI: 1.6–1.7), diabetes (APR = 1.7; 95%CI: 1.6–1.8), high cholesterol (APR = 1.6; 95%CI: 1.6–1.7), overweight (APR = 1.4; 95%CI: 1.4–1.5), and obesity (APR = 2.0; 95%CI: 1.9–2.1); high salt intake (APR = 1.1; 95%CI: 1.0–1.1); higher among former smokers (APR = 1.1; 95%CI: 1.1–1.2) and lower among smokers (APR = 0.9; 95%CI: 0.8–0.9); and consumption of ultra-processed foods (APR = 0.9; 95%CI: 0.8–0.9). CONCLUSION: A quarter of the Brazilian adult population claims to have arterial hypertension, more prevalent among women and associated with older age groups, Black, mixed-race, and others, low schooling, high salt intake, former smoking, presence of comorbidities, and worse health self-assessment.OBJETIVO: Analisar os fatores associados à hipertensão arterial autorreferida, bem como sua prevalência, na população de adultos brasileiros. MÉTODOS: Foram analisados dados de 88.531 indivíduos de 18 anos ou mais que responderam à Pesquisa Nacional de Saúde de 2019. O desfecho estudado foi a hipertensão arterial autorreferida. Como exposições, foram consideradas variáveis sociodemográficas, condições clínicas e de estilo de vida. Para verificar os fatores associados à prevalência, usou-se como medida de associação a razão de prevalência (RP) bruta e ajustada por sexo, idade e escolaridade, obtidas por meio da Regressão de Poisson com variância robusta. RESULTADOS: A prevalência da hipertensão arterial autorreferida foi de 23,9% (IC95% 23,4–24,4). Ao ajustar por idade, sexo e escolaridade, as Razões de Prevalência ajustadas (RPaj) foram mais elevadas entre: auto avaliação de saúde regular (RPaj = 1,6; IC95% 1,5–1,6) e ruim (RPaj = 1,7; IC95% 1,6–1,8); autorreferência a doença do coração (RPaj = 1,7; IC95% 1,6–1,7), diabetes (RPaj = 1,7; IC95% 1,6–1,8), colesterol elevado (RPaj = 1,6; IC95% 1,6–1,7), sobrepeso (RPaj = 1,4; IC95% 1,4–1,5) e obesidade (RPaj = 2,0; IC95% 1,9–2,1); consumo elevado de sal (RPaj = 1,1; IC95% 1,0–1,1); entre ex-fumantes (RPaj = 1,1; IC95% 1,1–1,2) e menor entre fumantes (RPaj = 0,9; IC95% 0,8–0,9) e consumo de alimentos ultraprocessados (RPaj = 0,9; IC95% 0,8–0,9). CONCLUSÃO: Um quarto da população adulta brasileira afirma ter hipertensão arterial, de forma mais prevalente entre as mulheres e associada às maiores faixas etárias, cor da pele/raça preta, parda e outras, baixa escolaridade, consumo elevado de sal, ex-tabagismo, presença de comorbidades e pior autoavaliação de saúde

    Conhecimento do diagnóstico, tratamento e controle do diabetes mellitus no Brasil

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    OBJETIVO: Estimar as proporções dos indivíduos que têm conhecimento do diagnóstico, tratamento e controle do diabetes mellitus (DM) na população adulta brasileira. MÉTODO: Este é um estudo transversal, com dados de amostra representativa da população brasileira, provenientes da Pesquisa Nacional de Saúde (PNS 2014/2015). Os desfechos foram definidos com base na medida de hemoglobina glicada (HbA1c), no diagnóstico autorreferido de DM e no uso de hipoglicemiantes ou de insulina. Estimou–se a proporção do conhecimento, tratamento e controle do DM de acordo com as características sociodemográficas, condição de saúde e de acesso aos serviços de saúde, e seus respectivos intervalos de 95% de confiança (IC95%). RESULTADOS: A prevalência de DM na população brasileira foi 8,6% (IC95% 7,8–9,3), 68,2% (IC95% 63,9–72,3) tinham conhecimento do seu diagnóstico, 92,2% (IC95% 88,6–94,7) dos que tinham conhecimento realizam tratamento medicamentoso, e desses, 35,8% (IC95% 30,5–41,6) tinham os níveis de HbA1c controlados. As proporções de conhecimento, controle e tratamento foram menores nos homens, com idade de 18 a 39 anos, indivíduos que possuem baixa escolaridade, sem plano de saúde e beneficiários do Programa Bolsa Família. CONCLUSÃO: Aproximadamente um em cada dez brasileiros apresenta DM. Um pouco mais da metade desta população tem conhecimento do seu diagnóstico, condição aferida por dosagem de HbA1c e diagnóstico clínico. Entre os que sabem, a grande maioria está sob tratamento medicamentoso. Porém, menos da metade destes tem seus níveis de HbA1c controlados. Cenários piores foram encontrados em subgrupos com alta vulnerabilidade social.OBJECTIVE: To estimate the proportions of awareness, treatment, and control of diabetes mellitus (DM) in the Brazilian adult population. METHOD: This is a cross-sectional study, with data from a representative sample of the Brazilian population, taken from the National Health Survey(PNS 2014/2015). Outcomes were defined based on glycated hemoglobin (HbA1c) measurements, self-reported DM diagnosis, and use of hypoglycemic agents or insulin. The proportion of DM awareness, treatment, and control was estimated according to sociodemographic characteristics, health conditions, and access to health services, and their respective 95% confidence intervals. RESULTS: DM prevalence in the Brazilian population was of 8.6% (95%CI: 7.8–9.3): 68.2% (95%CI: 63.9–72.3) were aware of their diagnosis, 92.2% (95%CI: 88.6–94.7) of those who were aware were undergoing drug treatments, and, of these, 35.8% (95%CI: 30.5–41.6) had controlled HbA1c levels. The proportions of DM awareness, control, and treatment were lower in men aged 18 to 39 years, individuals with low education, without health insurance, and beneficiaries of the Bolsa Família program. CONCLUSION: Approximately one in ten Brazilians has DM. A little more than half of this population is aware of their diagnosis, a condition measured by HbA1c dosage and clinical diagnosis. Among those who know, the vast majority are undergoing drug treatments. However, less than half of these have their HbA1c levels controlled. Worse scenarios were found in subgroups with high social vulnerability

    Prevalência e aglomeração de fatores de risco cardiometabólicos em população idosa residente em área rural

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    Com este artigo objetivou-se avaliar a prevalência e aglomeração dos fatores de risco para doenças cardiovasculares em população idosa da área rural. Foi realizado estudo transversal com 236 indivíduos, com idade entre 60 e 99 anos, residentes em área rural. Os fatores analisados foram: excesso de peso (IMC > 27 kg/m²), obesidade abdominal (circunferência da cintura > 88 cm para as mulheres e > 102 para os homens), colesterol total > 200 mg/dL, triglicerídeos > 150 mg/dL, colesterol LDL > 160 mg/dL, colesterol HDL 100 mg/dL, pressão arterial sistólica/diastólica > 140/90 mmHg, tabagismo, síndrome metabólica definida de acordo com critérios do National Cholesterol Education Program e escore de dieta ruim. Razões de prevalência (RP) e intervalos de confiança de 95% (IC95%) foram calculados segundo sexo. Foi encontrada aglomeração de quatro ou mais fatores de risco em 47,4% da população. As mulheres apresentaram alta prevalência de excesso de peso (RP = 1,9; IC95% = 1,05-3,61), obesidade abdominal (RP = 3,1; IC95% = 1,80-5,50), colesterol LDL aumentado (RP = 2,4; IC95% = 1,31-4,21), síndrome metabólica (RP = 2,2; IC95% = 1,25-3,84), hipercolesterolemia (RP = 1,3; IC95% = 1,06-1,68) e dislipidemia (RP = 1,1; IC95% = 1,01-1,29) quando comparadas aos homens. Este estudo confirma a alta prevalência de fatores de risco cardiovasculares na população idosa e a necessidade de políticas públicas efetivas de prevenção de doenças, objetivando envelhecimento saudável

    Supervisão dos pais e comportamento sexual entre adolescentes brasileiros

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    Objective: to evaluate the association between parental supervision and sexual behaviors among Brazilian adolescents. Methods: Cross-sectional study with data from 102,072 adolescents who responded to the National Adolescent Health Survey. We estimated the prevalence of sexual behaviors (initiation, use of condoms, contraception, and number of partners). Parental supervision was evaluated using a score &nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;considering five indicators. We calculated prevalence ratios (PR) adjusted by age and sex in order to estimate the association between the parental supervision score and the sexual behaviors of the adolescents. &nbsp;Results: Prevalence of risky sexual behavior for adolescents with minimum and maximum parental supervision were: sexual initiation (min.: 58.0%; max.: 20.1%), condom use in the last sexual intercourse (min.: 50.9%; max.: 80.2%), use of contraceptives (min.: 40.8; max.: 49.1%), and mean number of partners (min.: 3.25; max.: 2.88). Parental supervision was greater among girls. Those with greater supervision score had higher prevalence of condom use in the first and last sexual intercourse, use of contraceptive methods and a lower mean number of partners, even after adjustments for sex and age. Conclusion: The greater parental supervision, the better the sexual behavior for both sexes, although supervision seems to occur differently between girls and boys. These findings point to the role of the family in providing adolescents with monitoring, along with dialogue and affection, conditions that encourage healthy and risk-free sexual behavior.Objetivo: Avaliar a associação entre a supervisão dos pais e comportamentos sexuais entre os adolescentes brasileiros. Métodos: Estudo transversal com dados de 102.072 estudantes do 9° ano que responderam à Pesquisa Nacional de Saúde do Escolar de 2015. Estimou-se a prevalência dos comportamentos sexuais (iniciação, uso de preservativo, contracepção e número de parcerias). A supervisão dos pais foi avaliada por meio de escore formado por cinco indicadores. Foram calculadas razões de prevalência (RP) ajustadas por sexo e idade para análise das relações existentes entre o escore de supervisão dos pais e os comportamentos sexuais de adolescentes. Resultados: As prevalências de comportamentos sexuais em adolescentes com mínima e máxima supervisão parental foram: iniciação sexual (min.: 58,0%; máx.: 20,1%), uso do preservativo na última relação sexual (mín.: 50,9%; máx.: 80,2%), de contraceptivos (min.: 40,8; máx.: 49,1%), e número de parceiros (mín.: 3,25; máx.: 2,88). Supervisão parental apresentaram maior magnitude no sexo feminino. Aqueles com maior escore de supervisão, apresentaram maiores prevalências do uso de preservativos na primeira e última relação sexual, de métodos contraceptivos e menor média do número de parceiros, mesmo após ajustes por sexo e idade. Conclusão: Quanto maior a supervisão dos pais melhores os comportamentos sexuais, para ambos os sexos, apesar da supervisão ocorrer de forma diferenciada entre os sexos. Esses achados apontam o papel da família em proporcionar aos adolescentes monitoramento, simultâneo ao diálogo e ao afeto, condições estimuladoras ao comportamento sexual saudável e livre de riscos
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