13 research outputs found

    Protocolo para manejo de javalis em Unidades de Conservação

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    Este guia foi escrito com o objetivo de orientar a formulação de planos de ação para o manejo de danos provocados por javalis em unidades de conservação (UC). Neste guia enfatizamos os aspectos relacionados com o planejamento das ações, uma vez que já existem outros guias que enfatizam a escolha das técnicas de controle. O guia se sustenta em uma abrangente revisão crítica das diretrizes já existentes sobre o controle dos danos provocados por esta espécie invasora. Um aspecto fundamental que orienta o guia é o entendimento de que o problema não é a presença dos javalis e o objetivo geral não é, necessariamente, erradicar javalis. Os problemas são os efeitos causados e o objetivo do manejo é reduzir estes efeitos. Na primeira parte resumimos a preocupação mundial com relação aos efeitos do javali, o histórico da introdução das variedades de porcos asselvajados no Brasil e os diferentes fenótipos e nomenclaturas utilizados para descrever a espécie. A seguir apresentamos informações básicas importantes sobre a biologia do javali, sobre as dinâmicas populacionais, os efeitos no ambiente e na biodiversidade e sobre fatores importantes para uma melhor compreensão dos processos que podem estar ocorrendo nas UCs. Na segunda parte do guia apresentamos uma descrição operacional do que é o Manejo Ecossistêmico Adaptativo, suas etapas e procedimentos. Iniciamos discutindo a importância dos procedimentos para a definição de objetivos e como construir um diagnóstico eficiente da situação atual em Unidade de Conservação. A seguir discutimos as opções de delineamento e instruções sobre como elaborar, implementar, avaliar e monitorar o plano de ação. Na terceira parte comentamos as diferentes técnicas de controle dos danos que podem ser aplicadas, apresentamos recomendações sobre boas práticas no manejo, e breves notas sobre a legislação pertinente ao tema. Na quarta parte estão as literaturas complementares e as referências bibliográficas. Foram selecionadas literaturas complementares que consideramos consistentes para aprofundamento, para discussão de aspectos que, por já estarem adequadamente tratados, optamos por não repetir neste guia, ou que apresentam soluções técnicas para diversos problemas específicos. A literatura compilada inclui guias e protocolos, nacionais e internacionais, de acesso público. Informações adicionais podem ser encontradas no site IBAMA, nas Secretarias de Meio Ambiente Estaduais e outras instituições nacionais e internacionais que se dedicam ao tema

    Javali em áreas protegidas no sul do Brasil : manejo, floresta com araucária e relação com fatores ambientais

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    O javali, como espécie invasora, é conhecido por causar impactos ambientais nos ecossistemas onde foi introduzido, além de impactos econômicos e sociais. No Brasil, esta espécie está presente desde 1960, quando foi criada para o abate. Desde a proibição das criações, contudo, a espécie se encontra em vida livre com populações selvagens que trazem efeitos ecossistêmicos, principalmente à mata atlântica e ao pampa. Apesar de medidas de manejo estarem sendo realizadas, estas ainda são pouco efetivas por falta de medidas e diretrizes claras, incertezas sobre a distribuição atual da espécie, e sobre a relação da mesma com o ambiente da Unidades de Conservação (UCs). Com este cenário em mente, esta tese foi elaborada com a finalidade de entender melhor a situação do manejo na zona sul do Brasil, atualizar a atual distribuição da espécie nas diferentes UCs da região, auxiliar nas ações de controle ao explorar as relações desta espécies com a floresta com araucárias, e entender quais fatores ambientais estão relacionados com a presença ou ausência da espécies nas UCs. Para isso, esta tese apresenta quatro capítulos, sendo o primeiro um artigo com o objetivo de diagnosticar a presença da espécie nas UCs, além de levantar as técnicas e protocolos de manejo utilizado e os motivos para a não realização do manejo. Para tanto, foi enviado um questionário online por e-mail para 244 áreas protegidas no sul do Brasil, sendo que 136 responderam ao questionário. Como resultado, 39 relataram ocorrência da espécie, e que o manejo é realizado em 14, onde a caça com cães e armadilhas são as técnicas mais utilizadas. Por outro lado, aquelas que não realizam ações de controle relatam como principais motivos a falta de infraestrutura, de pessoal treinado e de orientações claras, além de impactos pouco significantes na UC. O segundo capítulo consiste em um livro curto que tem como objetivo auxiliar na criação dos planos de manejo adaptativos do javali em UCs. O terceiro capítulo é um artigo que tem como finalidade auxiliar no primeiro passo (fase de diagnóstico) da criação de um plano de manejo adaptativo. Para isso, foi elaborado um protocolo de criação e validação de modelos conceituais utilizando revisões sistemáticas para espécies invasoras, tendo como foco o javali dentro de UCs na ecorregião da floresta com araucária. Como resultado, o modelo conceitual apresenta 26 links entre o javali, suas ações, alvos de conservação e fatores confundidores. O quarto capítulo da tese é um artigo que relaciona a presença e ausência do javali nas UCs com fatores ambientais. Para isso, foram gerados modelos utilizando análises discriminantes, onde foram testadas variáveis relacionadas à distribuição de água, comida, e abrigo, à heterogeneidade ambiental, à presença de criação de suínos, ao estado de conservação ambiental e à presença do javali nos municípios do entorno da UC. A partir destes resultados é possível destacar que há maior chance de ocorrência do javali dentro das UCs caso ele já esteja no ambiente de entorno, além da grande influência da disponibilidade de recursos alimentares e abrigo. Em contrapartida, as fragmentações oriundas da heterogeneidade ambiental apresentam uma influência negativa na espécie. Com todos os materiais gerados desta tese, esperamos auxiliar aos gestores ambientais na temática do manejo da população de javali, e que possam extrapolar estas diretrizes para outras espécies invasoras.As an invasive species, the wild boar are known to cause environmental impacts in the ecosystems where it was introduced, in addition to economic and social effects. This species has been present in Brazil since 1960 when it was created for slaughter. Since the creation ban, however, the species has been in the wild with wild populations that bring ecosystemic effects, mainly to the Atlantic Forest and the pampa. Although management measures are being carried out, these are still ineffective due to the lack of precise measures and guidelines, uncertainties about the species' current distribution, and its relationship with the environment of the Protected Areas (PAs). With this scenario in mind, this thesis was prepared with the aim of better understanding the management situation in southern Brazil, updating the current distribution of the species in the different UCs in the region, helping in control actions by exploring the relationships of this species with the araucaria forest, and understand which environmental factors are related to the presence or absence of the species in the PAs. For this, this thesis presents four chapters, the first being an article to diagnose the presence of the species in the PAs and raise the management techniques and protocols used and the reasons for not carrying out the management. To this end, an online questionnaire was sent by email to 244 protected areas in southern Brazil, with 136 responding. As a result, 39 reported the occurrence of the species, and that management is carried out in 14, where hunting with dogs and traps are the most used techniques. On the other hand, those that do not carry out control actions report the lack of infrastructure, trained personnel and clear guidelines as the main reasons, in addition to minor impacts on the PA. The second chapter consists of a short book that aims to assist in the creation of adaptive wild boar management plans in PAs. The third chapter is an article that aims to assist in the first step (diagnosis phase) of creating an adaptive management plan. For this, a protocol for creating and validating conceptual models was elaborated using systematic reviews for invasive species, focusing on wild boar within PAs in the Araucaria Forest ecoregion. As a result, the conceptual model presents 26 links between the wild boar, its actions, conservation targets and confounding factors. The fourth chapter of the thesis is an article that relates the presence and absence of wild boar in the PAs with environmental factors. For this, models were generated using discriminant analyses, where variables related to the distribution of water, food, and shelter, environmental heterogeneity, the presence of pig farming, the state of environmental conservation and the presence of wild boar in the surrounding municipalities were tested from the PA. Based on these results, it is possible to highlight that there is a greater chance of wild boar occurrence within the PAs if it is already in the surrounding environment, in addition to the significant influence of the availability of food and shelter resources. On the other hand, fragmentations arising from environmental heterogeneity negatively influence the species. With all the materials generated from this thesis, we hope to help environmental managers with the issue of wild boar population management so that they can extrapolate these guidelines to other invasive species

    Does size matter? Bat diversity and the use of rock shelters in Brazil

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    A positive correlation between cave size and bat diversity has been recorded by some authors for different cave areas in South America. We analyzed published and otherwise available data from three Brazilian karst areas and phytogeography domains, including NE and SE Atlantic Forest and Cerrado (savannah-like vegetation), encompassing a wide range of cave sizes. We found no such correlation, as expected in view of previous observations by researchers and speleologists. We discuss the ecological implications of different ways to measure bat diversity, i.e. the accumulative number of species (sequential use of caves) vs. the number of species at a given occasion (species in actual cohabitation) vs. bat abundance (numbers of individuals), as well as speleological topics related to the concept of caves (based on an anthropomorphic definition, not applicable to other species), the problems of estimating topographic variables such as cave area and volume, and the value of including cave temperatures in the analyses. Multiple interacting variables may influence the composition of cave bat communities and bat species richness and abundance. The most important ones would be the density of caves in a given area (related to lithology – calcareous vs. siliciclastic caves), regional climates, and degree of preservation of epigean habitat. Cave morphology, number and size of entrances, and presence of water bodies, as well as interactions with other species, must also be considered. In conclusion, as a general statement for tropical and subtropical bats, cave size (in the human sense) by itself does not matter, except perhaps for one-off situations. Finally, a brief overview of the diversity of cave bats in Brazil is presented

    Axis axis em foco : efeitos da introdução e modelagem da invasão

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    Vertebrados exóticos são introduzidos intencionalmente como recurso, como uma alternativa para fins econômicos ou de lazer. Aqueles que se tornam capazes de expandir espontaneamente as novas populações em áreas naturais são conhecidas como invasores e frequentemente estão implicados em efeitos indesejados em populações, comunidades e ecossistemas autóctones. Uma destas espécies é o cervo axis Axis axis, introduzido mundialmente para a caça. Apesar da sua ampla distribuição e utilização, pouco se sabe sobre seus efeitos nas áreas invadidas e em quais regiões esta espécie pode se tornar invasora. Isto dificulta as tomadas de decisão, pois avaliar os efeitos da introdução e prever as áreas em risco de invasão são tarefas fundamentais para estratégias de prevenção, priorização e ações de controle. Assim, esse trabalho teve como objetivos revisar os efeitos do cervo axis em áreas invadidas, utilizando um protocolo de revisão sistemática, e modelar a possível distribuição mundial e regional desta espécie, utilizando variáveis bioclimáticas. Realizamos buscas por estudos sobre efeitos em áreas alóctones em três bancos de dados, utilizando três conjuntos de palavras chaves. Classificamos os estudos que atenderam aos critérios do protocolo segundo o nível de inferência sobre os efeitos em Efeito Demonstrado e Efeito Sugerido. Extraímos os tipos de efeitos relatados e a região de ocorrência. Para a modelagem de distribuição, utilizamos o algoritmo Maxent e variáveis preditoras bioclimáticas. Os pontos de ocorrência utilizados incluem sua distribuição original e três regiões onde a espécie é invasora e das quais foi possível obter ou estimar coordenadas. A revisão sistemática resultou em apenas quatro trabalhos classificados em Efeito Demonstrado, os quais apontam a competição com espécies nativas, alteração da composição florística e faunística e facilitação da entrada de outras espécies invasoras. Os efeitos sugeridos incluem seis trabalhos mostrando a ocorrência de parasitas, um caso de hibridização com outra espécie de cervídeo em cativeiro e um estudo mostrando a degradação das áreas de florestas causada pelo cervo axis em conjunto com outras espécies invasoras. O modelo de distribuição demonstra que amplas extensões da América do Sul, África Central e Sudeste Asiático são suscetíveis à invasão, portanto, nestas áreas deve-se evitar a introdução e controlar a expansão. O sul do Brasil, Uruguai, norte da Argentina e Paraguai são possíveis áreas de ocorrência segundo os modelos bioclimáticos.Alien vertebrates are intentionally introduced for leisure and economic purposes. Those who become able to expand their populations in the new areas are known as invasive and are often involved in undesirable effects in indigenous populations, communities and ecosystems. The axis deer was introduced worldwide for hunting. Despite its wide distribution and use, little is known about its effects on the invaded areas and regions in which this species can become invasive. This complicates the decision-making because assessing the effects of the introduction and predict areas at risk of invasion are key tasks for prevention strategies, prioritization and control actions. Like this. So, this study aimed to summarize the effects of the axis deer in invaded areas using a systematic review protocol and to model the potential distribution of this species globally and in South America using bioclimatic variables. To summarized the effects we conducted searches for studies on non-native areas in three databases, using three sets of key-words and classified the studies that met the criteria of the protocol according to the level of inference about the effects they investigated. We extracted the types mentioned effects and occurrence region. To model the potential distribution based on bioclimatic variables we used the program Maxent. We used occurrences from the original distribution and three regions where the species is invasive about which geographical coordinates could be obtained or estimated. Four studies demonstrated effects of the axis deer due to competition with native species, changes in the floristic and faunistic composition and facilitation of other invasion processes. Six studies speculated the occurrence of disease transmition, hybridization with other species and difuse degradation of forest areas in combination with other invasive species. The distribution model demonstrated that large extensions of South America, Central Africa and Southeast Asia are susceptible to invasion. In the southern cone of South America Brazil, Uruguay, northern Argentina and Paraguay include extensive areas prone to invasion based on the bioclamatic models

    Profissão: Biólogo

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    El Pueblo Español : diario democrático de la tarde: Epoca Segunda Año III Número 208 - 1878 Octubre 03

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    Quando se trabalha em grupo, aprendemos a lidar com outras pessoas, ser mais paciente, respeitar os outros, alem disso temos a oportunidade de trocas ideias e experiências. Estes e outros aprendizados são fundamentais para um bom convívio social e para a cooperação. Assim, o presente estudo teve como objetivo investigar o valor do Trabalho em Grupo na formação acadêmica e profissional do Biólogo. No âmbito metodológico, esta é uma pesquisa de abordagem qualitativa, denominada estudo de caso. O caso selecionado foi o PET Biologia da UFRGS, pois dentro da faculdade, este utiliza a metodologia do trabalho em grupo no seu dia a dia. O método aplicado na busca e coleta de dados foi através de questionários. Os sujeitos entrevistados foram oito atuais membros, o tutor e dois ex-membros do grupo. Após a coleta dos dados, foi feita diversas leituras das respostas a fim de formar as categorias que indicariam o valor do trabalho em grupo. Após esta categorização, alguns aspectos se sobressaíram, como a possibilidade das trocas e os aprendizados proporcionados por este tipo de interação. Alem disso, o estudo permitiu ver a relação que os membros do PET fazem entre o trabalho em grupo e sua futura atuação profissional

    Analysis of castor bean ribosome-inactivating proteins and their gene expression during seed development

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    Ribosome-inactivating proteins (RIPs) are enzymes that inhibit protein synthesis after depurination of a specific adenine in rRNA. The RIP family members are classified as type I RIPs that contain an RNA-N-glycosidase domain and type II RIPs that contain a lectin domain (B chain) in addition to the glycosidase domain (A chain). In this work, we identified 30 new plant RIPs and characterized 18 Ricinus communis RIPs. Phylogenetic and functional divergence analyses indicated that the emergence of type I and II RIPs probably occurred before the monocot/eudicot split. We also report the expression profiles of 18 castor bean genes, including those for ricin and agglutinin, in five seed stages as assessed by quantitative PCR. Ricin and agglutinin were the most expressed RIPs in developing seeds although eight other RIPs were also expressed. All of the RIP genes were most highly expressed in the stages in which the endosperm was fully expanded. Although the reason for the large expansion of RIP genes in castor beans remains to be established, the differential expression patterns of the type I and type II members reinforce the existence of biological functions other than defense against predators and herbivory
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