7 research outputs found

    Cerebral Candida albicans Infection in Two dogs

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    Background: Candida spp. are pleomorphic fungi that are commensal inhabitants of the oral, gastrointestinal, upper respiratory and urogenital mucosa of mammals. Candida albicans is described as the most important species. This opportunistic pathogen may produce local or systemic infections in dogs. Local infections have been reported in several tissues and systemic infection is rare in dogs with few reports in the literature describing this presentation. The aim of the present study was to report two cases of cerebral Candida albicans infection in dogs in Brazil.Case: Two cases of cerebral Candida albicans infection in dogs that showed nervous signs are described. In both cases, the brain showed marked asymmetry of the telencephalic hemispheres with multifocal to coalescing yellowish or reddish areas and a partial loss of distinction between gray and white matter. In Case 1, the mediastinal, tracheobronchial and mesenteric lymph nodes, as well as the right kidney and adrenal gland, showed altered architecture due to numerous whitish gray nodules. Histological lesions were characterized by granulomatous (case 1) or pyogranulomatous (case 2) necrotizing meningoencephalitis with intralesional fungal organisms. In case 1, similar granulomatous infiltrate with intralesional fungal organisms was also seen in the lymph nodes, kidney and adrenal gland. In case 2, there was evidence consistent with an underlying infection of canine distemper virus. Were observed lymphoplasmocytic interstitial pneumonia, lymphoid rarefaction in lymph nodes, and viral intracytoplasmic inclusion bodies in the epithelial cells of the stomach and vesical urothelium. In these two cases, the fungal organisms displayed three different morphological patterns. The first pattern was characterized by delicate tubular structures with thin parallel walls that were rarely septate and tended to undulate slightly, and measured approximately 4-20 µm (true hyphae). The second pattern was characterized by chains of elongated yeast, separated by constrictions at septal sites, and measured approximately 4-10 µm (pseudohyphae). The other morphological pattern, which was rarely observed, was characterized by round budding yeast cells that measured 3-4 µm in diameter and were often elongated by the germ tube. Sections were also stained using immunohistochemical antibodies against Candida albicans. The fungi revealed strong immunolabelling of the cytoplasm and wall for Candida albicans.Discussion: The diagnosis was based on the histomorphological and immunohistochemical characteristics of the agent, which were consistent with Candida albicans. In these two cases, immunocompromise appeared to have been an important factor in the progression of the infection. In case 1, the dog was senile and treated with corticosteroids, conditions that could effectively limit innate, humoral and cell-mediated immune response to infection. In case 2, the dog displayed cachexia and was infected by canine distemper virus, evidenced by the presence of viral inclusion bodies. The inflammatory reactions in both cases were characteristic of fungal infections, but were distinct due to differences in the infectious process. In case 1, there was a subacute to chronic progression; while in case 2 neutrophilic infiltrate predominated, suggesting an acute progression. The different morphological patterns of the fungi suggested a pleomorphic fungi and the immunohistochemistry allowed us to identify the infectious agent. In conclusion, opportunistic infections caused by Candida albicans should be considered when diagnosing diseases that affect the central nervous system of dogs, particularly in immunosuppressed animals

    Síndrome de encefalopatia posterior reversível associada à síndrome respiratória aguda grave pelo coronavírus 2 (SARS-COV-2): Uma revisão sistemática da literatura / Posterior reversible encephalopathy syndrome associated with severe acute respiratory syndrome by coronavirus 2 (SARS-COV-2): A systematic review of the literature

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    INTRODUÇÃO: A Síndrome da Encefalopatia Posterior Reversível (SEPR) é uma síndrome clínica aguda que pode incluir cefaleia, alteração da consciência, distúrbios visuais, convulsões e tem a neuroimagem como instrumento fundamental para o diagnóstico, evidenciando o edema vasogênico na substância branca de partes posteriores. Com o surgimento do SARS-Cov-2 percebeu-se que este vírus causa uma disfunção no endotélio e pode contribuir para o surgimento de uma complicação por infecção grave, a SEPR. OBJETIVOS: Realizar uma revisão da literatura sobre a associação da infecção COVID-19 com a SEPR. MÉTODOS: A seleção dos artigos foi realizada através das bases de dados Pubmed, BVS (Biblioteca Virtual em Saúde) e IBECS (Índice Bibliográfico Espanhol em Ciências da Saúde). Selecionaram-se os artigos publicados até a data de 22 de janeiro de 2021. aplicou-se critérios de inclusão e exclusão e por fim, 24 artigos foram revisados. RESULTADOS: Alguns autores consideram que o desenvolvimento da SEPR está ligado ao aumento nos níveis pressóricos, insuficiência renal e a atuação do próprio vírus nos receptores da enzima conversora de angiotensina 2, o que poderia enfraquecer a barreira hematoencefálica (BE) e ser um dos responsáveis pelo desenvolvimento da Síndrome. Outros autores dizem que a liberação maciça de citocinas inflamatórias pode danificar a BE e pode ser um mecanismo que explique o desenvolvimento da SEPR.  Nos exames de imagens, notou-se edema vasogênico e hemorragias multifocais, sendo a endotelite linfocítica um achado post-mortem. Outros sintomas comuns apresentados foram a tontura, sonolência, visão turva, hipotonia de membros inferiores, pressão arterial variável e, em alguns casos, convulsões tônico-clônicas. Dentre os fatores de riscos para SEPR, notou-se que a infecção por HIV, hipertensão descontrolada e a falência renal cursaram com o desenvolvimento da SEPR. Naqueles pacientes tratados com hidroxicloroquina, os autores relataram que o medicamento pode estar envolvido na indução da SEPR. CONCLUSÃO: A SEPR, uma síndrome clínico-radiológica, caracterizada pelo seu início agudo e subagudo de cefaleias. Relacionou-se o seu desenvolvimento com a cascata de citocinas e a atuação do vírus nos receptores de angiotensina 2 que enfraqueceriam a BE e culminariam na síndrome, principalmente em pacientes graves. As hemorragias e o edema vasogênico foram os principais achados de imagem. Até o momento, os relatórios utilizados priorizam especialmente sintomas respiratórios, subestimando a quantidade de sequelas neurológicas advindas da infecção pelo SARS-CoV-2. Espera-se assim, que mais estudos sejam realizados com a temática em questão para elucidar as relações existentes entre a infecção e a SEPR

    Complicações neurológicas da síndrome hellp / Neurological complications of hellp syndrome

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    INTRODUÇÃO: É possível que ocorram doenças hipertensivas exclusivas das gestações, podendo ser elas classificadas em pré-eclâmpsia, eclâmpsia e, quando mais grave, Síndrome HELLP (caracterizada por hemólise, enzimas hepáticas elevadas e baixa contagem de plaquetas). Umas das consequências da Síndrome HELLP é a hemorragia intracraniana e o acidente vascular cerebral hemorrágico (AVCH). Diante disso, o estudo em questão busca trazer informações sobre as possíveis complicações neurológicas acarretadas pela Síndrome de HELLP, principalmente na fase perinatal. METODOLOGIA: Trata-se de uma revisão sistemática da literatura, na qual 7 artigos atenderam ao objetivo do estudo e foram eleitos para leitura integral do texto. RESULTADOS: Todos artigos foram relatos de casos de pacientes do sexo feminino, de 29 a 37 anos de idade, grávidas, que buscaram atendimento médico com um ou mais dos sintomas: cefaleia, náusea, vômito, fotofobia, dor epigástrica, síncope e convulsões. Todas foram diagnosticadas com Síndrome HELLP e, juntamente com ela, tiveram outros achados: nas pacientes, como hemorragia intracraniana, púrpura trombocitopênica trombótica (TTP), edema ou abscesso cerebral e Síndrome de Encefalopatia Reversível Posterior (PRES); nos fetos, como restrição do crescimento intrauterino fetal. Nos exames laboratoriais era comum encontrar tanto enzimas hepáticas elevadas quanto plaquetopenia. O tratamento predominante foi feito com sulfato de magnésio para profilaxia convulsiva, administração de plaquetas e dexametasona para a maturação do pulmão do feto. DISCUSSÃO: Constatou-se sinais e sintomas mais recorrentes, como cefaléia, epigastralgia, fotofobia, síncope e convulsões, além do quadro característico da síndrome de HELLP, que envolve hemólise, enzimas elevadas e queda na contagem de plaquetas. Além disso, notou-se correlações importantes com as manifestações neurológicas como hemorragia intracraniana, não sendo raro o acometimento cerebral. CONCLUSÃO: A gestação é um período que ocorre doenças hipertensivas de forma exclusiva e foi possível elencar variados sinais e sintomas neurológicos da síndrome HELLP, incluindo cefaléia, fotofobia, síncope e convulsões, além do quadro já característico da síndrome, além de correlações com hemorragia intracraniana, desenvolvimento de TPP e PRES

    Terapia com sulfato de magnésio no controle e prevenção de convulsões associadas a pacientes com pré-eclâmpsia / Magnesium sulfate therapy in the control and prevention of seizures associated with patients with pre-eclampsia

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    INTRODUÇÃO: A pré-eclâmpsia e a eclâmpsia são doenças conhecidas com risco de vida que afetam mais de 8% de todas as gravidezes em todo o mundo, com efeitos substanciais na saúde materna e neonatal. Juntas, essas doenças são responsáveis por 40.000 mortes maternas anuais em todo o mundo. O sulfato de magnésio (MgSO4) é considerado o medicamento de primeira linha para o tratamento de pré-eclâmpsia grave e eclâmpsia, sendo classificado como seguro, eficaz e de baixo custo. Esse medicamento pode ser empregado em dois regimes principais, o de Pritchard e Zuspan, que requerem equipe experiente e infraestrutura para a administração correta de MgSO4 e adequado monitoramento de toxicidade. Apesar da sua importância, os dados sobre a eficácia de regime de dose de ataque no contexto de profilaxia convulsiva na pré-eclâmpsia grave são limitados a alguns pequenos estudos. OBJETIVO: O presente estudo tem como objetivo compreender a Terapia com Sulfato de Magnésio no controle e prevenção de convulsões associadas a pacientes com pré-eclâmpsia. METODOLOGIA: Trata-se de uma revisão sistemática da literatura dos últimos 10 anos realizada nas bases de dados PubMed utilizando os descritores “(eclampsia AND seizures) AND magnesium sulfate therapy”. Ao final da busca, foram considerados elegíveis dentro dos objetivos do presente trabalho 18 artigos escritos em inglês, espanhol e português. RESULTADOS: De acordo com a literatura pesquisada, a grande maioria dos autores recomenda que o tratamento encurtado de pré-eclâmpsia na prevenção de convulsões com MgSO4 é tão eficaz quanto o prolongado e resulta em menos efeitos negativos, redução dos gastos e da monitorização médica. DISCUSSÃO: Na Eclâmpsia a conduta é essencial para um desfecho positivo, assim, ao compararmos estudos com sulfato de magnésio via intravenoso (Zuspan) e intramuscular (Dhaka), observou-se que no grupo de mulheres sob o uso de Zuspan, mais bebês tinham o escore de Apgar baixo (<7) a 1 minuto, além de mais bebês hipotonia. Além disso, nos estudos concluiu-se que ambos os regimes de 24h e 12h possuíam similares taxas de eficácia quanto ao manejo da eclâmpsia, com extensão de uma subjetiva internação hospitalar mais curta na associada a intervalos de 12h, não sendo possível, contudo, chegar a um consenso. É necessário ainda ter em vista possíveis contra indicações dessa droga, ressaltando casos de miastenia gravis (MG) , reforçando o uso de fentoína como um método aceitável para o manejo da eclâmpsia nesses pacientes CONCLUSÃO: Constata-se que o sulfato de magnésio se configura como padrão ouro para o tratamento, embora não esteja determinada a duração mínima do tratamento. Além disso, atesta-se que a redução da dose do sulfato de magnésio é tão eficiente quanto a dosagem padrão, além de maior segurança quanto à intoxicação. Assim, faz-se necessário estudos mais aprofundados, controlados e amplos acerca do melhor regime e dose a ser adotado

    Efeitos da estimulação transcraniana por corrente contínua em pacientes com esclerose múltipla / Effects of transcranial stimulation by continuous current in patients with multiple sclerosis

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    INTRODUÇÃO: A esclerose múltipla (EM) é uma doença inflamatória crônica e desmielinizante de caráter autoimune, caracterizada por danos ao sistema nervoso central multifocal e temporalmente dispersos que levam ao dano axonal. É considerada a causa mais comum de deficiência neurológica em jovens adultos, e, portanto, vários métodos são estudados para impedir seus malefícios, como, por exemplo, a estimulação transcraniana por corrente contínua (ETCC). A ETCC pode ser útil para amenizar os sintomas da EM, garantindo uma melhor qualidade de vida para aqueles que se encontram nessa condição. OBJETIVOS: Comparar os efeitos da ETCC entre os pacientes com EM de cada estudo, analisando sua eficácia. MÉTODOS: Trata-se de uma revisão sistemática da literatura, na qual foram utilizados os descritores “transcranial direct current stimulation AND multiple sclerosis” na base de dados PubMed. Após a aplicação de critérios de inclusão e exclusão, 11 artigos foram selecionados. RESULTADOS: Dos 11 artigos analisados, foi avaliada a parte das melhorias e diferenças causadas na qualidade de vida do paciente: melhora da fadiga, modulação da espasticidade dos membros inferiores, déficit sensorial, excitabilidade do córtex do motor primário, desempenho motor e capacidade cognitiva. Os efeitos colaterais do tratamento por estimulação transcraniana por corrente contínua (ETCC) poderia se resumir a coceira, formigamento e sensação de queimação. DISCUSSÃO: Os artigos analisados nesta revisão demonstraram uma melhora significativa nos pacientes com EM após a realização da ETCC nos sintomas de fadiga, uma manifestação extremamente extenuante para o paciente. Em relação à corrente elétrica utilizada, a intensidade da estimulação variou nos estudos feitos de 1,0 mA a 2,0 mA, sendo que em um comparativo entre as correntes de 1,5 mA e 2,0 mA em sessões de 20 minutos, concluiu-se que a eficácia da corrente elétrica de 2,0 mA foi maior. Ademais, confirmou-se que uma sessão de estimulação anódica transcraniana por corrente contínua sobre o córtex motor primário desses pacientes pode aumentar a excitabilidade cortical, trazendo vantagens motoras. Ainda, o tratamento ativo com a ETCC com corrente de 2mA no córtex pré-frontal promoveu uma melhor resposta quanto ao desenvolvimento cognitivo quando comparada com a terapia cognitiva isolada. Por outro lado, foi demonstrado que a ETCC não apresenta resultados estatisticamente significativos no que toca à modulação da espasticidade dos membros inferiores dos pacientes com EM. CONCLUSÃO: A ETCC em pacientes com EM mostrou benefícios significativos nos estudos analisados, tendo um importante papel no tratamento não farmacológico para a fadiga e outros sintomas motores decorrentes da EM
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