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Architecture, modern empty and social space
A vanguarda do Movimento Moderno promulgava a inserção de vazios urbanos no tecido urbano compacto da cidade do século XIX. Para os modernos, o espaço urbano edificado conjugado com áreas verdes,áreas amplas e áreas para livre circulação configuraria uma nova ordem social e um habitat social mais aberto ao convívio coletivo. A Glassarchitektur caracterizada por poucos elementos, estruturas esbeltas e vedações transparentes faziam parte principalmente do que Kenneth Frampton denominou de “tradição moderna minimalista”. Essa tectonicidade reduzida ao máximo tornaram-se objetivos estéticos da arquitetura moderna do início do século XX. Os críticos ao modernismo denunciavam os espaços demasiadamente abstratos, onde não há lugar para o acontecimento empírico, para o ornamento ou para o acaso levando a um empobrecimento do ambiente cultural e provocando um ‘esvaziamento’ da esfera pública. Como reconhecer a luta por identidades no espaço projetado e construído? Como reconhecer culturalmente o moderno ou o modernista sem abrir mão de memórias coletivas e tradições passadas? Pretende-se compreender a questão do vazio moderno como espaços de experiência, tanto como fenômenos em constante configuração, como na sua historicidade. Parte-se da premissa de que construções do espaço social não são representações ideais ou totalizantes como os modernistas pregavam. Em uma análise hermenêutica do vazio, a interpretação de memórias e promessas presentes na luta por reconhecimento no cotidiano da cidade planejada e vivenciada rompe com a ideia da arquitetura moderna como objeto original, finalizada na sua concepção e construção.Modern Movement’s vanguard promulgated free circulation and space within the nineteenth century urban fabric. Moderns believed in urban space built in conjunction with green areas,esplanades and areas for free movement would set a new urban and social order open to collective life. The Glassarchitekturcharacterized by few elements, slender structures and transparent walls, so called "reductionist modernist tradition" by Kenneth Frampton. This tectonic of minimum materiality became one of the aesthetic goals of early twentieth century modern architecture. Critics denounced modernism because the overly abstract spaces where there is no place for empirical event, for ornament or to the social fact leading to an impoverishment of cultural environment and 'emptying' the public sphere. How can one recognize the struggle for identity in designed and built urban space? How culturally recognize the modern or modernist without giving up collective memories and tradition? This paper aims to understand modernist void as spaces of experience, both as a urban phenomenon in continuous configuration and as a historical fact. We assume that social space is not an ideal or totalizing representations as modernists tenets preached. In a hermeneutical analysis of the void, the interpretation of memories and promises constinuously struggle for recognition in everyday life breaking with the idea of modern architecture as object, completed in its project design and construction
Arquitetura, vazio moderno e o espaço social
Modern Movement’s vanguard promulgated free circulation and space within the nineteenth century urban fabric. Moderns believed in urban space built in conjunction with green areas, esplanades and areas for free movement would set a new urban and social order open to collective life. The Glassarchitektur characterized by few elements, slender structures and transparent walls, so called "reductionist modernist tradition" by Kenneth Frampton. This tectonic of minimum materiality became one of the aesthetic goals of early twentieth century modern architecture. Critics denounced modernism because the overly abstract spaces where there is no place for empirical event, for ornament or to the social fact leading to an impoverishment of cultural environment and 'emptying' the public sphere. How can one recognize the struggle for identity in designed and built urban space? How culturally recognize the modern or modernist without giving up collective memories and tradition? This paper aims to understand modernist void as spaces of experience, both as a urban phenomenon in continuous configuration and as a historical fact. We assume that social space is not an ideal or totalizing representations as modernists tenets preached. In a hermeneutical analysis of the void, the interpretation of memories and promises constinuously struggle for recognition in everyday life breaking with the idea of modern architecture as object, completed in its project design and construction.A vanguarda do Movimento Moderno promulgava a inserção de vazios urbanos no tecido urbano compacto da cidade do século XIX. Para os modernos, o espaço urbano edificado conjugado com áreas verdes, áreas amplas e áreas para livre circulação configuraria uma nova ordem social e um habitat social mais aberto ao convívio coletivo. A Glassarchitekture caracterizada por poucos elementos, estruturas esbeltas e vedações transparentes faziam parte principalmente do que Kenneth Frampton denominou de “tradição moderna minimalista”. Essa tectonicidade reduzida ao máximo tornaram-se objetivos estéticos da arquitetura moderna do início do século XX. Os críticos ao modernismo denunciavam os espaços demasiadamente abstratos, onde não há lugar para o acontecimento empírico, para o ornamento ou para o acaso levando a um empobrecimento do ambiente cultural e provocando um ‘esvaziamento’ da esfera pública. Como reconhecer a luta por identidades no espaço projetado e construído? Como reconhecer culturalmente o moderno ou o modernista sem abrir mão de memórias coletivas e tradições passadas? Pretende-se compreender a questão do vazio moderno como espaços de experiência, tanto como fenômenos em constante configuração, como na sua historicidade. Parte-se da premissa de que construções do espaço social não são representações ideais ou totalizantes como os modernistas pregavam. Em uma análise hermenêutica do vazio, a interpretação de memórias e promessas presentes na luta por reconhecimento no cotidiano da cidade planejada e vivenciada rompe com a ideia da arquitetura moderna como objeto original, finalizada na sua concepção e construção
POÉTICAS DA PAISAGEM: DO SUBLIME AO PITORESCO NO MOVIMENTO LAND ART
This paper proposes an investigation into the convergences between artistic practice and landscape. It has as case study the creative process of Land Art movement and its aesthetic experience in the light of contemporary reinterpretations of sublime and picturesque. The Land Art movement emerged in the 60s, motivated by ecological discourse, and it aims to rescue the reintegration of man in nature through art, using as a support the landscape, the territory, the waste from urbanization and industrialization. The exit of museums and galleries legitimation spaces to the external environment becomes a critique of art commercialization, which takes shape when a dialogue with the landscape is established, making use of its materiality, specificity and intrinsic temporariness. It comes to expand the problematizations about its apprehension and historical transformations, as well as the possibilities of aesthetic experience, which incorporates the artwork process, since the choice of site to the production of narratives, travel journals, photographs, films and other different records.O presente artigo propõe uma investigação das convergências entre práxis artística e paisagem, tendo como objeto de estudo o processo de projeto do movimento Land Art e a experiência estética de suas obras à luz das reinterpretações contemporâneas do sublime e pitoresco. O Land Art surge nos anos 60 motivado pelo discurso ecológico, na busca pela reinserção do homem à Natureza por meio da arte, utilizando como suporte a paisagem, o território, os resíduos dos processos de urbanização e industrialização. A saída dos espaços de legitimação dos museus e galerias para o exterior torna-se uma crítica a mercantilização da arte, que toma forma quando se estabelece um diálogo com a paisagem, fazendo uso de sua materialidade, especificidades e transitoriedade intrínseca. Isto vem a expandir as problematizações a respeito de sua apreensão e transformações históricas, como também as possibilidades da experiência estética, que passa a incorporar todo o processo de construção da obra, desde a escolha do sítio, deslocamentos à produção de narrativas, diários de viagens, fotografias, filmes e registros diversos. 
The urban mobility and Sars-Cov2 pandemic : notes and perspectives for public transport system in the federal district
A proposta da pesquisa é formular perspectivas para um cenário pós-pandemia da Covid-19 centradas no transporte e mobilidade. A crise decorrente do isolamento teve impacto muito forte sobre a economia, num modo geral, o que se espera é uma queda pronunciada do PIB e um cenário crítico de incerteza no Brasil e no mundo; em particular, efeitos negativos sobre o mercado de trabalho, o que pode piorar ao longo deste e dos próximos anos. A paralisação de diversas atividades decorrentes do isolamento social colocou em evidência muitas fragilidades do sistema de transporte atual. Esta pesquisa pretende apontar perspectivas relacionadas à mobilidade urbana no Distrito Federal, mais especificamente, no que se refere ao dimensionamento e padrões de circulação. Destacamos: o dimensionamento da frota; os padrões de circulação intra-bairros; a forma de integração com as diversas partes que configuram uma região metropolitana heterogênea como Brasília. Trata-se de pesquisa detida e vertical com potencial para repercutir no conjunto da cidade. Por isso considerados análise mais detida das seguintes Regiões
Administrativas: Ceilândia (RA IX); Taguatinga (RA III); Samambaia (RA XII) e SCIA/Estrutural (RA XXV)
Da crítica à superquadra ao quarteirão murado: o caso de Águas Claras em Brasília
This paper discusses the transformation process in Aguas Claras’ materiality, a planned neighborhood in Brasilia, Federal District, Brazil. Aguas Clara original design aspired to mimic urban contexts typically found in the so-called “traditional cities”, as opposed to the modernist urban design that characterizes the Pilot Plan of Brasilia, only 19 kilometers away from the analysed site. The paper begins by debating the criticism established about Brasilia as an urban object, and then proceeds to describe and analyze the Aguas Claras design and the changes that led to today’s urban landscape. Bibliographic review and analysis were used as methodology, as well as photographic record, field observation and sketches, Descriptive Memorial and urban planning analysis. The main conclusions are the way in which very similar problems cross substantially different urban models, albeit in different ways, in addition to notes on the tortuous relationship between urban design, aspirations of modernity, social classes and urban legislation.Este artigo discute processos envolvidos na transformação da materialidade de Águas Claras, bairro planejado em Brasília, Distrito Federal, cujo projeto aspirava mimetizar as ruas e as avenidas com largas calçadas típicas das ditas “cidades tradicionais” em contraposição ao modelo urbanístico de matriz modernista – amplos espaços verdes, vias separadas dos fluxos de pedestres e edifícios isolados – que caracteriza o Plano Piloto de Brasília, localizado apenas a 19 quilômetros do sítio analisado. Para além da crítica estabelecida acerca de Brasília enquanto tema urbanístico, Águas Claras caracteriza-se como ruptura na paisagem metropolitana da região, antes marcada pela horizontalidade de suas cidades satélites e pela ocupação dispersa no território. A intensa verticalização, muito superior aos 12 pavimentos previstos inicialmente no projeto de Paulo Zimbres contratado em 1991, configura quadras muradas como pequenos condomínios fechados, apesar das premissas de profusos espaços públicos em seu projeto. Este estudo discute as ambiguidades do projeto enquanto narrativa de disputa e conflito que (re)configura o território e a paisagem ao longo do tempo. Surgem como conclusões principais a maneira pela qual a questão do projeto atravessa modelos urbanísticos substancialmente distintos..
GOIÃ?NIA E SEUS AEROPORTOS: DOIS MOMENTOS DE MODERNIDADE
Resumo: diante do fascínio da tecnologia e da máquina que marcaram o início do século 20 na produção urbanística no mundo e no Brasil, lançamos a seguinte questão: considerando-se a história dos aeroportos de Goiânia, tendo em vista o plano de modernidade e seu imaginário representado pela máquina, pode-se considerar que tais equipamentos em seus respectivos tempos representaram seu Zeitgeist?
Palavras-chave: Modernidade. Imaginário da Máquina. Attilio Correa Lima. Goiânia. Aeroporto
Brasilia contemporánea : ambigüedades y contradicciones de la ciudad vistas por las lentes del cine
Brasília é reconhecida tanto pela excepcionalidade de sua arquitetura modernista e de seu urbanismo como pela segregação socioeconômica representada pelas cidades-satélite. Sua área metropolitana conta com mais de três milhões de habitantes, sendo que 90% dessa população habita fora dos limites da cidade planejada. Essa ambiguidade é evidente no cinema, pois se, de um lado, os filmes produzidos para a divulgação de Brasília exploravam sua amplitude, monumentalidade e plasticidade, de outro, aqueles da primeira geração de cineastas nascidos na cidade revelam outras Brasílias. Este artigo explorará as tensões resultantes dessa segregação socioespacial que se materializam no espaço construído e na representação de Brasília no cinema.Brasilia is recognized for its exceptional modernist architecture and urbanism, as well as for the socioeconomic segregation represented by the satellite cities. Its metropolitan area has more than three million inhabitants, of which 90% live outside the limits of the planned city. This ambiguity is evident in the cinema, since on the one hand, the films produced for the advertisement of Brasilia explored its breadth, monumentality, and plasticity, and on the other hand, the ones made by the first generation of filmmakers born in the city reveal another Brasilia. This article will explore the tensions resulting from this socio-spatial segregation that are materialized in the constructed space and in Brasilia’s representation in cinema.Brasilia es reconocida por su excepcional arquitectura y urbanismo modernistas, así como por la segregación socioeconómica representada por las ciudades satélite. El área metropolitana tiene más de 3 millones de habitantes, y 90% de esa población vive fuera de los límites planeados de la ciudad. Esa ambigüedad es evidente en el cine, una vez que, por un lado, las películas producidas para la difusión de Brasilia explotaron su amplitud, monumentalidad y plasticidad, y, por otro, aquellas de la primera generación de cineastas nacidos en la ciudad revelan otras Brasilias. Este artículo explotará las tensiones resultantes de esa segregación socioespacial que se materializan en el espacio construido y en la representación de Brasilia en el cine
Patrimônio industrial e o reconhecimento cultural : a vila operária da Companhia Santista de Papel em Cubatão-SP
A iniciativa de se construir vilas operárias ou núcleos residenciais destinados a trabalhadores de empresas foi um fato comum nos empreendimentos fabris brasileiros desde o século XIX. Além da necessidade de oferecer moradia e comodidade com vistas a atração e retenção de mão de obra atuavam como uma forma de controle dos empregados. O processo de desmonte desses núcleos empresariais, em especial a partir da segunda metade do século XX, fez com que muitos desses locais se tornassem objeto de interesse no campo do patrimônio cultural. O presente artigo analisa aspectos de um processo que abrange desde a implantação até o abandono da Vila Operária da Companhia Santista de Papel em Cubatão, levando em conta o pioneirismo desse tipo de estabelecimento na Baixada Santista. A partir dessas informações conclui-se que sua importância atual pode ser destacada no campo da história da arquitetura e da preservação, ao mesmo tempo em que se constata a fragilidade das políticas públicas de reconhecimento cultural do patrimônio industrial no Brasil.The construction of company towns has become common in Brazilian manufacturing enterprises since the 19th century. In addition to the need to offer housing and convenience in order to attracting and retaining labor, they were built as a form of employee control. With the dismantling process of these corporate nuclei, especially from the second half of the twentieth century, many of these places became an object of interest in the field of cultural heritage. This article analyzes aspects of the process of implementing the abandonment of company tows by Companhia Santista de Papel in Cubatão, in view of the pioneering spirit of this type of establishment in Baixada Santista. Based on this information, it can be concluded that its current importance can be highlighted in the field of the history of architecture and preservation, at the same time that the fragility of public policies for cultural recognition of industrial heritage in Brazil can be seen