47 research outputs found

    OS JOVENS DA ESCOLA PÚBLICA E AS DESIGUALDADES SOCIAIS

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    Na contemporaneidade não há homogeneidade entre as classes humanas, mas sujeitos heterogêneos e singulares, assim são os jovens e suas formas de ver e viver o mundo. Neste cenário nos acolhe os pensadores da juventude Dayrell (2003) e Peralva (1997), que nos leva a compreender: “a juventude é, ao mesmo tempo, uma condição social e um tipo de representação”. Como sujeito social que os jovens se deparam com as mazelas em forma de desigualdade, buscando compreensões e respostas para estas, em especial o jovem do Ensino Médio, pois está na fase final da educação básica e a partir daí o mundo lhe apresenta desafios dantescos que terão que superar com usos e costumes desvelados em estratégias e táticas astuciosas (CERTEAU, 2005), que serão como “itens” de sobrevivência em sua sociedade excludente e desigual. Refletindo sobre este movimento da existência e como jovens da escola pública, nos anos finais, compreendem as desigualdades sociais que floresce a seguinte questão: como jovens do Ensino Médio, de uma escola pública, refletem a “gritante” desigualdade social que os afetam? Analisando esta pergunta objetivamos: interpretar como jovens do Ensino Médio, de uma escola pública, refletem a “gritante” desigualdade social que os afetam. Este trabalho foi tecido através de pesquisa qualitativa, dialogando com referências que abordam o tema, como sua aplicação e implicação do pesquisador com seu lócus de pesquisa – Colégio da Polícia Militar da Bahia – o qual sou aluno e pesquisador Jr do GEOTEC, utilizamos questionários no google forms, pois o momento de pandemia (COVID-19) e distanciamento social não permite uma pesquisa empírica, realizamos reuniões remotas no google meet, para melhor compreender os sentidos e significados deste fenômeno na vida destes jovens. Neste caminho de pesquisa alguns resultados são dignos de destaque: temos como elementos constitutivos desta desigualdade, principalmente quando se avalia o uso e posse de tecnologias digitais tão fundamentais para produção de conhecimento em um mundo globalizado, o avanço da vacinação em massa e a necessidade de retorno das atividades formais de ensino, a sala de aula híbrida é de fato uma alternativa, lamentavelmente, potenciais inovações pedagógicas mediadas por tecnologias só são incorporadas quando o social se encontra em situações-limite, seja por falta de recursos econômicos ou por tragédias como guerras. A pandemia da covid-19 não deixa de ser uma situação de guerra (SANTOS,2020). Portanto compreendemos que em uma sociedade jovens estudantes são afetados por desigualdades, pois como dizia o filósofo Aristóteles (322 a.C). “A pior forma de desigualdade é tentar fazer duas coisas diferentes iguais.” Para nós é deixar de fazer algo ou negligenciar sua existência

    O JOVEM DA ESCOLA PÚBLICA E OS DESAFIOS DA EDUCAÇÃO DIGITAL EM TEMPOS DE PANDEMIA

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    Esta pesquisa aborda os basilares desafios e dilemas dos estudantes de escola pública com a inserção das mídias tecnológicas no seu dia a dia a partir da pandemia iniciada em 2020 aqui no Brasil. Dialogamos com (HETKOWSKI, PRETTO e SANTOS), para discutir ensino remoto emergencial e Tecnologias da Informação e Comunicação, refletindo sobre os jovens (DAYRELL) nos influencia, escola e educação (FREIRE) e pesquisa participante (BRANDÃO). Temos como objetivo geral: analisar desafios e dilemas de jovens da escola pública frente às aulas on-line em tempos de pandemia, observando novos paradigmas na visão dos alunos. Os objetivos específicos são: compreender como os jovens, de uma escola pública em Salvador, estão lidando com uso diário de TIC (Tecnologias da Informação e Comunicação) com fins educativos; investigar se o acesso a dados de internet por parte dos jovens estudantes, lhes dão possibilidade de aprender os conteúdos ofertados pela escola; diagnosticar políticas públicas emergenciais, que estão sendo utilizadas com fins a proporcionar processos de ensino-aprendizagens satisfatórios à alunos do CPM (Colégio da Policia Militar). Caminhamos neste trabalho com a metodologia denominada pesquisa participante de cunho qualitativa, que se revelou como singular possibilidade interpretativa do fenômeno em curso, ou seja, uma pesquisa é “participante” não porque atores sociais populares participam como coadjuvantes dela, mas sim porque ela se projeta, porque realiza desdobres através da participação ativa e crescente desses atores (BRANDÃO, 2006, p. 31). Nesta perspectiva há o protagonismo dos sujeitos da pesquisa, a solidariedade e a implicação do pesquisador na/com a pesquisa e a compreensão de que “somos sujeitos, jamais objetos”. Nesta proposta há um protagonismo coletivo em prol da pesquisa, assim como percebemos na nossa investigação com estudantes do lócus de pesquisa, espaço que agrega a cooperação coletiva das atividades e as figuras pesquisador/pesquisado se imbricam, se ressignificam. São sujeitos da pesquisa dez estudantes do 3º ano do ensino médio do CPM – unidade Dendezeiros. Na experiência de campo alguns resultados são dignos de análise (são resultados preliminares, pois, a pesquisa encontra-se em andamento). problemas como: dificuldade de acesso, rápida adaptação para apresentar competências digitais tendo que se adequar a este “novo” modelo de ensino, necessidade de superação das próprias limitações por parte dos estudantes, adaptação de acordo com a idade, recursos e matérias, certificação da efetividade do ensino on-line, equidade e inclusão para alunos sem acesso a artifícios tecnológicos associado a falta de recursos e ambiente propício para aprendizado. Envolta na pesquisa como aluna pesquisadora do Grupo de Pesquisa Geotecnologias, Educação e Contemporaneidade (GEOTEC), posso concluir parcialmente, pois, ainda não são dados definitivos, que o fenômeno estudado pela singularidade e transformações provocados pela temática acima nos faz refletir que o momento pandêmico abriu caminhos para incluirmos as tecnologias no sistema educacional público brasileiro, porém, é indispensável amplas políticas públicas em educação no país para que a educação digital evolua ainda mais proporcionando oportunidades maiores para todos e criando uma oportunidade para equidade social que abrigue alunos de escolas públicas

    O CAMINHO DIALÓGICO DO ENSINO REMOTO NA CONSTRUÇÃO DE AUTONOMIA EM TEMPO DE PANDEMIA

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    O Brasil continua em 2021 sua batalha contra a COVID-19, que trouxe novos desafios, proliferação e milhares de mortes, ainda aliada ao desconhecimento de elementos para auxiliar em uma cura rápida e sua contenção. A ciência, a princípio orienta o uso de máscara, manter distanciamento social entre outras higienizações. O pânico nos toma, tremores existenciais. A ordem é fechar toda cadeia produtiva, inclusive a intelectual – as escolas. Diante deste quadro sombrio, justifica pensar em novas estratégias pedagógicas para que o fechamento da escola não traga danos maiores do que já se conhece especificamente na escola pública. A proposta aqui não é tratar dos aspectos econômicos da pandemia, mas dos seus impactos pedagógicos diante de mudanças em relação às escolas públicas com a introdução de aulas remotas, desafia-nos a traçar novas experiências formacionais em meio digital, novas pontes dialógicas para re-existir e não deixar que o paciente “escola pública” entre em colapso. O lócus da pesquisa é o Colégio Estadual da Polícia Militar – Dendezeiros, nas aulas remotas de Sociologia, no segundo ano do Ensino Médio com 10 alunos (as). O objetivo da pesquisa é identificar possibilidades formacionais para jovens da educação básica, no Ensino Médio, no cenário pandêmico, através da pedagogia do diálogo e do caminho interpretativo da fenomenologia. Nesta jornada os interlocutores serão o filósofo da hermenêutica alemã Hans-Georg-Gadamer e o pensador brasileiro da educação Paulo Freire, através do percurso metodológico da fenomenologia e da pedagogia do diálogo, com resultados positivos na construção da autonomia pelos estudantes na prática pedagógica das aulas remotas

    EDUCAÇÃO CIENTÍFICA E O PRINCÍPIO DA ÉTICA PELA ALTERIDADE

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    O presente resumo pretende discutir questões básicas a respeito construção de uma Educação Científica com baseados na relação entre a Ciência e a Educação com fundamentos em uma ética pautada na noção de alteridade trazida pelo pensador Emmanuel Lévinas (2008, 2009, 2010). Consideramos de extrema relevância promoção da relação entre a ciência e a educação na construção de uma educação científica, em vista o progresso do pensamento, das técnicas, e do desenvolvimento humano que a ciência e a educação podem promover. Contudo, há de se considerar que muitos equívocos graves foram cometidos em nome de uma postura cientificista e em nome de um suposto progresso. Por este motivo se faz importante discutir ética e o reconhecimento da diversidade e alteridade humana como fundamentos basilares para construção da dignidade da pessoa humana

    FUSÃO DE HORIZONTES ENTRE UNIVERSIDADE E ESCOLA COMO EXPERIÊNCIA SIGNIFICATIVA APRENDENTE NA REDE PÚBLICA DE ENSINO DA BAHIA

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    Este texto busca aclarar a experiência tecida na parceria universidadescola como fusão de horizontes entre as instituições representantes da ciência na sociedade (Escola/Universidade), bem como possibilidade de criar uma tradição de Educação Científica que envolva a juventude no jogo aprendente nos signos da ciência, vivência esta essencial para uma educação contemporânea. Para tal nos debruçamos nos referenciais da hermenêutica do diálogo do filósofo alemão Hans-Georg Gadamer, buscando dialogar com os principais conceitos que norteiam sua obra. Nesta cruzada filosófica existencial, a hermenêutica do diálogo se desvelou como método profícuo ao desejado na pesquisa e com este buscamos responder a seguinte propositiva: Como a experiência entre universidade e escola pública pode oportunizar ao jovem uma formação para a ciência? Diante deste desafio objetivamos compreender como a Educação Científica motivou a construção de autonomia aos jovens e, fusão entre universidade e educação básica na formação em ciência. Este texto se justifica pela necessidade da contemporaneidade em ter ações educativas que envolvam a universidade e a escola pública como parceiras em diálogo potente na formação de jovens. Podemos afirmar que há resultados significativos como a apreensão das linguagens científicas, pelos jovens, seja na construção do seu trabalho de pesquisa, como na popularização em eventos científicos. Desta feita concluímos que a Educação Científica na educação básica, criada na parceria universidade-escola possibilita uma formação transgressora ao normal instituído na educação formal seriada

    TRAJETÓRIAS DE ESTUDANTES NA EDUCAÇÃO CIENTÍFICA DO PROJETO “A RÁDIO DA ESCOLA NA ESCOLA DA RÁDIO”

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    O presente texto demonstra o trabalho desenvolvido por professores pesquisadores e estudantes da educação básica dos estados da Bahia e Sergipe no Projeto “A Rádio da escola na escola da Rádio”, no qual os referidos professores identificam os trabalhos apresentados nos eventos de popularização da ciência pelos jovens pesquisadores do Projeto, no período compreendido entre 2011 e 2021. Tal trabalho de catalogação começou a ser desenvolvido em 2022, como proposta diante das consequências provocadas pela Pandemia da COVID 19, que resultou no afastamento físico dos jovens do Projeto. O objetivo geral da pesquisa é identificar os trabalhos apresentados pelos jovens pesquisadores, a fim de construir o Memorial da Rádio, a partir da trajetória desses jovens estudantes, da diversidade dos temas pesquisados e os sentidos e significados expostos nos eventos. A metodologia baseia-se na busca documental, de forma on line, a partir de arquivos pessoais e do Grupo, bem como internet, através das redes sociais. Durante o transcurso da pesquisa está sendo possível elencar os eventos e ano em que os jovens pesquisadores participaram, bem como outros dados como número de inscritos, premiações e outros. Para construção do referencial teórico utilizamos autores que discutem os potenciais da Educação Científica, as possibilidades dos diálogos hermenêuticos, com a contribuição do filósofo alemão Hans-Georg Gadamer. O resumo revelou-se como uma oportunidade para o exercício de produção de memórias, bem como uma ação articulada com o objetivo de promover sentidos para as práticas existentes no espaço educacional

    PROJETO DE VIDA E FORMAÇÃO CONTINUADA DO ESTUDANTE DO ENSINO MÉDIO DO COLÉGIO DA POLÍCIA MILITAR – DENDEZEIROS: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA DO PROTAGONISMO JUVENIL

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    O relato de experiência apresenta uma atividade desenvolvida em sala de aula de nove turmas do 3º ano do Ensino Médio, durante a terceira unidade do calendário escolar, de agosto a outubro de 2017, no Colégio da Polícia Militar do Estado da Bahia – Unidade Dendezeiros, em Salvador, através dos conteúdos de Sociologia, com apoio em algumas turmas do professor de Filosofia, teve como objetivo motivar o estudante a pensar seu projeto de vida após a saída da educação básica, em relação à formação continuada, enquanto um desafio, entregar ao jovem a condição de fazer escolha a partir da investigação e pesquisa sobre alguns itens importantes no momento da tomada de decisão de qual melhor caminho escolher após a educação básica. Fechar um ciclo, abrir outro, foi uma das questões abordadas. A metodologia utilizada em sala de aula construída de forma participativa e coletiva. Os estudantes conheciam o objetivo da atividade e ficaram livres para escolha da apresentação do resultado da pesquisa, com a possibilidade de agregar outras informações se considerassem importantes, através de apresentação em grupo, por área do conhecimento. Diversidade grande de formações: graduação, formação militar e técnico: Medicina, Letras, Exército, História, Artes, Direito, Fisioterapia, Gastronomia, etc. Os itens exigidos para início da pesquisa: a escolha de curso pretendido, instituições que ofertam o referido curso, habilidades e competências necessárias, matriz curricular, tipos de atividades a serem realizadas no término do curso, mundo do trabalho. O resultado da pesquisa ocorreu em sala de aula, em formato de exposições, através de comunicação oral com e sem o uso de slides, telas de pinturas, em formato de feira, com objetos concernentes ao curso escolhido, vestuário relacionado, etc. A escolha do período, final de ano letivo, deixou um pouco de brechas para que alguns educandos, uns cinco, não se envolvessem muito com a proposta, a falta de controle no tempo de apresentações atrasou alguns trabalhos, mas de um modo geral o resultado foi bastante significativo, concretizado em algumas palavras que representam a avaliação realizada pelos jovens: incentivador, conhecimento, aprendizado, produtivo, desafiador, dúvida, desespero, esperança, responsabilidade, futuro, dinheiro, orientação. Saíram do tripé: Medicina, Direito e Engenharia, observaram as demandas mais recentes, alguns ficaram surpresos com as descobertas no processo da pesquisa, reiterando ou realizando novas escolhas. A socialização das pesquisas motivou questionamentos, através do diálogo entre os envolvidos, sobre o formato dos cursos e conceitos desconhecidos pelos educandos e a apresentação exigiu o uso da oralidade, de forma clara e objetiva e do planejamento antecipado da exibição do resultado da pesquisa. Prática significativa para desenvolvimento da autonomia e protagonismo dos jovens e aproximação docente na discussão sobre formação continuada

    EDUCAÇÃO CIENTÍFICA E BASE NACIONAL COMUM CURRICULAR: CAMINHOS PARA A EDUCAÇÃO BÁSICA

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    O Brasil já teve várias reformas em educação, mas a Lei 9.394/96, foi a mais significativa, essa Lei de Diretrizes e Base da Educação Nacional (LDB), pretendeu-se trilhar novos caminhos para a educação básica e com isso a conquista de indicadores que nos colocassem entre as grandes potências em educação. Em 2017, elabora-se a Lei 13.415, polêmica lei de reforma da educação básica, esta pretende atualizar a antiga LDB e contemporaneizar os processos formativos no Brasil e, também atender as demandas nacionais e locais de produção de conhecimento. Assim ela se divide em Base Comum e a parte diversificada, as escolas teriam autonomia para trabalhar aspectos regionais e incorporá-lo a seu currículo (itinerários formativos). Muitas são as críticas a esta nova Lei. Mas o que desejamos neste trabalho não é polemizar, porém necessário se fez este preâmbulo para contextualizar nossa discussão. Objetivamos discutir a possibilidade da educação científica nesta estrutura curricular, possibilidades, bem como dialogar com experiências de educação científica na educação básica que são referências para a nossa assertiva. Para tal revisamos a literatura que aborda o tema, ainda vivenciamos uma atividade de educação científica na rede básica de Salvador que vem trazendo ótimos resultados. Nossa proposta encontra guarita na Pesquisa participante e na urgência de se discutir esta Reforma, a proposta de itinerário formativo e, como a educação científica pode ser um viés a novas metodologias de ensino e aprendizagem

    OLHARES ADOLESCENTES E SUAS REFLEXÕES/PROVOCAÇÕES ACERCA DA LEGALIZAÇÃO DO ABORTO NO BRASIL

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    Em muitos países do ocidente o aborto já é legalizado em diversos casos e possibilidades, inovações que são acolhidas em algumas legislações democráticas. Por esse motivo há uma grande discussão mundial acerca do tema e da sua liberalização, são clamores dos movimentos feministas e outros seguimentos sociais de defesa do direito da mulher. No Brasil, o aborto é considerado um crime; porém a legislação permite que seja realizado apenas em casos de estupro, risco à vida da mãe ou, anencefalia. A maioria da população brasileira se posiciona contra o aborto, por considerar assim como previsto na lei, que é um crime contra a vida. Aqueles que são a favor defendem os direitos individuais da mulher de decidir sobre o próprio corpo. Há também quem defenda a legalização do aborto como tema de saúde pública. Contudo, apesar de serem considerados como jovens imaturos e que ainda não viveram o suficiente para argumentar sobre assuntos relevantes a vida cotidiana, a opinião dos adolescentes tem sido cada vez mais levada em consideração quando o assunto é legalização do aborto, haja vista que , o Brasil tem 68,4 bebês nascidos de mães adolescentes a cada mil meninas de 15 a 19 anos, diz relatório da Organização Mundial da Saúde (OMS). O índice brasileiro está acima da média latino-americana, estimada em 65,5. No mundo, a média é de 46 nascimentos a cada mil. Muitas gravidezes de adolescentes e jovens não foram planejadas e são indesejadas; inúmeros casos decorrem de abusos e violência sexual ou resultam de uniões conjugais precoces, geralmente com homens mais velhos. Ao engravidar, voluntaria ou involuntariamente, essas adolescentes têm seus projetos de vida alterados, o que pode contribuir para o abandono escolar e a perpetuação dos ciclos de pobreza, desigualdade e exclusão. Existe grande esforço por parte da população considerada pró escolha de tornar legal o aborto no Brasil como escolha da gestante, sendo um dos argumentos utilizados o de que manter a prática ilegal não evita que o aborto seja realizado, mas faz com que as mulheres recorram a meios alternativos e inseguros de fazê-lo. A legalização do aborto seria uma forma de evitar o alto índice de mortes maternas decorrentes de abortos inseguros principalmente em populações mais pobres, defende os que empunham a bandeira da legalização. Ainda há uma discussão religiosa, pois nossa tradição judaico-cristã condena veementemente o aborto e toda prática de pôr fim a uma vida que não seja pelas mãos divinas, polêmicas à parte, almejamos compreender a legislação atual sobre a proibição do aborto no Brasil bem como o que pensam/dizem as adolescentes sobre esta problemática. Para tal nos debruçamos na leitura de referenciais teóricos que discutem o tema, realizaremos entrevistas com adolescentes buscando suas narrativas acerca desta questão social que as afetam, como já descrito neste texto, entrevistas com profissionais da área do Direito, buscando compreender como está sendo interpretada esta Lei e sua possível alteração, assim como educadores e psicólogos. Diante de tais argumentos visamos construir um importante trabalho de pesquisa, pois este trabalho tem como pesquisadoras alunas/adolescentes do projeto de Iniciação cientifica Júnior do Colégio da Polícia Militar da Bahia (CPM), em parceria com o Grupo de Pesquisa Geotecnologia, Educação e Contemporaneidade (GEOTEC) do departamento de Educação da Universidade do Estado da Bahia

    ESTRUTURA POPULACIONAL E PADRÃO ESPACIAL EM PEQUENA ESCALA DE Mora paraensis (FABACEAE) EM UMA FLORESTA DE VÁRZEA NO ESTUÁRIO AMAZÔNICO

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    Detailed knowledge about structural attributes and spatial patterns of tree species is fundamental to enable sustainable management of forest resources. However, this knowledge remains poorly understood in the context of eastern Amazonian floodplain forests, even of some economically important species such as Mora paraensis. In this paper, we focused on the structural parameters and spatial distribution pattern of M. paraensis in an 11.7 ha area of floodplain forest in eastern Amazonia. The structural analysis included quantitative and qualitative parameters, and the spatial distribution pattern was analyzed using the univariate Ripley’s K function. A total of 48 trees of M. paraensis were measured, with a total density of 4.1 individuals ha-1, a mean height of 7.1 m, and a basal area of 0.2324 m2 ha-1. Mora paraensis showed a relatively good density of trees, an inverse J-shaped diameter distribution pattern, and individuals in almost every diameter class. The population was predominantly young (75% of individuals), however, the qualitative parameters suggested unfavorable conditions regarding the health of M. paraensis trees, perhaps affecting their development in this environment. At the within diameter class level, the aggregate pattern dominated in smaller diameter classes, but shifted into a random pattern in the larger diameter classes. This study reinforces the importance of using methods that take into account different distance scales, allowing a better understanding of the relationships between the species attributes and their spatial distribution pattern, especially to scientifically manage and utilize forest resources in areas with conservation interest.Keywords: Diameter distribution; Flooded forest; Pracuúba; Ripley’s K function; Spatial analysis trees.O conhecimento detalhado sobre atributos estruturais e padrões espaciais de espécies arbóreas é fundamental para permitir um manejo sustentável dos recursos florestais. No entanto, esse conhecimento ainda permanece pouco compreendido no contexto das florestas de várzea do leste da Amazônia, mesmo para algumas espécies economicamente importantes como Mora paraensis. Neste artigo, focamos nos parâmetros estruturais e no padrão de distribuição espacial de M. paraensis em uma área de 11,7 ha de floresta de várzea no leste da Amazônia. A análise estrutural incluiu parâmetros quantitativos e qualitativos, e o padrão de distribuição espacial foi analisado usando a função K univariada de Ripley. Um total de 48 árvores de M. paraensis foi medido, com densidade total de 4,1 indivíduos ha-1, altura média de 7,1 m e área basal de 0,2324 m2 ha-1. Mora paraensis apresentou uma densidade relativamente boa de árvores, um padrão de distribuição diamétrica em forma de J invertido e indivíduos em quase todas as classes de diâmetro. A população foi predominantemente jovem (75% dos indivíduos), porém, os parâmetros qualitativos sugeriram condições desfavoráveis quanto a sanidade das árvores de M. paraensis, o que pode estar afetando o seu desenvolvimento neste ambiente. No nível da classe de diâmetro, o padrão agregado dominou nas classes de menor diâmetro, mas mudou para o padrão aleatório nas classes de maior diâmetro. Este estudo reforça a importância do uso de métodos que levem em consideração diferentes escalas de distância, permitindo uma melhor compreensão das relações entre os atributos das espécies e seu padrão de distribuição espacial, especialmente para gerenciar e utilizar cientificamente os recursos florestais em áreas com interesse em conservação.Palavras-chave: Distribuição diamétrica; Floresta inundável; Pracuúba; Função K de Ripley; Análise espacial de árvores
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