189 research outputs found

    Embodiment and action in the constitution of the self

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    Parte-se da hipótese de que tanto os modos de constituição da subjetividade, quanto as teses epistemológicas sobre a formação do eu têm sofrido importantes mudanças nas últimas décadas. No plano das identidades pessoais, tal fato se expressa no atenuamento do ideário intimista, tradicionalmente centrado na idéia da vida mental como espaço privado e interior. No plano epistemológico, diferentes saberes vêm questionando a equivalência entre vida mental e interioridade psicológica e propondo descrições da origem do eu que incluam a dimensão da corporeidade e da ação. Considerando as noções de representação e de ação como eixos fundamentais para diferentes concepções da subjetividade, este artigo examina um modelo internalista do psiquismo, contrastando-o com outro que toma o eu como agente corporificado.This article is based on the assumption that the processes of the constitution of subjectivity as well as the epistemological thesis on the origins of the self have gone through important changes in the last decades. Regarding personal identities, this fact is expressed by the decreasing value of the idea that the mental life corresponds to a private and intimate psychic space. In the epistemological sphere, several disciplines have been challenging the equivalence between mental life and psychological interiority, and have been proposing new descriptions of the origins of the self that have been focusing the concepts of embodiment and action. Considering the notions of representation and action as main tools to account for different conceptions of subjectivity, this article examines an internalist model of the psychic life in contrast to another one that describes the self as an embodied agent

    Consciência, intencionalidade e intercorporeidade

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    The aim of this paper is to situate and discuss consciousness, intentionality and intersubjectivity in Edmund Husserl's and Maurice Merleau-Ponty's phenomenological theories, in the context of a debate about Arno Engelmann's Theory of the Two Consciousness. Three questions are proposed to professor Arno Engelmann.Este texto tem por objetivo situar e discutir consciência, intencionalidade e intersubjetividade nas teorias fenomenológicas de Edmund Husserl e Maurice Merleau-Ponty, no contexto de um debate sobre a Teoria das Duas Consciências de Arno Engelmann. São propostas três questões ao professor Arno Engelmann

    Consciência, intencionalidade e intercorporeidade

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    The aim of this paper is to situate and discuss consciousness, intentionality and intersubjectivity in Edmund Husserl's and Maurice Merleau-Ponty's phenomenological theories, in the context of a debate about Arno Engelmann's Theory of the Two Consciousness. Three questions are proposed to professor Arno Engelmann.Este texto tem por objetivo situar e discutir consciência, intencionalidade e intersubjetividade nas teorias fenomenológicas de Edmund Husserl e Maurice Merleau-Ponty, no contexto de um debate sobre a Teoria das Duas Consciências de Arno Engelmann. São propostas três questões ao professor Arno Engelmann

    Inconsciente e Percepção na Psicanálise Freudiana

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    Geralmente lembrada em sua associação com a consciência (como no Sistema Percepção-Consciência, por exemplo), a percepção encontra nas investigações de Freud vários outros destinos. Principalmente nos textos da chamada segunda tópica, mas também no artigo da Metapsicologia de 1915, “O Inconsciente”, Freud nos propõe instigantes afirma­ ções que nos aproximam de uma relação entre percepção e inconsciente. Assim, através de um percurso pelas sucessivas formulações freudianas da percepção, este artigo procura favorecer uma melhor compreensão das relações entre percepção e inconscientePerception is usually remembered in association with consciousness (as for example in the perceptual-conscious system), but also has other destinies in Freud's investigations. Throughout Freud's succesive formulations of perception, this paper tries to offer a better understanding of the relations between perception and unconscious

    Trauma, uma falha no cuidar?: diálogo entre Ferenczi e Winnicott

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    L’article propose un dialogue entre les théorisations psychanalytiques de Sandor Frenczi et Donald Winnicott sur le rôle de l’objet dans le psychisme, dans sa dimension traumatique, aussi bien que dans sa dimension constitutive. Les contributions convergentes des auteurs sur la conception psychanalytique du trauma e de ses vicissitudes dans le psychisme seront ici examinées. Suivant une tradition de valorisation du rôle de l’environnement, le trauma est pensé comme une défaillance dans la relation entre le sujet et l’autre.Este artigo propõe um diálogo entre as teorizações psicanalíticas de Sandor Ferenczi e Donald Winnicott a respeito do papel do objeto no psiquismo, tanto em sua dimensão traumática como constitutiva. Serão discutidas as contribuições convergentes dos autores à concepção psicanalítica de trauma e suas vicissitudes no psiquismo. Seguindo uma tradição de valorização do meio ambiente, o trauma passa a ser pensado como falha na relação entre o sujeito e outro.This article suggests a dialogue between the psychoanalytic theories of Sandor Ferenczi and Donald Winnicott concerning the role of the object in the psyche, both in its constitutive and traumatic dimensions. The converging contributions of the authors to the psychoanalytic concept of trauma and its vicissitudes in the psyche will be discussed. Following a tradition of valuing the environment, the trauma comes to be thought of as a failure in the relationship between the subject and the other.Este artículo propone un diálogo entre las teorizaciones psicoanalíticas de Sandor Ferenczi y Donald Winnicott sobre el papel del objeto en el psiquismo, en su dimensión, tanto traumática cuanto constitutiva. Serán discutidos los aportes convergentes de los autores a la concepción psicoanalítica del trauma y sus vicisitudes en el psiquismo. Siguiendo una tradición de valoración del ambiente, el trauma pasa a ser pensado como falla en la relación entre el sujeto y otro

    Sobre a teoria da técnica de Fenichel: uma reflexão ética sobre a prática psicanalítica

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    Desenvolvemos aqui as implicações ‘éticas’ das concepções de Otto Fenichel (1897-1945) sobre a finalidade prática do conhecimento psicanalítico e sobre a função terapêutica da psicanálise, pois Fenichel elabora uma concepção de prática psicanalítica que vale a pena ser revisitada a partir de um tipo de debate que remete os problemas da prática psicanalítica a uma ‘ética psicanalítica’. Para cumprir este objetivo, propomos uma investigação histórica e teórica das concepções de Fenichel a partir de uma leitura estrutural de sua obra, remetendo a arquitetura interna de seus argumentos e conceitos ao conjunto de sua obra e ao contexto de produção dela. Primeiramente, contextualizamos a produção da concepção de Fenichel sobre a prática psicanalítica em meio às disputas institucionais do movimento psicanalítico europeu e estadunidense. Depois, discutimos o projeto de ‘psicologia dialético-materialista’ de Fenichel para extrair a concepção do autor sobre o conhecimento psicanalítico. Em terceiro lugar, apresentamos como a concepção de Fenichel sobre a finalidade prática do conhecimento psicanalítico serve como condição central de seu entendimento sobre a prática psicanalítica. Finalmente, localizadas as noções de Fenichel sobre a finalidade prática do conhecimento psicanalítico e a função terapêutica da psicanálise, desenvolvemos as implicações éticas da concepção de Fenichel sobre a prática psicanalítica

    A pulsão de morte no primeiro Ferenczi: quietude, regressão e os primórdios da vida psíquica: quietude, regressão e os primórdios da vida psíquica

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    This article seeks to present and discuss Ferenczi's use of the idea of a death drive in the 1910s. We present the history and context of the use of the idea among the first psychoanalysts, and then argue that Ferenczi's first hypothesis on the death instinct sought to relate a stage of unconditional omnipotence, characteristic, in his view, of intrauterine life, with an original state of quietness, a tendency to regression and a conception of primitive narcissism. We then compare each one of these aspects with the Freudian theory. In conclusion, we make a critical analysis of the hypothesis using the ideas of other authors.    Este artículo busca exponer y discutir el uso que Ferenczi hace de la idea de pulsión de muerte, aún en la década de 1910. Presentamos la historia y el contexto de la utilización de la idea entre los primeros psicoanalistas y, a continuación, argumentamos que la primera hipótesis del analista húngaro sobre la pulsión de muerte buscaba relacionar una etapa de omnipotencia incondicional, característico, a su ver, de la vida intrauterina, con un estado de quietud originario, una tendencia a la regresión y una concepción del narcisismo primitivo. Cada uno de estos aspectos es problematizado junto a la teoría freudiana. Al final, hacemos un análisis crítico de la hipótesis a la luz de las postulaciones de otros autores.Este artigo procura expor e discutir o uso que Ferenczi faz da ideia de pulsão de morte, ainda na década de 1910. Apresentamos a história e o contexto da utilização da ideia entre os primeiros psicanalistas e, em seguida, argumentamos que a primeira hipótese do analista húngaro sobre a pulsão de morte procurava relacionar um estágio de onipotência incondicional, característico, a seu ver, da vida intrauterina, com um estado de quietude originário, uma tendência à regressão e uma concepção do narcisismo primitivo. Cada um desses aspectos é problematizado junto à teoria freudiana. Ao final, fazemos uma análise crítica da hipótese à luz das postulações de outros autores
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