16 research outputs found
Marxismos e “alarme de incêndio”: contribuições de Marcuse e o Manifesto Comunista
Discutem-se as contribuições do marxismo no século XXI, particularmente através de Marcuse, que destacamos: crítica ao capitalismo tardio, o qual, além de se reproduzir no mundo de maneira bárbara, subscreve as condições materiais e subjetivas (Homem Unidimensional); questão de se fissurar essa “unidimensionalidade” através da dimensão estética, principalmente fazendo um trabalho sobre as consciências (discussão da criação de subjetividades rebeldes); possibilidade de que esse trabalho se concretize, sobretudo, inspirado nos valores e sentidos que estão propostos no Manifesto Comunista
Psychoanalysis and the ScientifcThinking: Between the Phsysicism and/or the Counter-Science in Different Ways of Subjectivity.
Discutindo a psicanálise, a partir de sua inserção na linguagem e nas Ciências Humanas, sobretudo baseando-se em Foucault, este texto problematizará a sua proximidade e distanciamento em relação ao pensamento científico. Assim, principalmente analisando-a nas suas interconexões com a subjetividade contemporânea, será ressaltado que tal disciplina não só afasta-se dos parâmetros básicos do pensamento científico clássico, como também coloca-se como uma ciência à margem, ou melhor, como uma contraciência. Tal aspecto, além da vocação na psicologia clínica, destaca-a como uma disciplina que oferece outras importantes contribuições, seja no campo da estética, da epistemologia, da autoria e das hum anidades em geral.Discussing psychoanalysis, from its insertion in the language and in the Human Sciences, chiefly focusing on Foucault, this article calls in question its nearness and farness regarding the scientific thinking. Thus, m ainly analyzing it in its interconnections to the contem poraneous subjectivity, it will be highlighted that such discipline not only stands off from the basic param eters of the classical scientific thinking, but also lays itself as an aside Science, or rather, as a counter-science. Such feature, besides the vocation for clinical psychology, puts it into relief as a discipline which offers other important contributions, being them in the aesthetics field, in the epistem ology, in the authorship, which is multiple, and in the hum anities as a whole
FREUD-MARCUSE, CULTURA E SUBJETIVIDADE: NOTAS PARA UM NOVO PRINCÍPIO DE REALIDADE
Discute-se a visão freudiana e marcuseana da cultura e a subjetividade. Para Freud, o homem tem pulsões (Eros e Tanatos) que não só se transformam no conflito com às coibições culturais, como é fato necessário para convivência social, sob o Princípio de Realidade. Para o atual Neoliberalismo, tal “princípio” se torna o “Princípio de Desempenho” e ainda a “repressão” é a própria “Mais-Repressão”. Marcuse discorda dessa apropriação dos conceitos freudianos: agora, na cultura do capitalismo global (cultura afirmativa), reproduzem-se os valores mercadológicos a partir de dentro do homem, sob uma subjetividade hegemônica, tendenciosamente “assujeitada”. Daí ser vital se recriar um Novo Princípio de Realidade, pois é preciso mudar a história e a subjetividade
Literatura e direitos humanos: reflexão a partir da estética de Marcuse
Discutem-se as principais contribuições da literatura para os direitos humanos, inclusive do prisma da estética marcuseana. Definindo a literatura como um território da fabulação humana que nos desenvolve a capacidade de imaginar, a arte literária se revela como um direito ao qual todos precisam ter acesso. Além disso, com base na estética de Marcuse, constata-se que, criando uma realidade imaginária, a partir da realidade instituída, a literatura nos leva ao processo de rememoração. Isto, para Marcuse, vindo à tona por uma imagem de beleza, que se confunde com Eros, pode nos inspirar a reconstrução da realidade instituída. Esta, por sua vez, embasa-se no “Princípio de Desempenho”, que, identificado com o capitalismo tardio, oprime o homem e conspira contra os seus direitos universais
Psicanálise e a escrita de emancipação: discussão entre Deleuze e Joel Birman
Debate-se a escrita de Deleuze em relação à escrita psicanalítica de Birman. Se o primeiro inventa uma "língua menor" na própria língua hegemônica, fissurando no sentir, ver, pensar, Birman, através do "feminino" e do "sujeito da diferença", cria Psicanálise estrangeira na Psicanálise vigente. Isto questiona tanto a ordem falocêntrica que reduz o feminino e o erótico à questão da maternidade, quanto enfrenta peculiarmente o desamparo e o desencantamento atual; sem seguir o canto de sereia das drogas, no mero uso de psicofármacos ou noutros pragmatismos, pensa um sujeito singular por estilística da existência
Marcuse e o homem unidimensional: pensamento único atravessando o Estado e as instituições
This article, based on Marcuse, criticizes the current movement of globalization and its sustenance of a model considered consensual to market values, the one-dimensional man. This, with the intention of being the sole form of thinking, establishes itself not only by determining the concrete and subjective conditions for everyone, but also by reproducing them through the State, notably, through social institutions that, by presenting themselves as part of a hegemonic network tend to reproduce this one dimensionality throughout the planet. Under times of near absolute consensus in support of these values, the article reflects on possible breaks in this model. 'O presente artigo, baseando-se em Marcuse, critica a atual globalização e sua rubrica a um modelo dito consensual aos valores do mercado, o homem unidimensional. Este, pretendendo ser o pensamento único, se firmará não só por ditar as condições concretas e subjetivas para todos, mas também por reproduzi-las pelo Estado, notadamente, através das instituições sociais que, apresentando-se como uma rede hegemônica, tenderão a reproduzir essa unidimensionalidade pelo planeta. Sob tempos de quase absoluto consenso em prol desses valores, o artigo reflete sobre as possíveis rupturas ao referido modelo
Marcuse e o homem unidimensional: pensamento único atravessando o Estado e as instituições
http://dx.doi.org/10.1590/S1414-49802014000100012
O presente artigo, baseando-se em Marcuse, critica a atual globalização e sua rubrica a um modelo dito consensual aos valores do mercado, o homem unidimensional. Este, pretendendo ser o pensamento único, se firmará não só por ditar as condições concretas e subjetivas para todos, mas também por reproduzi-las pelo Estado, notadamente, através das instituições sociais que, apresentando-se como uma rede hegemônica, tenderão a reproduzir essa unidimensionalidade pelo planeta. Sob tempos de quase absoluto consenso em prol desses valores, o artigo reflete sobre as possíveis rupturas ao referido modelo
Suicides, psychology and bonds: a psychosocial reading
Pensando el suicídio como un continuo existencial con diferentes grados (primeros grados de suicidio - manifestándose a través de fantasias inconscientes; grados intermedios - expresándose por tentativas de suicidio; grados extremos - destacándose por el suícidio fatal), este estudio lo discute desde la perspectiva de Freud y Jung. Pero se busca, sobre todo, relacionar el suicidio al proceso psico-social, estudiado aqui por el vínculo. Ese, básicamente apreendido como un padrón vincular, se inicia en la familia (socialización primaria). Así, frente a la hipótesis de haber vivido bajo el padrón vincular con tendéncia a la desectrutura (relacionado a la dificultad de cada miembro de diferenciarse), ese padrón tiende a repetirse por la socialización secundaria: grupo conyugal, grupo de trabajo, de educación, de religión etc. Finalmente, sin el apoyo devido, en algunos casos esa dificultad lleva a las tentativas y a los suicidios fatales. Tanto esa discusión como el proceso psico-social serán desarrollados aqui, principalmente, por la visión institucional de Bastos (2001b), Bleger (1984), Guirado (2004).Thinking suicide as an existential continuous with different degrees (first degrees - unconscious fantasies; intermediate degrees - suicide attempts; extreme degrees - fatal suicide), this article aims primarily at discussing the approaches of Freud and Jung on the subject. Moreover, it attempts to associate suicide to psychological processes, centered on bonding. These are basically seen as a bonding pattern initiated within the family group (primary socialization). Therefore, a pattern characterized by disruption (a difficulty to allow its members to differentiate themselves) at this first level tends to be repeated during the secondary socialization events: conjugal, work, education, religion relationships, etc. Thus, without proper support, in some cases, this difficulty can lead to attempts or fatal suicides. This issue as well as its psychosocial processes will be discussed particularly through the institutional approach of Bastos (2001b), Bleger (1984), Guirado (2004).En pensant le suicíde par un contínuum existentiel ayant des différents dégrés (premiers dégrés de suicide - dénoncés par des fantaisies inconscientes; des dégrés intermédiaires - caractérisés par des tentatives de suicide; des dégrés extrêmes - qui se font remarquer par le suicide fatal), cet article met à jour le débat par une perspective freudienne et jungienne. Mais, on cherche surtout à faire le rapport entre le suicide et un processus psychosocial, étudié par le lien social. Celui-ci, après tout, appris comme une norme de liaison, débute dans la famille (socialisation primaire). De cette façon, devant l´ hypothèse d´avoir vécu dans une norme de liaison tendant à la déstructuration (ayant rapport à la difficuté de chaque membre se différencier), cette norme tend à se répéter par la socialisation secondaire: groupe de conjoints, de travail, d´éducation, de religion etc. Bref, sans l´appui nécessaire, dans quelques cas, cette difficulté mène aux tentatives de suicide et aux suicides. Cette discussion aussi bien que ce processus psychosocial y sont développés, principalment, par le point de vue institutionnel de Bastos (2001b), Bleger (1984), Guirado (2004).Este artigo, pensando o suicídio por um contínuo existencial com diferentes graus (primeiros graus de suicídio - desvelando-se por fantasias inconscientes; graus intermediários - caracterizando-se por tentativas de suicídio; graus extremos - destacando-se pelo suicídio fatal), ainda o debate pela perspectiva de Freud e Jung. Mas busca-se, sobretudo, relacionar o suicídio ao processo psicossocial, estudado aqui pelo vínculo. Esse, basicamente apreendido como um padrão vincular, inicia-se na família (socialização primária). Assim, diante da hipótese de se ter vivido sob padrão vincular com pendor à desestrutura (relacionada à dificuldade de cada membro se diferenciar), esse padrão tende a se repetir pela socialização secundária: grupo conjugal, de trabalho, de educação, de religião, etc. Enfim, sem o apoio devido, em alguns casos essa dificuldade leva às tentativas e aos suicídios fatais. Tanto essa discussão quanto o processo psicossocial serão desenvolvidas aqui, principalmente, pela visão institucional de Bastos (2001b), Bleger (1984), Guirado (2004)
Psicanálise e a escrita de emancipação: discussão entre Deleuze e Joel Birman
Debate-se a escrita de Deleuze em relação à escrita psicanalítica de Birman. Se o primeiro inventa uma "língua menor" na própria língua hegemônica, fissurando no sentir, ver, pensar, Birman, através do "feminino" e do "sujeito da diferença", cria Psicanálise estrangeira na Psicanálise vigente. Isto questiona tanto a ordem falocêntrica que reduz o feminino e o erótico à questão da maternidade, quanto enfrenta peculiarmente o desamparo e o desencantamento atual; sem seguir o canto de sereia das drogas, no mero uso de psicofármacos ou noutros pragmatismos, pensa um sujeito singular por estilística da existência