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    Reflexões sobre a pessoa e a profissão do professor na área da saúde

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    Este artigo deriva de um conjunto de ideias experimentadas por discentes do Programa de Pós-graduação em Medicina e Ciências da Saúde da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS), em uma disciplina que procurou conhecer melhor o docente típico e suas atipias. O texto pretende auxiliar no entendimento de quem é o professor na área da saúde. Discute o sujeito e sua obra, para além do já conhecido modelo centrado na profissão da saúde que exerce e que procura ensinar. Antes de docente, o professor é uma pessoa. Como pessoa, precisa sentir-se estimada e estimar ao outro (aluno). Ao prosperar em seu trabalho, o docente tem compromissos para com o desenvolvimento intelectual e moral de seus alunos e o planejamento de ações para que exerça a percepção crítica da realidade. A relação ensino-aprendizagem com o educando deve favorecer a análise de valores necessários ao convívio social. Na área da saúde, é requisitado ao aluno aprender a fazer, sendo pouca importância referida ao aprender a conhecer, ao aprender a ser ou a viver em comunhão com os pares. É essencial ter a percepção de que o professor necessita, inicialmente, acolher a si próprio: entender quem é ele, como é e porque chegou ali. A construção da identidade profissional docente é um processo contínuo estabelecido pelo domínio de sua área de ensino, pelos conhecimentos pedagógicos voltados à aprendizagem dos alunos e experiência docente, além das relações sociais do cotidiano

    Implicação do residente com a construção do conhecimento no processo de formação

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    INTRODUÇÃO: Na perspectiva da Educação Permanente em Saúde, um dos programas estratégicos do Grupo Hospitalar Conceição (GHC) é a Residência Integrada em Saúde (RIS), implantada em 2004 e tendo como princípios orientadores a integralidade, o trabalho em equipe, a humanização e a educação permanente. Pesquisar o envolvimento e a implicação do residente na construção do conhecimento pode contribuir para avaliar como este processo vem sendo trabalhado nesta instituição, bem como discutir possíveis potencialidades e fragilidades de nossa realidade. OBJETIVOS: Compreender como o residente da ênfase Terapia Intensiva se envolve e se implica no processo da construção do conhecimento durante o seu período de formação na RIS/GHC. METODOLOGIA: Estudo qualitativo exploratório do tipo pesquisa documental. Foram analisadas atas de reuniões da ênfase, relatório do Seminário de Integração do ano de 2009 e avaliação do Seminário Integrado de Políticas Públicas de 2008 e 2009. As informações foram classificadas e dispostas em 3 categorias. RESULTADOS: As categorias surgidas foram: Implicação do residente no processo formativo teórico; Implicação do residente na formação em serviço; Implicação do residente na relação com o corpo docente. O residente da Terapia Intensiva ocupa os espaços oportunizados de escuta, discussão, avaliação e reflexão, e se utiliza deles para buscar uma melhor formação. Percebe-se isso na reivindicação pela realização de estudos de casos sistemáticos, na participação da organização do cronograma teórico, na proposição de cursos complementares, no interesse em realizar estágios optativos, na disposição e interesse em participar dos processos avaliativos. Por outro lado, em alguns momentos entende-se que o mesmo residente que ora parece sujeito implicado na construção do conhecimento, em determinados momentos parece faltar envolvimento e responsabilidade com a construção do conhecimento. Observamos isso através da baixa assiduidade e pouca participação de alguns nas atividades de formação teórica e reclamações constantes quanto ao cumprimento da carga horária. Dentre os fatores que parecem favorecer a implicação deste residente com a construção do conhecimento destaca-se a utilização de uma pedagogia problematizadora que o estimule a pensar e relacionar teoria e prática; a identificação com o profissional docente bem como o seu interesse, a qualificação e a motivação para o ensino; o acolhimento do residente nas equipes de saúde e a construção de um trabalho interdisciplinar nos serviços. CONSIDERAÇÕES FINAIS: A partir das reivindicações por mudanças e descontentamentos com a forma de organização da residência, questiona-se o quanto esse residente se sente responsável pela qualidade da sua formação e o grau de participação que realmente cabe ao residente. Espaços para o aprendizado são oportunizados, mas tudo isso está diretamente relacionado ao quanto implicado esse residente se sente, para então iniciar um processo de mudança e qualificação da sua formação associado ao comprometimento social e político. Espera-se que esse trabalho possa servir de reflexão para os profissionais que estão envolvidos e acreditam no processo formativo da residência

    Implicação do residente com a construção do conhecimento no processo de formação

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    INTRODUÇÃO: Na perspectiva da Educação Permanente em Saúde, um dos programas estratégicos do Grupo Hospitalar Conceição (GHC) é a Residência Integrada em Saúde (RIS), implantada em 2004 e tendo como princípios orientadores a integralidade, o trabalho em equipe, a humanização e a educação permanente. Pesquisar o envolvimento e a implicação do residente na construção do conhecimento pode contribuir para avaliar como este processo vem sendo trabalhado nesta instituição, bem como discutir possíveis potencialidades e fragilidades de nossa realidade. OBJETIVOS: Compreender como o residente da ênfase Terapia Intensiva se envolve e se implica no processo da construção do conhecimento durante o seu período de formação na RIS/GHC. METODOLOGIA: Estudo qualitativo exploratório do tipo pesquisa documental. Foram analisadas atas de reuniões da ênfase, relatório do Seminário de Integração do ano de 2009 e avaliação do Seminário Integrado de Políticas Públicas de 2008 e 2009. As informações foram classificadas e dispostas em 3 categorias. RESULTADOS: As categorias surgidas foram: Implicação do residente no processo formativo teórico; Implicação do residente na formação em serviço; Implicação do residente na relação com o corpo docente. O residente da Terapia Intensiva ocupa os espaços oportunizados de escuta, discussão, avaliação e reflexão, e se utiliza deles para buscar uma melhor formação. Percebe-se isso na reivindicação pela realização de estudos de casos sistemáticos, na participação da organização do cronograma teórico, na proposição de cursos complementares, no interesse em realizar estágios optativos, na disposição e interesse em participar dos processos avaliativos. Por outro lado, em alguns momentos entende-se que o mesmo residente que ora parece sujeito implicado na construção do conhecimento, em determinados momentos parece faltar envolvimento e responsabilidade com a construção do conhecimento. Observamos isso através da baixa assiduidade e pouca participação de alguns nas atividades de formação teórica e reclamações constantes quanto ao cumprimento da carga horária. Dentre os fatores que parecem favorecer a implicação deste residente com a construção do conhecimento destaca-se a utilização de uma pedagogia problematizadora que o estimule a pensar e relacionar teoria e prática; a identificação com o profissional docente bem como o seu interesse, a qualificação e a motivação para o ensino; o acolhimento do residente nas equipes de saúde e a construção de um trabalho interdisciplinar nos serviços. CONSIDERAÇÕES FINAIS: A partir das reivindicações por mudanças e descontentamentos com a forma de organização da residência, questiona-se o quanto esse residente se sente responsável pela qualidade da sua formação e o grau de participação que realmente cabe ao residente. Espaços para o aprendizado são oportunizados, mas tudo isso está diretamente relacionado ao quanto implicado esse residente se sente, para então iniciar um processo de mudança e qualificação da sua formação associado ao comprometimento social e político. Espera-se que esse trabalho possa servir de reflexão para os profissionais que estão envolvidos e acreditam no processo formativo da residência

    Concordancia entre la aceptación de la dieta oral reportada por los pacientes quirúrgicos y reportados por enfermeras registradas en los registros médicos

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    Introdução: Ainda que pacientes apresentem irregular aceitação da via oral, a avaliação sistemática e precisa sobre a ingestão não está incorporada às rotinas assistenciais de enfermagem. Objetivo: Avaliar a concordância entre a aceitação da alimentação por via oral referida por pacientes e os registros em prontuário desta aceitação, assim como os diagnósticos e cuidados de enfermagem prescritos. Método: Em uma coorte de adultos cirúrgicos do Hospital de Clínicas de Porto Alegre, entre agosto de 2011 e outubro de 2012, foram avaliados inquéritos de ingestão alimentar por meio de recordatório de 24 horas, registros nos prontuários da ingestão alimentar pelos enfermeiros, diagnósticos de enfermagem (DE) e prescrição de cuidados referentes à nutrição. Considerou-se “boa aceitação”: ingestão ≥75% das calorias totais prescritas no dia; “regular aceitação”: 50 a 74,9%; “pouca aceitação”: <50% e NPO (nada por via oral), conforme prescrição médica. Adotou-se Coeficiente de Kappa para avaliação da concordância. Resultados: A proporção de respostas coincidentes entre o relato do paciente e registro do enfermeiro foi de 91,3% nas situações de NPO, 87,1% para “boa aceitação”, 17,8% para “regular aceitação” e 16,5% para “pouca aceitação” (Kappa = 0,45). Dos 3259 pacientes/dia, encontrou-se pelo menos um DE em 277 (8,5%) (103 para “boa aceitação”; 52 para “aceitação “regular”; 45 para “pouca aceitação”; 77 para sujeitos em NPO) e pelo menos um cuidado de enfermagem em 316 (9,7%) (116 para “boa aceitação”; 62 para “aceitação regular”; 67 para “pouca aceitação”; 71 para sujeitos em NPO). Conclusão: A concordância entre os relatos dos pacientes cirúrgicos e registros dos enfermeiros foi de moderada a fraca. Observou-se maior proporção de respostas coincidentes quando os pacientes relataram “boa aceitação” ou quando havia prescrição de NPO. Os diagnósticos e cuidados de enfermagem relacionados à nutrição não documentam a elevada prevalência de desnutrição hospitalar e a adequada aceitação da alimentação por via oral em adultos cirúrgicos hospitalizados.Introduction: Even though patients demonstrate irregular acceptance of oral intake, a systematic and accurate evaluation of the intake is not included in the routines of nursing care. Objective: Evaluate the conformity between acceptance of oral intake referred by patients and the records about this acceptance, as well as nursing diagnoses (ND) and interventions prescribed. Method: Assessment of food intake by 24-hour recall, food intake recorded by nurses, ND and prescribed care related to nutrition were evaluated in a cohort of adult and surgical patients of Hospital de Clinicas de Porto Alegre between August 2011 and October 2012. It was considered "high acceptance”: intake ≥ 75% of total amount prescribed per day; "medium acceptance": 50 to 74.9%; "low acceptance": < 50 % and NPO (nothing by mouth), according to medical prescription. The Kappa coefficient of agreement was used for evaluation of conformity. Results: The proportion of matching responses between patients’ reports and nursing records was 91.3 % in cases of NPO, 87.1 % for "high acceptance", 17.8% for "medium acceptance" and 16.5% for "low acceptance" (Kappa = 0,45). Of the 3259 patients/day , it was found at least one ND in 277 (8.5%) (103 for "high acceptance", 52 for "medium acceptance", 45 for "low acceptance"; 77 for patients in NPO) and at least one nursing care in 316 (9.7%) (116 for "high acceptance", 62 for "medium acceptance”; 67 for "low acceptance"; 71 for patients in NPO). Conclusion: The conformity between surgical patients' reports and nursing records was moderate to weak. There was a higher proportion of matching responses when patients reported "high acceptance" or when NPO was prescribed. The diagnoses and nursing care related to nutrition do not document the high prevalence of hospital malnutrition and adequate acceptance of oral intake in hospitalized surgical adults.Introducción: Aunque los pacientes presenten aceptación irregular de la dieta oral, una evaluación sistemática y precisa de la ingestión no está incluida en las prácticas assistenciales de enfermería. Objetivo: Evaluar la concordancia entre la aceptación de la dieta oral reportada por los pacientes y los registros en prontuario desta aceptación, así como el diagnóstico y los cuidados de enfermería prescritos. Método: Fueron evaluados el consumo de alimentos mediante recuerdo de 24 horas, los registros de la ingestión en prontuario por las enfermeras, los diagnósticos de enfermería (DE) y la prescripción de cuidados relativa a la nutrición en una cohorte de adultos quirúrgica del Hospital de Clínicas de Porto Alegre, entre agosto de 2011 y octubre de 2012. Se consideró "buena aceptación": la ingesta de ≥ 75% de las calorías totales prescritas por día, "regular aceptación": de 50 a 74,9%; "baja aceptación": < 50 % y NPO (nada por la boca), de acuerdo com la prescripción médica. Para la evaluación de la concordância, fue utilizado el coeficiente Kappa. Resultados: La proporción de respuestas coincidentes entre el relato del paciente y el registro de las enfermeras fue 91,3% en casos de NPO, 87,1% para "buena aceptación", 17,8% para "regular aceptación" y 16.5% para "baja aceptación" (Kappa=0,45). De los 3.259 pacientes/día, fue encontrado al menos un DE en 277 (8,5%) (103 para "buena aceptación", 52 para "regular aceptación", 45 para "baja aceptación", 77 para pacientes en NPO) y al menos un cuidado de enfermería en 316 (9,7%) (116 para "buena aceptación", 62 para "regular aceptación", 67 para "baja aceptación", 71 para los pacientes en NPO). Conclusión: La concordancia entre los relatos de los pacientes quirúrgicos y los registros de las enfermeras fue de moderada a débil. Hubo una mayor proporción de respuestas coincidentes cuando los pacientes informaron "buena aceptación" o cuando había NPO prescrito. Los diagnósticos y los cuidados de enfermería relacionados con la nutrición no documentan la alta prevalencia de la desnutrición hospitalaria y la aceptación adecuada de la alimentación oral en adultos quirúrgicos hospitalizados
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