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    Controle da sífilis congênita no país: uma realidade de vulnerabilidades

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    Introdução: A sífilis congênita ocorre quando há infecção do concepto pela espiroqueta Treponema pallidum oriunda de gestante não tratada ou inadequadamente tratada. Essa doença se configura como um grave problema de saúde pública e o seu controle é uma das metas de organismos de saúde nacionais e internacionais. Porém, se observa em nosso país que existem dificuldades no controle dessa infecção. Objetivo: Avaliar os pontos vulneráveis que dificultam o controle da sífilis congênita no Brasil. Material e método: Trata-se de uma revisão integrativo, em que se realizou uma busca nas seguintes plataformas: Scientific Eletronic Library Online (SCIELO) e US Nacional Library of Medicine (PubMed) e PubMed contando com artigos no período de 2006 a 2019 e pesquisa no Descritores em Ciências da Saúde (DeCS). Eliminou-se cinco de trinta artigos pré-selecionados por não se tratarem de sífilis congênita ou por não abordar deficiências no controle da infecção. Resultados: A sífilis congênita é uma patologia grave, uma vez que pode causar mortes e sequelas importantes nos recém-nascidos, sendo que em 2016, foi declarado um total de 185 óbitos por sífilis em crianças menores de um ano. Sobretudo tem se observado um aumento em sua incidência nos últimos anos, tornando-se um problema de saúde pública. Tal cenário, fica evidente nos últimos dez anos em que houve um progressivo aumento na taxa de incidência de sífilis congênita: a taxa era de dois casos em mil nascidos vivos, e atualmente, essa estimativa foi mais que o triplo, chegando em torno de sete casos em mil nascidos vivos. Esse aumento sugere a interferência de diversos fatores, como baixa qualidade do pré-natal no país e o desinteresse por parte dos profissionais de saúde quanto ao diagnóstico e ao tratamento da doença. Tal afirmação é comprovada em estudos, onde demonstra que, a maioria das gestantes, cerca de 63%, apresentou diagnóstico tardio no momento do parto ou da curetagem. Ademais com relação ao esquema de tratamento da gestante, nota-se que cerca de 60% receberam tratamento inadequado, aproximadamente 27% não receberam tratamento e apenas cerca de 4% delas receberam tratamento adequado. Além disso, quanto ao parceiro, apenas um quinto aproximadamente recebeu tratamento, de forma que a maioria não foi tratada ou a condição de parceiro foi ignorada. Somado a isso, em relação a paciente, cerca 90% delas não possuíam ocupação no momento da consulta, além da baixa escolaridade, em que cerca de 30% apresentava da 5ª à 8ª série incompleta, o que contribui para um baixo nível socioeconômico. Tais condições demonstram forte relação para a dificuldade de controle da sífilis e consequentemente aumento da transmissão vertical. Conclusão: Diante do exposto, nota-se que o problema da sífilis congênita no país é multifatorial. Existem deficiências na assistência pré-natal, que contribui para a incidência dos casos. Além da constatação de que as mães das crianças que adquiriram sífilis congênita possuem baixo nível social, o que leva essas pacientes a vulnerabilidade e favorece as mesmas a contrair doenças sexualmente transmissíveis. Dessa forma, é preciso melhorar a assistência pré-natal e investigar a história pregressa de doenças sexualmente transmissíveis na gestante e em seu parceiro sexual, além de ações de orientação sexual e de planejamento familiar

    Análise do perfil clínico epidemiológico de acidentes por animais peçonhentos no município de Anápolis Goiás no período entre 2010 e 2018

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    RESUMO: As aranhas, escorpiões, abelhas e vespas são os principais animais artrópodes peçonhentos de interesse em saúde pública, pois causam acidentes cuja gravidade varia de leve a grave. O habitat natural modificado por ações antrópicas causa quebra na cadeia alimentar, acabando também com os abrigos, de modo a reduzir a qualidade e a disponibilidade de habitats, fazendo com que os contatos desses animais com humanos se tornem mais frequentes Como consequência, tornam se vulneráveis a estes ataques as crianças, donas de casa e trabalhadores de construção civil, al é m de outros trabalhadores braçais. O presente trabalho tem como objetivo identificar o perfil clínico epidemiológico dos acidentes por esses animais peçonhentos notificados na microrregião da cidade de Anápolis Goiás durante o período de 2010 2018. Trata se de um estudo epidemiológico, observacional, descritivo de natureza quantitativa para estudo do perfil cl í nico epidemiológico dos casos notificados de acidentes por animais peçonhentos. A coleta de dados será realizada a partir das Fichas de Notificação/Investigação Acidentes por Animais Peçonhentos no Departamento de Epidemiologia da Secretaria Municipal de Saúde de Anápolis. Espera se como resultado identificar o perfil clínico epidemiológico das vítimas de acidentes por animais peçonhentos, bem como os possíveis fatores de risco para tais episódios na microrregião. Ademais, espera se compreender se existe uma predominância de acidente por um dos animais analisados durante o estudo.   &nbsp

    O suicídio de profissionais médicos: quais fatores influenciam?

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    Introdução: O suicídio é considerado um problema de saúde pública pela Organização Mundial da Saúde. Nos últimos anos, as taxas de suicídio levaram-se substancialmente no Brasil. Nesse contexto, destaca-se o aumento na taxa de suicídio em médicos, conhecida por ser mais elevada do que a da população em geral, devido, em partes, às comorbidades de saúde mental e estressores psicossociais presentes no cotidiano dessa classe profissional. Objetivo: Apontar os fatores que influenciam o contexto do suicídio dentro da classe médica. Material e Método: Realizou-se uma revisão integrativa de literatura com base em pesquisas nas plataformas The Scientific Electronic Library Online (Scielo), Us National Library of Medicine National Institutes of Health (PubMed) e Periódicos Capes utilizando os descritores Ciências da Saúde (DeCs) “suicídio”, “médicos”, “saúde mental”, “educação médica” e seus correspondentes em inglês. Pré-selecionou-se trinta e oito artigos dentro do intervalo de 20152019. Após isso, eliminou-se dez dos trinta e oito artigos por não abordarem os fatores que influenciam o suicídio desses profissionais da área da saúde ou por abordarem o suicídio apenas em acadêmicos do curso de medicina. Contando essa revisão integrativa, portanto, com vinte e oito artigos. Resultados: O contexto que permeia o suicídio entre os profissionais médicos mostra-se complexo e, altamente, influenciado por fatores ambientais e pessoais. Com relação a essa junção de fatores que podem influenciar a ideação e o comportamento suicida, transtornos psiquiátricos, como depressão, transtornos de ansiedade e abuso de substâncias, dentro dos fatores pessoais, e questões relacionadas às condições de trabalho, pressão psicológica, alta carga de trabalho, etc., dentro dos fatores ambientais, mostram-se presentes na maioria dos casos. Esses estressores podem influenciar negativamente o desempenho profissional, a saúde física e o bem-estar psicológico dos médicos, tornando-os mais vulneráveis emocionalmente. Portanto, nota-se crucial para a decisão de se suicidar a combinação entre as circunstâncias da vida, a saúde mental do indivíduo e eventos estressantes. Além disso, pontua-se como aspecto facilitador do fenômeno nesta população o conhecimento científico desenvolvido, a disponibilidade e a oportunidade de acesso a meios de cometer o ato suicida. Conclusão: Portanto, é consenso que a decisão de se suicidar dentro da classe médica resulta de um conjunto de fatores externos, orgânicos e circunstanciais. Destaca-se como fator de maior incidência para esse ato, os transtornos psiquiátricos. Além do mais, o fácil acesso e o maior conhecimento sobre o funcionamento fisiológico humano podem contribuir para a efetivação do ato suicida. Além do mais, percebe-se que a imagem social de equilíbrio e de apoio dificulta a solicitação de ajuda pelos médicos, impedindo a identificação dos transtornos e o auxílio com relação às insatisfações com a própria vida e às ideações suicidas nessa população

    Perfil clínico e laboratorial de paciente portadora de fibrose cística: relato de caso

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    A Fibrose Cística (FC) é uma doença crônica autossômica recessiva ocasionada por mutações no gene RTFC do cromossomo 7, o qual é responsável pelo transporte de íons de sódio, potássio e cloro através das membranas epiteliais, o que gera uma grande variabilidade e complexidade de manifestações clínicas. O tratamento desse agravo de saúde consiste em intervenções diretas nos sintomas manifestados e nas complicações decorrentes. O diagnóstico é realizado pelo Teste do Pezinho no Programa de Triagem Neonatal e pelo Teste do Suor. Busca-se descrever perfil clínico, laboratorial e de tratamento de uma paciente portadora de Fibrose Cística com idade mais avançada acompanhada em unidade de referência no interior de Goiás. A paciente de 10 anos, acompanhada no ambulatório de FC desde o nascimento, é a segunda filha de um casal jovem e saudável, cuja mãe teve acompanhamento pré-natal realizado de maneira adequada e não apresentou intercorrências durante a gravidez. O nascimento foi à termo e sem anormalidades. O primogênito do casal não foi diagnosticado com fibrose cística. Após o nascimento, realizou-se o Teste de Triagem que gerou hipótese para Fibrose Cística, sendo essa confirmada posteriormente para a doença a partir do Teste do Suor, com a metodologia condutividade. Desde o diagnóstico a paciente tem sido acompanhada por equipe multidisciplinar, na APAE de Anápolis/GO, circunstância essa fundamental para o bem-estar da paciente e sucesso do tratamento

    Infecções multirresistentes por Candida auris: fatores de risco, prevenção, diagnóstico e tratament

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    Introdução: As infecções invasivas por Candida são relevantes causas de morbimortalidade, principalmente aos pacientes hospitalizados ou imunocomprometidos. Nesse contexto, está a Candida auris, uma espécie recém-emergente, identificada pela primeira vez em 2009. Essa levedura apresenta diversos desafios no âmbito da saúde, já que apresenta resistência às terapias antifúngicas, além de possuir fácil transmissão nosocomial. Objetivo: Discutir os fatores de risco, as estratégias de prevenção, os métodos diagnósticos e de tratamento da infecção por C. auris. Material e Método: Trata-se de uma revisão integrativa da literatura. Realizou-se uma busca nas bases de dados “Scientific Electronic Library Online” (SciELO) e “US National Library of Medicine” (PubMed), incluindo apenas artigos publicados a partir de 2015. As palavras-chave utilizadas foram: “Candida auris”, “resistência a múltiplas drogas” e seus termos correspondentes em inglês. No total, foram encontrados 26 estudos, sendo todos submetidos à análise. Desses, 14 artigos se adequaram aos critérios de inclusão estabelecidos, sendo eles: publicações nas línguas portuguesa e inglesa, relevância temática e concordância com o objetivo desta revisão. Resultados: Em relação aos fatores de risco da infecção por esse fungo multirresistente, estão incluídos o uso de antibióticos de amplo espectro, imunossupressão, admissão em Unidades de Tratamento Intensivo (UTIs), diabetes mellitus e uso de cateteres venosos centrais. Acerca da prevenção, é imprescindível a implementação de medidas de controle de transmissão, como o isolamento de pacientes, uso de roupas e equipamentos de proteção individual por profissionais, limpeza e descontaminação dos abientes, antissepsia da pele dos infectados (usando clorexidina) e triagem de pacientes de enfermarias afetadas. Além disso, como forma de limitar a emergência de fungos multirresistentes, os antifúngicos não devem ser utilizados em doses subterapêuticas ou quando não há indicação para os mesmos. Quanto ao diagnóstico, existe uma dificuldade no reconhecimento da C. auris por meio das plataformas de identificação fenotípica comercialmente disponíveis, já que é comumente confundida com outras espécies de Candida. Assim, são necessários novos métodos confiáveis de determinação desta levedura. Nesse contexto, foram criados primers específicos para a técnica de reação em cadeia da polimerase (PCR), o que demonstrou eficácia de 100% na diferenciação entre C. auris e espécies semelhantes. A respeito do tratamento, foi observado que 93% da espécie estudada apresenta resistência a fluconazol, 35% a anfotericina B, 7% a equinocandina, 41% a duas classes de antifúngicos e 4% a três classes. Nesse contexto, dentre essas opções a equinocandina e a anfotericina B são as drogas de escolha, mesmo com eficácia limitada. Diante disso, foi descoberto o SCY-078, um medicamento com atividade promissora contra a C. auris. É um inibidor de síntese de triterpenoglicano-sintase, possuindo efeitos potentes contra Candida spp., além de impedir o crescimento e a formação de biofilmes de fungos resistentes. Conclusão: Dessa forma, é relevante que os fatores de risco sejam evitados, quando possível, e que as estratégias de prevenção sejam aplicadas. Ademais, foi observado que o diagnóstico e o tratamento ainda são limitados, necessitando de mais estudos a fim de comprovar a eficácia dos métodos recém-descobertos

    Métodos alternativos e complementares no tratamento da fibromialgia

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    Introdução: A fibromialgia é um distúrbio musculoesquelético de etiopatogenia ainda desconhecida, que resulta em dor crônica para o paciente. Além das terapias tradicionais que utilizam medicamentos, várias outras terapias adjuvantes têm sido utilizadas como alternativas na tentativa de obter uma melhora no quadro sintomático dessa doença. Objetivo: Apontar diferentes métodos alternativos e complementares e sua eficácia no tratamento da fibromialgia. Material e Método: Foram realizadas buscas nas plataformas “Scientific Electronic Library Online” (Scielo) e “US National Library of Medicine” (PubMed) utilizando os descritores “fibromialgia” e “terapias complementares” e seus correspondentes em inglês para a elaboração desta revisão integrativa. Foram selecionados 37 artigos para análise, dos quais 11 se adequaram aos critérios de inclusão estabelecidos, sendo eles: publicações nas línguas portuguesa e inglesa e relevância temática para esta revisão. Resultados: Observou-se que a acupuntura teve um papel significativo no manejo da dor de pacientes com fibromialgia, levando a uma melhora na qualidade de vida até 3 meses após o final do tratamento, além de estar associada com o aumento dos níveis do neuropeptídio Y. Resultados positivos também foram obtidos através de um questionário aplicado para pacientes que fizeram tratamento com acupuntura, que incluiu a escala visual analógica, número de pontos dolorosos, índice miálgico e qualidade de vida. Em pacientes que praticaram algum tipo de intervenção baseada na meditação, principalmente a yoga, notou-se uma melhora importante nos sintomas da fibromialgia como dor, fadiga e humor. Outrossim, efeitos positivos e consistentes também foram observados em pacientes que fizeram hidroterapia. Por fim, estudos que analisaram a homeopatia como tratamento complementar para a fibromialgia concluíram que apesar desse método apresentar algum benefício, há uma certa ambiguidade em relação a sua eficiência. Conclusão: Diante disso, concluise que métodos complementares e alternativos demonstram grande potencial no tratamento de sintomas da fibromialgia

    Ação educativa sobre infecções sexualmente transmissíveis com mulheres em uma casa de recuperação de dependência

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    Introdução: As Infecções Sexualmente Transmissíveis (ISTs) são disseminadas principalmente através de relações sexuais desprotegidas com uma pessoa infectada. Em menor frequência, também são transmitidas na gestação, no parto ou por meio da partilha de seringas contaminadas. Essas doenças representam um grande desafio à saúde pública, já que acometem cerca de 340 milhões de pessoas por ano no mundo. Objetivo: Relatar a experiência de acadêmicos de medicina, membros da Liga Acadêmica de Clínica Médica e Propedêutica (LACLIMP), em uma ação abordando a prevenção e os cuidados com as ISTs com mulheres de uma casa de recuperação de dependência química. Relato de experiência: A ação educativa aconteceu na Casa de Recuperação Estrela de Davi, dia 6 de abril de 2019, das 9 às 11 horas, tendo um público-alvo de aproximadamente 30 mulheres. Previamente à ação, houve uma capacitação pelos psicólogos responsáveis pelo local, que orientaram quanto às características das internas e a respeito dos problemas mais comuns, citando a prevalência de ISTs. Após estas orientações, os estudantes pesquisaram a respeito das formas de prevenção e de cuidados com as ISTs e elaboraram um questionário sobre o assunto, contendo 10 assertivas para definirem se eram verdadeiras ou falsas. Assim, a ação foi iniciada pelo teste, a fim de avaliar os conhecimentos das participantes a respeito do tema. Essa etapa foi relevante para direcionar as explicações dos discentes, abrangendo as principais dúvidas das internas. Desse modo, após a aplicação do teste, houve um momento de teorização, esclarecendo melhor sobre o assunto. Depois disso, todas receberam um chocolate como prêmio e houve um momento de integração e conversa entre os acadêmicos e as internas. Dessa forma, a ação foi de extrema importância tanto para as mulheres presentes, que puderam aprender mais sobre a prevenção e os cuidados com as ISTs, quanto para os estudantes, que puderam ter contato com uma realidade diferente e observar suas funções como agentes promissores de saúde, o que é relevante para a formação profissional de cada um. Discussão: Através desta atividade educativa, foi possível promover a educação em saúde e a prevenção de doenças, uma estratégia relevante, considerando-se que as ações preventivas são responsáveis por diminuir a incidência e o agravamento de doenças. Desse modo, a conscientização das pessoas a respeito dos riscos e das consequências de se adquirir ISTs é uma maneira eficaz de realizar prevenção em saúde. Ademais, o público-alvo escolhido, mulheres de uma casa de recuperação de dependência química, é justificado pela alta prevalência de ISTs em usuários de drogas ilícitas que, por sua vez, é decorrente do uso de injetáveis e dos elevados índices de prostituição nesse grupo. Isso pode ser notado em um estudo realizado nos Estados Unidos, com 266 usuários de crack, que encontrou resultados positivos para Herpes Vírus tipo 2 (53,3%), Vírus da Hepatite C (37,2%), da Hepatite B (33,5%), clamídia (4,5%), Vírus da Imunodeficiência Humana (4,1%) e outros. Conclusão: Dessa maneira, a ação atingiu o resultado esperado, já que as participantes demonstraram entender suas responsabilidades na prevenção e nos cuidados com as ISTs e os estudantes conseguiram contribuir com esse processo. Assim, a experiência foi positiva tanto para os acadêmicos, quanto para as internas, não tendo limitações significativas

    A depressão e ansiedade em estudantes da área da saúde: uma realidade de sofrimento psíquico e emocional

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    A depressão é uma doença de causa multifatorial e tem sido considerada como a principal motivadora do processo de incapacitação no mundo e compossibilidade de se tornar a segunda maior carga de doença até 2030. Em combinação com a depressão temos a ansiedade que também acarreta grandes prejuízos a vida dos doentes. Nos últimos anos tem se atentado a discussão acerca da saúde mental de estudantes universitários da área de saúde, uma vez que o sofrimento emocional e psíquico desses estudantes não se limita ao seu contexto individual, mas tem impacto emocional sobre sua relação com os pacientes. Discutir os fatores associados ao desenvolvimento de depressão e ansiedade em estudantes da área da saúde. Realizouse uma revisão integrativa de literatura com base em pesquisas nas plataformas The Scientific Electronic Library Online (Scielo) e Us National Library of Medicine National Institutes of Health (PubMed) utilizando os descritores Ciências da Saúde (DeCs) “depressão”, “estudantes de ciências da saúde”, “estudantes de medicina” e seus correspondentes em inglês. Houve uma pré-seleção de vinte e dois artigos de publicação entre 2016 a 2020. Posteriormente, eliminou-se onze dos vinte e dois por não abordarem desenvolvimento de depressão e ansiedade em estudantes da área da saúde. Desse modo, foram utilizados onze artigos para a confecção deste trabalho. Conforme diversos estudos, sabe-se hoje que a prevalência de depressão e ansiedade entre os estudantes da área da saúde demonstra ser muito superior à de estudantes de outras áreas e da população em geral no Brasil. A vulnerabilidade a episódios depressivos e outros transtornos mentais se deve, em sua maioria, pelo fato de passarem constantemente por eventos estressores, um grande volume de provas, a pressão vivenciada dentro do curso por parte de professores, falta de lazer, privação do sono. Além disso, há uma maior prevalência no gênero feminino, explicada por alguns estudiosos, devido a uma afinidade histórica entre a figura da mulher e o cuidar, estando relacionada ao afeto, sensibilidade e zelo. Portanto, existe um maior sofrimento desse gênero em relação às adversidades e enfermidades as quais são apresentadas a elas. Cada vez mais, a depressão e a ansiedade têm atingido os estudantes da área da saúde, de tal forma que se sobressai em relação a população geral. Assim, proporcionar ao estudante da saúde uma formação mais completa e adequada exige repensar desde o processo de ingresso até a oferta de melhores condições de trabalho, passando inclusive por uma formação mais humanizada, a qual o estudante seja atendido em suas necessidades pedagógicas e emocionais. Essa situ¬ação, aponta a necessidade urgente de maior atenção a esses futuros profissionais, de maneira a estarem técnica e psicologicamente mais bem preparados e saudáveis para lidar com a saúde humana

    Os efeitos maléficos da polifarmácia em idosos

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    Introdução: O envelhecimento, frequentemente, está associado ao aumento de doenças crônicas não transmissíveis (DCNT), as quais aumentam notavelmente a necessidade do uso de medicamentos. A polifarmácia é uma conduta terapêutica muito comum em idosos, a qual baseia-se na utilização concomitante de vários medicamentos. Essa associação, pode, em alguns casos, ser benéfica, no entanto, efeitos maléficos podem ser expressivos. Objetivo: Abordar os efeitos maléficos da polifarmácia em idosos. Material e método: Trata-se de uma revisão integrativa de literatura para a seleção de um total de vinte e dois artigos acerca do tema. Foram utilizados os descritores de Ciência de Saúde (DeCs) “tratamento farmacológico”, “idosos” e “fenômenos farmacológicos e toxicológicos” e seus correspondentes em inglês nas plataformas The Scientific Electronic Library Online (Scielo), Us National Library of Medicine National Institutes of Health (PubMed) e Periódicos Capes. Utilizou-se a data de publicação entre 2017 e 2019 como critério de exclusão, resultando em uma pré-seleção de quarenta e quatro artigos. Eliminou-se vinte e dois artigos por não tratarem das repercussões em idosos ou por abordarem, preferencialmente, efeitos condicentes com DCNT, resultando em vinte e dois artigos. Resultados: Os idosos são mais vulneráveis a consequências indesejáveis da polifarmácia, devido às alterações fisiológicas da senescência, bem como, as potenciais interações medicamentosas (IM), fatores que aumentam a morbimortalidade do paciente. Muitas das IM podem resultar em morte, hospitalização, sequelas permanentes do paciente ou insucesso terapêutico. Há também, as IM que não causam dano aparente no idoso, porém o impacto é silencioso, tardio e, às vezes, irreversível. Alguns medicamentos comumente usados por idosos como, anti-inflamatórios, digoxina, antilipidêmicos, depressores do sistema nervoso central são potencialmente interativos e encontram-se envolvidos nas IM, que ameaçam a saúde do idoso. Além do mais, o uso concomitante de vários medicamentos pelos idosos contribui significativamente para o surgimento de reações adversas. Estima-se que o risco de reações adversas aumente exponencialmente, em torno de 50%, quando se faz uso de 5 medicamentos e ultrapasse 95% quando se utiliza 8 ou mais. Em alguns casos, tais reações adversas apresentam graves consequências, que poderiam ser minimizadas pelo monitoramento adequado quanto à adesão, prescrição, dose e período de tratamento corretos. As quedas por alterações de equilíbrio, também, constituem importantes consequências do uso inadequado de medicamentos ou de interações entre eles. Suas implicações variam desde escoriações leves até o óbito. Essa realidade, portanto, expõe que a associação inadequada de medicamentos é um grave problema para os sistemas de saúde, que além dos prejuízos já citados, mostra-se uma prática onerosa. Conclusão: Percebe-se a existência de um “círculo vicioso” que envolve a polifarmácia com o idoso, já que o envelhecimento traz consigo um maior número de doenças, risco aumentado de internação hospitalar, excesso de medicamentos prescritos e potenciais IM que estão fortemente associados à ocorrência de eventos adversos. Esse contexto é semelhante ao causado pela polifarmácia, que além disto, aumenta a perda de funcionalidade, a não aderência ao tratamento e a incidência de quedas

    Ação educativa com frequentadores de uma unidade básica de saúde: um relato de experiência

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    Introdução: O câncer de cérebro tem tempo de crescimento extremamente variável, podendo ser medido em dias ou até mesmo em anos. O que determina se terão comportamento agressivo ou crescimento lento é basicamente o tipo de tumor e seu grau de diferenciação. Fatores ambientais e externos também podem contribuir para o desenvolvimento da doença que gera cerca de 11.320 novos casos a cada ano no Brasil. Objetivo: Relatar a experiência e as estratégias de abordagem dos acadêmicos de medicina sobre câncer de cérebro na ação na Unidade Básica de Saúde Complexo Itamaraty. Relato de experiência: A ação da Liga Acadêmica de Psiquiatria (LAPSU) em conjunto com a Liga Acadêmica de Oncologia de Anápolis (LAONCO) se deu na Unidade Básica de Saúde Complexo Itamaraty, dia 29 de maio de 2019, no período da manhã, tendo um público-alvo de aproximadamente 25 frequentadores do local. Ocorreu uma dinâmica de panfletagem e principais orientações sobre os principais tipos de neoplasias cerebrais. As discussões giraram em torno da prevenção, principais sinais e sintomas e as condições de tratamento e prognóstico desse conjunto de doenças. Ocorreram dois momentos na ação, um primeiro de orientações gerais e informações sobre neoplasias cerebrais e um segundo momento de retirada de dúvidas e orientações mais direcionadas aos presentes. A estratégia de entrega de panfletos é muito útil em termos de ação educativa porque sensibiliza o ouvinte e aumenta a atenção ao tema abordado. Optou-se por linguagem simples a acessível ao público presente, além do uso de comparações para o melhor entendimento dos frequentadores da unidade. Discussão: É fato que existe um tabu significativo acerca do câncer em geral e principalmente um desconhecimento acerca das neoplasias cerebrais. Contudo, é um assunto que intriga e gera interesse no público alvo em decorrência de sua incidência e gravidade. As principais dúvidas relatadas foram acerca do tratamento e do diagnóstico. Muitas dificuldades em transmitir certos tipos de informações foram superadas com o uso de comparações e figuras de linguagem que tornassem acessível alguns conceitos passados, principalmente no que tange às informações mais aprofundadas, sobre, por exemplo, interleucinas. Conclusão: Dessa maneira, o resultado da ação foi melhor que o esperado, tanto em termos de ganhos para os acadêmicos em habilidades comunicativas, quanto para o público alvo da ação que ganhou em informações úteis sobre neoplasias cerebrais. Em termos de comunicação efetiva com o público alvo, percebeu-se a importância da manutenção da acessibilidade na comunicação, por meio de uso de linguagem simplificada de compatível com o grau de instrução dos presentes no local. Um dos fatores limitantes de uma melhor abrangência fora o horário da ação, que, infelizmente, não correspondeu com o horário em que o Complexo Itamaraty estava mais cheio, mas, mesmo assim, possibilitou ganhos aos presentes
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