3 research outputs found

    Installation and scene in the work of Laura Vinci: Machines of the World, between materialities and meanings

    No full text
    Esta dissertação investiga a produção artística da paulistana Laura Vinci. Mais conhecida como artista visual, Vinci atua também como cenógrafa desde a sua participação em Cacilda! (1998), do Teatro Oficina. O estudo inicia-se pelo exame de uma seleção de instalações da artista dentre elas sua participação no Arte/Cidade III (1997) e das cenografias realizadas por ela entre os anos 1998 e 2018. No percurso, são reconhecidos processos de trabalho, temáticas e materialidades que se tornaram recorrentes na práxis artística de Vinci. Em seguida, o estudo aprofunda-se no longo processo de criação de Máquinas do Mundo da mundana companhia, a partir do poema A Máquina do Mundo, de Carlos Drummond de Andrade, somado a trechos de Memórias Póstumas de Brás Cubas, de Machado de Assis, e de A paixão segundo G.H., de Clarice Lispector. Por meio de entrevistas e da análise de textos, fotografias e vídeos gerados no processo, realiza-se uma crítica genética daquela instalação performativa que teve em Vinci um dos polos de coordenação. O núcleo de arte da mundana companhia, do qual Laura Vinci é integrante, empreendeu, no caso de Máquinas do Mundo, um processo de criação radicalmente horizontal: não hierárquico, pois sem a figura de um diretor, e objetivando reunir múltiplas linguagens literatura, materialidades, figurinos, iluminação, trilha sonora e atuação em fricção e contaminação. Este genuíno work in progress é reconstituído à maneira genética em todas as suas etapas, com reflexões tanto estéticas quanto éticas. Por fim, analisa-se em detalhes a encenação no contexto das apresentações ocorridas no Sesc Pinheiros, em São Paulo, em 2018, o que enseja concluir com reflexão acerca de uma possível cena-paisagem ali configurada, de qualidade não-antropocêntrica. Colaboram na linha de raciocínio apresentada ao longo da dissertação pensamentos advindos de artistas e teóricos como John Dewey, Michael Fried, Josette Féral, Edmund Burke, Anne Cauquelin, Marcel Duchamp, Robert Morris, Gertrude Stein, Heiner Goebbels, José Miguel Wisnik, Renato Cohen, Maria Clara Ferrer e Eduardo dos Santos Andrade, dentre outros.This dissertation investigates the artistic production of Laura Vinci, a Brazilian from São Paulo. Best known as a visual artist, Vinci has also worked as a set designer since her participation in Cacilda! (1998), from Teatro Oficina. The study begins by examining a selection of the artists installationsincluding her participation in Arte/Cidade III (1997)and the stage sceneries done by her between 1998 and 2018. Along the way, work processes, themes and materialities that have become recurrent in Vincis artistic practice are recognized. Then, the study delves into the long process of creation of Máquinas do Mundo by mundana companhia [mundane company], based on the poem The Machine of the World, by Carlos Drummond de Andrade, and excerpts from The Posthumous Memoirs of Brás Cubas, by Machado de Assis, and from The Passion According to G.H., by Clarice Lispector. Through interviews and the analysis of texts, photographs and videos generated in the process, a genetic critique of that performative installationthat had in Vinci a coordination poleis carried out. The creative team of mundana companhia, of which Laura Vinci is a member, undertook, in the case of Máquinas do Mundo, a radically horizontal creation process: non-hierarchical (without the figure of a director) and aiming to bring together multiple languages literature, materialities, costumes, lighting, soundtrack and also actingin friction and contamination. This genuine work in progress is genetically reconstituted in all its stages, with both aesthetic and ethical reflections. Finally, the staging is analyzed in detail in the context of the presentations that took place at Sesc Pinheiros, in São Paulo, in 2018; which leads to a reflection on a possible landscape play configured there, of non-anthropocentric quality. Ideas coming from numerous artists and theorists collaborated on the line of thought presented throughout the dissertation, such as John Dewey, Michael Fried, Josette Féral, Edmund Burke, Anne Cauquelin, Marcel Duchamp, Robert Morris, Gertrude Stein, Heiner Goebbels, José Miguel Wisnik, Renato Cohen, Maria Clara Ferrer and Eduardo dos Santos Andrade, among others

    Máquinas do Mundo de Laura Vinci y la traducción en el proceso creativo

    Get PDF
    Este artículo parte de la afirmación de Michael Fried en "Arte y objetualidad" (1967) de que el teatro es lo que se encuentra entre las artes. Dando la vuelta a la hipótesis del crítico – que la sugirió de forma negativa –, señalamos esta característica fluida e híbrida del teatro como el camino recorrido por muchos artistas contemporáneos en obras significativas. Partiendo de esta premisa, el artículo pretende reconstituir, principalmente a partir de entrevistas, un largo proceso de creación centrado en la figura de la brasileña Laura Vinci, artista visual también involucrada en procesos teatrales. Comenzamos, entonces, con la obra Máquina do Mundo (en singular), una obra de artes visuales, llegando a las artes escénicas con Máquinas do Mundo (en plural), creada por el artista junto a la mundana companhia de teatro. Para tal reconstitución nos apoyamos principalmente en los conceptos de traducción, de Josette Féral, y work in progress, de Renato Cohen.O presente artigo parte da afirmação de Michael Fried em "Arte e objetidade" (1967) de que o teatro é o que se encontra entre as artes. Virando a hipótese do crítico – aventada em chave negativa – do avesso, apontamos tal característica fluida e híbrida do teatro como o caminho percorrido por muitos artistas contemporâneos em significativas obras. Partindo dessa premissa, o artigo tem como objetivo reconstituir – a partir de entrevistas, principalmente – um longo processo de criação centrado na figura da brasileira Laura Vinci, artista visual envolvida também em processos teatrais. Partimos, então, da obra Máquina do Mundo (no singular), obra no campo das artes visuais, chegando às artes da cena com Máquinas do Mundo (no plural), criação da artista junto a mundana companhia. Para tal reconstrução apoiamo-nos, principalmente, nos conceitos de tradução, de Josette Féral, e work in progress, de Renato Cohen.This article starts from Michael Fried's statement in "Art and objecthood" (1967) that what lies between the arts is theatre. Turning the hypothesis of the critic inside out – he suggested it in a negative way –, we point out this fluid and hybrid characteristic of theatre as the path taken by many contemporary artists in significant works. Based on this premise, the article aims to reconstitute – mainly from interviews – a long creation process centered on the figure of Brazilian artist Laura Vinci, a visual artist who is also involved in theatrical processes. We start with Máquina do Mundo (in the singular), a work in the field of visual arts, reaching the performing arts with Máquinas do Mundo (in the plural), created by the artist together with mundana companhia (a theatre company). For such reconstitution, we mainly rely on the concepts of translation, by Josette Féral, and work in progress, by Renato Cohen
    corecore