69 research outputs found

    Caça de animais silvestres na rodovia Transamazônica.

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    Apesar de a caça ser proibida, é praticada freqüentemente pelas populações rurais de baixa renda na Amazônia. Como base para planejamentos futuros de manejo de caça, conduziu-se um estudo de quatro meses visando analisar a caça de animais silvestres em Uruará, Pará, Brasil, uma pequena cidade na frente pioneira da rodovia Transamazônica. A atividade de caça foi estudada de abril a setembro de 2000, através de entrevistas semanais e acompanhamentos da caça (76 saídas de caça e entrevistas de 20 caçadores). Existem dois tipos principais de caça: o primeiro ocorre o ano todo, durante o dia, usando cachorros. O segundo, popularmente conhecido como "a espera", é praticado a noite, durante os meses menos chuvosos. Os caçadores caçam uma média de 3,6 vezes por mês durante os meses menos chuvosos e 0,5 vez por mês durante os meses chuvosos. As espécies mais caçadas são os caititus e queixadas (Tayassu tajacu e I pecari, 41 %), seguido de tatus (Oasypus novemcinctus, 17%), pacas (Agouti paca, 15%) e veados (Mazama americana eM. gouazoubira, 13%). Os dois gêneros que fornecem a maior porcentagem da carne de caça são os porcos do mato, com 40% do peso total da caça e, os veados, com 27%. Os territórios de caça que são cobertos pelo menos por 60% de floresta fornecem o dobro de carne que outras áreas mais desmatadas com a mesma duração do tempo de caça. Além disso, as espécies caçadas nessas áreas são maiores do que nas outras áreas mais desmatadas. Os caçadores das zonas mais desmatadas necessitam de um tempo maior de caça e apanham espécies menores e mais adaptadas à transformação do meio ambiente. O consumo médio anual de carne de caça foi estimado em 14,7 quilos por pessoa/ano. Comparando este estudo com o realizado na mesma região por Smith (1976), verifica-se que a atividade da caça e o consumo de carne de caça foram constantes durante os últimos 25 anos, apesar da ausência da anta (Tapirus terrestris) nas espécies caçadas em 2000. A agricultura migratória e a produção de gado vêm modificando o habitat dos animais silvestres. As mesmas são, sem dúvida, o fator principal de conversão de ecossistemas florestais, com conseqüências para a perda de biodiversidade e a diminuição do rendimento da caça em áreas de menor cobertura florestal

    Growth curve of female collared peccaries (Pecari tajacu) raised in captivity in the Brazilian Amazon Region.

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    Com o objetivo de ajustar modelos não-lineares, foram utilizados registros mensais do peso de 10 fêmeas de cateto (Pecari tajacu) coletados durante dois anos, no criatório do campo experimental Álvaro Adolfo da Embrapa Amazônia Oriental, Belém, PA. Utilizaram-se os modelos de Von Bertalanffy, Brody, Gompertz e Logístico. Os parâmetros foram estimados usando o procedimento NLIN do aplicativo SAS. Os critérios utilizados para verificar o ajuste dos modelos foram: desvio padrão assintótico (ASD); coeficiente de determinação (R2); desvio médio absoluto dos resíduos (ARD) e o índice assintótico (AR). Os modelos Brody e Logístico estimaram, respectivamente, o maior (19,44kg) e o menor (19,18kg) peso assintótico (A), caracterizando a menor (0,0064kg/dia) e a maior (0,0113kg/dia) taxa de maturação (K), haja vista a natureza antagônica entre estes parâmetros, comprovada pela correlação fenotípica variando entre -0,75 à -0,47. O modelo Brody estimou o menor valor para o ARD, fator limitante para caracterizar o menor valor para o AR por este modelo. Considerando o AR, o modelo Brody apresentou o melhor ajuste, contudo, pelos valores encontrados, os demais modelos também apresentaram ajuste adequando aos dados ponderais da referida espécie/sexo. Com base no AR adotado neste trabalho

    Curva de crescimento de fêmeas cateto (Pecari tajacu) criados em cativeiro na Amazônia Brasileira

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    This work aims to determine the most suitable nonlinear model to describe the growth of female collared peccaries (Pecari tajacu). The monthly records of the weight of 10 captive female collared peccaries over a period of two years in the Brazilian Amazon Region were used. The growth models used were the Von Bertalanffy, Brody, Gompertz and Logistic. The parameters were estimated by using the NLIN procedure from the SAS application. The criteria used to verify the adjustment of the models were: asymptotic standard deviation (ASD); coefficient of determination (R²); average absolute residual deviation (ARD) and the asymptotic rate (AR). The Brody model and the Logistic model estimated the highest (19.44kg) and the lowest (19.18kg) asymptotic weight (A), indicating the lowest (0.0070kg/day) and the highest (0.0121kg/day) maturation rate (K). These results and the coefficients of phenotypic correlation that varied from -0.75 and -0.47 confirmed the antagonistic nature between these parameters. The Brody model estimated the lower value for ARD, a limiting factor for describing the lowest value for AR through this model. The Brody model showed the best adjustment for AR, although the other models also showed a suitable adjustment to the weight data of said species/gender. Based on the AR obtained in this work, the Brody model is recommended for adjusting the growth curve of the female collared peccaries. Depending on the estimated values, especially for K, this trait can be included in a selection index.Com o objetivo de ajustar modelos não-lineares, foram utilizados registros mensais do peso de 10 fêmeas de cateto (Pecari tajacu) coletados durante dois anos, no criatório do campo experimental Álvaro Adolfo da Embrapa Amazônia Oriental, Belém, PA. Utilizaram-se os modelos de Von Bertalanffy, Brody, Gompertz e Logístico. Os parâmetros foram estimados usando o procedimento NLIN do aplicativo SAS. Os critérios utilizados para verificar o ajuste dos modelos foram: desvio padrão assintótico (ASD); coeficiente de determinação (R²); desvio médio absoluto dos resíduos (ARD) e o índice assintótico (AR). Os modelos Brody e Logístico estimaram, respectivamente, o maior (19,44kg) e o menor (19,18kg) peso assintótico (A), caracterizando a menor (0,0064kg/dia) e a maior (0,0113kg/dia) taxa de maturação (K), haja vista a natureza antagônica entre estes parâmetros, comprovada pela correlação fenotípica variando entre -0,75 à -0,47. O modelo Brody estimou o menor valor para o ARD, fator limitante para caracterizar o menor valor para o AR por este modelo. Considerando o AR, o modelo Brody apresentou o melhor ajuste, contudo, pelos valores encontrados, os demais modelos também apresentaram ajuste adequando aos dados ponderais da referida espécie/sexo. Com base no AR adotado neste trabalho, recomenda-se o modelo Brody para ajustar a curva de crescimento de fêmeas de cateto (Pecari tajacu). Em razão dos valores estimados, sobretudo, para a K, essa característica pode ser incluída em um índice de seleção. Contudo, estudos com grupos mais representativos e criados em outras condições se faz oportuno

    Ovarian folliculogenesis in collared peccary, Pecari tajacu (Artiodactyla: Tayassuidae).

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    The sustainability and production of collared peccary (Pecari tajacu) has been studied in the last few years; however, further information on its reproduction is necessary for breeding systems success. Understanding folliculogenesis aspects will contribute to effective reproductive biotechniques, which are useful in the preservation and production of wildlife. The aim of this study was to evaluate the ovarian folliculogenesis in collared peccary. Ovaries from six adult females of collared peccary were obtained through ovariectomy and analyzed. These were fixed in aqueous Bouin’s solution and sectioned into 7µm slices, stained with hematoxilin-eosin and analyzed by light microscopy. The number of pre-antral and antral follicles per ovary was estimated using the Fractionator Method. The follicles, oocytes and oocyte nuclei were measured using an ocular micrometer. Results showed that the length, width, thickness, weight, and the gross anatomy of the right and left ovaries were not significantly different. However, the mean number of corpora lutea was different between the phases of the estrous cycle (p<0.05), with the highest mean in the luteal phase. Primordial follicles were found in the cortex; the oocytes were enveloped by a single layer of flattened follicular cells. In the primary follicles, proliferation of the follicular cells gave rise to cuboidal cells (granulosa cells). The secondary follicle was characterized by two or more concentric layers of cuboidal cells (granulosa), beginning of antrum formation, and the presence of pellucid zone and theca cells. Antral follicles were characterized by a central cavity (antrum), the presence of cumulus oophorus and theca layers (interna and externa). In the right ovary, the values of the primordial and primary follicles were similar, but significantly different from the secondary ones (p<0.05). In the left ovary, significant differences were observed between all follicles in the follicular phase (p<0.05); the mean number of primordial and primary follicles was similar in the luteal phase. The mean number of pre-antral follicles and antral follicles in the follicular phase was higher in the left ovary (p<0.05). The mean number of antral follicles in the luteal phase was similar in both ovaries. We also found significant differences in mean diameter of preantral follicles, oocyte, granulosa layer and oocyte nucleus during the estrous cycle. In the antral follicles a significant difference was observed only in follicular diameter (p<0.05). The predominance of active primordial and primary follicles was found in both phases; otherwise the secondary follicles and antral follicles showed a high degree of degeneration. The results obtained in the present work will strengthen the development of biotechnology programs to improve the productive potential and conservation of the collared peccar

    Large group formation in European Roe deer : an adaptive feature ?

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    Le Chevreuil d'Europe (Capreolus capreolus) colonise les plaines cultivées depuis quelques décennies. Dans cet article, nous comparons la taille des groupes hivernaux de cette espèce dans six zones diversement ouvertes, ainsi que dans deux de ces zones pour différentes densités de population. Nos résultats montrent que la taille moyenne des groupes, atteignant huit animaux dans la plaine la plus ouverte, s'accroît avec l'ouverture de l'habitat et la densité de population. Le Chevreuil d'Europe ayant probablement évolué dans des habitats essentiellement forestiers jusqu'à une date récente, il est difficile d'interpréter le fait qu'il forme de grands groupes dans les plaines agricoles comme un trait mis en place par la sélection naturelle. Chez cette espèce, l'accroissement de la taille des groupes avec l'ouverture de l'habitat et la densité de population serait en fait la simple conséquence de l'instabilité des groupes. La formation de grands groupes pourrait bien sûr avoir un effet positif sur la valeur sélective des individus colonisant les plaines agricoles, mais ce trait devrait alors être considéré comme une « exaptation » (au sens de Gould et Vrba) et non comme une authentique adaptation
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