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    Mediação tecnológica no ensino da Matemática

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    Este trabalho tem como objetivo apresentar e discutir, numa perspectiva crítica, uma proposta de atividade que faz uso de duas tendências metodológicas para o ensino da Matemática (Tecnologias Digitais de Informação e Comunicação [TDIC] e Investigação Matemática), em particular, para o ensino de funções do primeiro grau, funções do segundo grau e soluções de sistemas de equações lineares com duas variáveis Reais (ℝ). A proposta aqui apresentada faz uso do software Winplot como recurso tecnológico com a finalidade de dar significado a alguns conceitos relacionados aos assuntos matemáticos supracitados e é composta por três atividades, dentre as quais, as duas primeiras pretendem dar significado, respectivamente, aos coeficientes de funções do primeiro e do segundo grau, por meio de uma manipulação guiada no software por parte do aluno, enquanto que a última pretende dar significado às soluções de sistemas de equações lineares com duas variáveis em ℝ. A proposta foi elaborada em contexto acadêmico como requisito parcial para a obtenção de nota final em componente curricular obrigatório do curso de Licenciatura em Matemática da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) e não foi aplicada em contexto real de ensino. No entanto, entendemos que as reflexões, discussões e problematizações aqui suscitadas acerca da proposta apresentada são relevantes para professores de Matemática em formação e/ou em atuação, uma vez que não se trata de uma ideia de natureza inovadora, mas bastante comum. Na promoção dessas discussões nos baseamos no conceito de “obstáculos epistemológicos” proposto por Gaston Bachelard, nos estudos de Lins e Gimenez (2001) e Ribeiro e Cury (2015) sobre o ensino de Álgebra e em Sousa (2020) para entendermos a dinâmica da aliança entre TDIC e Investigação Matemática. Concluímos após análise do que foi apresentado e discutido que a atividade proposta pode possibilitar compreensões equivocadas no aluno com relação aos conceitos de entes geométricos primitivos, tais como: reta, semirreta e segmento. Essas compreensões equivocadas, vistas à luz do conceito de “obstáculos epistemológicos”, poderiam culminar em dificuldades de aprendizagem nos alunos em séries posteriores de estudos. Por fim, destacamos que esses obstáculos não seriam causados pela atividade em si, mas pela escolha do software para este fim e consideramos imprescindível, portanto, a atenção dos professores ao utilizarem qualquer meio que possibilite a prática manipulada pelo aluno. Palavras-chave: Investigação Matemática; TDIC; Obstáculos epistemológicos; Educação Matemática

    Doença arterial obstrutiva periférica - aspectos epidemiológicos, fisiopatológicos e manejo terapêutico

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    A Doença Arterial Obstrutiva Periférica (DAOP) é uma condição que causa a obstrução das artérias periféricas, especialmente dos membros inferiores, reduzindo o fluxo sanguíneo para as extremidades. O conhecimento dos fatores de risco, como diabetes mellitus, idade avançada e tabagismo, é essencial para o diagnóstico preciso e o tratamento adequado. Estima-se que a DAOP afete 20% da população acima de 65 anos e que 1% seja diagnosticada, o que indica uma subestimação dos casos; os mais afetados são homens entre 55 e 74 anos e mulheres entre 65 e 74 anos. Na maioria dos casos, a DAOP se desenvolve de forma assintomática, contribuindo para o atraso e complicação no diagnóstico precoce. Ademais, a fisiopatologia envolve distúrbios hemodinâmicos, como redução da carga hemática, redução da perfusão muscular e dano de fibras musculares; a formação de trombos também contribui para a estenose e obstrução das artérias. Os principais sintomas da DAOP são claudicação intermitente e cãibras nos membros inferiores, geralmente em resposta ao exercício físico. Outrossim, o diagnóstico é baseado na suspeita clínica, fatores de risco e sintomas e sinais presentes; a gravidade da doença é estabelecida por escalas, como a de Rutherford e Fontaine, pois influenciam no prognóstico e tratamento. A DAOP aumenta o risco de eventos cardiovasculares graves, como infarto agudo do miocárdio (IAM), acidente vascular encefálico (AVE) e morte cardiovascular. Nesse sentido, o tratamento é baseado em mudanças no estilo de vida, como dieta e atividade física, cessação do tabagismo e terapia farmacológica, além de procedimentos cirúrgicos indicados para casos mais graves
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