64 research outputs found

    O director de turma na escola portuguesa : da grandiloquência dos discursos ao vazio dos poderes

    Get PDF
    No momento em que se cumprem precisamente 100 anos sobre a criação da figura do gestor pedagógico intermédio, que pode ser considerado o “antepassado remoto” do actual director de turma (Engrácia Castro, 1994; João Barroso, 1993; Virgíno Sá, 1995), parece-nos oportuno reflectir em torno do papel deste actor escolar, pertinência reforçada pelo facto de lhe ser frequentemente reconhecida uma grande relevância organizacional no quadro da actual escola de massas. Este gestor pedagógico surge-nos tradicionalmente associado a uma tríplice função: relação com os alunos da turma; relação com os pais/encarregados de educação; relação com os outros professores da turma. Neste trabalho procuraremos conferir particular realce à problematização da sua capacidade de intervenção junto dos professores da turma, questionando, nomeadamente, o grau de congruência entre esta exigência funcional e o conjunto dos poderes susceptíveis de serem convocadas para legitimar essa intervenção

    «Argumentos» para la elección del centro educativo : un estudio de caso con padres portugueses

    Get PDF
    Taking as an empirical basis some of the data from a questionnaire applied to a sample of approximately eight hundred parents from three public secondary schools, this paper discusses how various categories of parents organise «hierarchies of excellence» through the «arguments for choice» that they prioritise when choosing their children’s school for entrance into secondary education (year 10 of schooling, equivalent to the year 4 of compulsory secondary education in Spain - ESO). The analysis of the data highlights that, in all segments of parents, a group can be found that attaches great importance to academic indicators; in addition, an unequal concentration of these groups was verified in the three establishments studied, which reflects a predominance of different types of public in each school. Thus, even though the importance attributed to the «arguments for choice» varies according to the educational level of the parents, in the cases studied the «hierarchies of excellence» are distinguished, above all, by the school variable.Tomando como base empírica algunos de los datos del cuestionario aplicado a una muestra de cerca de ochocientos padres seleccionados en tres centros públicos de enseñanza secundaria, en este artículo analizamos el modo cómo diferentes categorías de padres organizan «jerarquías de excelencia», a través de los «argumentos de elección» a los que dan prioridad cuando escogen el centro educativo, al pasar a la enseñanza secundaria en 10º curso (4º de la ESO). Del análisis de los datos destaca que, en todos los segmentos de padres, encontramos una fracción que concede gran importancia a los indicadores de naturaleza académica; verificamos, además, una concentración desigual de estas fracciones en los tres establecimientos estudiados, lo que refleja un predominio de diferentes tipos de público en cada escuela. De este modo, aunque varíe la importancia atribuida a los «argumentos de elección», según el nivel de estudios de los padres, en los casos estudiados las «jerarquías de excelencia» se distinguen, sobre todo, de acuerdo con la variable centro

    La (auto)evaluación de las escuelas: “virtudes” y “efectos colaterales”

    Get PDF
    Ao longo das duas últimas décadas, em contextos sócio-políticos muito diversos, primeiro nos países centrais, depois nos países semi-periféricos e periféricos, a agenda avaliativa, nas suas diferentes configurações e domínios de incidência, tem vindo a assumir uma enorme centralidade. No caso de Portugal, as alterações recentes no quadro legislativo que enquadra as nossas escolas e os seus profissionais, com destaque para o novo estatuto da carreira docente do ensino não superior e para a “indexação” dos muito propalados contratos de autonomia à prévia existência de processos auto-avaliativos e de avaliação externa, catapultaram esta problemática para as primeiras páginas da agenda pública. As razões deste (súbito) interesse pelas questões da avaliação educacional em geral, e da avaliação institucional em particular, organizam-se em torno de uma pluralidade de eixos estruturadores filiados em lógicas e racionalidades em tensão, uns mais vinculados às preocupações com o controlo, outros mais sintonizados com uma agenda emancipatória.Neste texto pretende-se discutir algumas daquelas lógicas e racionalidades em tensão, articulando-as com a diversidade de agentes e de agendas que a avaliação pode servir. De modo mais específico, procura-se pôr em evidência alguns dos “efeitos colaterais” decorrentes de concepções e práticas avaliativas que ignoram, ou desprezam, a assunção da escola como “organização educativa complexa”

    Associações de pais e associações de estudantes: amigos, amigos, negócios à parte!

    Get PDF
    Como observam Silva e Stoer (2005), na escola pública portuguesa, e particularmente no ensino secundário, os alunos, aparentemente, beneficiam de uma “dupla representação”. Por um lado, são representados pelas suas associações, por outro lado, é também para defender “os interesses morais, culturais e físicos dos estudantes” 1 (CONFAP) que se abre espaço à intervenção das associações de pais na escola. Contudo, faltam estudos que se debrucem sobre o modo como se articulam e convivem estas duas estruturas associativas cujas agendas são, aparentemente, convergentes. Por isso, neste texto, mobilizando alguns dados empíricos, pretendemos contribuir para abrir o debate em torno das (des)articulações entre as associações de pais e as associações de estudantes, conferindo certo destaque às representações mútuas e à indagação sobre eventuais agendas concertadas para a intervenção na escola. Os “fragmentos discursivos” de que partimos, e cuja natureza muito parcelar desde já reconhecemos, apontam para duas (quase) estruturas, organizadas em torno de “mundos à parte”, acusando um desconhecimento recíproco (por vezes retórico), entrecortado por recriminações mútuas, pontualmente amenizadas por algumas realizações conjuntas, embora tuteladas por uma das partes. No sentido de contribuir para a dilucidação das desconexões e coexistência tensa entre as associações de estudantes e as associações de pais, avançamos com algumas “leituras” de inspiração sociológica e organizacional. No primeiro caso, mobilizando a distinção entre os processos de familialização, institucionalização e individualização (Edwards e Alldred, 2000), admitimos a hipótese de as associações de pais e as associações de estudantes estarem filiadas em “lógicas em tensão” e, portanto, sujeitas a uma convivência problemática. No segundo caso, admitimos que natureza “dissipativa” das estruturas em apreço, aliada à singularidade da sua inscrição no contexto de uma organização mais ampla, além de dificultar a sua intraconexão, parece também militar no sentido de tornar incerta a sua articulação lateral. - As noted by Silva and Stoer (2005), in Portuguese public schools, and particularly in secondary education, students, apparently, benefit of a “double representation”. On the one hand, they are represented by their associations, on the other hand, parents’ associations also have a role in defending “students’ moral, cultural and physical interests” (CONFAP). However, little is known about the ways of integrating and enhancing the co-operation of these two associative structures whose goals are, apparently, convergent. Therefore, in this paper, mobilizing some empirical data, our aim is to contribute to open the debate about the lack of articulation between parents’ associations and students’ associations, giving the prominence to the mutual images and hypothetical harmonized agendas for school intervention. The “discursive fragments” from which we start, and whose parcelled nature we acknowledge, point out to two (quasi) structures, organized around “worlds apart”, showing a mutual ignorance (sometimes rhetoric), intersected by mutual recriminations, occasionally softened by some joined accomplishments, although tutored by one side. Trying to contribute to the clarification of the disconnexions and tense coexistence between parents’ associations and students’ associations, we suggest some sociologically and organizationally inspired “understandings”. In the first case, mobilizing the difference between the familialization, institutionalization and individualization processes (Edwards e Alldred, 2000), an hypothesis may be highlighted that parents’ associations and students’ associations are anchored on “logics in tension” and, therefore, subject to a problematic coexistence. In the second case, the “dissipative” nature of the structures under analysis is also stressed, associated with the singularity of its inscription in the context of a wider organization. These two aspects make it difficult the intra-connexion between them, and seem also to militate in order to make uncertain their lateral articulation

    A avaliação das escolas: dos constrangimentos à melhoria da qualidade da educação

    Get PDF
    A problemática da avaliação das organizações escolares tem vindo a ocupar um lugar de destaque na agenda das políticas educativas, onde os processos de avaliação externa e de autoavaliação são apontados como instrumentos decisivos para a melhoria da qualidade do serviço educativo e para o desenvolvimento da escola. Este texto apresenta resultados parciais de uma investigação mais ampla, em curso, que se propôs averiguar de que modo o programa de Avaliação Externa das Escolas promove o desenvolvimento nas escolas de dinâmicas e práticas de autoavaliação que sustentam a elaboração de planos de ação para a melhoria e possibilitam a melhoria da escola. Trata-se de uma investigação inserida numa matriz de cariz essencialmente qualitativa e opta pelo estudo de casos múltiplos. No presente estudo restringe-se a abordagem e procura-se conhecer e refletir sobre os significados atribuídos pelos atores quanto à influência dos processos avaliativos nos processos de mudança, bem como, identificar os constrangimentos inte rnos e externos que se colocam à ocorrência de mudanças na escola na sequência dos processos avaliativos. Com estes objetivos foram realizadas um conjunto de entrevistas a diversos atores da comunidade educativa das diversas escolas em estudo. Os seus discursos tendem a evidenciar que as escolas, como organizações,possuem um papel crucial na implementação da melhoria educativa, sendo que as mudanças educativas dependem na sua implementação das condições organizacionais e da forma como os atores educativos, nos diversos contextos organizacionais, desenvolvem a capacidade interna de mudança, nem sempre coincidente com as prescrições externas para a mudança./ The thematic of evaluation of school organizations have come to occupy a prominent place in the educational policies, where the processes of self -evaluation and external evaluation are seen as crucial instruments to improving the quality of educational services and the development of school agenda. This paper presents partial results of a wider research in progress which are proposed to find out how the program and the External Evaluation of Schools in schools promotes the development of dynamic and self-evaluation practices that support the development of action plans for improvement and enable school improvement. It is inserted into an investigation of essentially qualitative nature mother and opts for a multiple case study. In the present study restricts itself to approach and endeavors to meet and reflect on the meanings attributed by actors about the influence of evaluative processes in the change process, as well as identifying the internal and external constraints to the occurrence of changes in school following the evaluation process. With these objectives a series of interviews with various stakeholders in the educational community of the various schools in the study were performed. His speeches tend to show that schools as organizations have a crucial role in the implementation of educational improvement, and educational changes depend on the implementation of the organizational conditions and how the educational actors in different organizational contexts, develop internal capacity for change, not always coincident with the external prescriptions for change

    Avaliação de Escola: os efeitos nos processos de mudança e melhoria da escola

    Get PDF
    A avaliação de escolas é apresentada ao nível do discurso político normativo e em alguns programas de avaliação, como é o caso em Portugal do modelo de avaliação externa das escolas (AEE), como um processo que promove a eficácia e a melhoria interna da escola. Todavia num contexto onde as politicas nem sempre criam os estímulos e as condições adequadas, a ação organizacional em torno dos processos avaliativos acaba por refletir o jogo dos atores. Perante a “natureza política” da avaliação, as escolas e os seus atores recorrem a “soluções organizacionais” que lhes permitem, em função dos interesses e dos objetivos individuais e organizativos, gerir as pressões e as expetativas do seu meio institucional. Integrada numa investigação mais ampla, em curso, com a finalidade de averiguar os efeitos do programa de AEE nas dinâmicas de autoavaliação e nos planos de ação para a melhoria da escola, na presente comunicação analisam-se as relações entre a avaliação e as mudanças ocorridas na escola. Questiona-se essencialmente: quais as mudanças ocorridas na escola na sequência dos processos avaliativos. O estudo geral no qual a comunicação se baseia insere-se numa matriz de cariz essencialmente qualitativo e opta pelo estudo de casos múltiplos, aplicado a cinco escolas. Como fonte de informação recorreu-se à observação, entrevistas, e inquérito por questionário. Nesta comunicação apresentam-se os resultados das entrevistas realizadas a diversos atores da comunidade educativa com diferentes funções nas escolas. Os resultados tendem a evidenciar que as organizações educativas, nas respostas às prescrições externas para a avaliação e melhoria da escola recorrem a estratégias e táticas plurais, de tal modo que as mudanças que ocorrem mais do que respostas à necessidade de eficácia e melhoria interna da escola, traduzem-se em processos de adaptação, que variam consoante as tensões existentes entre o contexto institucional e o ambiente competitivo onde as escolas estão inseridas

    Avaliação de escolas: os efeitos nos processos de mudança e melhoria da escola

    Get PDF
    A avaliação de escolas é apresentada ao nível do discurso político normativo e em alguns programas de avaliação, como é o caso em Portugal do modelo de avaliação externa das escolas (AEE), como um processo que promove a eficácia e a melhoria interna da escola. Todavia num contexto onde as politicas nem sempre criam os estímulos e as condições adequadas, a ação organizacional em torno dos processos avaliativos acaba por refletir o jogo dos atores. Perante a “natureza política” da avaliação, as escolas e os seus atores recorrem a “soluções organizacionais” que lhes permitem, em função dos interesses e dos objetivos individuais e organizativos, gerir as pressões e as expetativas do seu meio institucional. Integrada numa investigação mais ampla, em curso, com a finalidade de averiguar os efeitos do programa de AEE nas dinâmicas de autoavaliação e nos planos de ação para a melhoria da escola, na presente comunicação analisam-se as relações entre a avaliação e as mudanças ocorridas na escola. Questiona-se essencialmente: quais as mudanças ocorridas na escola na sequência dos processos avaliativos. O estudo geral no qual a comunicação se baseia insere-se numa matriz de cariz essencialmente qualitativo e opta pelo estudo de casos múltiplos, aplicado a cinco escolas. Como fonte de informação recorreu-se à observação, entrevistas, e inquérito por questionário. Nesta comunicação apresentam-se os resultados das entrevistas realizadas a diversos atores da comunidade educativa com diferentes funções nas escolas. Os resultados tendem a evidenciar que as organizações educativas, nas respostas às prescrições externas para a avaliação e melhoria da escola recorrem a estratégias e táticas plurais, de tal modo que as mudanças que ocorrem mais do que respostas à necessidade de eficácia e melhoria interna da escola, traduzem-se em processos de adaptação, que variam consoante as tensões existentes entre o contexto institucional e o ambiente competitivo onde as escolas estão inseridas

    Efeitos da avaliação de escolas nos processos de mudança e melhoria

    Get PDF
    No contexto educativo português existem, atualmente, orientações legais para que as escolas sejam, por um lado, sujeitas a processos de avaliação externa e, por outro, induzidas a criar mecanismos de autoavaliação. Embora a escola seja, pelo menos em parte, um “locus de produção normativa”, na prática não tem sido fácil o diálogo entre a avaliação externa e os processos de mudança e melhoria, através da autoavaliação institucional. O trabalho que apresentamos integra um projeto de doutoramento, em curso, que se propôs averiguar os efeitos do programa de avaliação externa das escolas (AEE) nas dinâmicas de autoavaliação e nos planos de ação para a melhoria da escola. Trata-se de uma investigação inserida numa matriz de cariz essencialmente qualitativo e opta pelo estudo de casos múltiplos. No presente estudo restringe-se a abordagem e procura-se conhecer os significados atribuídos pelos atores às relações entre a avaliação de escola e as mudanças ocorridas no seu interior. Questiona-se essencialmente: quais as mudanças ocorridas na escola na sequência dos processos avaliativos. Metodologicamente recorreu-se à análise de conteúdo das trinta e sete entrevistas realizadas a atores da comunidade educativa com diferentes funções nas escolas. Os resultados preliminares tendem a evidenciar que as organizações educativas, nas respostas às prescrições externas para a sua avaliação e melhoria recorrem a estratégias e táticas plurais, de tal modo que as mudanças que ocorrem nas estruturas, nos processos e nas práticas mais do que respostas à necessidade de eficácia e melhoria interna da escola, traduzem-se em processos de adaptação, que variam consoante as tensões existentes entre o contexto institucional e o ambiente competitivo onde as escolas estão inseridas.FC

    Efeitos da avaliação de escola nos processos de mudança e melhoria da escola

    Get PDF
    Numa perspetiva de confluência de eficácia e melhoria interna existem atualmente, no contexto educativo português, orientações legais para que as escolas sejam, por um lado, sujeitas a processos de avaliação externa e, por outro, induzidas a criar mecanismos de autoavaliação sobre si próprias. Embora a escola seja, pelo menos em parte, um “locus de reprodução normativa”, na prática não tem sido fácil o diálogo entre a avaliação externa e os processos de mudança e melhoria, através da autoavaliação institucional. Num contexto onde os objetivos são, por vezes, inconsistentes e não consensuais e as tecnologias pouco claras e frequentemente mal dominadas, a ação organizacional em torno dos processos avaliativos acaba por refletir o jogo dos atores. Perante a “natureza política” da avaliação, as escolas e os seus atores recorrem a “soluções organizacionais” que lhes permitem, em função dos interesses e dos objetivos individuais e organizativos, gerir as pressões e as expetativas do seu meio institucional. Integrada numa investigação mais ampla, em curso, com a finalidade de averiguar os efeitos do programa de avaliação externa das escolas (AEE) nas dinâmicas de autoavaliação e nos planos de ação para a melhoria da escola, na presente comunicação analisa-se as relações entre a avaliação e as mudanças ocorridas na escola. Questiona-se essencialmente: quais as mudanças ocorridas na escola na sequência dos processos avaliativos. O estudo geral no qual a comunicação se baseia insere-se numa matriz de cariz essencialmente qualitativo e opta pelo estudo de casos múltiplos, aplicado a cinco escolas (2 escolas secundárias e 3 agrupamentos de escola). Como fonte de informação recorreu-se à observação, entrevistas, e inquérito por questionário. Nesta comunicação apresentam-se essencialmente os resultados das trinta e sete entrevistas realizadas a atores da comunidade educativa com diferentes funções nas escolas. Os resultados preliminares tendem a evidenciar que as organizações educativas, nas respostas às prescrições externas para a avaliação da escola e para a melhoria recorrem a estratégias e táticas plurais, de tal modo que as mudanças que ocorrem nas estruturas, nos processos e nas práticas, mais do que respostas à necessidade de eficácia e melhoria interna da escola, traduzem-se em processos de adaptação, que variam consoante as tensões existentes entre o contexto institucional e o ambiente competitivo onde as escolas estão inseridas

    POLÍTICA, GESTÃO E DEMOCRACIA NO GOVERNO DAS ESCOLAS: o caso de um agrupamento escolar no norte de Portugal

    Get PDF
    nserido nas preocupações atuais sobre os efeitos das ideologias e práticas neoliberais ao nível das condições de equidade nos agrupamentos de escolas, o nosso estudo constitui um recorte numa investigação em curso centrada na temática: “Políticas, Governação e Administração da Educação: Democracia, Desigualdade e Diferença”. A questão que orienta essa investigação é a seguinte: Como se organiza a escola para promover a democracia? Sustentando-nos na análise de conteúdo dos documentos estruturantes de um dos agrupamentos de escolas inserido na pesquisa referida, pretendemos compreender como, no contexto em análise, se procuram compatibilizar as pressões performativas, com os imperativos jurídico-normativos da “democratização do ensino” e de “uma justa e efetiva igualdade de oportunidades no acesso e sucesso escolares” (Lei de Bases do Sistema Educativo). Para atingir este objetivo, o nosso olhar debruça-se sobre alguns dos “instrumentos de autonomia” do agrupamento, dedicando especial atenção ao projeto educativo, ao regulamento interno e também ao projeto de intervenção do diretor. Para desvelar as lógicas discursivas evidenciadas nos documentos analisados, recorremos às teorias da justiça, destacando o conceito de “justiça complexa” (ESTÊVÃO, 2002), e às teorias da democracia, incluindo o conceito de “pós-democracia gestionária” (LIMA, 2014). Para a dilucidação das “lógicas de justificação” subsumidas nos documentos analisados mobilizamos ainda as perspetivas teóricas que discutem a escola como “lugar de vários mundos” e racionalidades (DEROUET, 2000) e que enfatizam a importância da “estrutura formal como mito e cerimónia” (MEYER; ROWAN, 1977).Palavras chave: Agrupamentos. Democracia. Eficácia, Equidade. Justiça complexaPOLITICS, MANAGEMENT AND DEMOCRACY IN THE GOVERNMENT OF SCHOOLS: the case of a school cluster in the north of PortugalAbstractInserted in the current concerns about the effects of neoliberal ideologies and practices in terms of equity conditions in school clusters, our study constitutes an outline of an ongoing investigation centred on the theme: “Education Policies, Governance and Administration: Democracy, Inequality and Difference". The question that guides this investigation is the following: How is the school organized to promote democracy? Based on the content analysis of the structuring documents of one of the school clusters inserted in the referred research, we intend to understand how, in the context under analysis, they seek to reconcile the performative pressures with the legal-normative imperatives of “democratization of education” and “a fair and effective equal opportunity in school access and success” (Basic Law of the Educational System). In order to achieve this objective, our view focuses on some of the “instruments of autonomy” of the group, paying special attention to the educational project, the internal regulations and the intervention project of the director. To unveil the discursive logics evidenced in the analysed documents, we resort to theories of justice, highlighting the concept of “complex justice” (ESTÊVÃO, 2002), and the theories of democracy, including the concept of “managerial post-democracy” (LIMA, 2014). In order to clarify the “logics of justification” contained in the analysed documents, we also mobilized the theoretical perspectives that discuss the school as a “place of several worlds” and rationalities (DEROUET, 2000) and that emphasize the importance of “formal structure as myth and ceremony” (MEYER; ROWAN, 1977).Keywords: School clusters. Democracy. Effectiveness, Equity. Complex justicePOLÍTICA, GESTIÓN Y DEMOCRACIA EN EL GOBIERNO DE LAS ESCUELAS: el caso de un grupo escolar en el norte de PortugalResumenInserto en las preocupaciones actuales sobre los efectos de las ideologías y prácticas neoliberales en términos de condiciones de equidad en las agrupaciones escolares, nuestro estudio constituye un esbozo de una investigación en curso centrada en el tema: “Políticas educativas, gobernabilidad y administración: democracia, desigualdad y Diferencia". La pregunta que guía esta investigación es la siguiente: ¿Cómo se organiza la escuela para promover la democracia? A partir del análisis de contenido de los documentos estructurantes de una de las agrupaciones de escuelas insertadas en la investigación referida, pretendemos comprender cómo, en el contexto analizado, se busca conciliar las presiones performativas, con los imperativos jurídico-normativos de “democratización de la educación” y “una justa y efectiva igualdad de oportunidades en el acceso y éxito escolar” (Ley Básica del Sistema Educativo). Para lograr este objetivo, nuestra mirada se centra en algunos de los “instrumentos de autonomía” de la agrupación escolar, prestando especial atención al proyecto educativo, la normativa interna y también el proyecto de intervención del director. Para develar las lógicas discursivas evidenciadas en los documentos analizados, recurrimos a las teorías de la justicia, destacando el concepto de “justicia compleja” (ESTÊVÃO, 2002), y las teorías de la democracia, incluyendo el concepto de “posdemocracia gerencial” (LIMA, 2014). Para aclarar las “lógicas de la justificación” contenidas en los documentos analizados, también movilizamos las perspectivas teóricas que discuten la escuela como un “lugar de varios mundos” y racionalidades (DEROUET, 2000) y que enfatizan la importancia de la “estructura formal como mito y ceremonia”. (MEYER; ROWAN, 1977).Palabras clave: Agrupaciones. Democracia. Efectividad. Equidad. Justicia complej
    corecore