3 research outputs found

    Transtornos mentais comuns em Petrópolis-RJ: um desafio para a integração da saúde mental com a estratégia de saúde da família

    Get PDF
    OBJECTIVE: Common mental disorders are present in more than 50% of patients attending primary care clinics. The main objectives of this study were to detect whether there is any special group of patients within the Family Health Strategy that should be considered to be in greater risk for common mental disorders and to recommend alternative interventions to aid these patients. METHOD: In 2002, a cross-sectional study on common mental disorders seen at Family Health Strategy centers was conducted in Petrópolis, State of Rio de Janeiro. RESULTS: Common mental disorders were associated with women (OR = 2.90; 95% CI 1.82-4.32), younger than 45 years of age (OR = 1.43; 95% CI 1.02-2.01), with a monthly per capita family income of less than US40.00(OR=1.68;9540.00 (OR = 1.68; 95% CI 1.20-2.39), and without a partner (OR = 1.71; 95% CI 1.22-2.39). Illiteracy was associated with common mental disorders among patients who were not extremely poor. Social support networks such as going often to church (OR = 0.62; 95% CI 0.43-0.89); participating in artistic and sporting activities (OR = 0.42; 95% CI 0.26-0.70) and having at least four trusted relatives or friends (OR = 0.53; 95% CI 0.31-0.91) was inversely associated with common mental disorders. DISCUSSION: Poor women with little social support represent a special group at risk for common mental disorders in the primary care setting. Some countries have developed special interventions to treat patients with common mental disorders in primary care. CONCLUSION: Mental health care programs could include evidence-based psychosocial interventions to assist women in overcoming the vicious circle of poverty and dealing with their mental disorders.OBJETIVO: Transtornos mentais comuns estão presentes em cerca de 50% dos pacientes atendidos nas unidades de atenção primária. Os principais objetivos deste estudo foram investigar a presença de grupos especiais de pacientes na Estratégia de Saúde da Família que devam ser considerados como em maior risco para transtornos mentais comuns e recomendar intervenções alternativas que auxiliem estes pacientes. MÉTODO: Em 2002, um estudo de corte transversal sobre transtornos mentais comuns foi realizado nas unidades do Programa de Saúde da Família em Petrópolis-RJ. RESULTADOS: A presença de transtornos mentais comuns estava associada a ser mulher (OR = 2,90; 95% CI 1,82-4,32), ter menos de 45 anos (OR = 1,43; 95% CI 1,02-2,01), com uma renda per capita familiar menor que U40,00 (OR = 1,68; 95% CI 1,20-2,39) e sem companheiro (OR = 1,71; 95% CI 1,22-2,39). Analfabetismo se associava a transtornos mentais comuns em pacientes que não eram extremamente pobres. Redes de suporte social, tais como frequentar regularmente a igreja (OR = 0,62; 95% CI 0,43-0,89), participar de atividades esportivas e artísticas (OR = 0,42; 95% CI 0,26-0,70) e ter pelo menos quatro amigos ou parentes em quem se podia confiar (OR = 0,53; 95% CI 0,31-0,91) estavam inversamente associadas a ter transtornos mentais comuns. DISCUSSÃO: Existe um grupo de risco especial para transtornos mentais comuns na atenção primária: mulheres, pobres, com pouco suporte social. Intervenções especiais para que sejam cuidadas na atenção primária têm sido desenvolvidas em outros países. CONCLUSÃO: Intervenções terapêuticas com comprovada evidência científica para apoiar essas mulheres a romper o círculo vicioso de pobreza e transtornos mentais podem ser inseridas nas ações de saúde mental.Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq)Universidade do Estado do Rio de Janeiro School of Medical ScienceUniversidade do Estado do Rio de Janeiro Institute of Social MedicinePublic Health National SchoolUniversidade Federal de São Paulo (UNIFESP) Escola Paulista de MedicinaUniversity of London King's College Institute of PsychiatryUNIFESP, EPMSciEL

    Nosological profile and prevalence of common mental disorders of patients seen at the Family Health Program (FHP) units in Petrópolis, Rio de Janeiro Perfil nosológico e prevalência de transtornos mentais comuns em pacientes atendidos em unidades do Programa de Saúde da Família (PSF) em Petrópolis, Rio de Janeiro

    No full text
    OBJECTIVES: This study aims to detect the prevalence of common mental disorders among patients seen by doctors at family health program units in Petrópolis-RJ, and to establish their nosological profile. METHOD: The population of the study included all 18 to 65-year-old patient who attended any family health program units included in the study during a 30-day period, between August and December 2002 (n = 714). The prevalence of common mental disorders was assessed using the General Health Questionnaire, 12 item version. In order to establish the nosological profile, the Composite International Diagnostic Interview was administered to all common mental disorders positive patients who accepted to return (n = 215). RESULTS: At the cut-off point of 2/3 the common mental disorders prevalence was 56% and for 4/5, it was 33%. The most frequent nosological categories found among common mental disorders positive patients were depression and anxiety categories along with posttraumatic stress disorder, somatoform pain disorder and dissociative disorders. There was a high frequency of comorbidity, especially between anxiety, depression, somatoform and dissociative disorders. CONCLUSIONS: The common mental disorders prevalence and the nosological profile found in FHP were similar to those of other primary care studies in Brazil, but some disorders (posttraumatic stress disorder, somatoform pain disorder and dissociative disorders) that had not been previously studied in this context were also very frequent. The high common mental disorders prevalence found reinforces the urgent need for systematic inclusion of this level of care in mental health assistance planning.OBJETIVOS: Conhecer a prevalência de transtornos mentais comuns na clientela atendida no Programa de Saúde da Família (PSF) em Petrópolis-RJ e seu perfil nosológico. MÉTODO: Foram estudados todos os pacientes entre 18 e 65 anos atendidos no período de 30 dias, entre agosto e dezembro de 2002 (n = 714). A prevalência de transtornos mentais comuns foi avaliada por meio do General Health Questionnaire 12 itens. Aos pacientes considerados positivos para transtornos mentais comuns foi aplicado o Composite International Diagnostic Interview para caracterização nosológica (n = 215). RESULTADOS: Detectou-se prevalência de 56% de transtornos mentais comuns para o ponto de corte 2/3 e de 33% para 4/5. As categorias nosológicas mais comumente encontradas entre os pacientes com transtornos mentais comuns positivos foram depressão e ansiedade, junto com transtorno de estresse pós-traumático, transtorno de dor somatoforme e transtornos dissociativos. Houve alta freqüência de comorbidade, especialmente entre transtornos ansiosos, depressivos, somatoformes e dissociativos. CONCLUSÕES: A prevalência de transtornos mentais comuns e o perfil nosológico encontrados foram equivalentes àqueles de outros estudos em Atenção Primária no Brasil, porém destacaram-se transtornos não pesquisados anteriormente neste campo (transtorno de estresse pós-traumático, transtorno de dor somatoforme e transtornos dissociativos). A alta prevalência de transtornos mentais comuns reforça a necessidade urgente de inclusão sistemática desse nível de cuidado no planejamento da assistência em saúde mental
    corecore