47 research outputs found

    A crise de interpretação é nossa: procurando compreender a fala das classes subalternas

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    Perhaps one of the most difficult questions that professionals/mediators face with respect to their contacts with working-cJass populations is that ofunderstanding that popular culture is, in fact, an immediate theory, that is, an accumulated and systematized knowledge that interprets and explains reality. In this sense, even though some professionals/mediators may be respectful and attentive with the poor, the role of "tutor" is still predorninánt in the relationships with these groups. Paying careful attention to what the poor are saying is not just a question of good manners. It is also a question of completing an equation which is lopsided because it includes only the contribution of the professionaJlmediator.Talvez uma das coisas mais dificeis para os profissionais/mediadores compreenderem, com relação aos contatos que desenvolvem com as classes subalternas, é que a cultura popular é, na realidade, uma teoria imediata, isto é, um conhecimento acumulado e sistematizado que interpreta e explica a realidade. Neste sentido, mesmo que alguns mediadores sejam mais atenciosos e mais respeitosos com os pobres da periferia, o papel de "tutor" ainda predomina nas suas relações com esses grupos. Prestar atenção ao que os pobres estão dizendo não é apenas uma questão de "educação", é também uma questão de completar uma equação que está distorcida, porque inclui apenas 'a contribuição do profissional/mediador

    Redes sociais, poder e saúde à luz das classes populares numa conjuntura de crise

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    A crise do Estado provedor, provocada pelo processo de globalização, afeta de maneira dramática a relação das classes populares com os serviços de saúde no Brasil. O surgimento de um mundo neo-liberal, concentrador de renda e excludente necessariamente aponta para a construção de um outro mundo, em que a sobrevivência estará íntimamente relacionada com a solidariedade. Se não fosse por essa crise, talvez uma proposta como a do apoio social na área de saúde não chamasse tanto atenção. No entanto, uma vez "aberta a janela" para ver com mais cuidado essa proposta, é possível reconhecer que ela possui legitimidade por seus próprios méritos, e até independe da própria crise. A discussão do apoio social como proposta de educação e saúde abre a perspectiva de abordar uma questão que freqüentemente gera contradições no meio dos mediadores de educação popular: a religiosidade das classes populares. É algo a ser superado com o tempo, ou é parte integrante da cultura popular

    Informação, ciência e sociedade

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    No Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia (IBICT), através de uma nova matéria, procura-se relacionar mais estreitamente a informação e as ciências humanas. Algumas das questões postas em discussão nessa matéria tratam das relações entre informação, desenvolvimento e progresso, a função social da informação e a importância da informação local

    Pobreza, emoção e saúde: uma discussão sobre pentecostalismo e saúde no Brasil

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    No campo de educação e saúde tem surgido um debate sobre a origem dos problemas de saúde, o qual propõe que a origem desses problemas está basicamente relacionado com as emoções mais do que com bactérias ou vírus. A teoria do apoio social sugere que, se as emoções são relacionadas ao surgimento das doenças, as soluções também estão relacionadas com as emoções. As chamadas terapias alternativas são propostas para lidar com as emoções, juntamente com a teoria do apoio social. Esta teoria propõe que quando pessoas recebem apoio emocional ou material sistemático de grupos ou instituições, este apoio é benéfico para a saúde dessas pessoas. A hipótese levantada é que o custo das terapias alternativas, juntamente com as dificuldades do sistema público de saúde em lidar com os sofrimentos dos pobres, ajuda a explicar o grande crescimento das igrejas pentecostais e evangélicas em torno das classes populares no Brasil

    Educação, participação, urbanização: uma contribuição à análise histórica das propostas institucionais para as favelas do Rio de Janeiro, 1941-1980

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    Por quase meio século, instituições governamentais e religiosas vêm implementando programas técnico-administrativos e educacionais nas favelas do Rio de Janeiro. A análise que se desenvolve desses programas mostra que, embora os contextos históricos possam variar, há fortes semelhanças na maneira em que estas instituições se vêem e na maneira que vêem suas relações com as populações das favelas. A análise é desenvolvida utilizando-se categorias tais como urbanização, participação, responsabilidade, moral e cidadania.For almost half a century, governmental and religious institutions have been implementing technical-administrative and educational programs in the favelas of Rio de Janeiro. An analysis of these programs demonstrates that, although the historical contexts may vary, there is a striking similarity in the way these institutions view themselves and their relations with the favela populations. The analysis is developed utilizing categories such as urbanization, participation, responsability, moral and citizenship
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