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A Constituição do Sujeito de Linguagem: entre “Eu” e o “Outro
Este artigo apresenta uma discussão acerca da constituição do sujeito de linguagem, numa perspectiva bakhtiniana. Fundada no princípio do dialogismo, esta reflexão não poderia deixar de priorizar uma característica que lhe é fundamental: a erogeneidade, uma vez que esta liga de maneira constitutiva o “Eu” do discurso com o seu “Outro”, introduzindo o conceito de alteridade que é vista neste trabalho como um movimento discursivo entre sujeitos que se mobilizam e se formam na/pela linguagem. Assim, Bakhtin leva a uma redefinição do sujeito situando-o como o lugar de uma constante dispersão e aglutinação de vozes, socialmente situadas e ideologicamente marcadas.
Palavras-chave: Linguagem; Alteridade; Dialogismo; Polifonia.
Abstract: This article presents a dialogue about a language subject constitution in Bakhtin’s perspective. The reflection is based in dialogism’s principle and the main characteristic is the heterogeneity. This heterogeneity links the manner constitutive of the individuality “I” as a subject of the speech with the own “Other” continuing as a individuality in the speech. This work introduces the alterity as a conception, and this conception have been showed as a speech movement between individualities that are performing and that are building in the language and by the language. However, Bakthin shows a redefinition of the subject. He is putting this subject in a position of action in constanty dispersion and agglutination of many different voices,
but these different voices are social and ideological fixed and situated in a context.
Key words: Language; Alterity; Dialogism; Polyphony
EDITORIAL
Finalizamos este ano com o Dossiê Educação e Contação de Histórias, que nos apresenta en[1]redos, pesquisas e estudos sobre e com a con[1]tação de histórias que atravessam a Educação Básica em diferentes perspectivas. Histórias que se hibridizam com as narrativas, as memó[1]rias, as práticas pedagógicas, as propostas de inclusão escolar, as teorias sociais, decoloniais, entre outras. O Dossiê traduz tradições cons[1]truídas pela sabedoria oriunda de comunida[1]des, do imaginário, dos mitos, da literatura oral e do cotidiano escolar que circundam nossa construção de conhecimento que se consolida em lutas e (re)existências que se misturam com os investimentos de produção consolidados na contemporaneidade e nas viradas paradigmáti[1]cas produzidas pelos povos latino-americanos e africanos nos últimos ano
Relaçoes de saber e poder no trabalho com a linguagem verbal : um estudo sobre as estratégias de exclusao e inclusao socio-educacionais
Il s'agit, dans cette recherche, de décrire et analyser les relations de savoir et de pouvoir dans la salle de classe, à partir des mécanismes d'exclusion et d'inclusion véhiculés par le langage verbal. Le principal abordage concerne l'étude de cette relation de savoir et de pouvoir présente dans l'action du langage scolaire, dans les classes « d'accélération scolaire », d'écoles situées dans le municipe de Serrolândia, état de Bahia, Brésil. Dans cet objectif, nous avons choisi l'abordage quantitatif inspiré de la veine ethnométhodologique, subsidie par le discours et la pratique circulant dans le milieu scolaire.
Cette étude apporte des éléments qui pourront contribuer aux réflexions sur l'importance du langage dans le processus enseignement-apprentissage et élargir le débat, aux côtés des linguistes, des éducateurs et étudiants en Licence en général, sur le degré d'importance substantielle que le langage, dans la perspective bakhtinienne, acquiert au cours de l'intervention verbale ayant lieu dans la salle de classe. Elle vise également à étayer la pratique des professeurs de l'école publique dans le travail sur le langage verbal, puisque dans une vision socio-historique internationale du langage, sa fonction assume une importance substantielle dans la formation du sujet. La discussion qui y est développée s'attache aux marques et aux procédés d'exclusion, aux contradictions et aux contraintes sociales qui prennent forme dans la salle de classe, à travers les rites, la discipline, les interdits, le silence, le curriculum, entre autres ; le professeur étant l'agent socialement autorisé à contrôler, distribuer, garantir et entretenir ce statu quo du processus éducatif, l'élève ayant, pour sa part, un rôle significatif dans la transformation de cette situation.
Cette recherche montre que le processus pédagogique, conçu comme interaction verbale sociale, n'accorde pas encore au langage une importance en tant qu'élément constitutif de l'individu, et que l'élève, vu sous l'angle du modèle produit par l'école, bien que celui-ci en exclut sa culture, sa parole, sa voix, y poursuit néanmoins le rêve d'inclusion grâce au « bon usage du langage ». C'est cependant du fait de ses actions, réactions et interactions qu'il parvient à créer, par l'intermédiaire du langage, des éléments de résistance face à ce standard établi par l'école. Enfin, nous observons qu'au sein de la fausse homogénéité désirée et instituée par l'école, l'hétérogénéité se configure, par le biais de l'interaction linguistique, comme principal constructeur de résistance des groupes minoritaires
Documentación narrativa de experiencias pedagógicas en la conformación del profesorado en red
Este artigo apresenta o dispositivo epistemo-político-metodológico da Documentação Narrativa de Experiências Pedagógicas no movimento de co(n)formação docente em redes. Trata-se de um projeto de pesquisa-ação-formação desenvolvido no Brasil, em diálogo com experiências de pesquisa educacional realizadas na Argentina, a partir do trabalho com professores do ensino fundamental que narram saberes pedagógicos construídos no cotidiano escolar, fortalecendo o movimento de produção de narrativas de (re). )existência que atravessa a formação docente. As experiências de co(n)formação foram construídas a partir dos princípios e itinerários do dispositivo epistemo-político-metodológico do DNEP, apresentados nas histórias e comentários dos professores que compõem o Coletivo Baiano de professores narradores
Editorial
Quem forma o professor e a professora das Universidades? Qual o lugar da didática na Docência Universitária? Como ocorre a aprendizagem docente universitária? Essas e outras questões atravessam o Dossiê 74 Educação e Docência Universitária, o qual apresenta pesquisas que dialogam com o cotidiano docente construído nas Universidades, em seus diferentes cursos
Editorial
A Revista da FAEEBA apresenta, nesta edição, o Dossiê Educação Integral e Desenvolvimento Humano com um tema que nos revela muito das demandas da educação básica e suas relações com as produções de pesquisa, formação e extensão nessa área de conhecimento.A Educação Integral é um espaço-tempo de disputas político-pedagógicas que temos de enfrentar nos cotidianos da escola em suas diferentes práticas curriculares. As temporalidades e suas relações com a formação integral dos sujeitos representam, cada vez mais, outros modos de fazer-sentir-pensar a educação nos tempos atuais, numa perspectiva que possa ampliar os horizontes dos/as estudantes e docentes, em lutas e práticas emancipatórias. Este volume amplia as discussões sobre o assunto e aponta para uma ação socialmente integradora, de tal forma que possa representar uma contribuição ao processo de (re) democratização da instituição escolar pública. O retrocesso histórico que tivemos nos últimos anos evidencia os limites postos à luta pela democratização do Estado brasileiro e, sobretudo, das políticas públicas. Especificamente, na área educacional, projetos como Escola sem Partido, a reforma do ensino médio e a aprovação da Base Nacional Comum Curricular reforçaram princípios das agendas neoliberais e ultraconservadoras que garantiram o interesse, sobretudo, do desmonte do ensino públic
Narrativas de (re)existências pedagógicas na educação básica: escritas transgressoras de docentes a partir da escola
Este artigo apresenta narrativas de docentes em um movimento de escritura da experiência sobre o habitar a profissão no Ensino Fundamental com base na autoria pedagógica e em outros modos de fazer-pensar-viver a escola. O texto articula-se, narrativamente, com o dispositivo da Documentação Narrativa de Experiências Pedagógicas construído pelo Coletivo Baiano de Docentes Narradores/as. Elegi três relatos de docentes para tratar das ressonâncias da escrita transgressora, presentes na obra pedagógica produzida nos processos formativos entre Escola e Universidade. Os relatos revelam movimentos disruptivos e transgressores em que a escrita narrativa ocupou as fissuras das propostas curriculares e da política de conhecimento construída a partir da escola.
APRESENTAÇÃO
O Dossiê Educação Básica e Universidade: redes de formação docente na América Latina compartilha pesquisas e práticas de formaçãode professores(as) vivenciadas em redes. O conjunto de artigos aqui apresentados discute experiências pautadas em uma perspectiva epistemopolítico decolonial, a qual busca legitimar movimentos vividos na docência da Educação Básica que fogem à lógica hegemônica da racionalidade técnica e instrumental. Em diferentes países da América Latina, as políticas oficiais de formação docente implementadas investem em ações onde “o que fazer” e o “como fazer” estão definidos a priori pelos(as) formadores(as). Esse modelo de racionalidade técnica e instrumental criticado, com veemência, há quase quatro décadas, mas ainda hegemônico, invisibiliza saberes, fazeres e experiências docentes vividas nos cotidianos das escolas; limita e reduz a participação dos(as) docentes nos processos vivenciados; investe na repetição e despotencializa a criação e a invenção. Assim, o processo de formação de professores(as) é atravessado, na maioria das vezes, pela razão indolente em que se hierarquizam e selecionam conhecimentos que compõem ações, propostas e políticas de formação. Santos (2000) situa a razão metonímica como uma das formas da razão indolente, a qual reivindica uma única racionalidade, inscrita de forma monocultural, homogênea, monológica e dicotômica. Há uma subalternização das epistemes que se distinguem neste modelo, gerando a colonialidade do saber e, ressaltamos, do poder
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