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    Febre amarela no Brasil: reflexões e hipóteses sobre a emergência em áreas previamente livres

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    São descritos e discutidos fatores associados a emergência e dinâmica da transmissão da febre amarela nos estados de São Paulo e Rio Grande do Sul nos anos de 2008 e 2009. A interação dos seguintes fatores foi fundamental para a emergência de febre amarela nesses estados: a grande população humana suscetível; a elevada prevalência de vetores e hospedeiros (primatas não humanos); condições climáticas favoráveis, sobretudo o excesso de chuvas no verão; a emergência de uma nova linhagem viral; e a circulação de pessoas ou macacos infectados em fase virêmica. Apenas um programa eficiente de vigilância pode prevenir ocorrências similares nesses estados brasileiros.This article describes and discusses factors associated to the reemergence of yellow fever and its transmission dynamics in the states of São Paulo (Southeastern Brazil) and Rio Grande do Sul (Southern) during 2008 and 2009. The following factors have played a pivotal role for the reemergence of yellow fever in these areas: large susceptible human population; high prevalence of vectors and primary hosts (non-human primates); favorable climate conditions, especially increased rainfall; emergence of a new genetic lineage; and circulation of people and/or monkeys infected by virus. There is a need for an effective surveillance program to prevent the reemergence of yellow fever in other Brazilian states.Son descritos y discutidos factores asociados con la emergencia y dinámica de la transmisión de la fiebre amarilla en los estados de Sao Paulo (Sureste de Brasil) y Rio Grande do Sul (Sur de Brasil) en los años 2008 y 2009. La interacción de los siguientes factores fue fundamental para la emergencia de fiebre amarilla en esos estados: la gran población humana susceptible; la elevada prevalencia de vectores y hospedadores (primates no humanos); condiciones climáticas favorables, principalmente el exceso de lluvias en el verano; la emergencia de un nuevo linaje viral; y la circulación de personas o monos infectados en fase virémica. Sólo un programa eficiente de vigilancia puede prevenir ocurrencias similares en esos estados brasileros

    Risco do chikungunya para o Brasil

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    o objetivo deste estudo foi mostrar, com base na literatura sobre o tema, o potencial de dispersão e estabelecimento do vírus chikungunya no brasil. O vírus chikungunya, um Togaviridae do gênero Alphavirus, atingiu as Américas em 2013 e, no ano seguinte, mais de um milhão de casos foram notificados. No Brasil, foi registrada transmissão autóctone no Amapá e Bahia, mesmo durante o período de baixo índice pluviométrico, expondo ao risco de propagação do vírus todo o território nacional. Historicamente, o Brasil é infestado por Ae. Aegypti e Ae. Albopictus, também vetores do dengue. É possível que o chikungunya se dissemine, sendo importante que medidas sejam tomadas para evitar que o vírus se torne endêmico no País. A adequada assistência a pacientes com febre de chikungunya requer treinamento de clínicos, reumatologistas, enfermeiros e especialistas em diagnóstico laboratorial. Até novembro de 2014 foram notificados no Brasil mais de 1.000 casos da virose. Estudos experimentais em modelos animais devem ser realizados para conhecer a dinâmica da infecção e a patogenia, bem como identificar mecanismos fisiopatológicos que possam contribuir para identificar drogas com efeito sobre o vírus. São necessários ensaios clínicos para identificar a relação causal do vírus com sérias lesões observadas em diferentes órgãos e nas articulações. Na ausência de vacinas ou drogas efetivas contra o vírus, a única forma de prevenir a doença é atualmente o controle vetorial, o que também reduzirá o número de casos de dengue.This study aimed to show, based on the literature on the subject, the potential for dispersal and establishment of the chikungunya virus in Brazil. The chikungunya virus, a Togaviridae member of the genusAlphavirus, reached the Americas in 2013 and, the following year, more than a million cases were reported. In Brazil, indigenous transmission was registered in Amapa and Bahia States, even during the period of low rainfall, exposing the whole country to the risk of virus spreading. Brazil is historically infested by Ae. aegypti and Ae. albopictus, also dengue vectors. Chikungunya may spread, and it is important to take measures to prevent the virus from becoming endemic in the country. Adequate care for patients with chikungunya fever requires training general practitioners, rheumatologists, nurses, and experts in laboratory diagnosis. Up to November 2014, more than 1,000 cases of the virus were reported in Brazil. There is a need for experimental studies in animal models to understand the dynamics of infection and the pathogenesis as well as to identify pathophysiological mechanisms that may contribute to identifying effective drugs against the virus. Clinical trials are needed to identify the causal relationship between the virus and serious injuries observed in different organs and joints. In the absence of vaccines or effective drugs against the virus, currently the only way to prevent the disease is vector control, which will also reduce the number of cases of dengue fever

    Oropouche Virus Isolation, Southeast Brazil

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    An Oropouche virus strain was isolated from a novel host (Callithrix sp.) in Arinos, Minas Gerais State, southeastern Brazil. The virus was identified by complement fixation test and confirmed by reverse transcription–polymerase chain reaction. Phylogenetic analysis identified this strain as a genotype III isolate previously recognized only in Panama

    Instituto Evandro Chagas and its memorable past

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    Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Instituto Evandro Chagas. Ananindeua, PA, Brasil.Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Instituto Evandro Chagas. Ananindeua, PA, Brasil.Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Instituto Evandro Chagas. Ananindeua, PA, Brasil.Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Instituto Evandro Chagas. Ananindeua, PA, Brasil

    Primeiro registro de epidemias causadas pelo vírus Oropouche nos Estados do Maranhão e Goiás, Brasil

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    The authors describe the occurrence of outbreaks caused by Oropouche virus (ORO) in the states of Maranhão and Goiás, Brazil in 1988. 36 strains of the virus were obtained from the intracerebral inoculation of the blood of 120 patients into 2-3 day-old infant mice. The illness was characterized by headache, fever, pain in the muscles, joints and back, photophobia, retrobulbar pain, nausea and dizziness. 128 of 197 people examined in Porto Franco, MA, had hemagglutination-inhibiting antibodies to the agent, while 106 of them had IgM antibodies by MAC ELISA test. All age groups were infected, although the incidence was higher among who had 10 to 19 years old. There was no difference, in relation to sex infections. Recurrence of symptoms was reported in 56% of sick people. Mice inoculated with 3624 Culicoides paraensis (Ceratopogonidae) and 1970 Culex (Cux.) quinquefasciatus (Culicidae) collected in Porto Franco resulted in one single isolation of ORO virus, from the Culicoides. These are the first confirmed cases of ORO infection in Maranhão and Goiás states.Os autores descrevem a ocorrência de epidemias causadas pelo vírus Oropouche (ORO) nos Estados do Maranhão (MA) e Goiás (GO) em 1988. 36 amostras de vírus foram obtidas a partir da inoculação do sangue de 120 pacientes em camundongos recém nascidos. A doença foi caracterizada por febre, cefaléia, dores musculares, articulares, fotofobia, dor retro ocular, náuseas e tontura. 128 das 197 pessoas examinadas em Porto Franco, MA, tinham anticorpos inibidores da hemaglutinação (IH) para o agente e, em 106 foram detectados anticorpos IgM por MAC ELISA. Todos os grupos etários foram infectados, embora a incidência tenha sido mais elevada entre aqueles com 10 a 19 anos de idade. Quanto ao sexo, a infecção ocorreu igualmente em ambos os sexos. Recorrência dos sintomas foi observada em 56% dos casos positivos estudados. A inoculação em camundongos Swiss recém nascidos de 3.624 Culicoides paraensis (Ceratopogonidae) e 1.970 Culex (Culex) quinquefasciatus (Culicidae), coletados em Porto Franco-MA, resultou em um único isolamento do vírus ORO a partir dos Culicoides. Essa é a primeira descrição de casos confirmados de infecção pelo vírus Oropouche nos Estados do Maranhão e Goiás, Brasil

    Reemergence of Oropouche Fever, Northern Brazil

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    Oropouche fever has reemerged in Parauapebas and Porto de Moz municipalities, Pará State, Brazil. Serologic analysis (immunoglobulin M–ELISA) and virus isolation confirmed Oropouche virus (OROV) in both municipalities. Nucleotide sequencing of 2 OROV isolates from each location indicated genotypes I (Parauapebas) and II (Porto de Moz) in Brazil

    Guillain-Barré syndrome and dengue-like disease in 2015: temporal relationship in Piauí state and implications on Zika virus surveillance

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    Secretaria de Estado da Saúde do Piauí. Instituto de Doenças Tropicais Natan Portella. Teresina, PI, Brasil / Fundação Municipal de Saúde de Teresina. Diretoria de Vigilância em Saúde. Teresina, PI, Brasil.Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Instituto Evandro Chagas. Ananindeua, PA, Brasil.Secretaria de Estado da Saúde do Piauí. Gerência de Vigilância em Saúde. Teresina, PI, Brasil.Universidade Federal do Piauí. Departamento de Medicina Especializada. Teresina, PI, Brasil.Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Instituto Evandro Chagas. Ananindeua, PA, Brasil.Secretaria de Estado da Saúde do Piauí. Gerência de Vigilância em Saúde. Teresina, PI, Brasil.Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Instituto Evandro Chagas. Belém, PA, Brasil.Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Instituto Evandro Chagas. Belém, PA, Brasil.Fundação Municipal de Saúde de Teresina. Diretoria de Vigilância em Saúde. Teresina, PI, Brasil.Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Instituto Evandro Chagas. Belém, PA, Brasil

    Encontro de Aedes albopictus no Estado do Pará, Brasil

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    It is first reported the detection of Aedes (Stg) albopictus mosquitoes in state of Pará, Brazil, in the urban area of Medicilândia, a municipality far 90 km from Altamira, where 42 adult mosquitoes were baited using human attraction. All mosquitoes were pooled and inoculated into C6/36 and suckling mice in attempts for virus isolation. No virus was isolated. The occurrence of Aedes albopictus in urban areas of the Amazon region is of concern since dengue and yellow fever viruses are endemic in the Amazon and thus there is a potential risk for this mosquito species to become infected with both viruses.Pela primeira vez é registrada a presença do Aedes (Stg) albopictus no Estado do Pará, Brasil, em área urbana no município de Medicilândia distante cerca de 90 km de Altamira, onde foram capturados por meio de isca humana 42 exemplares de mosquitos adultos. Estes foram inoculados em C6/36 e em camundongos recém-nascidos na tentativa de isolamento viral, não tendo sido isolado nenhum vírus. A presença de Aedes albopictus em áreas da Amazônia onde circulam os vírus de dengue e de febre amarela é preocupante e representa um risco potencial desta espécie de mosquito se tornar infectada com tais vírus

    Inquérito soroepidemiológico de dengue em dois municípios do estado do Acre, fronteira Brasil - Bolívia

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    Serum samples from 320 inhabitants from the cities of Brasiléia and Epitaciolândia in Acre State (on the Brazil - Bolívia border) have been tested, using the ELISA method for IgM and IgG. These samples have been tested in the period after an epidemic of dengue in 2000 by serotypes DEN-1 and DEN-2. The prevalence of seropositivity for IgM was of 60.3% and 67.2% for IgG, and only 15% presented seronegativity. The positivity was most frequent among individuals of the male sex (70% IgM; 78.2% IgG), and also in the older ages (p < 0.0005). Among the individuals with no history of dengue, 62.2% and 66.7% presented IgM and IgG antibodies, respectively. The estimative of subnotification of such infection is on the order of 65% in Brasiléia and 9.9% in Epitaciolândia. In conclusion, the high prevalence of infection and the regional characteristics provide conditions for the introduction of new serotypes of dengue, which expose the population of such cities to the risk for the occurrence of dengue hemorrhagic fever.Amostras séricas de 320 pessoas das cidades de Brasiléia e Epitaciolândia, fronteira Brasil (Acre)-Bolívia, foram testadas, pelos métodos de IgM-ELISA e IgG-ELISA, em período posterior as epidemias de dengue ocorridas em 2000 pelos sorotipos DEN-1 e DEN-2. A prevalência de portadores de anticorpos IgM foi de 60,3% e 67,2% de IgG e somente 15,0% foram co-soronegativos. A soropositividade foi mais freqüente entre indivíduos do sexo masculino (70% IgM; 78,2% IgG) e nas faixas etárias mais avançadas (p < 0,0005). Entre as pessoas sem história de dengue anterior, 62,2% e 66,7%, respectivamente, foram IgM e IgG positivos. A estimativa de subnotificação da infecção foi de 65% em Brasiléia, e 69,9% em Epitaciolândia. Em conclusão, a elevada prevalência de infecção prévia e as características regionais facilitam a introdução de novos sorotipos do vírus da dengue, o que coloca a população daquelas cidades sob risco de ocorrência de casos de dengue hemorrágico
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