8 research outputs found

    Sedimentação e deformação tectônica cenozoicas na porção central da Bacia Potiguar

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    Neogene and Quaternary sedimentary covers occur along the Brazilian coast and have been frequently described together as a single unit. The study of Brazilian sedimentary basins concentrates on their rift phase, whereas the post-rift phase has been considered a tectonic quiescent period. In the Potiguar basin, although post-rift Cretaceous units are well investigated, the Neogene and Quaternary sedimentary covers, as well as their identification and differentiation, are still poorly known. A few previous studies have demonstrated that post-rift sedimentary units with no apparent deformation have a complex deformation pattern in all scales of observation. The study of this deformation, however, did not include Neogene and Quaternary units. The main aim of the present study is the characterization of Neogene and Quaternary sedimentary units that outcrop in the central part of the Potiguar Basin, State of Rio Grande do Norte, Brazil, and related tectonics. The study has concentrated on the description of the Barreiras Formation and overlying Quaternary alluvial, marine, and aeolian deposits at 1:100,000 scale. Facies analyses, grain size studies, and luminescence dating were carried out. Ten informal and formal lithostratigraphic sedimentary units were described, in addition to the Precambrian crystalline basement. The main results indicate that several Quaternary alluvial deposits were previously mapped as the Miocene Barreiras Formation. It was possible to locate the new boundaries of the Quaternary sedimentary deposits and their stratigraphic relationships with older units. In addition, it was possible to identify the major fault systems in the basin that show NW- and NE-trending directions, which coincide with macro landforms. It follows that these major fault systems, mainly the NW-trending system, control the deposition of Neogene and Quaternary sedimentary units.As coberturas sedimentares cenozoicas ocorrem ao longo de toda costa brasileira e frequentemente são descritas informalmente como uma unidade única. Quanto à evolução tectônica, os estudos sobre as bacias sedimentares brasileiras se concentram em sua fase rifte, enquanto a fase pós-rifte tem sido considerada um período de pouca atividade. Na Bacia Potiguar, embora as unidades cretáceas pós-rifte sejam bem investigadas, as coberturas sedimentares neogênicas e quaternárias, incluindo suas identificação e diferenciação, são pobremente conhecidas. Alguns trabalhos anteriores têm demonstrado que unidades sedimentares pós-rifte aparentemente não deformadas exibem um complexo padrão deformacional em todas as escalas de observação, contudo o estudo dessa deformação geralmente não tem abrangido as coberturas neogênicas e quaternárias. O principal objetivo deste estudo é a caracterização de unidades sedimentares cenozoicas aflorantes e da tectônica associada, na porção central da Bacia Potiguar, estado do Rio Grande do Norte, Brasil. O estudo se concentrou na descrição da Formação Barreiras e coberturas aluviais quaternárias, depósitos marinhos e eólicos, na escala 1:100.000. Análises de fácies, estudos granulométricos e datação por luminescência foram realizados. Dez unidades sedimentares litoestratigráficas informais e formais foram descritas, em adição ao embasamento cristalino pré-cambriano. Os principais resultados indicam que muitos depósitos aluviais quaternários eram anteriormente mapeados como a Formação Barreiras, de idade miocênica. Foi possível determinar os novos limites dos depósitos sedimentares quaternários e sua relação com unidades mais antigas. Adicionalmente, foi possível identificar os maiores sistemas de falhas na bacia, que apresentam direções NW-SE e NE-SW, que coincidem com as macroformas do relevo. Assim, estes maiores sistemas de falha, especialmente o sistema de direção NW-SE, controla a deposição de unidades sedimentares cenozoicas

    Estudos morfotectônicos aplicados à planície costeira do Rio Grande do Sul e adjacências

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    A Província Costeira do Rio Grande do Sul representa a porção emersa da Bacia de Pelotas, uma bacia marginal da Plataforma Sul Americana desenvolvida em resposta aos processos que levaram à ruptura do Supercontinente Gondwana e subseqüente abertura do Oceano Atlântico sul. Neste trabalho, a evolução morfotectônica desta Província foi investigada a partir da análise de bases cartográficas disponíveis, de imagens de sensores remotos, além da leitura crítica de uma ampla base documental existente, as quais permitiram delinear a contribuição neotectônica a este domínio. A evolução geodinâmica da Bacia de Pelotas, iniciada no Neo-Jurássico / Paleo-Cretáceo, tem seu máximo evolutivo no Mioceno, quando uma extensiva denudação na área continental propiciou um máximo de sedimentação. Os registros diretamente relacionados à Província Costeira do Rio Grande do Sul correspondem à seqüência superior desta Bacia, cujas idades estimadas são do Plioceno ao Recente. A análise morfotectônica efetuada compreendeu uma fase regional (primeira etapa da pesquisa), correspondente à contextualização dos aspectos geológicos, geomorfológicos e geofísicos da Província Costeira como um todo; nesta etapa, os elementos geomorfológicos foram identificados e hierarquizados segundo três sistemas de relevo, quatro regiões geomorfológicas e nove unidades de relevo. A segunda fase da pesquisa foi centrada na análise da rede de drenagem, sendo esta normalmente considerada uma ferramenta adequada à identificação dos sítios preferenciais à materialização da deformação neotectônica; a caracterização de padrões e anomalias da rede de drenagem e de canais fluviais, aliada à análise dos demais elementos do relevo, produziu um conjunto de elementos geomórficos que são usualmente relacionados à atividade neotectônica (segmentação de canais fluviais, cotovelos de captura, facetas trapezoidais e triangulares, etc.) A partir desta análise regional, foi escolhida a região circunvizinha a Porto Alegre para detalhamento, à qual foram preferencialmente direcionados os trabalhos de campo. Neste trabalho, estamos propondo uma complexa história neotectônica para esta área, tendo sido reconhecidos três macro-elementos morfotectônicos, discutidos como o Sistema de Falhas Coxilha das Lombas e a Bacia de Porto Alegre (ambos já reconhecidos por autores prévios) e o Lineamento Jacuí – Porto Alegre (introduzido neste trabalho); este Lineamento foi considerado o principal responsável por várias feições marcadas na evolução geomorfológica desta região, inclusive pela segmentação da Província Costeira. A atuação da neotectônica está materializada pela existência de estruturas deformacionais impressas em registros pleistocênicos da Província Costeira (correspondentes aos sistemas laguna – barreira I e II) e pela ocorrência de eventos sísmicos (dados históricos e instrumentais) nas adjacências desta Província, nas áreas continental e plataformal dos estados de Santa Catarina e do Rio Grande do Sul e da República do Uruguai. O estágio atual do conhecimento, entretanto, não permite a proposição de modelos geodinâmicos que incorporem a contribuição neotectônica de maneira sistemática, visto a pouca disponibilidade de dados de campo, assim como a quase absoluta inexistência de dados sobre o comportamento tridimensional das unidades constituintes da Província Costeira Sul-riograndense. São sugeridas, portanto, campanhas sistemáticas de campo para levantamento de dados estruturais e geofísicos nas áreas identificadas – através de análise morfotectônica prévia – como favoráveis à materialização da deformação neotectônica

    Estudos morfotectônicos aplicados à planície costeira do Rio Grande do Sul e adjacências

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    A Província Costeira do Rio Grande do Sul representa a porção emersa da Bacia de Pelotas, uma bacia marginal da Plataforma Sul Americana desenvolvida em resposta aos processos que levaram à ruptura do Supercontinente Gondwana e subseqüente abertura do Oceano Atlântico sul. Neste trabalho, a evolução morfotectônica desta Província foi investigada a partir da análise de bases cartográficas disponíveis, de imagens de sensores remotos, além da leitura crítica de uma ampla base documental existente, as quais permitiram delinear a contribuição neotectônica a este domínio. A evolução geodinâmica da Bacia de Pelotas, iniciada no Neo-Jurássico / Paleo-Cretáceo, tem seu máximo evolutivo no Mioceno, quando uma extensiva denudação na área continental propiciou um máximo de sedimentação. Os registros diretamente relacionados à Província Costeira do Rio Grande do Sul correspondem à seqüência superior desta Bacia, cujas idades estimadas são do Plioceno ao Recente. A análise morfotectônica efetuada compreendeu uma fase regional (primeira etapa da pesquisa), correspondente à contextualização dos aspectos geológicos, geomorfológicos e geofísicos da Província Costeira como um todo; nesta etapa, os elementos geomorfológicos foram identificados e hierarquizados segundo três sistemas de relevo, quatro regiões geomorfológicas e nove unidades de relevo. A segunda fase da pesquisa foi centrada na análise da rede de drenagem, sendo esta normalmente considerada uma ferramenta adequada à identificação dos sítios preferenciais à materialização da deformação neotectônica; a caracterização de padrões e anomalias da rede de drenagem e de canais fluviais, aliada à análise dos demais elementos do relevo, produziu um conjunto de elementos geomórficos que são usualmente relacionados à atividade neotectônica (segmentação de canais fluviais, cotovelos de captura, facetas trapezoidais e triangulares, etc.) A partir desta análise regional, foi escolhida a região circunvizinha a Porto Alegre para detalhamento, à qual foram preferencialmente direcionados os trabalhos de campo. Neste trabalho, estamos propondo uma complexa história neotectônica para esta área, tendo sido reconhecidos três macro-elementos morfotectônicos, discutidos como o Sistema de Falhas Coxilha das Lombas e a Bacia de Porto Alegre (ambos já reconhecidos por autores prévios) e o Lineamento Jacuí – Porto Alegre (introduzido neste trabalho); este Lineamento foi considerado o principal responsável por várias feições marcadas na evolução geomorfológica desta região, inclusive pela segmentação da Província Costeira. A atuação da neotectônica está materializada pela existência de estruturas deformacionais impressas em registros pleistocênicos da Província Costeira (correspondentes aos sistemas laguna – barreira I e II) e pela ocorrência de eventos sísmicos (dados históricos e instrumentais) nas adjacências desta Província, nas áreas continental e plataformal dos estados de Santa Catarina e do Rio Grande do Sul e da República do Uruguai. O estágio atual do conhecimento, entretanto, não permite a proposição de modelos geodinâmicos que incorporem a contribuição neotectônica de maneira sistemática, visto a pouca disponibilidade de dados de campo, assim como a quase absoluta inexistência de dados sobre o comportamento tridimensional das unidades constituintes da Província Costeira Sul-riograndense. São sugeridas, portanto, campanhas sistemáticas de campo para levantamento de dados estruturais e geofísicos nas áreas identificadas – através de análise morfotectônica prévia – como favoráveis à materialização da deformação neotectônica
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