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    A influência da raiva e da empatia sobre a satisfação conjugal

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    O estudo avaliou a influência da raiva e da expressão de empatia no casamento sobre a satisfação conjugal. Participaram da pesquisa 120 pessoas casadas, com idades de 25 a 76 anos. Para avaliação foram utilizados três instrumentos de autoinforme: Questionário de Empatia Conjugal; Escala de Satisfação Conjugal e Inventário de Expressão de Raiva como Estado e Traço.Os resultados revelaram que houve correlação positiva entre empatia conjugal e satisfação conjugal (r = 0,48; p 0,001), enquanto a raiva manteve correlação negativa com a satisfação conjugal (r = -0,30; p 0,01). As análises de regressão múltipla indicaram que a expressão de empatia aumenta e a raiva disfuncional diminui a satisfação conjugal. Verificou-se também a influência das variáveis idade, sexo, tempo de casamento e número de filhos sobre a satisfação no casamento. Conforme os principais resultados, conclui-se que a empatia e a raiva são fatores que influenciam a satisfação conjugal

    The influence of empathic skill on the interpersonal forgiveness

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    Diversos estudos têm apontado os benefícios da habilidade empática. Ela está associada à saúde e bem-estar psicológicos, a relacionamentos mais satisfatórios, a comportamentos pró-sociais e morais, à resiliência etc., ao passo que sua ausência está associada a diversos prejuízos pessoais e interpessoais. Como habilidade social, entende-se que a empatia é um fenômeno multidimensional, com aspectos cognitivos, afetivos e comportamentais. Respectivamente, envolve a capacidade de compreender o ponto de vista do outro, de se interessar genuinamente pelo seu bem-estar, e de expressar, por meio de comportamentos verbais e/ou não verbais, sua compreensão e interesse ao interlocutor, permitindo a este se sentir entendido e validado em suas experiências. Esta habilidade tem sido associada, mais recentemente, por diversos estudos internacionais, à capacidade de perdoar um ofensor por suas transgressões. Com isso, o propósito do presente trabalho foi investigar a influência da habilidade empática sobre o perdão interpessoal, em uma amostra brasileira. O perdão também vem sendo considerado uma experiência multifatorial, com domínios cognitivos, afetivos e comportamentais, que abrangem os pensamentos, as emoções e os comportamentos em relação a um ofensor. Para a realização desta investigação, 172 participantes responderam o Inventário de Empatia (IE), a Escala de Atitudes (o Enright Forgiveness Inventory EFI) e uma ficha sobre dados socidemográficos. O IE apresenta quatro subescalas: Tomada de Perspectiva, Sensibilidade Afetiva, Flexibilidade Interpessoal e Altruísmo. O EFI apresenta uma Escala Global de perdão e três Subescalas: Afetiva, Cognitiva e Comportamental. Testes correlacionais e de regressão foram processados a fim de investigar as relações entre os fatores do IE e do EFI, bem como a predição da empatia sobre o perdão. Os resultados indicaram diversas relações positivas e significativas estatisticamente: a Tomada de Perspectiva se relacionou à Escala Global do perdão e às Subescalas Afetiva e Comportamental; a Sensibilidade Afetiva e o Altruísmo se relacionaram à Escala Global e à Comportamental do perdão; a Flexibilidade Interpessoal foi o único fator empático que não apresentou correlações significativas com o perdão. Com a regressão, constatou-se que: Altruísmo e Tomada de Perspectiva, combinados, ou Tomada de Perspectiva, sozinha, predisseram o Perdão Global; Sensibilidade Afetiva, Tomada de Perspectiva e Altruísmo, combinados ou individualmente, tiveram valor preditivo sobre a Subescala Comportamental do perdão; e apenas a Tomada de Perspectiva, sozinha, predisse a Subescala Afetiva do perdão. Nenhum fator do IE teve valor preditivo sobre a Subescala Cognitiva do perdão e a Flexibilidade Interpessoal não predisse qualquer dimensão do EFI. Os resultados encontrados apoiam pesquisas anteriores, confirmando a importância da empatia para a ocorrência do perdão interpessoal. Contudo, ressalta-se que a Tomada de Perspectiva se destacou como a dimensão empática mais importante, sugerindo a relevância que a capacidade de adotar o ponto de vista do outro tem para que o perdão seja alcançado.Several studies have demonstrated the benefits of empathic skill. It is associated with psychological health and well-being, the more satisfying relationships, pro-social and moral behaviors, resilience etc., while its absence is associated with various personal and interpersonal losses. As a social skill, empathy is considered a multidimensional phenomenon with cognitive, affective and behavioral aspects. Respectively, it involves the ability to understand the point of view of another person, to genuinely be interested in ones welfare, and to express, through verbal and/or non-verbal behaviors, ones understanding and interest to the interlocutor, allowing the former to feel understood and validated in his/her experiences. This skill has been linked more recently, by several international studies, to the ability of forgiving an offender for his/her transgression. Thus, the purpose of this work was to investigate the influence of the empathic skill about the interpersonal forgiveness in a Brazilian sample. Forgiveness has also been considered a multifactorial experience, with cognitive, emotional and behavioral aspects, which encompass the thoughts, emotions and behaviors in relation to an offender. To carry out this investigation, 172 participants completed the Empathy Inventory (EI), the Attitude Scale (The Enright Forgiveness Inventory - EFI) and a form about sociodemographic data. EI has four subscales: Perspective Taking, Affective Sensitivity, Interpersonal Flexibility and Altruism. EFI presents a Global Scale of forgiveness and three Subscales: Affective, Cognitive and Behavioral. Correlational and regression tests were processed to investigate the relationship between factors of EI and EFI, and the prediction of empathy on forgiveness. The results indicated several statistically significant and positive relationships: Perspective Taking was related to the Global Forgiveness Scale and to the Emotional and Behavioral Subscales; Affective Sensitivity and Altruism were related to the Global and the Behavioral Forgiveness Scales; Interpersonal Flexibility was the only empathic factor that did not show significant correlations with forgiveness. Concerning regression, it was found that: Altruism and Perspective Taking combined, or Perspective Taking alone predicted the Global Forgiveness; Affective Sensitivity, Perspective Taking and Altruism, combined or individually, have predictive value on the Behavioral Forgiveness Subscale, and only the Perspective Taking, alone, predicted the Affective Forgiveness Subscale. No EI factor was predictive on the Cognitive Subscale of interpersonal forgiveness, and Interpersonal Flexibility did not predict any dimension of EFI. The results support previous researches, confirming the importance of empathy for the occurrence of interpersonal forgiveness. However, it is noteworthy that Perspective Taking stood out as the most important empathic dimension, suggesting the relevance that the ability to adopt the point of view of another person has to achieve forgivenes

    A influência da idade e da escolaridade sobre a experiência empática de adultos

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    Atualmente, os teóricos começam a compartilhar uma visão da experiência empática humana como um fenômeno multidimensional influenciado por diversos aspectos, dentre eles, a idade e a escolaridade. No presente estudo, investigou-se as relações entre a habilidade social empática e essas duas variáveis sociodemográficas, em 537 participantes adultos. A habilidade empática foi estudada em quatro dimensões, que correspondem aos quatro fatores que compõem o instrumento utilizado, o Inventário de Empatia (IE): Tomada de Perspectiva (TP), Flexibilidade Interpessoal (FI), Altruísmo (Al) e Sensibilidade Afetiva (SA). Os resultados indicaram correlações significativas do ponto de vista estatístico entre idade e dois aspectos da empatia: altruísmo e sensibilidade afetiva. Os grupos de escolaridade se diferenciaram quanto à flexibilidade interpessoal e ao altruísmo. Através deste artigo é possível hipotetizar que as variáveis estudadas estão relacionadas à empatia, corroborando estudos anteriores que apontam como variáveis cognitivas caminham juntas com o desenvolvimento e podem ser afetadas pelo aprimoramento educacional

    Inventário de Empatia (I.E.): desenvolvimento e validação de uma medida brasileira

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    This study developed and analyzed psychometric characteristics of an Empathy Inventory (EI). Sixteen social situations were identified from the literature, and an initial scale with 74 Likert-type items was constructed to evaluate the cognitive, affective and behavioral aspects of empathy in these situations. Validity was assessed by the application of the initial version of the scale in 715 male and female undergraduate students from the Humanities, Biomedical, Social Sciences and Engineering departments. Factor analysis was calculated using the principal components method with oblique rotation, in which four representative factors of the internal structure of the instrument were identified: Perspective Taking, Interpersonal Flexibility, Altruism and Affective Sensibility, with Cronbach's Alphas ranging from .72 to .85. Based on this preliminary assessment of the psychometric proprieties of the instrument, it can be recommended for use in both research and clinical practice.O estudo desenvolveu e analisou as características psicométricas de um Inventário de Empatia (IE). A partir da identificação de 16 situações de interação social, fornecidas pela literatura, foi construída uma escala inicial com 74 itens, baseados nos componentes cognitivos, afetivos e comportamentais da empatia, com afirmativas do tipo Likert, e aplicada em 715 universitários de ambos os sexos, das áreas: humana, biomédica, ciências sociais e exatas. As análises fatoriais dos componentes principais, com rotação oblíqua, identificaram quatro fatores representativos da estrutura interna do instrumento: Tomada de Perspectiva, Flexibilidade Interpessoal, Altruísmo e Sensibilidade Afetiva. Tais fatores apresentaram índices de consistência interna que variaram de 0,72 a 0,85, calculados através do coeficiente Alfa de Cronbach. Com base nas características psicométricas do IE, recomenda-se o seu uso tanto em pesquisa quanto em clínica
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