64 research outputs found

    Oxygen Outflow Delivered By Manually Operated Self-inflating Resuscitation Bags In Patients Breathing Spontaneously.

    Get PDF
    To determine the oxygen outflow delivered by seven different models of manually operated self-inflating resuscitation bags (with and without an oxygen reservoir connected), which were tested using different oxygen supply rates without manipulating the bag, by simulating their use in patients breathing spontaneously. The oxygen outflow was measured using a wall oxygen flow meter and a flow meter/respirometer attached to the bag, together with another flow meter/respirometer attached to the patient connection port. The resuscitation bags that allow the connection of an oxygen reservoir were tested with and without this device. All resuscitation bags were tested using oxygen supply rates of 1, 5, 10, and 15 L/min. Statistical analyses were performed using analysis of variance and t-tests. The resuscitation bags that allow the connection of an oxygen reservoir presented a greater oxygen outflow when this device was connected. All resuscitation bags delivered a greater oxygen outflow when receiving oxygen at a rate of 15 L/min. However, not all models delivered a sufficient oxygen outflow even when the two previous conditions were satisfied. Of the resuscitation bags studied, those that allow the connection of an oxygen reservoir must have this reservoir connected to the bag when used as a source of oxygen in nonintubated spontaneously breathing patients. All of the models studied should receive oxygen at a rate > 15 L/min. It is not safe to use manually operated self-inflating resuscitation bags for this purpose without knowing their characteristics.34212-

    Alterations in peak inspiratory pressure and tidal volume delivered by manually operated self-inflating resuscitation bags as a function of the oxygen supply rate

    Get PDF
    OBJECTIVE: To assess possible alterations in the tidal volume and peak inspiratory pressure delivered by seven models of manually operated self-inflating resuscitation bags as a function of the oxygen supply rate used. METHODS: The resuscitation bags tested were the following: Oxigel, models A and B; CE Reanimadores; ProtecSolutions; Missouri; Axmed; and Narcosul. For the measurements, a wall oxygen flow meter, a flow meter/respirometer, a resuscitation bag, a sensor (Tracer 5 unit), and a test lung were connected. In addition, the Tracer 5 unit was connected to a notebook computer. Oxygen supply rates of 1, 5, 10, and 15 L/min were used. RESULTS: The tidal volume delivered by the Oxigel model A resuscitation bag when receiving oxygen at a rate of 15 L/min was approximately 99% greater than that delivered when receiving oxygen at a rate of 1 L/min. Similarly, peak inspiratory pressure was approximately 155% greater. Under the same conditions, the tidal volume delivered by the Narcosul resuscitation bag was 48% greater, and peak inspiratory pressure was 105% greater. The remaining resuscitation bags tested showed no significant alterations in the tidal volume or peak inspiratory pressure delivered. CONCLUSIONS: Under the resistance and compliance conditions used, the resuscitation bags in which the oxygen inflow is directly to the interior of the bag had the patient valve stuck at the inspiratory position when receiving oxygen at a rate > 5 L/min, significantly increasing the tidal volume and peak inspiratory pressure delivered. This did not occur with the resuscitation bags in which the oxygen inflow is directed to the exterior of the bag.OBJETIVO: Determinar possíveis alterações do volume corrente e da pressão de pico inspiratório fornecidos por sete modelos de reanimador manual com balão auto-inflável em função do fluxo de entrada de oxigênio utilizado. MÉTODOS: Os reanimadores testados foram: Oxigel, modelos A e B; CE Reanimadores; ProtecSolutions; Missouri; Axmed; e Narcosul. Para as aferições, acoplaram-se um fluxômetro de oxigênio de parede, um fluxômetro/respirômetro, um reanimador, um sensor (aparelho Tracer 5) e um pulmão-teste. Além disso, acoplou-se o aparelho Tracer 5 a um notebook. Utilizaram-se fluxos de entrada de oxigênio de 1, 5, 10 e 15 L/min. RESULTADOS: O volume corrente fornecido pelo reanimador Oxigel modelo A ao receber 15 L/min de oxigênio foi aproximadamente 99% maior que o fornecido ao receber 1 L/min de oxigênio. Da mesma forma, a pressão de pico inspiratório foi 155% maior. Nas mesmas condições, o volume corrente fornecido pelo reanimador Narcosul foi 48% maior, e a pressão de pico inspiratório foi 105% maior. Os demais reanimadores testados não apresentaram alterações significativas do volume corrente e da pressão de pico inspiratório fornecidos. CONCLUSÕES: Nas condições de resistência e complacência utilizadas, os reanimadores em que o fluxo de entrada de oxigênio é direcionado diretamente ao interior do balão tiveram a válvula do paciente presa em posição de inspiração ao receberem um fluxo > 5 L/min, aumentando significativamente o volume corrente e a pressão de pico inspiratório fornecidos. Isso não ocorreu nos reanimadores em que o fluxo de entrada de oxigênio é direcionado ao exterior do balão.81782

    Comparison of the FiO2 delivered by seven models of the self-inflating bag-mask system

    Get PDF
    BACKGROUND AND OBJECTIVES: Since resuscitators with self-inflating bag-mask systems manufactured and/or commercialized in Brazil are widely available and used in health services, both out- and intra-hospitals, the objective of this study was to determine the O2 fractions delivered by seven resuscitators receiving different O2 flows. METHODS: Seven resuscitators with self-inflating bag-mask systems were tested at the Respiratory Unit of the HC/UNICAMP. A wall O2 flowmeter was connected to the resuscitator that received an O2 flow of 1, 5, 10, and 15 L.min-1 and those were connected to a test lung. Resuscitators capable of being connected to an O2 reservoir were tested with and without this accessory. Twenty consecutive measurements were performed and the mean determined. RESULTS: Only one resuscitator delivered and O2 fraction slightly below the accepted limit (0.80) when used with the O2 reservoir. Without this device, all resuscitators achieved the minimal limit of O2 fraction (0.40). Resuscitators not capable of being connected to an O2 reservoir delivered a higher O2. CONCLUSIONS: All resuscitators capable of being connected to an O2 reservoir delivered a higher O2 concentration when connected to this device. Resuscitators that do not have this capability delivered a higher O2 concentration than the ones that could be connected to this device but are used without it.JUSTIFICATIVA E OBJETIVOS: Devido ao fato dos reanimadores com sistema balão-máscara auto-infláveis fabricados e/ou comercializados no Brasil serem amplamente disponíveis e utilizados em serviços de saúde extra e intra-hospitalares, este estudo teve o objetivo de determinar as frações de O2 ofertadas por sete reanimadores recebendo diferentes fluxo de O2. MÉTODO: Sete reanimadores com sistema balão-máscara auto-infláveis foram testados na Unidade Respiratória do HC/UNICAMP. Um fluxômetro de O2 de parede foi conectado ao reanimador que recebia fluxo de O2 de 1, 5, 10 e 15 L.min-1, sendo estes conectados a um pulmão-teste. Os reanimadores que têm a capacidade de se conectar um reservatório de O2 foram testados com e sem esse acessório. Foram efetuadas 20 medidas consecutivas e determinada a média. RESULTADOS: Apenas um reanimador apresentou oferta de fração de O2 pouco abaixo do limite mínimo preconizado (0,80), quando utilizado com o reservatório de O2. Sem esse dispositivo acoplado todos os reanimadores atingiram o limite mínimo de fração de O2 preconizada (0,40). Os reanimadores que não apresentam a possibilidade de acoplar o reservatório de O2 apresentaram maior oferta de O2 em relação aos outros reanimadores. CONCLUSÕES: Todos os reanimadores que possuem a opção de acoplagem do reservatório de O2 forneceram maior concentração de O2 com esse acessório. Os reanimadores que não têm possibilidade de acoplar o reservatório de O2 apresentaram maior oferta de O2 em relação aos outros que podem ser acoplados ao reservatório quando usados sem esse acessório.JUSTIFICATIVA Y OBJETIVOS: Debido al hecho de que los reanimadores con sistema balón -máscara autoinflables fabricados y/o comercializados en Brasil están ampliamente al alcance y que son utilizados en servicios de salud extra e intrahospitalarios, este estudio tuvo el objetivo de determinar las fracciones de O2 ofertadas por siete reanimadores recibiendo diferentes flujos de O2. MÉTODO: Siete reanimadores con sistema balón-máscara autoinflables fueron probados en la Unidad Respiratoria del HC/UNICAMP. Un fluxómetro de O2 de pared fue conectado al reanimador que recibía flujo de O2 de 1, 5, 10 y 15 L.min-1, siendo que ellos se conectaron a un pulmón test. Los reanimadores que poseen la capacidad de conectarse a un reservorio de O2 se probaron con y sin ese accesorio. Se efectuaron 20 medidas consecutivas y se determinó el promedio. RESULTADOS: Apenas un reanimador presentó oferta de fracción de O2 poco por debajo del límite mínimo preconizado (0,80), cuando se usó con el reservorio de O2. Sin ese dispositivo acoplado, todos los reanimadores alcanzaron el límite mínimo de fracción de O2 preconizada (0,40). Los reanimadores que no presentaron la posibilidad de acoplar el reservorio de O2 presentaron una mayor oferta de O2 con relación a los otros reanimadores. CONCLUSIONES: Todos los reanimadores que poseen la opción de acoplamiento del reservorio de O2, suministraron una mayor concentración de O2 con ese accesorio. Los reanimadores que no tienen la posibilidad de acoplar el reservorio de O2 presentaron una mayor oferta de O2 con relación a los otros que sí pueden ser acoplados al reservorio cuando se usan sin ese accesorio.212

    Acidentes por serpentes Crotalus durisssus ssp em crianças em Campinas, São Paulo, Brasil

    Get PDF
    From January, 1984 to March, 1999, 31 children under 15 y old (ages 1-14 y, median 8 y) were admitted after being bitten by rattlesnakes (Crotalus durissus ssp). One patient was classified as "dry-bite", 3 as mild envenoming, 9 as moderate envenoming and 18 as severe envenoming. Most patients had neuromuscular manifestations, such as palpebral ptosis (27/31), myalgia (23/31) and weakness (20/31). Laboratory tests suggesting rhabdomyolysis included an increase in total blood creatine kinase (CK, 28/29) and lactate dehydrogenase (LDH, 25/25) levels and myoglobinuria (14/15). The main local signs and symptoms were slight edema (20/31) and erythema (19/31). Before antivenom (AV) administration, blood coagulation disorders were observed in 20/25 children that received AV only at our hospital (incoagulable blood in 17/25). AV early reactions were observed in 20 of these 25 cases (9/9 patients not pretreated and 11/16 patients pretreated with hydrocortisone and histamine H1 and H2 antagonists). There were no significant differences in the frequency of patients with AV early reactions between the groups that were and were not pretreated (Fisher's exact test, p = 0.12). Patients admitted less than and more than 6 h after the bite showed the same risk of developing severe envenoming (Fisher's exact test, p = 1). No children of the first group (< 6 h) showed severe complications whereas 3/6 children admitted more than 6 h post-bite developed acute renal failure. Patients bitten in the legs had a higher risk of developing severe envenoming (Fisher's exact test, p = 0.04). There was a significant association between both total CK and LDH blood enzyme levels and severity (p < 0.001 for CK and p < 0.001 for LDH; Mann-Whitney U test). No deaths were recorded.De janeiro de 1984 a março de 1999, 31 crianças com menos de 15 anos de idade (1 a 14 anos, mediana = 8 anos) foram admitidas após terem sido picadas por Crotalus durissus ssp. Uma criança não apresentou manifestações clínicas de envenenamento, enquanto 3 foram classificadas como acidente leve, 9 como moderado e 18 como grave. A maioria das crianças apresentou envolvimento neuromuscular, tais como ptose palpebral (27/31), mialgia (23/31) e fraqueza (20/31). Alterações laboratoriais sugerindo rabdomiólise também foram observadas, como aumento das enzimas séricas CK (28/29) e LDH (25/25) e mioglobinúria (14/15). As principais manifestações locais observadas foram edema discreto (20/31) e eritema (19/31). Alterações da coagulação, antes da administração da soroterapia antiveneno (SAV), foram observadas em 20 das 25 crianças que receberam a SAV exclusivamente em nosso hospital (sangue incoagulável em 17/25). Reações precoces à SAV foram observadas em 20 destes 25 casos, em todos os pacientes não pré-tratados (N = 9) e em 11 dentre os 16 pré-tratados com antagonistas H1 e H2 da histamina e hidrocortisona. Não foram constatadas diferenças estatísticas significativas comparando-se a freqüência de reações precoces à SAV entre os grupos que receberam ou não o pré-tratamento (teste exato de Fisher, p = 0,12). Pacientes atendidos com menos ou mais de 6 horas após o acidente apresentaram o mesmo risco quanto a evolução para casos graves (teste exato de Fisher, p = 1), não se observando complicações graves no 1º grupo (< 6 h), enquanto 3/6 admitidos mais de 6 horas após a picada evoluíram com insuficiência renal aguda. Pacientes picados na perna apresentaram um maior risco de desenvolver acidentes graves (teste exato de Fisher, p = 0,04). Houve uma associação significativa entre os níveis séricos das enzimas CK e LDH total e gravidade (teste U de Mann-Whitney, CK, p < 0,001; LDH, p < 0,001). Nenhum óbito foi registrado

    Acidentes por serpentes do gênero Bothrops em crianças em Campinas, São Paulo, Brasil

    Get PDF
    From January, 1984 to March, 1999, 73 children under 15 y old (ages 1-14 y, median 9 y) were admitted after being bitten by snakes of the genus Bothrops. Twenty-six percent of the children were classified as mild envenoming, 50.7% as moderate envenoming and 20.6% as severe envenoming. Two patients (2.7%) showed no signs of envenoming. Most of the patients presented local manifestations, mainly edema (94.5%), pain (94.5%) ecchymosis (73.9%) and blisters (11%). Local and/or systemic bleeding was observed in 28.8% of the patients. Before antivenom (AV) administration, blood coagulation disorders were observed in 60.7% (incoagulable blood in 39.3%) of the 56 children that received AV only in our hospital. AV early reactions, most of which were considered mild, were observed in 44.6% of these cases (in 15/30 patients not pretreated and in 10/26 patients pretreated with hydrocortisone and histamine H1 and H2 antagonists). The main clinical complications observed were local infection (15.1%), compartment syndrome (4.1%), gangrene (1.4%) and acute renal failure (1.4%). No deaths were recorded. There were no significant differences with regard to severity of envenoming versus the frequency of blood coagulation disorders among the three categories of envenoming (p = 0.75) or in the frequency of patients with AV early reactions between the groups that were and were not pretreated (p = 0.55). The frequency of local infection was significantly greater in severe cases (p < 0.001). Patients admitted more than 6 h after the bite had a higher risk of developing severe envenoming (p = 0.04).De janeiro de 1984 a março de 1999, 73 crianças com menos de 15 anos de idade (1 a 14 anos, mediana = 9 anos) foram admitidas após terem sido picadas por serpentes do gênero Bothrops. 26,0% das crianças foram classificadas como acidente leve, 50,7% como moderado e 20,6% como grave. Dois pacientes (2,7%) não apresentaram sinais de envenenamento. A maioria dos pacientes apresentou manifestações locais, principalmente edema (94,5%), dor (94,5%), equimoses (73,9%) e bolhas (11,0%). Sangramento local e/ou sistêmico foi constatado em 28,8% das crianças. Alterações da coagulação, antes da administração da soroterapia antiveneno (SAV), foram observadas em 60,7% (sangue incoagulável em 39,3%) das 56 crianças que receberam a SAV exclusivamente em nosso hospital. Reações precoces à SAV foram observadas em 44,6% destes 56 casos, sendo 15 em 30 pacientes não pré-tratados e 10 dentre 26 pré-tratados com antagonistas H1 e H2 da histamina e hidrocortisona, a maioria das quais foi considerada leve. As principais complicações observadas foram a infecção local (15,1%), a síndrome de compartimento (4,1%), gangrena (1,4%) e insuficiência renal aguda (1,4%). Nenhum óbito foi registrado. Não foram constatadas diferenças estatísticas significativas comparando-se a freqüência de distúrbios da coagulação de acordo com a gravidade (p = 0,75), bem como na freqüência de reações precoces à SAV entre os grupos que receberam ou não o pré-tratamento (p = 0,55). A freqüência de infecção local foi significativamente maior nos casos graves (p < 0,001). Pacientes atendidos mais de 6 horas após o acidente apresentaram um maior risco quanto à evolução para casos graves (p = 0,04)

    Acidentes por serpentes corais (Micrurus spp.) em Campinas, Estado de São Paulo, sudeste do Brasil

    Get PDF
    Coral snakes (Micrurus spp.) are the main representatives of the Elapidae in South America. However, bites by these snakes are uncommon. We retrospectively reviewed the data from 11 individuals bitten by coral snakes over a 20-year period; four were confirmed (snake brought for identification) and seven were highly suspected (neuromuscular manifestations) cases of elapid envenoming. The cases were classified as dry-bite (n = 1, caused by M. lemniscatus; did not receive antivenom), mild (n = 2, local manifestations with no acute myasthenic syndrome; M. frontalis and Micrurus spp.), moderate (n = 5, mild myasthenia) or severe (n = 3, important myasthenia; one of them caused by M. frontalis). The main clinical features upon admission were paresthesia (local, n = 9; generalized, n = 2), local pain (n = 8), palpebral ptosis (n = 8), weakness (n = 4) and inability to stand up (n = 3). No patient developed respiratory failure. Antivenom was used in ten cases, with mild early reactions occurring in three. An anticholinesterase drug was administered in the three severe cases, with a good response in two. No deaths were observed. Despite the high toxicity of coral snake venoms, the prognosis following envenoming is good. In serious bites by M. frontalis or M. lemniscatus, the venom of which acts postsynaptically, anticholinesterases may be useful as an ancillary measure if antivenom is unavailable, if there is a delay in obtaining a sufficient amount, or in those patients given the highest recommended doses of antivenom without improvement of the paralysis or with delayed recovery.As serpentes corais (Micrurus spp.) são as principais representantes dos elapídeos na América do Sul. Todavia, acidentes com essas serpentes são raros. Foram revisados retrospectivamente os prontuários de 11 pacientes mordidos por corais num período de 20 anos. Destes 11 casos, quatro foram casos confirmados por identificação da serpente e sete como casos altamente suspeitos de envenenamento elapídico por apresentarem manifestações neuromusculares indicativas de miastenia aguda. Os casos foram classificados como não envenenados [n = 1, causado por M. lemniscatus, não recebeu antiveneno (AV)], leves (manifestações locais sem miastenia, n = 2, causados por M. frontalis e M. spp.), moderados (miastenia leve, n = 5) e graves (miastenia intensa, n = 3, um causado por M. frontalis). Os principais achados clínicos à admissão foram: parestesia (local, n = 9; generalizada, n = 2), dor local (n = 8), ptose palpebral (n = 8), fraqueza (n = 4), incapacidade de se manter na posição ereta (n = 3). Nenhum paciente desenvolveu insuficiência respiratória. O AV elapídico foi empregado em 10 casos, ocorrendo reações precoces leves em três. Em três pacientes foram administrados anticolinesterásicos, com resposta favorável em dois. Não ocorreram óbitos. A despeito da alta toxicidade dos venenos de Micrurus spp., o prognóstico do envenenamento é bom. Nos casos graves determinados por M. frontalis e M. lemniscatus, cujos venenos atuam pós-sinapticamente, o uso de anticolinesterásicos pode ser considerado caso o AV não seja disponível; caso ocorra um atraso para a sua obtenção; ou nos pacientes que receberam as mais altas doses de AV recomendadas sem melhora da paralisia ou demora na reversão desses sintomas

    Lead poisoning after gunshot wound

    Get PDF
    CONTEXT: Despite the absence of symptoms in the majority of patients carrying lead bullet fragments in their bodies, there needs to be an awareness of the possible signs and symptoms of lead intoxication when bullets are lodged in large joints like knees, hips and shoulders. Such patients merit closer follow-up, and even surgical procedure for removing the fragments. OBJECTIVE: To describe a patient who developed clinical lead intoxication several years after a gunshot wound. DESIGN: Case report. CASE REPORT: A single white 23-year-old male, regular job as a bricklayer, with a history of chronic alcohol abuse, showed up at the emergency department complaining of abdominal pain with colic, weakness, vomiting and diarrhea with black feces. All the symptoms had a duration of two to three weeks, and had been recurrent for the last two years, with calming during interval periods of two to three weeks. Abdominal radiograms showed a bullet lodged in the left hip, with a neat bursogram of the whole synovial capsule. A course of chelating treatment using calcium versenate (EDTACaNa2) intravenously was started. After the chelation therapy the patient had recurrence of his symptoms and a radical solution for the chronic mobilization of lead was considered. A hip arthroplasty procedure was performed, leading to complete substitution of the left hip.CONTEXTO: Apesar da ausência de sintomas na maioria das pessoas que albergam projéteis ou fragmentos de projéteis de arma de fogo em alguma parte do corpo devido a acidentes passados, a ocorrência de sinais e sintomas de intoxicação por chumbo pode ser freqüente em pacientes onde o projétil está alojado em grandes articulações como joelho, quadril e ombros, merecendo maiores cuidados de seguimento clínico e procedimentos cirúrgicos de retirada. OBJETIVO: Descrever un doente que desenvolveu intoxicação por chumbo vários anos após um ferimento por arma de fogo. TIPO DE ESTUDO: Relato de caso. RELATO DE CASO: Um homem, 23 anos, branco, pedreiro, com história de uso abusivo de bebidas alcoólicas, foi atendido no pronto-socorro com dor abdominal intensa em cólica, fraqueza, vômitos e diarréia com fezes escurecidas. Todos os sintomas tinham a duração de duas a três semanas, tendo sido recorrentes nos últimos dois anos, com períodos de acalmia de duas a três semanas. Radiografia de abdôme mostrou um projétil incrustrado na articulação femoral esquerda, com imagem tipo bursograma comprometendo toda a cápsula sinovial. Tratamento quelante usandoversenato de cálcio (EDTA CaNa2) endovenoso foi então iniciado. Após a terapia quelante, o paciente teve recorrência dos sintomas devido a remobilização do chumbo dos tecidos teciduais. a artroplastia da articulação foi realizada como forma de solução definitiva do problema.788

    Estudo clínico-epidemiológico dos acidentes causados por aranhas do gênero Phoneutria

    Get PDF
    From January, 1984 to December, 1996, 422 patients (ages 9 m-99 y, median 29 y) were admitted after being bitten by spiders which were brought and identified as Phoneutria spp. Most of the bites occurred at March and April months (29.2%), in the houses (54.5%), during the day (76.5%), and in the limbs (feet 40.9%, hands 34.3%). Upon hospital admission, most patients presented only local complaints, mainly pain (92.1%) and edema (33.1%) and were classified as presenting mild (89.8%), moderate (8.5%) and severe (0.5%) envenomation. Few patients (1.2%) did not present signs of envenomation. Severe accidents were only confirmed in two children (9 m, 3 y). Both developed acute pulmonary edema, and the older died 9 h after the accident. Patients more than 70 year-old had a significantly greater (p&lt;0.05) frequency of moderate envenomations compared to the 10-70-year-old individuals. Proceedings to relief local pain were frequently performed (local anesthesia alone 32.0%, local anesthesia plus analgesics 20.6% and oral analgesics alone 25.1%). Only 2.3% of the patients (two cases classified as severe and eight as moderate, eight of them in children) were treated with i.v. antiarachnid antivenom. No antivenom early reaction was observed. In conclusion, accidents involving the genus Phoneutria are common in the region of Campinas, with the highest risk groups being children under 10 years of age and adults over 70 years of age. Cases of serious envenomation are rare (0.5%).Foram estudados, de janeiro de 1984 a dezembro de 1996, 422 pacientes (9 meses-99 anos, mediana 29 anos), picados por aranhas capturadas e identificadas como Phoneutria spp. A maioria dos acidentes ocorreu nos meses de março e abril (29,2%), dentro das residências (54,5%), no período diurno (76,5%) e nos membros (pés, 40,9% e mãos, 34,3%). À admissão, a maioria dos pacientes apresentava somente queixas locais, principalmente dor (92,1%) e edema (33,1%), tendo sido classificados como acidentes leves (89,8%), moderados (8,5%), graves (0,5%) e assintomáticos (1,2%). Constatou-se que os acidentes classificados como moderados foram significativamente mais freqüentes nos pacientes com idade acima de 70 anos, quando comparados com o grupo etário de 10 a 70 anos (p&lt;0,05) e que os 2 casos classificados como graves ocorreram em 2 crianças, respectivamente com 9 meses e 3 anos de idade, ambas desenvolvendo edema pulmonar agudo, evoluindo a segunda para o óbito, 9 horas após o acidente. Procedimentos para o alívio da dor foram amplamente utilizados (anestesia local - 32,0%, anestesia local e analgésicos - 20,1% e, analgesia via oral exclusiva - 25,6%). O antiveneno antiaracnídico foi empregado em 2,3% dos casos (2 graves e 8 moderados, 8 destes crianças), não sendo observada nenhuma reação precoce ao antiveneno. Pode se concluir que apesar de os acidentes com aranhas do gênero Phoneutria serem comuns na região de Campinas, os acidentes graves são raros, sendo observados em somente 0,5% desta casuística, constituindo grupos de risco crianças com menos de 10 anos de idade e pacientes idosos (&gt; 70 anos)

    Vascular complications from facial fillers with hyaluronic acid: preparation of a prevention and treatment protocol

    Get PDF
    Introduction: Over the past two decades, there has been an exponential advancement in treating signs of facial aging. The growing demand for less invasive therapies has stimulated the development of biomaterials toward better products, seeking to fulfill safety criteria, such as biocompatibility and reversibility. Hyaluronic acid (HA) is the most widely used facial filler worldwide, being routine in plastic surgery clinics. Even with low complication rates, it is prudent for the plastic surgeon to be attentive to the signs of vascular occlusion because the interruption of the progression towards necrosis and permanent sequelae depends on rapid medical action. Thus, our service saw the need to create a prevention and treatment protocol, since such complications are serious and sometimes even irreversible. Methods: A systematic review of the literature was conducted from January 2003 to January 2018, using descriptors of vascular complications after facial filling with HA and its treatment. Results: Filling with HA presents a low potential for complications when performed by qualified professionals. Hyaluronidase, which is currently used off-label, can hydrolyze HA, even in its cross-linked form. If used correctly in a timely manner, it can treat possible vascular complications that would progress to irreversible damage. Accordingly, we prepared a treatment protocol given the current evidence. Conclusion: Every plastic surgeon who works with fillers and HA must have a protocol and be aware of the necessary material for early intervention

    Queimadura digital por ácido fluorídrico concentrado tratada com infusão intra-arterial de gluconato de cálcio: relato de caso

    Get PDF
    CONTEXT: Hydrofluoric acid (HF) is widely used in industry and at home. Severe lesions can occur after contact with highly concentrated solutions, leading to tissue necrosis and bone destruction. Specific treatment is based on neutralization of fluoride ions with calcium or magnesium solutions. CASE REPORT: A 41-year-old male was seen at the emergency department 35 minutes after skin contact with 70% HF, showing whitened swollen lesions on the middle and fourth fingers of his right hand with severe pain starting immediately after contact. 2.5% calcium gluconate ointment was applied. Twenty-four hours later, the patient was still in severe pain and the lesions had worsened. Considering the high concentration of the solution, early start of severe pain, lesion characteristics and impossibility of administering calcium gluconate subcutaneously because of the lesion location, the radial artery was catheterized and 2% calcium gluconate was administered via infusion pump for 36 hours, until the pain subsided. No adverse effects were seen during the procedure. Ten days later, the lesions were stable, without bone abnormalities on X-rays. Six months later, a complete recovery was seen. CONCLUSIONS: Intra-arterial calcium gluconate might be considered for finger burns caused by concentrated HF. Complete recovery of wounded fingers can be achieved with this technique even if started 24 hours after the exposure. However, controlled clinical trials are needed to confirm the effectiveness and safety of this intervention.CONTEXTO: Ácido fluorídrico é largamente usado na indústria e no ambiente doméstico. Lesões graves podem ocorrer depois de contato com soluções altamente concentradas levando a necrose tecidual e destruição óssea. O tratamento específico é baseado na neutralização dos íons de flúor com soluções de cálcio ou magnésio. RELATO DE CASO: Homem de 41 anos foi atendido na sala de urgência 35 minutos depois de contato da pele com ácido fluorídrico a 70%, apresentando lesões esbranquiçadas e edemaciadas nos dedos médio e quarto da mão direita com dor intensa que iniciou logo após o contato. Pomada de gluconato de cálcio a 2,5% foi aplicada. Depois de 24 horas, o paciente continuava com dor mais intensa e as lesões haviam piorado. Considerando a concentração da solução, o início precoce da dor intensa, as características das lesões e a impossibilidade de administrar gluconato de cálcio no subcutâneo devido ao local da lesão, foi inserido cateter na artéria radial para infusão de gluconato de cálcio a 2% com bomba de infusão por 36 horas até melhora da dor. Nenhum efeito adverso foi observado durante o procedimento. Dez dias depois as lesões encontravam-se estáveis, sem alterações dos ossos vistas nos raios-X. Seis meses depois houve recuperação completa. CONCLUSÃO: Gluconato de cálcio intra-arterial pode ser considerado em queimaduras digitais por ácido fluorídrico. Recuperação completa dos dedos acometidos pode ser obtida com essa técnica mesmo que iniciada 24 horas após a exposição. Porém, ensaios clínicos controlados são necessários para confirmar a efetividade e a segurança desta intervenção.37938
    corecore