28 research outputs found

    Language games, emotional grammar and forms of life : an ethnographic study on learning through play in nature

    Get PDF
    O objetivo deste artigo é discutir a gramática emocional “alternativa” vinculada ao individualismo romântico. O debate fundamenta-se nos dados da pesquisa etnográfica realizada durante as Tardes no Verde. Trata-se de ocasiões em que crianças participam de brincadeiras e trilhas por entre a mata em um sítio em Porto Alegre. Embora essa gramática emocional não seja ensinada explicitamente, ela é aprendida a partir de jogos de linguagem que constituem uma forma de vida ecologicamente orientada. Argumenta-se que a gramática emocional “alternativa” é constituída por dois eixos. Um dos eixos diz respeito à lógica da escolha individual e da participação ativa, e rege emoções associadas ao engajamento ativo e criativo. Já o outro eixo se vincula à lógica da distinção entre natureza e cultura e rege sentimentos que informam como os distintos entes considerados como pertencentes ao domínio totalizante da natureza devem se relacionar entre si.This paper discusses the emotional grammar associated with learning an ecologically oriented way of life, based on ethnographic research carried out at an outdoor day camp called “Tardes no Verde” (“Green Afternoons”), where children participate in games, hike trails and engage in outdoor activities on the outskirts of Porto Alegre, Brazil. We argue that the emotional grammar is not explicitly taught by the teachers in charge, but is instead learned by the children from language games that conform to a way of life that is more conscious of nature. We suggest that this “alternative” emotional grammar is constructed according to two logics. The first concerns individual choice and active participation, and governs emotions associated with active and creative engagement. The second relies on the distinction between nature and culture and governs feelings that inform how diff erent human and non-human entities, which belong to the totalizing domain of nature, relate to each other

    Apresentação

    Get PDF

    Apresentação

    Get PDF

    “El viaje de regreso” : el reconocimiento étnico de indígenas en el sur de Brasil como un evento crítico

    No full text
    O presente artigo enfoca a problemática do reconhecimento étnico de indígenas por parte do Estado, sugerindo que este pode ser pensado como um evento crítico, no sentido de que transforma percepções, ações e relações entre diferentes agentes envolvidos nos processos de territorialização, além de possibilitar a construção de memórias que tecerão discursos e narrativas específicos. A partir de uma pesquisa etnográfica realizada junto à comunidade Charrua da Aldeia Polidoro de Porto Alegre (Brasil), abordo inicialmente a historiografia dos índios Charrua do Uruguai que ressalta fundamentalmente a extinção da etnia, contrapondo a isso as suas narrativas que assumem a ótica da sobrevivência, condição de possibilidade para seu reconhecimento no Brasil atual. Na sequência apresento situações e discursos que considero reveladores da conflituosa relação deles com alguns agentes públicos que se veem confrontados com a agenda e a agência políticas desse “novo” povo indígena. Por fim, sugiro que, em parte, esses conflitos estão relacionados a diferentes formas de experienciar o tempo. Para os indígenas, por um lado, a construção narrativa que lhes dá possibilidade de se reconhecerem e serem reconhecidos como tais implica a corporificação da interprenetação dos tempos passado e presente e, nesse sentido, sua espera pela promoção de seus direitos constitucionais é contabilizada desde tempos muito remotos. Por outro lado, para os agentes públicos, o reconhecimento étnico oficial é um ponto específico no presente, a partir do qual estes iniciam um processo lento e gradual de reconhecimento da condição de indígenas, dentro do “tempo da burocracia” no qual estão imersos cotidianamente.This article focuses on the ethnic recognition of indigenous groups by the State in Brazil and suggests that this may be thought of as a critical event in the sense that it promotes changes in perceptions, actions and relations between different actors involved in the processes of territorialization, in addition to allowing the construction of memories that weave specific discourses and narratives. Drawing on an ethnographic study carried out among the Charrua Community of the Polidoro Village in Porto Alegre (Brazil)., the first part of this paper is an introduction to the historiography of the Charrua Indians of Uruguay that highlights the group’s genocide. To that I compare to the indigenous people’s narratives that take on the perspective of survival, a condition of possibility for their recognition as indigenous in the present. After that, I introduce situations that I find revealing of their contentious relationship with some State agents who are faced with the political agenda and agency of this “new” indigenous people. Finally, I suggest that, in part, these conflicts are related to different ways of experiencing time. On the one hand, for the indigenous people, the narrative that gives them possibility to recognize themselves and be recognized as such implies the embodiment of an interpenetrated past and present time. Therefore, for those who record time since a distant past, the wait for the granting of their Constitutional rights by State agents seems always too long. On the other hand, for the public agents, State recognition happens at a specific point in the present, from which they start a slow and gradual processes of recognition of the indigenous people’s situation, within the “time of the bureaucracy”, in which they are immersed in their everyday.El presente artículo se enfoca en la problemática del reconocimiento étnico de indígenas por parte del Estado. Sugiere que este proceso puede ser pensado como un evento crítico, en el sentido de que transforma percepciones, acciones y relaciones entre diferentes agentes involucrados en los procesos de territorialización, además de posibilitar la construcción de memorias que han de tejer discursos y narrativas específicas. A partir de una investigación etnográfica realizada junto a la comunidad Charrua de la Aldea Polidoro, en Porto Alegre (Brasil), abordo inicialmente la historiografía de los indios Charrua del Uruguay, que resalta fundamentalmente la extinción de la etnia, para contraponer después sus narrativas, que asumen la óptica de la supervivencia, condición de posibilidad para su reconocimiento en el Brasil actual. Posteriormente, presentaré situaciones y discursos que considero reveladores de la conflictiva relación de estos indígenas con algunos agentes públicos que se ven confrontados con la agenda y la agencia políticas de este “nuevo” pueblo. Finalmente, sugeriré que, en parte, esos conflictos estén relacionados con maneras diferentes de experienciar el tiempo. Para los indígenas, por un lado, la construcción narrativa que les da la posibilidad de reconocerse y ser reconocidos como tales implica la corporificación de la interpenetración de los tiempos pasado y presente y, en este sentido, su espera por la promoción de sus derechos constitucionales es contada desde un tiempo muy remoto. Por otro lado, para los agentes públicos, el reconocimiento étnico oficial es un punto específico en el presente, a partir del cual inician un lento y gradual proceso de reconocimiento de aquella condición de indígenas, reforzados por el “tiempo de la burocracia” en el cual están inmersos cotidianamente

    “El viaje de regreso” : el reconocimiento étnico de indígenas en el sur de Brasil como un evento crítico

    No full text
    O presente artigo enfoca a problemática do reconhecimento étnico de indígenas por parte do Estado, sugerindo que este pode ser pensado como um evento crítico, no sentido de que transforma percepções, ações e relações entre diferentes agentes envolvidos nos processos de territorialização, além de possibilitar a construção de memórias que tecerão discursos e narrativas específicos. A partir de uma pesquisa etnográfica realizada junto à comunidade Charrua da Aldeia Polidoro de Porto Alegre (Brasil), abordo inicialmente a historiografia dos índios Charrua do Uruguai que ressalta fundamentalmente a extinção da etnia, contrapondo a isso as suas narrativas que assumem a ótica da sobrevivência, condição de possibilidade para seu reconhecimento no Brasil atual. Na sequência apresento situações e discursos que considero reveladores da conflituosa relação deles com alguns agentes públicos que se veem confrontados com a agenda e a agência políticas desse “novo” povo indígena. Por fim, sugiro que, em parte, esses conflitos estão relacionados a diferentes formas de experienciar o tempo. Para os indígenas, por um lado, a construção narrativa que lhes dá possibilidade de se reconhecerem e serem reconhecidos como tais implica a corporificação da interprenetação dos tempos passado e presente e, nesse sentido, sua espera pela promoção de seus direitos constitucionais é contabilizada desde tempos muito remotos. Por outro lado, para os agentes públicos, o reconhecimento étnico oficial é um ponto específico no presente, a partir do qual estes iniciam um processo lento e gradual de reconhecimento da condição de indígenas, dentro do “tempo da burocracia” no qual estão imersos cotidianamente.This article focuses on the ethnic recognition of indigenous groups by the State in Brazil and suggests that this may be thought of as a critical event in the sense that it promotes changes in perceptions, actions and relations between different actors involved in the processes of territorialization, in addition to allowing the construction of memories that weave specific discourses and narratives. Drawing on an ethnographic study carried out among the Charrua Community of the Polidoro Village in Porto Alegre (Brazil)., the first part of this paper is an introduction to the historiography of the Charrua Indians of Uruguay that highlights the group’s genocide. To that I compare to the indigenous people’s narratives that take on the perspective of survival, a condition of possibility for their recognition as indigenous in the present. After that, I introduce situations that I find revealing of their contentious relationship with some State agents who are faced with the political agenda and agency of this “new” indigenous people. Finally, I suggest that, in part, these conflicts are related to different ways of experiencing time. On the one hand, for the indigenous people, the narrative that gives them possibility to recognize themselves and be recognized as such implies the embodiment of an interpenetrated past and present time. Therefore, for those who record time since a distant past, the wait for the granting of their Constitutional rights by State agents seems always too long. On the other hand, for the public agents, State recognition happens at a specific point in the present, from which they start a slow and gradual processes of recognition of the indigenous people’s situation, within the “time of the bureaucracy”, in which they are immersed in their everyday.El presente artículo se enfoca en la problemática del reconocimiento étnico de indígenas por parte del Estado. Sugiere que este proceso puede ser pensado como un evento crítico, en el sentido de que transforma percepciones, acciones y relaciones entre diferentes agentes involucrados en los procesos de territorialización, además de posibilitar la construcción de memorias que han de tejer discursos y narrativas específicas. A partir de una investigación etnográfica realizada junto a la comunidad Charrua de la Aldea Polidoro, en Porto Alegre (Brasil), abordo inicialmente la historiografía de los indios Charrua del Uruguay, que resalta fundamentalmente la extinción de la etnia, para contraponer después sus narrativas, que asumen la óptica de la supervivencia, condición de posibilidad para su reconocimiento en el Brasil actual. Posteriormente, presentaré situaciones y discursos que considero reveladores de la conflictiva relación de estos indígenas con algunos agentes públicos que se ven confrontados con la agenda y la agencia políticas de este “nuevo” pueblo. Finalmente, sugeriré que, en parte, esos conflictos estén relacionados con maneras diferentes de experienciar el tiempo. Para los indígenas, por un lado, la construcción narrativa que les da la posibilidad de reconocerse y ser reconocidos como tales implica la corporificación de la interpenetración de los tiempos pasado y presente y, en este sentido, su espera por la promoción de sus derechos constitucionales es contada desde un tiempo muy remoto. Por otro lado, para los agentes públicos, el reconocimiento étnico oficial es un punto específico en el presente, a partir del cual inician un lento y gradual proceso de reconocimiento de aquella condición de indígenas, reforzados por el “tiempo de la burocracia” en el cual están inmersos cotidianamente

    Mulher, sexualidade e reprodução : representações do corpo em uma vila de classes populares em Porto Alegre

    No full text
    Mulher, Sexualidade e Reprodução é um trabalho etnográfico que analisa as práticas e representações femininas a respeito do corpo, da sexualidade e da reprodução a partir do contexto social de produção de sentido destas práticas, ou seja, o contexto das relações de gênero e das rela96es familiares, em um universo de Classes populares・ Trabalhando simultaneamente com dados empíricos e com teoria, esta pesquisa discute a questão dos métodos contraceptivos e de sua adequação, tendo em vista as noções de família de maternidade, de mulher, de marido, de filhos e do pr6prio corpo, das, mulheres alvo desta pesquisa.Woman, Sexuality and Reproduction is an etnographic research which approaches female practices and representations of the body, sexuality, and reproduction in a low Income group. In Porto Alegre, Brazil, in the context of their everyday family relationship and gender relations. Working simultaneously with empirical data and theory, this research discusses the issue of contraceptive methods and their suitability, considering the women's perception of family, of motherhood, of wife, of husband, of children and of their own bodies

    A replicating science : the absence of a discussion about method, ethics and discourse

    Get PDF
    Este artigo pretende refletir sobre a pesquisa qualitativa e seu uso na área da saúde. A partir de considerações sobre os “modos somáticos de atenção” e exemplos de pesquisas realizadas, proponho, primeiramente, um questionamento sobre dicotomias como teoria-metodologia, sujeito-objeto e racionalidade-técnica. Sugiro que essas dicotomias possam estar na base daquelas que são consideradas dificuldades na utilização da metodologia qualitativa em projetos de pesquisa da área da saúde, como (1) o problema da escolha das técnicas de pesquisa; (2) o dilema do número de casos; (3) a participação do contexto da pesquisa; e (4) os procedimentos de análise ou interpretação dos dados. Num segundo momento, busco mostrar como essas dicotomias também podem estar implicadas na ética das pesquisas qualitativas. Finalmente, observo que esses questionamentos, quando projetados para os Comitês de Ética em Pesquisa, apresentam o grande desafio de avaliar a adequação metodológica em conjunto com os procedimentos éticos de cada projeto, respeitando as especificidades da pesquisa qualitativa.This article approaches the use of qualitative methods in health research. Following the concept of “somatic modes of attention” and examples of previous ethnographic research, I discuss the dichotomies theory-methodology, subject-object, rationale-techniques to suggest that they may be responsible for what has been pointed out as important constraints of qualitative research: (1) the problem of choosing the right research techniques; (2) the dilemma of the number of cases to be studied; (3) the role of the context; and (4) data analysis/interpretation procedures. I argue that these separations can affect research ethics. Ethics needs to be incorporated in methodology as a whole and inform the choice of techniques, sampling procedures, the context and data analysis/interpretation. Finally, this paper points out that the specificity of qualitative research needs to be acknowledged by Research Ethics Committees and suggests they should look, more than anything, at each project’s methodological adequacy together with ethical procedures

    Mulher, sexualidade e reprodução : representações do corpo em uma vila de classes populares em Porto Alegre

    No full text
    Mulher, Sexualidade e Reprodução é um trabalho etnográfico que analisa as práticas e representações femininas a respeito do corpo, da sexualidade e da reprodução a partir do contexto social de produção de sentido destas práticas, ou seja, o contexto das relações de gênero e das rela96es familiares, em um universo de Classes populares・ Trabalhando simultaneamente com dados empíricos e com teoria, esta pesquisa discute a questão dos métodos contraceptivos e de sua adequação, tendo em vista as noções de família de maternidade, de mulher, de marido, de filhos e do pr6prio corpo, das, mulheres alvo desta pesquisa.Woman, Sexuality and Reproduction is an etnographic research which approaches female practices and representations of the body, sexuality, and reproduction in a low Income group. In Porto Alegre, Brazil, in the context of their everyday family relationship and gender relations. Working simultaneously with empirical data and theory, this research discusses the issue of contraceptive methods and their suitability, considering the women's perception of family, of motherhood, of wife, of husband, of children and of their own bodies
    corecore