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Por uma antropologia de alcance universal
Partindo do pressuposto de que a antropologia e a educação tomam o homem como base comun de reflexĂŁo, o texto propĂ”e uma discussĂŁo sobre as possĂveis diferenças entre as abordagens desses campos do conhecimento, considerando a escolha do lugar teĂłrico a partir do qual uma propĂłsta investigativa Ă© conduzida como o aspecto decisivo da questĂŁo. A discussĂŁo Ă© estruturada a partir de uma crĂtica ao discurso pĂłs-moderno que adere ao relativismo - historicamente associado ao sucesso pĂșblico da antropologia no estudo da diversidade -, e se espraia por todas as ciĂȘncias humanas no embalo do que se convencionou chamar de "crise de paradigmas", Argumenta-se que sem abrir da caracterĂstica que dirige o trabalho dos antropĂłlogos, qual seja, o profundo conhecimento de objetos singulares, nĂŁo se pode furtar ao compromisso cientĂfico de inseri-los num contexto mais amplo de compreensĂŁo, numa perspectiva passĂvel de encontrar ressonĂąncia entre outros pesquisadores sociais. A articulação dos valores universais e das especificidades culturais enquanto dimensĂ”es de uma mesma realidade, alĂ©m de ser uma exigĂȘncia teĂłrica, impĂ”e-se praticamente na medida em que a democracia passa a ser desafiada pelo movimento global da pobreza, exclusĂŁo social e surgimento de particularismos absolutos