11 research outputs found

    PERIOPERATIVE OUTCOMES AND LONG TERM SURVIVAL AFTER CAROTID ENDARTERECTOMY IN ELDERLY PATIENTS

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    Introduction: Stroke is a major health problem. Overall, 10–15% of all strokes are related to a previous asymptomatic carotid stenosis >50%. Carotid endarterectomy (CEA) is e!ective in stroke prevention; risk/benefit assessment is less apparent for elderly. The authors evaluate department CEA outcomes in elderly population aged 75 years and older, focusing in perioperative outcomes and long term survival. Material and methods: Retrospective unicentric analysis was performed, encompassing 156 surgeries in 149 patients aged 75 years and older, between January 2010 and December 2017. Results: Perioperative stroke/mortality was 2.6% (4.0% for symptomatic, 0% for asymptomatic); perioperative morbidity was 6.4%; estimated "ve-year survival was 71.9%. Conclusion: CEA continues to be a low-risk approach to treat carotid bifurcation atherosclerosis, even in elderly population, with perioperative morbidity and mortality resembling international standards for general population. Long term survival is quite good and age alone should not be a reason to refrain from offering carotid endarterectomy to this patients

    EVIDÊNCIA ATUAL DA PROTAMINA EM CIRURGIA CAROTÍDEA

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    Introdução e Objetivos: A administração de heparina constitui um passo standardizado na cirurgia carotídea dada a redução de complicações tromboembólicas no período perioperatório. Esta prática não está livre de riscos visto que as complicações hemorrágicas estão associadas a um aumento de reintervenções. Historicamente, a protamina, enquanto agente capaz de reverter os efeitos anticoagulantes da heparina, tem gerado controvérsia pela alegada associação a trombose carotídea e AVC. Este artigo tem como objetivo rever a literatura publicada sobre a reversão com protamina na cirurgia carotídea. Métodos: Com recurso à plataforma Pubmed foram selecionados todos os artigos publicados desde janeiro de 2010 até à presente data tendo sido selecionados 10 artigos, onde se incluem duas meta-análises, uma revisão sistemática e seis estudos observacionais multicêntricos de larga escala. Procurou-se avaliar o risco de enfarte, AVC ou morte, bem como as complicações hemorrágicas com a administração de protamina. Resultados: De entre os artigos selecionados, seis avaliaram o efeito da protamina durante endarterectomia carotídea, três no stenting carotídeo transfemoral e um no stenting transcarotídeo (TCAR). Nos doentes submetidos a endarterectomia, todos os estudos demonstraram uma diminuição estatisticamente significativa na redução de complicações hemorrágicas nos doentes em que se administrou protamina, nomeadamente com redução nas reintervenções e na necessidade de transfusões, não tendo sido relatado em nenhum destes estudos uma diferença estatisticamente significativa na mortalidade, ocorrência de AVC ou enfarte. O único estudo que analisou a utilização da protamina no TCAR obteve resultados semelhantes aos da endarterectomia. O uso de protamina no stenting carotídeo transfemoral, não demonstrou diferenças na incidência de AVC, enfarte, morte ou redução de complicações hemorrágicas em estudos observacionais, no entanto, relacionou-se a um aumento de AVC aos 30 dias numa revisão sistemática. Analisando os doentes submetidos a reintervenção cirúrgica concluiu-se que independentemente do uso de protamina, houve um aumento estatisticamente significativo no enfarte, AVC e morte. Conclusão: A reversão com protamina na cirurgia carotídea demonstrou-se eficaz e segura, à luz da evidência científica publicada na última década, não se associando a um aumento do número de eventos trombóticos e contribuindo para a diminuição das complicações hemorrágicas, sendo estas afirmações suportadas por meta-análises e estudos observacionais com grandes populações amostrais, contrariando a controvérsia relacionada com o uso de protamina resultante de estudos históricos com base em análises de amostras de pequenas dimensões ou na experiência da própria instituição. Reforça-se deste modo a importância da administração rotineira de protamina na abordagem carotídea

    Internal carotid artery trauma due to elongated styloid process – a review of case reports

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    INTRODUCTION: Stylocarotid syndrome is caused by the conflict between the styloid process and the vascular structures leading to carotid artery dissection (CAD) or compression. Being headache the most common initial symptom in patients with spontaneous CAD, eagle syndrome could be one explanation for some so-called spontaneous dissections since this symptom is also common in this syndrome. METHODS: Afrer analyzing the reported cases on Pubmed and Embase databases we divided the cases in compression and CAD groups ending up with completely different groups in terms of clinical presentation, management and follow-up. RESULTS: While management of compression group seems quite straightforward, the same is not true when CAD is present. Whether delayed styloidectomy after medical management plays a role in CAD, as it does for the compression group, is something to investigate

    ANEURISMAS MICÓTICOS DAS CARÓTIDAS EXTRACRANIANAS – REVISÃO SISTEMÁTICA DA LITERATURA

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    Introdução: Os aneurismas micóticos das carótidas na sua porção extracraniana são extremamente raros, sendo que o conhecimento sobre essa patologia incide apenas na descrição de casos clínicos. Apenas cerca de 100 casos estão publicados na literatura. Os autores propõem apresentar uma revisão sistemática com a intenção de delinear uma compreensão mais generalizada desta patologia. Métodos: Foram consultadas as bases de dados PubMed e EmBase utilizando as palavras-chave “infected aneurysm” e “carotid artery”. Foram incluídos todos os trabalhos em inglês até 2019. Os estudos que descrevem casos sobre aneurismas carotídeos intracranianos ou pseudoaneurismas traumáticos foram excluídos, tal como as lesões secundárias a complicações de cirurgia vascular. Resultados: Foram incluídos 55 trabalhos entre 1979-2019, relatando dados de 58 doentes. A mediana da idade foi de 63 anos (mín. 9 meses; máx. 88 anos), sendo 67% do sexo masculino. Cerca de 70% apresentaram histórico de infeções bacterianas prévias ou imunossupressão. A localização mais frequente foi a carótida interna seguida pela carótida comum, quase exclusivamente na proximidade da bifurcação carotídea. O aparecimento de uma massa cervical foi a apresentação mais habitual (46%) seguida por síndromes compressivos (38%) e AVC/AIT (11%). Os agentes identificados na maior proporção dos casos foram o Staphylococcus aureus (26%) e Salmonella spp (19%). A interposição de enxertos autólogos foi a técnica mais utilizada para correção cirúrgica. Foi relatada a morte de 7 doentes (14%). Conclusão: Os aneurismas micóticos das carótidas são raros e o diagnóstico pode ser difícil. O seu tratamento implica restituição do inflow carotídeo e remoção do tecido infetado, pelo que a utilização de enxertos autólogos é a estratégia preferida. Apesar das técnicas endovasculares poderem ser usadas em casos selecionados, deve ser considerada a possibilidade de o material protésico ser um nicho para crescimento bacteriano. A morbimortalidade poderá ser maior que a descrita no presente trabalho pelo viés de publicação

    REVISÃO DOS OUTCOMES CIRÚRGICOS DA CORREÇÃO DE FÍSTULAS AÓRTICAS: A EXPERIÊNCIA DE UM SERVIÇO

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    Introdução e métodos: A abordagem das fístulas com origem na artéria aorta permanece um desafio em Cirurgia Vascular. O objetivo deste trabalho é rever os outcomes da intervenção cirúrgica em doentes com fístulas com origem na aorta torácica descendente e abdominal através da consulta dos processos clínicos durante um período de 16 anos num Departamento de Cirurgia Vascular. Resultados: Obtiveram-se um total de vinte e dois casos que correspondem a vinte doentes (dois doentes com fístulas primária e secundária consecutivas), com uma média de idades de 66,6 anos. Dezoito doentes eram do sexo masculino e 50% dos casos correspondem a fístulas primárias. A localização da fístula foi aorto-cava em cinco, aorto-duodenal em catorze, aorto-esofágica em três e aorto-jejunal em dois casos. As fístulas primárias abdominais estavam na sua maioria associadas a aneurisma da aorta abdominal. Relativamente às fístulas secundárias, a intervenção cirúrgica prévia foi bypass aorto-bi-femoral em quatro casos e enxertos aórticos em sete. O tempo entre a intervenção até ao diagnóstico de fístula variou entre 2 meses a 19 anos. A apresentação clínica mais comum foi hematemeses em 59% e melenas ou hematoquézias em 32%, com choque hipovolémico em 41% dos casos. Todos os casos foram submetidos a cirurgia convencional, com exceção dos três casos de fístula aorta-esofágica que foram corrigidos por cirurgia endovascular. A 3ª porção do duodeno foi o local mais comum da fístula aorto-entérica e foi necessária cirurgia intestinal em 72,7% dos casos. Nos doentes com fístulas secundárias, foi realizada exérese de prótese em oito casos e, posteriormente, cirurgia de revascularização dos membros inferiores em cinco. A complicação mais frequente no pós-operatório foi isquemia irreversível do membro inferior, com uma taxa de amputação major de 25%. Oito doentes necessitaram de intervenção cirúrgica posterior, nomeadamente trombectomia ou amputação major, exclusão com endoprótese de fístula persistente e cirurgia de Hartmann. A mortalidade foi de 50%, correspondente a quatro casos de fístulas primárias e a sete de secundárias. O tempo médio de internamento foi de 22,4 dias. A sobrevida dos doentes variou entre dois meses a dezasseis anos e entre as causas de mortalidade conhecidas estão fístula secundária após fístula primária da aorta, isquemia intestinal, persistência da fístula apesar de intervenção, pneumonia ou infeção protésica. Conclusão: As fístulas com origem na aorta são uma entidade com uma mortalidade cirúrgica elevada. Os resultados apresentados vão de encontro ao previamente publicado na literatura

    Giant Sac Growth: A Hybrid Approach to Treat a Misdiagnosed Late Type IIIb Endoleak

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    Introduction: Endoleaks are a common complication following endovascular aneurysm repair, yet type IIIb are rare, especially with newer devices, and associated with high morbidity due to repressurisation of the sac. As endografts are used in patients with longer life expectancy, late type IIIb endoleaks are to be expected. This is a report of a giant common iliac aneurysm resulting from a misdiagnosed type IIIb endoleak. Report: An 85 year old man with history of right common iliac artery aneurysm, treated in 2003 with an EXCLUDER AAA Endoprosthesis (WL Gore, Flagstaff, AZ, USA) with iliac limb extension into the external iliac artery, presented at the emergency department with abdominal pain, hypotension, and syncope. He had a known endoleak, unsuccessfully treated by relining the right iliac stent graft overlap zones for a suspected type IIIa endoleak (2009), coil embolisation, and computed tomography (CT) guided thrombin injection of the aneurysmatic sac for a type II (2010), none of which managed to treat the cause with continuous aneurysm growth. The patient refused further treatments, but agreed to maintain surveillance. At admission, CT angiography showed common iliac aneurysm (185 × 134 mm) sac rupture without a visible endoleak. Resuscitative endovascular balloon occlusion of the aorta (REBOA) technique was performed to obtain haemodynamic control, then the aneurysm was approached through a midline incision. A type IIIb endoleak was identified due to a fabric tear on the right iliac limb extension. Suture was attempted without success, then relining of the lesion with an Endurant II Limb (Medtronic, Minneapolis, MN, USA) was performed, which managed to repair the endoleak. Discussion: Type IIIb endoleaks are uncommon and underdiagnosed due to fabric defects being too small or leaking intermittently. They can mimic other types of endoleaks and may cause aneurysm growth and rupture. One should consider this type of endoleak if previous treatments for other types were unsuccessful

    A closer look at aortic seat belt injuries: review of 52 cases published in the last 60 years

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    INTRODUCTION: Seat belt aorta is a rare but often severe complication arising from blunt trauma with compression of the abdominal aorta against vertebrae. Seat belt sign is often present as an ecchymosis across the abdomen. The association with abdominal wall disruption and hollow viscus injury has been named seat belt triad; the presence of Chance fracture is sometimes considered a fourth component. METHODS: Using Pubmed and Embase databases we reviewed all articles regarding abdominal seat belt aortic injuries and analysed presentation at admission, concomitant lesions, including presence of seat belt triad, treatment and outcomes. RESULTS: Fifty-two cases were reported, from 1968 to 2019. Twenty-nine males (56%), mean age 43 ± 19 years. Most patients were stable at admission, with 29 (55.8%) presenting acute abdomen, 26 (50%) limb ischemia, 9 (17.3%) hypovolemic shock and 2 (3.8%) late-onset claudication. Seat belt sign was identified in 40 patients (76.9%), seat belt triad in 38 (73.1%) and 22 (42.3%) had Chance fractures, of which only 2 were not associated with seat belt triad. Most patients presented with aortic dissection (90.4%), complicated with pseudoaneurysm (11.5%), contained rupture (7.7%) or uncontained rupture (3.8%); 2 patients presented isolated iliac thrombosis and 3 limb ischemia. All patients required immediate surgical intervention, of which 40 (76.9%) required urgent vascular surgery. Forty-eight patients (92.3%) underwent vascular surgery: 39 open revascularizations and 9 endovascular procedures; three were managed conservatively. Ten patients (19.2%) passed away or died, of which 7 had seat belt triad. No patients needed reinterventions for vascular lesions except one, yet 3 required limb amputation. Most patients with seat belt triad required further visceral and abdominal wall repair. CONCLUSIONS: Seat belt aorta and especially seat belt triad are severe complications associated with high morbimortality often requiring surgery and multiple interventions. As patients are usually conscious and stable upon admission, this condition should not be disregarded
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