23 research outputs found

    Prefácio

    Get PDF
    Este número especial da Revista Internacional Resiliência Ambiental, com o título A Educação Ambiental no Enfrentamento da Emergência Climática é de fato muito especial. Ele nos chega como respostas explicitadas a essas indagações, com abordagens apoiadas em evidências científicas e metodologias que ampliam o aprender a fazer educação ambiental crítica em tempos graves de um novo regime climático. Temos em mãos uma publicação que contribui para mostrar que a educação ambiental brasileira tem potência para criar comunidades sustentáveis e resilientes – com Educação, Justiça Climática e Bem Viver

    VULNERABILIDADE ESCOLAR FRENTE A DESASTRES NO BRASIL

    Get PDF
    Este trabalho teve por objetivo apresentar um diagnóstico da situação de vulnerabilidade das escolas perante desastres socioambientais no Brasil. Foi possível identificar cinco tipologias principais de impacto: sobre a integridade física das pessoas, sobre a rotina da escola por mudança de uso e ocupação em situação de desastre, sobre a estrutura física do edifício, sobre os materiais e equipamentos escolares e sobre o exercício educativo propriamente dito. Por fim, ressalta-se que os formuladores de políticas e os gestores da área de gestão de riscos e de desastres precisam envolver o setor educativo na formulação de políticas para reduzir sua própria vulnerabilidade

    Educação ambiental como política pública

    Get PDF
    A educação ambiental surge como uma das possíveis estratégias para o enfrentamento da crise civilizatória de dupla ordem, cultural e social. Sua perspectiva crítica e emancipatória visa à deflagração de processos nos quais a busca individual e coletiva por mudanças culturais e sociais estão dialeticamente indissociadas. A articulação de princípios de Estado e comunidade, sob a égide da comunidade, coloca o Estado como parceiro desta no processo de transformação do status quo situado, segundo Boaventura de Souza Santos, como um "novíssimo movimento social". A tal Estado cumpre o papel de fortalecer a sociedade civil como sede da superestrutura. No campo ambiental, o Estado tem crescido em termos de marcos regulatórios sem uma capacidade operacional que condiga com a demanda em vista da redução do Estado (década de 1990) e da ausência de reformas que não sejam a do Estado mínimo. À educação ambiental cumpre, portanto, contribuir com o processo dialético Estado-sociedade civil que possibilite uma definição das políticas públicas a partir do diálogo. Nesse sentido, a construção da educação ambiental como política pública, implementada pelo Ministério da Educação e Cultura (MEC) e pelo Ministério do Meio Ambiente (MMA), implica processos de intervenção direta, regulamentação e contratualismo que fortalecem a articulação de diferentes atores sociais (nos âmbitos formal e não formal da educação) e sua capacidade de desempenhar gestão territorial sustentável e educadora, formação de educadores ambientais, educomunicação socioambiental e outras estratégias que promovam a educação ambiental crítica e emancipatória. As políticas públicas em educação ambiental implicarão uma crescente capacidade do Estado de responder, ainda que com mínima intervenção direta, às demandas que surgem do conjunto articulado de instituições atuantes na educação ambiental crítica e emancipatória.Environmental education emerges as one of the possible strategies to face up to the double-order, cultural and social, civilization crisis. Its critical and emancipative perspective intends to trigger processes in which the individual and collective searches for cultural and social change are dialectically intertwined. The articulation of State and community principles, with the sanction of the community, establishes the State as the latter's partner in the process of transformation of the status quo referred to by Boaventura de Souza Santos as a "brand new social movement". Such State must play the role of strengthening civil society as the mainstay of superstructure. In the environmental field, the State has advanced in terms of regulatory marks without an operational capacity befitting the demand, owing to the reduction of the State (in the 1990s) and to the absence of reforms other than that of the minimal State. Environmental education must, therefore, contribute to a State-civil society dialectical process that allows the definition of public policies based on dialogue. In this sense, the construction of environmental education as a public policy implemented by the Ministry for Education and Culture (MEC) and by the Ministry for the Environment (MMA) includes processes of direct intervention, regulation and contractualism that strengthen the articulation of various social actors (in both formal and non-formal education contexts) and their ability to carry out sustainable and educative territorial management, training of environmental educators, socio-environmental educommunication, and other strategies that promote a critical and emancipative environmental education. The public policies in environmental education will require a growing capacity of the State to respond, even if with minimal direct intervention, to the demands emerging from the articulated set of institutions acting on the critical and emancipative environmental education

    Práticas de ensino para prevenção de riscos e desastres

    Get PDF

    From extreme weather events to ‘cascading vulnerabilities’ : participatory flood research methodologies in Brazil during COVID-19

    Get PDF
    Extreme weather events are entangled with each other and with other extreme events, such as the COVID-19 pandemic, anti-racist protests, drought, a housing crisis, strikes, or climate emergencies, as well as with more general inadequacies due to national, economic, and political upheavals and accreted vulnerabilities from long-term policies or inactions. Effects of extreme weather events are intensified by ongoing social injustices like poverty and structural racism, a housing deficit, and the consequent informal and unplanned occupation of hazardous areas, such as riverbanks, and areas of previous social-environmental disasters. In the context of Brazil, the ongoing deforestation in the Amazon (agribusiness, mining and illegal wood) provoking droughts and energy shortages in the region creates further vulnerabilities that are felt globally. In this paper, our primary contribution to these inter-connected scenarios is to describe methodological interventions that were made in response to COVID-19, and to show how those changes provided new insights into vulnerability processes of both subjects and researchers. During a larger project (Waterproofing Data), focused on the case study research areas of São Paulo and Acre (Brazil) wherein our wider team conducted flood-risk community research, we were forced to rethink our approach. We moved away from the singularity of the flood event and its impacts toward acknowledging the cascading conditions of social vulnerability (caused by weather, health, social and political conditions). In this paper, we directly address the ‘cascade of vulnerabilities’ that the flood-prone communities already encounter when researchers seek to engage with them. We open new avenues to reconsider citizenship, space, and innovation in terms of the key challenges that our methods encountered when conducting participatory flood research methodologies, particularly during the first phase of the COVID-19 pandemic from March 2020 to November 2021. Through flood research in Brazil, we articulate methodological contributions from the arts, humanities, and social sciences for more realistic, just, and caring research practices within and about weather in the context of ‘slow violence’ [Nixon, R (2013). Slow Violence and the Environmentalism of the Poor. Cambridge, MA: Harvard UP]

    Redução de riscos de desastres na produção sobre educação ambiental: um panorama das pesquisas no Brasil

    Get PDF
    This study aimed to analyze the theme disaster risk reduction (DRR) in the academic production of environmental education in Brazil from 1981-2018, identifying its characteristics, gaps and opportunities. The search was conducted with six descriptors in the titles and abstracts in six platforms. The 26 studies analyzed presented multiple approaches and 11 thematic categories were established from content analysis. Most of the publications was related to perception, teaching and curriculum, and to public policy and management. The main gaps were found in the small number of research on training and stakeholders participation, communication and risk factors. Only one paper used the term DRR and any work related to drought was identified. The results subsidize future paths of academic production and highlight the need for research and deepening in the field of environmental education aligned with DRR.Este trabajo tuvo como objetivo analizar el tema de la reducción de riesgos de desastres (RRD) en la producción académica de educación ambiental en Brasil en el período 1981-2018, identificando sus características, deficiencias y oportunidades. La búsqueda fue realizada con seis descriptores en los títulos y resúmenes de seis plataformas. Los 26 estudios analizados presentaron múltiples enfoques y 11 categorías temáticas se establecieron a partir del análisis de contenido. La mayoría de los trabajos estaban relacionados con percepción, enseñanza y currículo, y gestión y políticas públicas. Las principales deficiencias fueron encontradas en las reducidas investigaciones sobre formación y participación, comunicación y factores generadores de riesgo. Sólo un trabajo utilizó el término RRD y ningún trabajo con las sequías fue identificado. Los resultados subsidian futuros caminos de la producción académica y evidencian la necesidad de investigación y profundización en el campo de la educación ambiental alineado a la RRD.Este trabalho teve como objetivo analisar a temática redução de riscos de desastres (RRD) na produção acadêmica de educação ambiental no Brasil, no período de 1981-2018, identificando suas características, lacunas e oportunidades. A busca foi realizada com seis descritores nos títulos e resumos de seis plataformas. Os 26 estudos analisados apresentaram múltiplas abordagens e onze categorias temáticas foram estabelecidas a partir da análise de conteúdo. A maioria dos trabalhos estava relacionada à percepção, ao ensino e currículo e à gestão e políticas públicas. As principais lacunas foram encontradas no reduzido número de pesquisas sobre formação, participação, comunicação e fatores geradores de risco. Apenas um trabalho utilizou o termo RRD e nenhum trabalho relacionado às secas foi identificado. Os resultados subsidiam futuros caminhos da produção acadêmica e evidenciam a necessidade de investigação e aprofundamento da RRD no campo da educação ambiental
    corecore