7 research outputs found

    Relações dos alunos com o aprender no ensino de biologia por atividades investigativas

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    Dissertação (mestrado) - Universidade Federal de Santa Catarina. Programa de Pós-graduação em Educação Científica e TecnológicaEsta pesquisa tem como objetivo investigar as relações de alunos com o aprender Biologia por atividades investigativas no nível médio de ensino. Como base teórica, a pesquisa se inspira nos estudos da Relação com o Saber, de Bernard Charlot. Privilegio a relação epistêmica com o aprender dos estudos de Charlot que discute que o aprender pode assumir diferentes significados para os alunos. Nas análises das relações dos alunos, identifico e discuto os sentidos que atribuem ao aprender no processo educativo. Os dados foram coletados a partir de observações de aulas de uma professora que realiza o Ensino de Biologia por atividades investigativas e, principalmente, de entrevistas semi-estruturadas com os alunos e a professora. Para analisar os dados, privilegio três formas de relação epistêmica com o aprender dos estudos de Charlot: (a) objetivação-denominação, em que aprender constitui na apropriação e enunciação de conteúdos intelectuais; (b) imbricação do eu, na qual o aprender é o domínio de uma atividade que o aluno aprendiz desempenha; (c) distanciação-regulação, em que o aprender se remete ao domínio de relações afetivas, como emoções, sentimentos e percepções que o aluno estabelece a fim de construir uma imagem reflexiva de si e, paralelamente, uma leitura do contexto em que está inserido. Nesta análise, levo em consideração questões que influenciam na constituição das relações epistêmicas dos alunos com o aprender, como as interpretações singulares dos alunos sobre o aprender e também o contexto educacional que estavam imersos: proposta pedagógica da escola que os alunos estudam, perspectiva do Ensino de Biologia por atividade investigativas que a professora ministrava e situação sócio-econômica dos alunos. Os resultados apontam que os alunos estabelecem diferentes relações epistêmicas com o aprender Biologia por atividades investigativas. Os sentidos atribuídos ao aprender se estabelecem na enunciação dos conteúdos biológicos, no domínio de atividades investigativas das Ciências Biológicas e na relação reflexiva sobre si próprios e a sociedade. Aponto que as relações com o aprender estabelecidas pelos alunos privilegiam concepções da atividade investigativa como execução de atividades experimentais de forma empírica, objetiva e afastada das relações e implicações com a Sociedade. No entanto, discuto que os sentidos atribuídos ao aprender devem superar a concepção neutra da Ciência (do conhecimento com existência em si próprio), promovendo reflexões sobre relações entre Ciência e Sociedade que são fundamentais para as relações dos alunos com o aprender Biologia por atividades investigativas na Educação Básica. This research aims to investigate the relation of students to learn Biology by investigative activities in High School level. The theoretical base for this research is the studies of the Relation to Knowledge of Bernard Charlot, privileging the epistemic relation with learning which discuss that learn can assume different meanings for students. Thus, through the analyses of the students' relations, I identify and discuss which meanings with learning students attribute in the educative process. The data were collected from observations of classrooms of a teacher who performs on the teaching of Biology by investigative activities and, mainly, by semi-structured interviews with the teacher and students. To analyse data, I raise three forms od epistemic relation with learning of Charlot's studies: (a) "objectivation-denomination" in which learning constitutes the appropriation and enunciation of intellectual contents; (b) "overlap of me" in which learning is referred to an activity, in this research, the investigative activity; (c) "distance-regulation" in which learning is referred to an affectionate (emotional) relations, such as emotions, feelings and perceptions that student establishes in order to build a reflective image of themselves and, in parallel, an interpretation of the context in which it is inserted. I consider into the analyses issues that influence the constitution of students' epistemic relations with learning, as the individual interpretation about learning and also the educational context that they were immersed: pedagogical proposal of the school, the perspective of Biology teaching by investigative activity and social-economic situation of the students. The results present that students establish different epistemic relations to learn Biology by investigative activities. The meanings attributed to learn establish in enunciation of the biological contents, in the field of investigative activities of the Biological Sciences and in the reflective relation of themselves and Society. I point out that the relations with learning established by the students focus on conceptions of investigative activity like an execution of experimental activities in empirical, objective and remote from the relations and implications with Society. However, I discuss that the meanings attributed to learn by students must overcome the neutral conception of Science (the knowledge of the existence in itself), promoting reflections on relations between Science and Society. These reflections are fundamental to the relation of students to learn Biology by investigative activities in Basic Education

    Ecologias parasitas na arte : encontros (im)possíveis entre deleuze e michel serres

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    Nas ecologias do submundo habita uma potência da sarjeta, do picho e da infecção como uma possibilidade de efetivar conexões entre devires animais imprevisíveis. Assim, apresentamos algumas produções artísticas da contemporaneidade, em que arriscamos algumas possibilidades de diálogo com a filosofia de Gilles Deleuze, Felix Guattari e Michel Serres. Para Serres, o parasita é apresentado como um ruído, que tanto pode ser destrutivo para a vida e como pode fazer nascer na vida uma nova ordem, ainda mais complexa. Para Deleuze, o ser simbiótico/parasita poderia ser definido por um grau de potência singular e, por conseguinte, por certo poder de afetar e de ser afetado. Assim, o artista belga Roa estabelece relações mutualísticas entre seres e objetos e inventam ecologias por meio de alianças e relações com a natureza

    Práticas alternativas na ciência, (des)objetos, vidas inúteis e devires animais na arte

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    Encontramos nas artes outras maneiras de se fazer e pensar práticas ligadas às ciências. Propostas artísticas que também são ecológicas, inventam outras ecologias que operam por meio das sensações e afetos. Buscamos em alguns trabalhos do artista Mark Dion experimentar possibilidades de pensar práticas ecológicas alternativas. Nas produções de Mark Dion tudo está aberto a experi¬mentação constante, por meio de práticas artísticas e ecológicas não convencionais, assim, o artista instaura uma ecologia do despropósito, do efêmero e do transitório, arrastando a ecologia para o campo das práticas (im)possíveis, buscando na arte contemporânea, as mais polêmicas e controver¬sas questões sobre o meio ambiente, uma aposta política e estética sobre as arestas da ecologia que inventam conexões entre arte, filosofia e ciência

    PERCURSOS HISTÓRICOS DE ENSINAR CIÊNCIAS ATRAVÉS DE ATIVIDADES INVESTIGATIVAS

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    Este trabalho discute momentos históricos em que a perspectiva do ensino por atividades investigativas foi debatida por estudiosos da Educação e da Educação em Ciências. Recorro aos trabalhos de John Dewey no início do século XX que propõem a investigação na escola a partir do método científico. Apresento as reformas curriculares em 1950- 1960 no ensino de Ciências no Brasil em que materiais didáticos propunham a realização de investigações científicas. E por fim, discorro sobre a retomada da perspectiva investigativa no final do século XX com discussões sobre a natureza da Ciência e relações entre a Ciência e a sociedade no ensino de Ciências. Aponto que os fundamentos da perspectiva investigativa no ensino de Ciências estão intimamente relacionados às concepções de Ciência em discussão em cada momento histórico

    PERCURSOS HISTÓRICOS DE ENSINAR CIÊNCIAS ATRAVÉS DE ATIVIDADES INVESTIGATIVAS

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    Este trabalho discute momentos históricos em que a perspectiva do ensino por atividades investigativas foi debatida por estudiosos da Educação e da Educação em Ciências. Recorro aos trabalhos de John Dewey no início do século XX que propõem a investigação na escola a partir do método científico. Apresento as reformas curriculares em 19501960 no ensino de Ciências no Brasil em que materiais didáticos propunham a realização de investigações científicas. E por fim, discorro sobre a retomada da perspectiva investigativa no final do século XX com discussões sobre a natureza da Ciência e relações entre a Ciência e a sociedade no ensino de Ciências. Aponto que os fundamentos da perspectiva investigativa no ensino de Ciências estão intimamente relacionados às concepções de Ciência em discussão em cada momento histórico

    Práticas alternativas na ciência, (des)objetos, vidas inúteis e devires animais na arte

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    Encontramos nas artes outras maneiras de se fazer e pensar práticas ligadas às ciências. Propostas artísticas que também são ecológicas, inventam outras ecologias que operam por meio das sensações e afetos. Buscamos em alguns trabalhos do artista Mark Dion experimentar possibilidades de pensar práticas ecológicas alternativas. Nas produções de Mark Dion tudo está aberto a experi¬mentação constante, por meio de práticas artísticas e ecológicas não convencionais, assim, o artista instaura uma ecologia do despropósito, do efêmero e do transitório, arrastando a ecologia para o campo das práticas (im)possíveis, buscando na arte contemporânea, as mais polêmicas e controver¬sas questões sobre o meio ambiente, uma aposta política e estética sobre as arestas da ecologia que inventam conexões entre arte, filosofia e ciência

    Ecologias parasitas na arte : encontros (im)possíveis entre deleuze e michel serres

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    Nas ecologias do submundo habita uma potência da sarjeta, do picho e da infecção como uma possibilidade de efetivar conexões entre devires animais imprevisíveis. Assim, apresentamos algumas produções artísticas da contemporaneidade, em que arriscamos algumas possibilidades de diálogo com a filosofia de Gilles Deleuze, Felix Guattari e Michel Serres. Para Serres, o parasita é apresentado como um ruído, que tanto pode ser destrutivo para a vida e como pode fazer nascer na vida uma nova ordem, ainda mais complexa. Para Deleuze, o ser simbiótico/parasita poderia ser definido por um grau de potência singular e, por conseguinte, por certo poder de afetar e de ser afetado. Assim, o artista belga Roa estabelece relações mutualísticas entre seres e objetos e inventam ecologias por meio de alianças e relações com a natureza
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