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    Importância dos animais silvestres como potenciais carreadores de patógenos alimentares

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    Alguns dos micro-organismos mais comumente associados a doenças transmitidas por alimentos (DTA) são Salmonella, Yersinia enterocolitica, Listeria monocytogenes e Staphylococcus coagulase positiva, sendo responsáveis por diversos surtos em todo o mundo. Os alimentos mais comumente envolvidos nos surtos de DTA são os de origem animal. A maioria dos micro-organismos responsáveis pelas DTA podem ser eliminados pelas fezes de quem ingeriu o alimento contaminado. Também a eliminação dos micro-organismos pelas fezes de portadores constitui uma fonte importante de infecção para seres humanos e outros animais. Animais silvestres têm alto potencial para dispersar micro-organismos no ambiente, uma vez que eles se encontram nos mais diversos habitats, entram em contato com animais domésticos e silvestres, alimentos, fômites e pessoas. Portanto, estes animais podem representar importantes reservatórios de patógenos com potencial de contaminar o ambiente e infectar tanto as pessoas quanto outros animais

    EFICIÊNCIA DE DIFERENTES PROTOCOLOS PARA ISOLAMENTO DE Campylobacter jejuni DE CARNE DE FRANGO

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    Campylobacter jejuni é o principal causador de gastroenterite bacteriana aguda e a carne de frango é um importante veículo do agente. Entretanto, as metodologias convencionais de isolamento de Campylobacter muitas vezes não são eficientes, podendo levar a resultados errôneos. Sendo assim, este trabalho teve como objetivo avaliar diferentes métodos utilizados na detecção de C. jejuni em produtos de frango. Carne moída experimentalmente contaminada com três diferentes diluições do microrganismo foi analisada com diferentes protocolos para isolamento de C. jejuni. Foram feitas semeaduras diretamente nos ágares mCCDA, Columbia e ágar sangue, e após pré-enriquecimento nos caldos Bolton ou Brucella. As colônias características de Campylobacter foram identificadas e os resultados comparados a fim de avaliar qual o método foi mais eficaz. Os únicos protocolos em que foi possível recuperar o microrganismo de todos os testes foram aqueles em que foi utilizado o ágar mCCDA associado com o Caldo Bolton ou com o Caldo Brucella. Estes foram também os únicos protocolos que permitiram a recuperação de C. jejuni 24 horas após a contaminação experimental com inóculo igual a 100 UFC/25 g. Entretanto, o ágar mCCDA sem o uso de pré- enriquecimento apresentou desempenho insatisfatório, inferior ao dos demais protocolos. Conclui- se que ágar mCCDA com pré-enriquecimento em caldo Brucella ou em caldo Bolton foram mais eficientes para o isolamento de C. jejuni que os demais protocolos.Palavras-chave: alimentos, segurança alimentar, detecção de patógenos

    CAMPYLOBACTER SPP. EM ANIMAIS SILVESTRES

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    Campylobacter sp. is a widespread zoonotic multi-host pathogen that often causes gastroenteritis in humans. The birds are reservoirs of Campylobacter sp., which also occurs naturally in mammals and has already been isolated from surface and groundwater. Campylobacter sp. species readily colonize the gastrointestinal tract of domestic and wild animals, and although they rarely cause clinical disease in production animals, they can produce severe acute gastroenteritis in humans. This narrative literature review aimed to carry out a bibliographic survey on the isolation of this microorganism in wild animals. C. jejuni has been isolated from captive and diarrhea-free and healthy non-human primates, as well as from elephants, seagulls, vultures, and other wild birds. Wild geese and wild birds are a potential sources of Campylobacter sp. infection to in humans and other animals, and as geese are migratory animals, they can transfer pathogens over long distances. Potentially virulent strains of this bacteria are eliminated by the feces of crows. These animals are particularly relevant to the potential spread of pathogens because of their movement between urban and agricultural areas inhabited by humans. Healthy wild animals of different species may harbor Campylobacter, acting as agent carriers.Campylobacter sp. são patógenos multi-hospedeiros zoonóticos disseminados, que frequentemente causam gastroenterite em humanos. As aves são reservatórios de Campylobacter sp., que também ocorre naturalmente em mamíferos e já foi isolado de águas superficiais e subterrâneas. As espécies de Campylobacter colonizam prontamente o trato gastrointestinal de animais domésticos, silvestres e selvagens e, embora raramente causem doença clínica em animais de produção, podem produzir gastroenterite aguda grave em humanos. Assim, o objetivo desta revisão de literatura narrativa foi fazer um levantamento bibliográfico sobre o isolamento desse micro-organismo em animais silvestres. C. jejuni tem sido isolado de primatas não humanos cativos e livres acometidos por diarreia e saudáveis; e também de elefantes, gaivotas, abutres e outras aves silvestres. Gansos selvagens e aves silvestres são uma fonte potencial de infecção por Campylobacter sp. para humanos e outros animais, e, como os gansos são animais migratórios, eles são capazes de transferir patógenos por grandes distâncias. Cepas potencialmente virulentas dessa bactéria são eliminadas pelas fezes dos corvos. Estes animais são particularmente relevantes para a disseminação potencial de patógenos por causa de seu movimento entre áreas urbanas e agrícolas habitadas por humanos. Animais silvestres sadios, de diferentes espécies, podem albergar Campylobacter sp., agindo como veiculadores do patógeno

    AVALIAÇÃO DO PRAZO DE VALIDADE DO IOGURTE

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    O objetivo do trabalho foi avaliar por quanto tempo, após a produção, o iogurte se mantém adequado ao consumo, quanto às características microbiológicas e de acidez. Analisaram-se amostras de quatro partidas de três marcas de iogurte com polpa de frutas, no dia da coleta, na data do vencimento e 15, 30, 45 e 60 dias após o término do período de validade. Realizaram-se contagens de coliformes totais e termotolerantes, bem como de bolores e leveduras, e determinou-se a acidez titulável. As contagens de coliformes totais e termotolerantes de todas as amostras apresentaram resultado < 0,3 NMP/mL. Na data de término da validade, três partidas de duas marcas alcançaram contagens de bolores e leveduras superiores aos valores determinados pela legislação brasileira. Acidez titulável abaixo dos limites estabelecidos também foi observada em três partidas de duas marcas, na data do vencimento. Registrou-se aumento da acidez, de bolores e leveduras durante o prazo de validade. Após, houve tendência à diminuição da acidez titulável. A contagem de bolores e leveduras apresentou crescimento gradual, entrando em declínio a partir de 45 dias pós-vencimento. Não é recomendável a dilatação do prazo de validade adotado para o iogurte das marcas estudadas. PALAVRAS-CHAVES: Acidez, bolores e leveduras, iogurte

    Campylobacter sp. IN DAIRY COWS FROM SOUTHERN BRAZIL

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    O presente estudo teve como objetivo avaliar a ocorrência de Campylobacter jejuni, Campylobacter coli e Salmonella enterica em vacas leiteiras e salas de ordenha de fazendas leiteiras no sul do Brasil. Foram coletadas amostras de 12 fazendas leiteiras localizadas no sul do Rio Grande do Sul. Durante as visitas às propriedades, foram coletadas amostras da água utilizada na sala de ordenha, dos insufladores das ordenhadeiras mecânicas, da superfície interna dos baldes de leite ou da parede da tubulação, das mãos dos manipuladores e do leite de conjunto foram coletadas para as análises microbiológicas. Também foram coletadas amostras de fezes de cinco vacas em produção, as quais também foram avaliadas quanto à presença de Campylobacter e Salmonella, totalizando 10 amostras em cada fazenda leiteira. Não houve o isolamento de Salmonella em nenhuma das amostras que foram analisadas. Campylobacter foi isolado de três amostras (3/60; 0,05%) de fezes de vacas de uma mesma propriedade, sendo um dos isolados identificado como C. jejuni, esse isolado apresentou o gene cdt que codifica para a toxina citoletal distensiva. Conclui-se com o estudo que Campylobacter sp. pode ser encontrado em bovinos leiteiros em processo de ordenha, podendo oferecer risco de transmissão desse micro-organismo pelo contato direto ou indireto com as fezes dos animais contaminados.The present study aimed at assessing the occurrence of Campylobacter jejuni, Campylobacter coli, and Salmonella enterica in dairy cows and milking parlors from dairy farms in south Brazil. Samples were collected from 12 dairy farms located in the southern of the Rio Grande do Sul State. During the visits, one sample of the water used in the milking parlor were collected, also one sample of the milking machines, one of the inner surfaces of the milk pails or pipe walls, one from the handler's hands, and one from mixed milk were collected for microbiological analysis. Feces from five cows in production were also sampled and tested for the presence of Campylobacter and Salmonella, totaling 10 samples from each dairy farm. Salmonella was not isolated from any of the samples analyzed. Campylobacter was isolated from fecal samples of three cows (3/60; 0.05%) from the same farm. One of these isolates was identified as C. jejuni which has the cdt gene coding for the cytolethal distending toxin. We conclude that Campylobacter sp. may be found in dairy cattle during the milking process. Infected animals shed this microorganism into the environment through their stools. Therefore, there is a risk of transmission of this pathogen to humans by direct or indirect contact with the feces of these cows

    FORMATION OF BIOFILM AFTER SUBLETAL STRESS BY Vibrio parahaemolyticus ISOLATES FROM PINK SHRIMP (Farfantepenaeus paulensis)

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    Consumption of seafood, such as pink shrimp, contaminated by V. parahaemolyticus can cause acute gastroenteritis. The objective this study was to verify the ability of V. parahaemolyticus isolated from shrimp from Lagoa dos Patos estuary to form biofilm after exposure to different types of sublethal stress. To obtain the samples, 12 collections of Farfantepenaeus paulensis were carried out during the 2016 harvest period. The samples were analyzed for the presence of V. parahaemolyticus. The strains were evaluated for biofilm production capacity on microtiter plates, both before and after being submitted to different types of sublethal stress. V. parahaemolyticus was isolated from 16.66% (2/12) of the samples. One of the two isolated strains was able to form biofilm, being classified as weak biofilm-forming; the other one was classified as non-biofilm-forming. None of the strains altered their ability to form biofilm when subjected to the stresses of 4 °C and 20 °C; however, regarding the stresses of 42 °C and pH acid, each strain responded differently. Keywords: Contamination; foodborne illness; pink shrimp
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