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Doenças inflamatórias intestinais: princípios da terapia nutricional
Inflammatory Bowel Diseases - ulcerative colitis and Crohn's disease- are chronic gastrointestinal inflammatory diseases of unknown etiology. Decreased oral intake, malabsorption, accelerated nutrient losses, increased requirements, and drug-nutrient interactions cause nutritional and functional deficiencies that require proper correction by nutritional therapy. The goals of the different forms of nutritional therapy are to correct nutritional disturbances and to modulate inflammatory response, thus influencing disease activity. Total parenteral nutrition has been used to correct and to prevent nutritional disturbances and to promote bowel rest during active disease, mainly in cases of digestive fistulae with high output. Its use should be reserved for patients who cannot tolerate enteral nutrition. Enteral nutrition is effective in inducing clinical remission in adults and promoting growth in children. Due to its low complication rate and lower costs, enteral nutrition should be preferred over total parenteral nutrition whenever possible. Both present equal effectiveness in primary therapy for remission of active Crohn's disease. Nutritional intervention may improve outcome in certain individuals; however, because of the costs and complications of such therapy, careful selection is warranted, especially in patients presumed to need total parenteral nutrition. Recent research has focused on the use of nutrients as primary treatment agents. Immunonutrition is an important therapeutic alternative in the management of inflammatory bowel diseases, modulating the inflammation and changing the eicosanoid synthesis profile. However, beneficial reported effects have yet to be translated into the clinical practice. The real efficacy of these and other nutrients (glutamine, short-chain fatty acids, antioxidants) still need further evaluation through prospective and randomized trials.As doenças inflamatórias intestinais - retocolite ulcerativa inespecífica e doença de Crohn - são afecções inflamatórias gastrointestinais crônicas de causa ainda desconhecida. Caracterizam-se por diarréia crônica, malabsorção, síndrome do intestino curto, disfunção da barreira mucosa e processo inflamatório intestinal, fatores que determinam deficiências nutricionais e funcionais que ressaltam a importância da terapia nutricional em seu tratamento. As diversas formas de terapia nutricional visam corrigir os distúrbios nutricionais e modular à resposta inflamatória, podendo, desta forma, influir na atividade da doença. A nutrição parenteral total tem sido usada para corrigir os distúrbios nutricionais e proporcionar repouso intestinal na doença ativa. Seu uso deve ser reservado a pacientes que não podem tolerar a nutrição enteral. A nutrição enteral é efetiva em induzir remissão clínica da doença em adultos e promover crescimento em crianças. Devido à baixa incidência de complicações e menor custo, a nutrição enteral deve ser opção preferencial à nutrição parenteral total quando possível. Ambas apresentam igual efetividade na terapia primária na remissão da Doença de Crohn ativa. Embora a terapia nutricional possa melhorar a evolução de muitos pacientes, é necessária uma seleção criteriosa devido a seus custos e complicações, especialmente naqueles que requerem nutrição parenteral total. Recentes pesquisas têm se dedicado ao uso de nutrientes como agentes terapêuticos primários. A imunonutrição com ácidos graxos ômega-3 se constitui numa importante alternativa terapêutica no manuseio das doenças inflamatórias intestinais, modulando o processo inflamatório e modificando o perfil de produção de eicosanóides. Entretanto, a real eficácia deste e outros nutrientes (glutamina, ácidos graxos de cadeia curta) ainda necessitam de novas avaliações por estudos prospectivos, controlados e randomizados
Síndrome do blue rubber bleb nevus: relato de caso
The case of a patient with blue rubber bleb nevus syndrome who is infected by acquired immunodeficiency syndrome virus due to multiple blood transfusions is presented. This case shows that although it is a rare systemic disorder, blue rubber bleb nevus syndrome has to be considered in the differential diagnosis of chronic anemia or gastrointestinal bleeding. Patients should be investigated by endoscopy, which is the most reliable method for detecting these lesions. The patient underwent gastroscopy and enteroscopy via enterotomy with identification of all lesions. Minimal resection of the larger lesions and string-purse suture of the smaller ones involving all the layers of the intestine were performed. The string-purse suture of the lesions detected by enteroscopy proved to be an effective technique for handling these lesions, avoiding extensive intestinal resection and stopping the bleeding. Effective management of these patients demands aggressive treatment and should be initiated as soon as possible to avoid risks involved in blood transfusions, as occurred in this case.É descrito um caso da síndrome do blue rubber bleb nevus associada a infecção pelo vírus da imunodeficiência adquirida em conseqüência de múltiplas transfusões de sangue. Este caso demonstra que, embora rara, esta síndrome deva ser considerada no diagnóstico diferencial da anemia crônica ou sangramento gastrointestinal. O melhor método diagnóstico é a endoscopia. A doente foi operada e submetida a esofagogastroduodenoscopia e endoscopia através de enterotomia com identificação de todas as lesões que foram tratadas, as maiores, por ressecção mínima e as demais por sutura em bolsa ao redor do nevo interessando toda a parede intestinal. A sutura em bolsa das lesões detectadas por enteroscopia demonstrou ser uma técnica efetiva no tratamento destas lesões, evitando assim ressecções intestinais extensas e parando o sangramento. O manuseio destes doentes demanda tratamento agressivo e deve ser iniciado precocemente para evitar riscos associados a transfusões sangüíneas como ocorreu neste caso
Influence of perineal prostatectomy on anal continence
OBJECTIVE: Perineal prostatectomy has been proposed as a less invasive and safe procedure, but the risk of anal incontinence has been studied. This study aimed to evaluate the effects of perineal access on anal continence mechanisms after perineal prostatectomy. METHODS: From August 2008 to May 2009, twenty three patients underwent perineal prostatectomy. These patients were evaluated before surgery and eight months postoperatively using the Cleveland Clinic Anal Incontinence Score, the Fecal Incontinence Quality of Life Score, and anorectal manometry. RESULTS: The mean age of the subjects was 65 (range, 54-72) years, and the mean prostate weight was 34.5 (range, 24-54) grams. Gleason scores ranged from 6-7, and the mean Cleveland Clinic Anal Incontinence Score (mean±;standard deviation) values were 0.9±1.9 and 0.7±1.2 (p.0.05) before and after surgery, respectively. The Fecal Incontinence Quality of Life Score did not change significantly after surgery. The mean values for anal manometric parameters before and after surgery were, respectively: Resting Pressures of 64±23 mmHg and 65±17 mmHg (p = 0.763), Maximum Squeezing Pressures of 130±41 mmHg and 117±40 mmHg (p = 0.259), High Pressure Zones of 3.0±0.9 cm and 2.7±0.8 cm(p = 0.398), Rectal Sensory Thresholds of 76±25 mland71±35 ml (p = 0.539), Maximum Tolerated Rectal Volumes of 157±48 ml and 156±56ml (p = 0.836), and Sphincter Asymmetry Indexes 22.4±9% and 14.4±5% (p = 0.003). CONCLUSION: There was a significant decrease in the sphincter symmetry index after perineal prostatectomy. With the exception of the sphincter asymmetry index, perineal prostatectomy did not affect anal continence parameters
The result of treatment enterovesical fistulas for Crohn's disease
A fístula enterovesical na doença de Crohn é relativamente incomum. O objetivo deste estudo é analisar sua incidência e o resultado do seu tratamento em doentes de Crohn no ambulatório de Doenças Inflamatórias Intestinais do Serviço de Cólon e Reto do Departamento de Gastroenterologia do HCFMUSP. MÉTODOS:Dos 647 pacientes com doença de Crohn , quatorze apresentaram fístula enterovesical no período de 1984 a 2006, tendo sido todos tratados cirurgicamente. RESULTADOS: Dos quatorze pacientes, doze são homens sendo a média de idade do início da doença de Crohn de 28,8 anos. O tempo médio de evolução da doença até o diagnóstico da fístula enterovesical foi de 155,1 meses. Em relação à extensão da doença, sete pacientes tinham Crohn em intestino delgado, cólon e região perianal; cinco apenas no intestino delgado; um em cólon e região perianal e outro com acometimento de intestino delgado e perianal. No total treze pacientes tinham doença de Crohn em intestino delgado. O trajeto da fístula enterovesical mais comum foi de intestino delgado (seis pacientes). Os demais pacientes apresentaram fístula enterovesical em: cólon sigmóide (quatro pacientes), entero-colo-vesical (dois pacientes), colo-vesico-cutânea (um paciente) e outra entero-reto-vesical (um paciente). Todos foram tratados cirurgicamente com ressecção da porção intestinal acometida e sutura da lesão da bexiga, e em um doente foi feito cistectomia parcial. No pós-operatório imediato tivemos duas recorrências da fistula enterovesical, um paciente permanece em tratamento clínico e o outro foi a óbito. No acompanhamento dos demais doentes, observou-se que: oito pacientes apresentam-se sem sintomas e com medicação, três assintomáticos e sem medicação; um paciente com medicação e com sintomas relacionados à doença de Crohn (mas sem queixas ou recorrência de fístula enterovesical). CONCLUSÃO: O índice de fístula enterovesical em doentes com Crohn neste estudo foi de 2,1%. O tratamento cirúrgico da fistula enterovesical com a ressecção do intestino acometido e sutura da lesão da bexiga mostrou-se eficaz.Enterovesical fistula is relatively uncommon in Crohn's disease. The objective of this study is to analyze the incidence and the result of the treatment of patients with Crohn's disease at the Inflammatory Bowel Clinic of Service of Colon and Rectum of Gastroenterology Department (HCFMUSP). METHODS: 14 out of 647 patients with Crohn's disease presented enterovesical fistula between 1984 and 2006, in which all of them were treated with surgical intervention. RESULTS: 12 out of 14 patients were male and the Crohn's symptoms started with a mean age of 28,8 years. The mean age of evolution of Crohn's disease before discovering the enterovesical fistula was 155,1 months. In regard to Crohn's disease extension, there were seven patients with Crohn's disease in the small intestine, colon and perianal region; five with manifestation only in the small intestine; one had colon and perianal disease and other had small intestine and perianal disease. 13 out of 14 patients studied had Crohn's disease in small intestine. The most commonly encountered type of fistula was in the small intestine (six patients). The others patients presented enterovesical fistula in: sigmoid (four patients), entero-colo-vesical (two patients), colo-vesico-cutaneous (one patient) and entero-reto-vesical (one patient). All the patients were treated with surgical intervention involving resection of the affected bowel and closure of the bladder defect and one patient needed partial cystectomy. In the postoperative period there were two enterovesical fistula recurrences: one patient is still being treated with medical therapy and the other died. In the clinical follow-up of the other patients, eight of them are without symptoms and taking medications, three patients are asymptomatic and under no medications, and one patient is taking medications for Crohn's disease but without enterovesical fistula. CONCLUSIONS: the rate of enterovesical fistula of the Crohn's patients was 2.1 per cent. The surgical intervention involving resection of the affected bowel and closure of the bladder defect was efficient
Resultado precoce e tardio da anastomose íleoanal com reservatório ileal na retocolite ulcerativa
Ileal pouch-anal anastomosis was an important advancement in the treatment of ulcerative colitis. The aim of this study was to determine whether early complications of ileal pouch-anal anastomosis in patients with ulcerative colitis are associated with poor late functional results. PATIENTS AND METHODS: Eighty patients were operated on from 1986 to 2000, 62 patients with ileostomy and 18 without. The early and late complications were recorded. Specific emphasis has been placed on the incidence of pouchitis with prolonged follow-up. RESULTS: The ileostomy was closed an average of 9.2 months after the first operation. Fourteen patients were excluded from the long-term evaluation; 6 patients were lost to regular follow-up, 4 died, and 4 patients still have the ileostomy. Of the 4 patients that died, 1 died from surgical complications. Early complications after operation (41) occurred in 34 patients (42.5%). Late complications (29) occurred in 25 patients as follows: 16 had pouchitis, 3 associated with stenosis and 1 with sexual dysfunction; 5 had stenosis; and there was 1 case each of incisional hernia, ileoanal fistula, hepatic cancer, and endometriosis. Pouchitis occurred in 6 patients (9.8%) 1 year after ileal pouch-anal anastomosis, 9 (14.8%) after 3 years, 13 (21.3%) after 5 years, and 16 (26.2%) after more than 6 years. The mean daily stool frequency was 12 before and 5.8 after operation. One pouch was removed because of fistulas that appeared 2 years later. CONCLUSIONS: Ileal pouch-anal anastomosis is associated with a considerable number of early complications. There was no correlation between pouchitis and severe disease, operation with or without ileostomy, or early postoperative complications. The incidence of pouchitis was directly proportional to duration of time of follow-up.A anastomose íleo-anal com reservatório ileal foi um importante avanço no tratamento da retocolite ulcerativa. O objetivo deste trabalho foi determinar se os maus resultados funcionais tardios estariam relacionados às complicações precoces da anastomose íleo-anal com reservatório ileal em doentes com retocolite ulcerativa. MATERIAL E MÉTODO: Oitenta doentes foram operados entre 1986 e 2000, 60 com ileostomia de proteção e 18 sem. Os doentes foram avaliados quanto a incidência de complicações pós-operatórias precoces e tardias. Enfatizou-se a incidência de bolsite no pós-operatório prolongado. RESULTADO: A ileostomia foi fechada em média 9,2 meses após a primeira operação. Quatorze doentes foram excluídos da avaliação tardia: seis perderam o seguimento e quatro faleceram. Quatro doentes permanecem com a ileostomia. Trinta e quatro doentes (42,5%) apresentaram 41 complicações precoces. Vinte e cinco apresentaram 29 complicações tardias: 16 bolsites, três associadas a estenose e uma a disfunção erétil; cinco estenoses e uma de cada das seguintes: hérnia incisional, fístula íleoanal, câncer hepático e endometriose. Seis doentes apresentaram bolsite um ano após a anastomose íleoanal com reservatório ileal (9,8%), nove (14,8%) após três anos, 13 (21,3%), após cinco anos e 16 (26,2%) após seis anos.A freqüência diária média de evacuação era de 12 antes e de 5,8 após a operação.Um reservatório foi removido devido ao aparecimento de fístulas dois anos depois. CONCLUSÃO: A anastomose íleoanal com reservatório ileal está associada com número considerável de complicações. Não há correlação entre bolsite e doença grave, operação com ou sem ileostomia ou complicações pós-operatórias imediatas. A incidência de bolsite foi diretamente proporcional ao tempo de seguimento
Desempenho anaeróbio em jovens praticantes federados de futebol
Um bom desempenho anaeróbio é essencial para o sucesso desportivo no futebol. O objetivo do estudo foi verificar as diferenças entre o desempenho anaeróbio de jovens praticantes federados de futebol (n=10) e de jovens não praticantes federados em nenhuma modalidade desportiva (n=9). Os participantes realizam o teste anaeróbio Wingate, com uma resistência de 75g/kg (7,5% do peso corporal), tendo sido utilizado o cicloergómetro Monark 894E. As variáveis estudadas foram a potência anaeróbia máxima, a potência anaeróbia média e a perda de potência anaeróbia, sendo apresentada em termos absolutos (W) e em termos relativos (W/kg). Para comparação dos grupos em análise utilizámos a técnica estatística t de Student (bicaudal), com o programa SPSS (Statistical Package for Social Sciences) versão 17.0, adotando um nível de significância de p <0,05. Os resultados obtidos revelaram diferenças estatisticamente significativas na potência anaeróbia máxima relativa (9,83 vs. 8,59 W/kg; p =,011) e na potência anaeróbia média relativa (6,99 vs. 5,92 W/kg; p =,021), onde os jovens praticantes federados de futebol obtiveram um desempenho superior. Concluímos que os jovens praticantes federados de futebol apresentam uma maior capacidade para produzir potência anaeróbia máxima e para manter essa potência ao longo dos 30 segundos, provavelmente devido à prática desportiva.- A great anaerobic performance is essential for the sporting success in football. The aim of the study was to analyze the differences in anaerobic performance between young soccer players (n=10) and young non-practicing any sport (n=9). Participants performed the Wingate anaerobic test, with a resistance of 75g/kg (7.5% of body weight), and the ergometer used was the Monark 894E. The variables studied were the peak anaerobic power, average anaerobic power and anaerobic power drop, and it is presented in absolute terms (W) and relative to body weight (W/kg). To compare the groups, the Student’s t test (two-tailed) was used with the SPSS (Statistical Package for Social Sciences) version 17.0, adopting a significance level of p <0.05. The results showed statistically significant differences in relative peak anaerobic power (9.83 vs. 8.59 W/kg, p =.011) and relative mean anaerobic power (6.99 vs. 5.92 W/kg, p =.021), where young football players presented superior performance.
We conclude that the young football players have a higher capacity to produce maximum anaerobic power and to maintain that power over the 30 seconds, probably due to sport practice
Pouchitis: Mainfestação extracolônica da retocolite ulcerativa?
A bolsite é a complicação mais freqüente da anastomose íleo-anal com reservatório realizada para o tratamento da retocolite ulcerativa. Há várias hipóteses para explicá-la. Entre elas, focalizamos a que a considera como manifestação extracolônica da retocolite ulcerativa. O propósito deste estudo foi o de investigar a associação entre bolsite e manifestações extra-intestinais que são freqüentes nestes doentes. Sessenta doentes foram submetidos a colectomia com anastomose íleo-anal e reservatório em J de setembro/84 a dezembro/98. A bolsite foi definida por critérios clínicos, endoscópicos e histológicos. Foram estudadas as seguintes manifestações extra-intestinais: articulares, cutâneas, hepatobiliares, oculares, genito-urinárias e retardo de crescimento. Treze doentes dos quais dez (76,9%) eram mulheres desenvolveram um ou mais episódios de bolsite. Doze doentes deste grupo (92,3%) apresentaram manifestação extra-intestinal, sendo quatro exclusivamente no período pré-operatório, dois exclusivamente no pós e seis tanto pré como pós operação (1,7 manifestação/doente). Vinte doentes (42,7%) dos 47 sem bolsite não apresentaram nenhuma manifestação extra-intestinal. No grupo sem bolsite, 25 eram mulheres (53,2%). A bolsite foi mais freqüente em mulheres, embora não estatisticamente significante. A presença de manifestação extra-intestinal aumenta o risco de bolsite. A bolsite está relacionada a manifestação extra-intestinal em 92,3% dos casos, corroborando a hipótese de que seria uma manifestação extracolônica da retocolite ulcerativa.Pouchitis is the most frequent complication of ileal pouch-anal anastomosis for treatment of ulcerative colitis. There are several possible explanations. Among them, we focus on the one that considers pouchitis as an extracolonic manifestation of ulcerative colitis. The aim of this study was to investigate the association between pouchitis and extra-intestinal manifestations (EIM), which are frequent in these patients. Sixty patients underwent restorative proctocolectomy with an ileal J pouch (IPAA) from September 1984 to December 1998. Pouchitis was defined by clinical, endoscopic, and histologic criteria. The following extra-intestinal manifestations were studied: articular, cutaneous, hepatobiliary, ocular, genitourinary, and growth failure. Thirteen patients, of which 10 were female (76.9%), developed one or more episodes of pouchitis. Twelve patients of this group (92.3%) presented some kind of extra-intestinal manifestation, 4 pre-operatively (exclusively), 2 post-operatively (exclusively), and 6 both pre- and post-operatively (1.7 per patient). Twenty patients (42.7%) of the 47 without pouchitis did not present extra-intestinal manifestations; 10/35 (28.5%) of females had pouchitis, compared to 3/35 (12.0%) of men. Pouchitis was more frequent among females, though not statistically significant. EIM increases the risk of pouchitis. Pouchitis is related to EIM in 92.3 % of cases, corroborating the hypothesis that it could be an extracolonic manifestation of ulcerative colitis
Interação da gestação na atividade da doença inflamatória intestinal e sua influência sobre o prognóstico gestacional e na fecundidade Interaction of pregnancy on inflammatory bowel disease activity and its influence on pregnancy outcome and fecundity
INTRODUÇÃO: A maioria das mulheres que desenvolvem doença inflamatória intestinal (DII) encontra-se em idade fértil, despertando preocupação dos médicos e mulheres no entendimento desta interação. Avaliamos a influência da DII sobre a fecundidade e gestação e vice- versa. MÉTODOS: Os protocolos de pacientes com doença de Crohn (DC) e retocolite ulcerativa (RC), de 1984 a 2006, em idade fértil, cadastrados no ambulatório de DII, foram revisados. Pacientes foram entrevistados para preenchimento de dados não encontrados nos protocolos. Outros tipos de colites, investigação incompleta, pacientes que não estavam em idade fértil ou sem capacidade cognitiva foram excluídos. Prematuridade, baixo peso ao nascer, anomalias congênitas, natimortalidade, abortamentos, tipos de partos, localização da doença na gestante e uso de medicamentos durante a gestação foram investigados. O método estatístico adotado foi o teste de qui- quadrado e Fisher, com nível de significância de 5%. Nenhum paciente se recusou a participar desta pesquisa. RESULTADOS: 140 gestações em 104 pacientes com DII foram avaliados (RC em 63 gestações e DC em 77). Houve redução da fecundidade após o início dos sintomas relacionados à DII em 41,6%, com influência da doença sobre a opção de não ter filhos em 20,6% (10,3% dos pacientes por medo da doença; 6,5% por orientação médica e 2,2% por más condições clínicas), sem diferenças entre DC e RC. A grande maioria não quis engravidar por já ter filhos, por ser solteira ou estar ter baixa idade (53,3%). A atividade da RC não foi alterada durante a gestação na maioria das pacientes (77,8%; p>0,003). A atividade da doença melhorou durante a gestação mais nas gestantes com DC do que nas com RC (p>0.0007). A incidência de prematuros, baixo peso ao nascer e natimortos foi maior quando todo o cólon estava acometido na RC (p< 0.037). A proporção estimada de prematuros e baixos pesos ao nascer foi de 83,3% [IC 95%: 10,3%; 100,0%]. Não houve diferença estatística quanto à localização da doença e alterações do feto na DC (p> 0,6513). Em 21 gestantes foram administrados aminossalicilatos e em 15, corticosteroides. Em 106 gestações, nenhum medicamento foi administrado. Não houve maior taxa de alterações do concepto quando aminossalicilatos ou corticosteroides foram administrados às gestantes com DII (p> 0,17 and p> 0,1585, respectivamente). CONCLUSÃO: A DII não influenciou diretamente na fecundidade na grande maioria das pacientes. A gestação influenciou positivamente a evolução da DC, independente do uso de medicamentos. A taxa de prematuridade foi maior nas proles de mães com DC. Houve maior taxa de proles com alterações quando todo o cólon estava comprometido na mãe com RC. A DC influenciou o tipo de parto, apenas nos casos de doença perianal extensa associada à doença colônica.<br>INTRODUCTION: Most of women that develops inflammatory bowel disease (IBD) are in fertile age, concerning doctors and patients to understand this interaction. We evaluated the influence of IBD on fecundity and pregnancy and vice-versa. METHODS: the protocols of patients with Crohn's disease (CD) and ulcerative colitis (UC), from 1984 and 2006, in fertile age, followed at the outpatient clinic were reviewed. Patients were interviewed by the research medical doctor, to complete missing data not found in their protocols. Patients with others colitis, incomplete investigation, not in fertile age or without cognitive capacity were excluded from this study. Preterm delivery, low birth weight, congenital anomalies, stillbirth, miscarriages, types of delivery, disease topography in pregnant patients and drug administration during pregnancy were investigated. The statistic method adopted was the chi-square and Fisher test, with significance level of 5%. No patient refused to participate in this study. RESULTS: 140 pregnancies in 104 patients with IBD were evaluated (UC in 63 and CD in 77 pregnancies). : a reduction of 41.6% in fecundity was observed after beginning of symptoms related to IBD, with influence of the disease in 20.6% (10.3% of patients did not want to have children because of fear related to disease; 6.5% because of medical orientation and 2.2% for poor medical conditions). There was no difference between CD and UC. Most of patients did not want to become pregnant because they already had children, were "underage" or "alone" (53.3%) Most of pregnancies did not altered clinic conditions in UC patients (77.8% / p=0.003). Clinical conditions improved during pregnancies more in CD patients than UC patients (p=0.0007). The incidence of preterm delivery, low birth weight and stillbirth was higher when the whole colon was affected in UC (p < 0.037). The estimated rate of preterm delivery low birth weight was 83.3%[IC 95%: 10.29%; 100.00%]. There was no statistic difference between the disease topography and the fetus alteration in CD (p> 0.6513). In twenty-one and fifteen pregnant women, aminosalicilates and corticosteroids were administered, respectively. In 106 pregnancies, no drugs were administered. There were no higher rates of fetus alteration when aminosalicilates or corticosteroids were administered to mothers with IBD (p> 0.17 and p> 0.1585, respectively). CONCLUSIONS: IBD didn´t have any direct influence on fecundity in most of the patients. Pregnancy influenced positively on CD evolution, independently of drug use. The preterm birth rate was higher in children of mothers with CD. There were higher rates of fetus alteration when the whole colon was affected in mothers with UC. CD influenced the type of delivery only when perianal disease was associated to colonic disease
INTESTINAL AND EXTRAINTESTINAL NEOPLASIA IN PATIENTS WITH INFLAMMATORY BOWEL DISEASE IN A TERTIARY CARE HOSPITAL
Context The development of neoplasia is an important concern associated with inflammatory bowel disease (IBD), especially colorectal cancer (CRC). Objectives Our aim was to determine the incidence of intestinal and extraintestinal neoplasias among patients with inflammatory bowel disease. Methods There were retrieved information from 1607 patients regarding demographics, disease duration and extent, temporal relationship between IBD diagnosis and neoplasia, clinical outcomes and risk factors for neoplasia. Results Crohn's disease (CD) was more frequent among women (P = 0.0018). The incidence of neoplasia was higher in ulcerative colitis (UC) when compared to CD (P = 0.0003). Eight (0.99%) patients developed neoplasia among 804 with CD: 4 colorectal cancer, 2 lymphomas, 1 appendix carcinoid and 1 breast cancer. Thirty (3.7%) patients developed neoplasia among the 803 UC: 13 CRC, 2 lymphomas and 15 extraintestinal tumors. While CRC incidence was not different among UC and CD (1.7% vs 0.5%; P = 0.2953), the incidence of extraintestinal neoplasias was higher among UC (2.1% vs 0.5%, P = 0.0009). Ten (26.3%) patients out of 38 with neoplasia died. Conclusions CRC incidence was low and similar in both diseases. There was a higher incidence of extraintestinal neoplasia in UC when compared to CD. Neoplasias in IBD developed at a younger age than expected for the general population. Mortality associated with malignancy is significant, affecting 1/4 of the patients with neoplasia