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    AS DOENÇAS OCUPACIONAIS ORIGINADAS FRENTE À EXPOSIÇÃO A RISCOS OCUPACIONAIS NA PRÁTICA DOS PROFISSIONAIS DE ENFERMAGEM.

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    INTRODUÇÃO O trabalho de enfermagem envolve aspectos físicos e psíquicos que estão diretamente relacionados e podem tanto proporcionar satisfação quanto tensão e, conseqüentemente, adoecimento do trabalhador (BULHÕES, 1994). Durante a prática dos profissionais de enfermagem há inúmeros riscos ocupacionais. Os riscos ocupacionais podem ser biológicos, químicos, físicos, ergonômicos e psicossociais (BULHÕES, 1994).  Surge o interesse pela temática a partir do momento em que foi observado que há muitos estudos sobre os riscos ocupacionais e pouco se fala nas doenças que esses riscos podem ocasionar durante a prática dos profissionais de enfermagem. O surgimento das doenças ocupacionais originadas pela exposição a riscos ocupacionais leva os profissionais de enfermagem ao absteismo, gerando uma desorganização no serviço prestado, diminuindo a qualidade na assistência. A experiência de absteismo em termos de produção, uma marca do capitalismo, e intensificada pelo incremento das exigências pelas flexibilizações do trabalho e pelo risco de desemprego. A doença leva esse profissional a demonstrar fraqueza e incapacidade de exercer sua função (RAMOS, TITTONI, NARDI, 2008). O objeto desse estudo são as doenças ocupacionais adquiridas pela equipe de enfermagem diante aos riscos ocupacionais na sua prática profissional.  O afastamento desses profissionais adoecidos gera um desequilíbrio nos gastos econômicos da instituição que trabalham. O gasto econômico aumenta com relação aos serviços prestados dos profissionais de enfermagem, tendo que se contratar mais profissionais para substituir a falta de mão de obra e garantir a qualidade na assistência prestada. 3. Com o surgimento das doenças ocupacionais surge como conseqüência o aumento do absteismo, as licenças e as aposentadorias precoces. Os profissionais de enfermagem se vêem num quadro de insatisfação, devido às mudanças que a doença gera no seu estilo de vida (GERALDO,2008).  Considera-se relevante este estudo para o não desequilíbrio dos gastos, com relação ao trabalho prestado pelos profissionais de enfermagem, no seu local de trabalho e garantir a satisfação desses profissionais diante a função que exerce perante a sociedade. O estudo sobre as doenças ocupacionais na prática dos profissionais de enfermagem torna-se importante ainda, pela escassez de estudos, principalmente, quando são originadas de um risco ocupacional. Este estudo contribuirá para uma melhor discussão acerca das conseqüências da exposição a riscos ocupacionais e um melhor entendimento da gravidade da exposição aos riscos ocupacionais na prática dos profissionais de enfermagem. É importante também ressaltar que os profissionais de enfermagem podem reivindicar condições melhores de trabalho, alem de aderirem uma atitude adequada em relação aos equipamentos de proteção individual (EPI), amenizando a exposição aos riscos, e conseqüentemente as doenças que esses riscos podem ocasionar.   OBJETIVOS 1) Identificar as doenças que acometem os profissionais de enfermagem na sua prática diante os riscos ocupacionais 2) Discutir as doenças ocupacionais identificadas e os riscos ocupacionais.   METODOLOGIA O estudo será realizado através de revisão da literatura. A identificação e a localização da bibliografia ocorreram mediante a livros sobre a temática e Banco de Dados Virtuais: Bibliografia Virtual em Saúde no período de 1990 à 2010. A seleção de textos se dará a partir da leitura dos resumos encontrados, tendo como critérios a relevância e adequação do estudo em questão e a análise bibliográfica será realizada através de leitura crítica, objetivando a identificação do conteúdo e os principais aspectos referidos nas literaturas selecionadas.   RESULTADOS Quanto à exposição aos riscos biológicos as doenças que podem vir a ser originadas são: a tuberculose pulmonar, cytomegalovirus, hepatites virais, infecção pelo virus da imunodeficiencia humana (HIV) e síndrome da imunodeficiência adquirida (aids). Estas são hoje mundialmente apontadas como as principais doenças originadas pela exposição aos riscos biológicos para o trabalhador de enfermagem. Todavia este risco pode originar ainda a outras doenças como rubéola, meningite,difteria, herpes simplex, varicella zoster, febre tifóide, gastrenterite infecciosa, parotidite, queratoconjutivite epidêmica e infecções respiratórias por vírus (RAMOS, TITTONI, NARDI, 2008).  A exposição ao risco químico pode apresentar problemas como anencefalia, asma, rinite, espinha bífida, defeitos no sistema urinário e genital. As doenças originadas pelos riscos físicos aos profissionais de enfermagem incluem as doenças relacionadas à audição e as doenças relacionadas ao padrão de sono, devido ao ruído excessivo existente no ambiente de trabalho. Foi possível identificar também o aparecimento de doenças oculares devido à ma iluminação no ambiente de trabalhos dos profissionais de enfermagem, já as exposições a radiações podem levar o aparecimento de doenças congênitas (SELL, 2002). As doenças originadas frente à exposição aos riscos ergonômicos identificadas são as dorsalgias, destaca-se a lombalgia, sinovites e tenossinovites. As doenças identificadas com relação a exposição aos riscos psicossociais foram o estresse, ansiedade, depressão e a síndrome de Burnout.   CONCLUSÕES É importante a discussão acerca da conseqüência da exposição aos riscos ocupacionais na pratica dos profissionais de enfermagem, visto que no estudo em questão foram identificadas o aparecimento de diversas doenças.  Para o controle, entendimento é diminuição das doenças ocupacionais originadas frente à exposição aos riscos ocupacionais é necessária à implantação de um serviço de saúde do trabalhador no local de trabalho, onde este serviço fiscalizaria a exposição aos riscos ocupacionais na prática dos profissionais de enfermagem e implantaria uma educação continuada para esses profissionais com relação a sua prática profissional, dando suporte para a realização de suas atividades com maior segurança e qualidade. Com tudo não se deve apontar o trabalhador de enfermagem apenas como causador sobre o aparecimento de doenças ocupacionais na sua prática. O ambiente de trabalho desorganizado e o processo de trabalho, que estão submetidos esses profissionais também colaboram para o aumento dos riscos ocupacionais e o surgimento de doenças. Sendo necessária uma adequada administração do ambiente e do processo de trabalho que estão inseridos esses profissionais.   REFERÊNCIAS   BULHÕES, I. Riscos do trabalho de enfermagem. 2ºed. Rio de Janeiro: Editora Folha Carioca; 1994.   RAMOS, Márcia Ziembell; TITTONI, Jaqueline; NARDI, Henrique Caetano. A experiência de afastamento do trabalho por adoecimento vivenciada como processo de ruptura ou continuidade nos modos de viver. Cad. psicol. soc. Trab. São Paulo, v.11, n 2, dez 2008. Disponvel em: http://pepsic.bvs-psi.org.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S151637172008000200006&lng=pt&nrm   BRASIL. Segurança e saúde do trabalhador. Política nacional de Brasília. Brasília; 2004.   GERALDO, M.G.P. O perfil dos trabalhadores, seu adoecimento e absenteísmo em um hospital publico universitário. [Dissertação] Belo horizonte: Universidade Federal de Minas Gerais, Curso de Medicina; 2008.   SELL I. Projeto de Trabalho Humano: Melhorando as condições de trabalho. Florianópolis: Ed. da UFSC, 2002.                          

    AS DOENÇAS OCUPACIONAIS ORIGINADAS FRENTE À EXPOSIÇÃO A RISCOS OCUPACIONAIS NA PRÁTICA DOS PROFISSIONAIS DE ENFERMAGEM.

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    INTRODUÇÃOO trabalho de enfermagem envolve aspectos físicos e psíquicos que estão diretamente relacionados e podem tanto proporcionar satisfação quanto tensão e, conseqüentemente, adoecimento do trabalhador (BULHÕES, 1994). Durante a prática dos profissionais de enfermagem há inúmeros riscos ocupacionais. Os riscos ocupacionais podem ser biológicos, químicos, físicos, ergonômicos e psicossociais (BULHÕES, 1994).  Surge o interesse pela temática a partir do momento em que foi observado que há muitos estudos sobre os riscos ocupacionais e pouco se fala nas doenças que esses riscos podem ocasionar durante a prática dos profissionais de enfermagem. O surgimento das doenças ocupacionais originadas pela exposição a riscos ocupacionais leva os profissionais de enfermagem ao absteismo, gerando uma desorganização no serviço prestado, diminuindo a qualidade na assistência. A experiência de absteismo em termos de produção, uma marca do capitalismo, e intensificada pelo incremento das exigências pelas flexibilizações do trabalho e pelo risco de desemprego. A doença leva esse profissional a demonstrar fraqueza e incapacidade de exercer sua função (RAMOS, TITTONI, NARDI, 2008). O objeto desse estudo são as doenças ocupacionais adquiridas pela equipe de enfermagem diante aos riscos ocupacionais na sua prática profissional.  O afastamento desses profissionais adoecidos gera um desequilíbrio nos gastos econômicos da instituição que trabalham. O gasto econômico aumenta com relação aos serviços prestados dos profissionais de enfermagem, tendo que se contratar mais profissionais para substituir a falta de mão de obra e garantir a qualidade na assistência prestada. 3. Com o surgimento das doenças ocupacionais surge como conseqüência o aumento do absteismo, as licenças e as aposentadorias precoces. Os profissionais de enfermagem se vêem num quadro de insatisfação, devido às mudanças que a doença gera no seu estilo de vida (GERALDO,2008).  Considera-se relevante este estudo para o não desequilíbrio dos gastos, com relação ao trabalho prestado pelos profissionais de enfermagem, no seu local de trabalho e garantir a satisfação desses profissionais diante a função que exerce perante a sociedade. O estudo sobre as doenças ocupacionais na prática dos profissionais de enfermagem torna-se importante ainda, pela escassez de estudos, principalmente, quando são originadas de um risco ocupacional. Este estudo contribuirá para uma melhor discussão acerca das conseqüências da exposição a riscos ocupacionais e um melhor entendimento da gravidade da exposição aos riscos ocupacionais na prática dos profissionais de enfermagem. É importante também ressaltar que os profissionais de enfermagem podem reivindicar condições melhores de trabalho, alem de aderirem uma atitude adequada em relação aos equipamentos de proteção individual (EPI), amenizando a exposição aos riscos, e conseqüentemente as doenças que esses riscos podem ocasionar.  OBJETIVOS1) Identificar as doenças que acometem os profissionais de enfermagem na sua prática diante os riscos ocupacionais 2) Discutir as doenças ocupacionais identificadas e os riscos ocupacionais.  METODOLOGIAO estudo será realizado através de revisão da literatura. A identificação e a localização da bibliografia ocorreram mediante a livros sobre a temática e Banco de Dados Virtuais: Bibliografia Virtual em Saúde no período de 1990 à 2010. A seleção de textos se dará a partir da leitura dos resumos encontrados, tendo como critérios a relevância e adequação do estudo em questão e a análise bibliográfica será realizada através de leitura crítica, objetivando a identificação do conteúdo e os principais aspectos referidos nas literaturas selecionadas.  RESULTADOSQuanto à exposição aos riscos biológicos as doenças que podem vir a ser originadas são: a tuberculose pulmonar, cytomegalovirus, hepatites virais, infecção pelo virus da imunodeficiencia humana (HIV) e síndrome da imunodeficiência adquirida (aids). Estas são hoje mundialmente apontadas como as principais doenças originadas pela exposição aos riscos biológicos para o trabalhador de enfermagem. Todavia este risco pode originar ainda a outras doenças como rubéola, meningite,difteria, herpes simplex, varicella zoster, febre tifóide, gastrenterite infecciosa, parotidite, queratoconjutivite epidêmica e infecções respiratórias por vírus (RAMOS, TITTONI, NARDI, 2008).  A exposição ao risco químico pode apresentar problemas como anencefalia, asma, rinite, espinha bífida, defeitos no sistema urinário e genital. As doenças originadas pelos riscos físicos aos profissionais de enfermagem incluem as doenças relacionadas à audição e as doenças relacionadas ao padrão de sono, devido ao ruído excessivo existente no ambiente de trabalho. Foi possível identificar também o aparecimento de doenças oculares devido à ma iluminação no ambiente de trabalhos dos profissionais de enfermagem, já as exposições a radiações podem levar o aparecimento de doenças congênitas (SELL, 2002). As doenças originadas frente à exposição aos riscos ergonômicos identificadas são as dorsalgias, destaca-se a lombalgia, sinovites e tenossinovites. As doenças identificadas com relação a exposição aos riscos psicossociais foram o estresse, ansiedade, depressão e a síndrome de Burnout.  CONCLUSÕES É importante a discussão acerca da conseqüência da exposição aos riscos ocupacionais na pratica dos profissionais de enfermagem, visto que no estudo em questão foram identificadas o aparecimento de diversas doenças.  Para o controle, entendimento é diminuição das doenças ocupacionais originadas frente à exposição aos riscos ocupacionais é necessária à implantação de um serviço de saúde do trabalhador no local de trabalho, onde este serviço fiscalizaria a exposição aos riscos ocupacionais na prática dos profissionais de enfermagem e implantaria uma educação continuada para esses profissionais com relação a sua prática profissional, dando suporte para a realização de suas atividades com maior segurança e qualidade. Com tudo não se deve apontar o trabalhador de enfermagem apenas como causador sobre o aparecimento de doenças ocupacionais na sua prática. O ambiente de trabalho desorganizado e o processo de trabalho, que estão submetidos esses profissionais também colaboram para o aumento dos riscos ocupacionais e o surgimento de doenças. Sendo necessária uma adequada administração do ambiente e do processo de trabalho que estão inseridos esses profissionais. REFERÊNCIAS BULHÕES, I. Riscos do trabalho de enfermagem. 2ºed. Rio de Janeiro: Editora Folha Carioca; 1994. RAMOS, Márcia Ziembell; TITTONI, Jaqueline; NARDI, Henrique Caetano. A experiência de afastamento do trabalho por adoecimento vivenciada como processo de ruptura ou continuidade nos modos de viver. Cad. psicol. soc. Trab. São Paulo, v.11, n 2, dez 2008. Disponvel em: http://pepsic.bvs-psi.org.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S151637172008000200006&lng=pt&nrm  BRASIL. Segurança e saúde do trabalhador. Política nacional de Brasília. Brasília; 2004. GERALDO, M.G.P. O perfil dos trabalhadores, seu adoecimento e absenteísmo em um hospital publico universitário. [Dissertação] Belo horizonte: Universidade Federal de Minas Gerais, Curso de Medicina; 2008. SELL I. Projeto de Trabalho Humano: Melhorando as condições de trabalho. Florianópolis: Ed. da UFSC, 2002.             

    Accidents at work in the field practice of nursing students

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    Objective: To describe the conditions of risk for work-related accident in the view of nursing students and discuss the implications of the accident at work for the health of students. Method: Descriptive study with qualitative approach was carried out with nursing students from a federal university in the city of Rio de Janeiro. Results: The students believe that the occurrence of occupational accidents is related mainly to the risks in the environment for the practical teaching activities, possibly indicating their physical and mental health. Conclusion: The biological risk by cut and puncture wounds stood out for the occurrence of accidents at work. Although all students use personal protective equipment, there was the occurrence of accidents at work during the practical training

    ENFERMEIRO EM MORADIAS INSERIDAS EM INSTITUIÇÕES PSIQUIÁTRICAS

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    INTRODUÇÃO                O presente estudo foi elaborado por acadêmicas do 5º período do curso de graduação em Enfermagem, compondo o conjunto de atividades e avaliações teórico-práticas da disciplina de Enfermagem na Atenção em Psiquiatria, oferecida pelo Departamento de Enfermagem Médico Cirúrgico da Escola de Enfermagem Alfredo Pinto da Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro - UNIRIO. A escolha do presente tema ocorreu em virtude da vivência durante o período de ensino prático, onde convivemos com a realidade de uma moradia inserida no espaço de uma Instituição Psiquiátrica, localizada no Estado do Rio de Janeiro. O período da referida experiência compreendeu-se do dia 09 de novembro de 2009 a 07 de dezembro de 2009. Vale destacar que tal moradia não pode ser considerada uma residência terapêutica (RT) devido a diversos aspectos, estes serão expostos no decorrer do estudo. OBJETIVODiscutir acerca da relevância de enfermeiros no referido setor, a luz do referencial teórico de Peplau. METODOLOGIATrata-se de uma pesquisa de abordagem qualitativa e o método escolhido foi revisão bibliográfica. A população da moradia em questão até a conclusão deste estudo era composta por 18 moradores. E a equipe desta moradia implantada no espaço institucional é formada por dois cuidadores e dois técnicos de enfermagem em dois turnos, além de um psicólogo e uma enfermeira, sendo essa responsável pelas sete moradias contidas na instituição.                  DISCUSSÃO                No modelo hospitalocêntrico, o isolamento institucional se tornou a solução para muitas famílias se livrarem de “um problema”, afastando-se do doente e abstendo-se das responsabilidades pelo mesmo. (BRASIL, 2005). Nesse processo de reclusão social em manicômios, os indivíduos perdiam o poder de escolha sobre suas próprias vidas e sua civilidade. Após tantos anos de institucionalização, a proposta das RTs, bem como da moradia em questão é a busca pela autonomia do indivíduo, a fim de promover a reinserção do mesmo à sociedade. (BRASIL, 2000).                Na área de saúde mental, a enfermagem atua de forma diferenciada, não devendo limitar-se ao domínio das técnicas, pois os pacientes assistidos demandam uma atenção especializada. Diante de tal realidade surgiram alguns questionamentos acerca de qual seria o espaço e o valor do Enfermeiro nas Moradias Seguras, esta foge aos aspectos de RT por diversos motivos, dentre eles, destacam-se o fato dela estar inserida no espaço de um hospital psiquiátrico, enquanto a RT localiza-se no espaço urbano. Além disso, a moradia em questão possuía uma população de 18 indivíduos, sendo a capacidade ideal de uma RT de 1 a 8 moradores. Vale ressaltar ainda que foi observado que os moradores tinham horários delimitados para refeições, a maioria não podia sair do espaço hospitalar sem acompanhantes e os moradores não possuíam posse de seus documentos e dinheiro. Logo era uma autonomia muito limitada, na RT os moradores possuem mais liberdade e autonomia sobre suas vidas.  O espaço do enfermeiro encontrado nas Moradias Seguras foi exercendo, primordialmente, a função de administrador, responsável por marcações de consultas e nas funções de maior complexidade, como contenção de moradores em crise. Deparamo-nos com uma Enfermeira sobrecarregada, responsável por sete moradias, das quais, uma demanda atenção especial por se tratar da residência de maior população e com grande debilidade dos moradores, e com um espaço de atuação limitado.           Na literatura atual, há forte exaltação da relação terapêutica ou de ajuda como papel principal do Enfermeiro em Psiquiatria, o papel da enfermeira psiquiátrica, graças aos esforços de Peplau evoluiu dos cuidados físicos ao paciente, exclusivamente para o de competência no relacionamento interpessoal. (PEPLAU, 1966). Para manter uma relação de ajuda, o enfermeiro deveria manter um contato mais direto com o cliente e ter uma formação adequada. Entretanto, na História da Enfermagem Brasileira, encontramos grande contingencial destes Profissionais exercendo funções de âmbito administrativo, deixando de lado o elemento principal de sua formação, além de não haver uma especialização adequada para atuação na área de Saúde Mental. (SULLIVAN , 1953).A enfermeira pode desempenhar vários subpapéis, os quais podem ser percebidos na saúde mental, expandindo-se ao contexto das residências terapêuticas. Ao atender as necessidades básicas do indivíduo relacionadas com o papel materno, estará assim desempenhando o subpapel de mãe substituta. A Enfermeira estará desenvolvendo o subpapel de administradora quando supervisiona a equipe e maneja o ambiente, a fim de torná-lo mais confortável. Ao oferecer apoio e orientação estará exercendo o subpapel de Instrutora de saúde.Ao promover uma relação interpessoal com os moradores, fazer com que adquiram consciência de suas obrigações e restrições na moradia e tentando encontrar uma forma que o faça se adaptar a situações que antes lhe parecia difícil, o Enfermeiro estará exercendo o subpapel de conselheira ou psicoterapeuta. Na função de técnica, a Enfermeira exercerá procedimentos técnicos, com competência, eficiência e máxima exatidão. Já no subpapel de agente socializante, o profissional desempenhará a função de promover a interação entre os moradores, dos moradores com toda a equipe multiprofissional e destes com suas famílias.Contudo, a realidade encontrada durante a vivência na moradia em questão mostrou-se bem distante do ideal de enfermagem psiquiátrica descrito na literatura. O contato direto do enfermeiro com o paciente era dificultado pela falta de profissionais, o que por sua vez impossibilitava o estabelecimento de relações terapêuticas eficazes. CONCLUSÃO Ao concluirmos este estudo, com base na análise de diversas produções científicas somadas a vivência em campo de ensino prático, foi possível tecer algumas considerações, como: a importância e necessidade da supervisão de Enfermagem e a implementação da educação continuada junto à equipe multidisciplinar; necessidade de inserção de um enfermeiro no cotidiano das Moradias Seguras, onde esta poderá desempenhar os subpapéis descritos por Peplau, possibilitando assim, o estabelecimento de relações terapêuticas.          Consideramos necessário também, a inserção de um Enfermeiro no cotidiano da moradia, para que assim possa ser estabelecido um contato mais direto com os moradores, tornando possível o estabelecimento de Relações Terapêuticas favoráveis e eficazes para enfermeiro e cliente.               REFERÊNCIAS1. Brasil, Ministério da Saúde, Secretaria de Atenção à Saúde, Departamento de Ações Programáticas Estratégicas, Coordenação Geral de Saúde Mental. Reforma psiquiátrica e política de saúde mental no Brasil. Brasília: Documento apresentado à Conferência Regional de Reforma dos Serviços de Saúde Mental : 15 anos depois de Caracas. OPAS. Brasília: Ministério da Saúde; 2005. 2. Brasil, Ministério da Saúde, Ministério da Saúde. Portaria GM nº. 106, de 11 de fevereiro de 2000. Brasília: MS; 2000. 3. PEPLAU, H. Interpersonal Techniques: The Crux of Psychiatric Nursing. Dubuque, Iowa: WM. C. Brown Company Publishe, 2. ed. 1966. p. 127-134. 4. SULLIVAN H. S. The Interpersonal Theory of Psychiatry. New York: Norton, 1953.

    ENFERMEIRO EM MORADIAS INSERIDAS EM INSTITUIÇÕES PSIQUIÁTRICAS

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    INTRODUÇÃO                 O presente estudo foi elaborado por acadêmicas do 5º período do curso de graduação em Enfermagem, compondo o conjunto de atividades e avaliações teórico-práticas da disciplina de Enfermagem na Atenção em Psiquiatria, oferecida pelo Departamento de Enfermagem Médico Cirúrgico da Escola de Enfermagem Alfredo Pinto da Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro - UNIRIO. A escolha do presente tema ocorreu em virtude da vivência durante o período de ensino prático, onde convivemos com a realidade de uma moradia inserida no espaço de uma Instituição Psiquiátrica, localizada no Estado do Rio de Janeiro. O período da referida experiência compreendeu-se do dia 09 de novembro de 2009 a 07 de dezembro de 2009. Vale destacar que tal moradia não pode ser considerada uma residência terapêutica (RT) devido a diversos aspectos, estes serão expostos no decorrer do estudo.   OBJETIVO Discutir acerca da relevância de enfermeiros no referido setor, a luz do referencial teórico de Peplau.   METODOLOGIA Trata-se de uma pesquisa de abordagem qualitativa e o método escolhido foi revisão bibliográfica. A população da moradia em questão até a conclusão deste estudo era composta por 18 moradores. E a equipe desta moradia implantada no espaço institucional é formada por dois cuidadores e dois técnicos de enfermagem em dois turnos, além de um psicólogo e uma enfermeira, sendo essa responsável pelas sete moradias contidas na instituição.                   DISCUSSÃO                 No modelo hospitalocêntrico, o isolamento institucional se tornou a solução para muitas famílias se livrarem de “um problema”, afastando-se do doente e abstendo-se das responsabilidades pelo mesmo. (BRASIL, 2005). Nesse processo de reclusão social em manicômios, os indivíduos perdiam o poder de escolha sobre suas próprias vidas e sua civilidade. Após tantos anos de institucionalização, a proposta das RTs, bem como da moradia em questão é a busca pela autonomia do indivíduo, a fim de promover a reinserção do mesmo à sociedade. (BRASIL, 2000).                 Na área de saúde mental, a enfermagem atua de forma diferenciada, não devendo limitar-se ao domínio das técnicas, pois os pacientes assistidos demandam uma atenção especializada. Diante de tal realidade surgiram alguns questionamentos acerca de qual seria o espaço e o valor do Enfermeiro nas Moradias Seguras, esta foge aos aspectos de RT por diversos motivos, dentre eles, destacam-se o fato dela estar inserida no espaço de um hospital psiquiátrico, enquanto a RT localiza-se no espaço urbano. Além disso, a moradia em questão possuía uma população de 18 indivíduos, sendo a capacidade ideal de uma RT de 1 a 8 moradores. Vale ressaltar ainda que foi observado que os moradores tinham horários delimitados para refeições, a maioria não podia sair do espaço hospitalar sem acompanhantes e os moradores não possuíam posse de seus documentos e dinheiro. Logo era uma autonomia muito limitada, na RT os moradores possuem mais liberdade e autonomia sobre suas vidas.  O espaço do enfermeiro encontrado nas Moradias Seguras foi exercendo, primordialmente, a função de administrador, responsável por marcações de consultas e nas funções de maior complexidade, como contenção de moradores em crise. Deparamo-nos com uma Enfermeira sobrecarregada, responsável por sete moradias, das quais, uma demanda atenção especial por se tratar da residência de maior população e com grande debilidade dos moradores, e com um espaço de atuação limitado.           Na literatura atual, há forte exaltação da relação terapêutica ou de ajuda como papel principal do Enfermeiro em Psiquiatria, o papel da enfermeira psiquiátrica, graças aos esforços de Peplau evoluiu dos cuidados físicos ao paciente, exclusivamente para o de competência no relacionamento interpessoal. (PEPLAU, 1966). Para manter uma relação de ajuda, o enfermeiro deveria manter um contato mais direto com o cliente e ter uma formação adequada. Entretanto, na História da Enfermagem Brasileira, encontramos grande contingencial destes Profissionais exercendo funções de âmbito administrativo, deixando de lado o elemento principal de sua formação, além de não haver uma especialização adequada para atuação na área de Saúde Mental. (SULLIVAN , 1953). A enfermeira pode desempenhar vários subpapéis, os quais podem ser percebidos na saúde mental, expandindo-se ao contexto das residências terapêuticas. Ao atender as necessidades básicas do indivíduo relacionadas com o papel materno, estará assim desempenhando o subpapel de mãe substituta. A Enfermeira estará desenvolvendo o subpapel de administradora quando supervisiona a equipe e maneja o ambiente, a fim de torná-lo mais confortável. Ao oferecer apoio e orientação estará exercendo o subpapel de Instrutora de saúde. Ao promover uma relação interpessoal com os moradores, fazer com que adquiram consciência de suas obrigações e restrições na moradia e tentando encontrar uma forma que o faça se adaptar a situações que antes lhe parecia difícil, o Enfermeiro estará exercendo o subpapel de conselheira ou psicoterapeuta. Na função de técnica, a Enfermeira exercerá procedimentos técnicos, com competência, eficiência e máxima exatidão. Já no subpapel de agente socializante, o profissional desempenhará a função de promover a interação entre os moradores, dos moradores com toda a equipe multiprofissional e destes com suas famílias. Contudo, a realidade encontrada durante a vivência na moradia em questão mostrou-se bem distante do ideal de enfermagem psiquiátrica descrito na literatura. O contato direto do enfermeiro com o paciente era dificultado pela falta de profissionais, o que por sua vez impossibilitava o estabelecimento de relações terapêuticas eficazes.   CONCLUSÃO Ao concluirmos este estudo, com base na análise de diversas produções científicas somadas a vivência em campo de ensino prático, foi possível tecer algumas considerações, como: a importância e necessidade da supervisão de Enfermagem e a implementação da educação continuada junto à equipe multidisciplinar; necessidade de inserção de um enfermeiro no cotidiano das Moradias Seguras, onde esta poderá desempenhar os subpapéis descritos por Peplau, possibilitando assim, o estabelecimento de relações terapêuticas.          Consideramos necessário também, a inserção de um Enfermeiro no cotidiano da moradia, para que assim possa ser estabelecido um contato mais direto com os moradores, tornando possível o estabelecimento de Relações Terapêuticas favoráveis e eficazes para enfermeiro e cliente.                REFERÊNCIAS 1. Brasil, Ministério da Saúde, Secretaria de Atenção à Saúde, Departamento de Ações Programáticas Estratégicas, Coordenação Geral de Saúde Mental. Reforma psiquiátrica e política de saúde mental no Brasil. Brasília: Documento apresentado à Conferência Regional de Reforma dos Serviços de Saúde Mental : 15 anos depois de Caracas. OPAS. Brasília: Ministério da Saúde; 2005.  2. Brasil, Ministério da Saúde, Ministério da Saúde. Portaria GM nº. 106, de 11 de fevereiro de 2000. Brasília: MS; 2000.  3. PEPLAU, H. Interpersonal Techniques: The Crux of Psychiatric Nursing. Dubuque, Iowa: WM. C. Brown Company Publishe, 2. ed. 1966. p. 127-134. 4. SULLIVAN H. S. The Interpersonal Theory of Psychiatry. New York: Norton, 1953.

    Negative repercussions and psychological impact of pandemic by covid-19 on health teams / Repercussões negativas e impacto psicológico da pandemia por covid-19 nas equipes de saúde

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    Objetivo: identificar as repercussões negativas e o impacto psicológico em profissionais de saúde que atuam diretamente no cuidado aos pacientes com coronavírus e possíveis estratégias para minimizar seus efeitos. Método: trata-se de uma revisão integrativa, com busca de estudos nas bases de dados Public Medline, Portal de Periódicos da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior, Cumulative Index to Nursing and Allied Health Literature e TRIP DATABASE, pesquisadas em Abril de 2020. Resultados: Dos 12 estudos incluídos foram abordados os estressores percebidos pelos profissionais de saúde, as repercussões negativas e implicações psicológicas e os fatores de suporte para redução dos estressores. Conclusão: conclui-se que a avaliação da sobrecarga psíquica e a implementação de medidas de suporte aos profissionais de saúde faz parte da complexa rede de ações que determinam o êxito no enfrentamento à COVID-19 nos serviços de saúde.

    COPING STRATEGIES USED BY ONCOLOGY PALLIATIVE CARE NURSES: AN INTEGRATIVE REVIEW

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    Se objetivó caracterizar las estrategias de enfrentamiento empleadas por enfermeros actuantes en la atención de pacientes con cáncer en cuidados paliativos. Revisión integrativa con relevamiento bibliográfico realizada entre marzo y abril de 2015, en bases de datos del área de la salud. Fueron seleccionados 13 artículos que cumplieron con los criterios de inclusión, correspondientes al período de 1995 a 2015. Los resultados señalaron estrategias de enfrentamiento basadas en el problema, entre las que se destacan la resolución de problemas, el perfeccionamiento del conocimiento teórico y científico, y las estrategias enfocadas en la emoción en referencia a la religiosidad, espiritualidad y apoyo social de familiares y colegas. Se concluye en que la construcción de estrategias de enfrentamiento efectivas permitirá que el trabajo se torne más placentero, disminuirá los riesgos laborales y mejorará los indicadores de gestión y la calidad de la atención brindada a los enfermos.The aim of this study was to characterize the coping strategies used by nurses who provide palliative care to cancer patients. This is an integrative review, with literature search in the months of March and April 2015, in healthcare databases. Thirteen articles meeting the inclusion criteria in the period from 1995 to 2015 were selected. The results showed coping strategies based on the problem, including problem solving, improvement of scientific and technical knowledge, and strategies focused on emotion, which are related to religiosity, spirituality and social support from family and colleagues. It was concluded that building effective coping strategies can make work more enjoyable, reduce occupational risks, and improve management indicators and the quality of care provided to patients.Objetivou-se caracterizar as estratégias de enfrentamento utilizadas por enfermeiros que atuam na assistência a pacientes com câncer em cuidados paliativos. Trata-se de revisão integrativa, com levantamento bibliográfico nos meses março e abril de 2015, em bases de dados na área da saúde. Foram selecionados 13 artigos que atendiam aos critérios de inclusão no período de 1995 a 2015. Os resultados sinalizaram estratégias de enfrentamento baseadas no problema, dentre estas se destacam a resolução de problemas, o aperfeiçoamento do conhecimento técnico e científico, e as estratégias focalizadas na emoção referem-se religiosidade, espiritualidade e apoio social de familiares e colegas. Conclui-se que construção de estratégias de enfrentamento efetivas contribuirá para tornar o trabalho mais prazeroso, diminuir riscos ocupacionais e melhorar os indicadores de gestão e a qualidade da assistência prestada aos doentes

    Análise da rugosidade superficial de resinas acrílicas usadas em coroas provisórias submetidas à ação de enxaguatórios bucais: estudo in vitro

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    Objetivo: avaliar a influência de três enxaguatórios bucais na rugosidade superficial de três resinas acrílicas autopolimerizáveis utilizadas na confecção de coroas provisórias. Método: foi realizado um estudo in vitro, a amostra foi composta por 180 corpos de prova em forma de disco, de 3 marcas de resinas acrílicas autopolimerizáveis (Duralay, Dencor e TDV). Os espécimes de cada marca de resina acrílica (n=60) foram divididos em 5 grupos (n=12): um grupo sem tratamento e os demais grupos imergidos nas soluções: água destilada (grupo controle negativo), enxaguatório Listerine sem álcool, enxaguatório Oral-B sem álcool e enxaguatório Periogard sem álcool. A análise da rugosidade de superfície foi avaliada em rugosímetro (Ra). Resultados: Os dados obtidos no teste de rugosidade de superfície (μm) foram submetidos às medidas repetidas de duas vias (ANOVA) seguida do teste de Dunnett e teste de Tukey (p<0,05). Observou-se que as interações feitas entre resinas acrílicas e enxaguatórios bucais demostraram variância significante em determinados cruzamentos. Notou-se que o Listerine apresentou os maiores valores, provocando aumento estatisticamente significante na rugosidade superficial das resinas acrílicas Dencor e Duralay. A resina TDV apresentou menores valores quando comparada a Duralay, e a Dencor foi a que significativamente mais sofreu alteração intergrupos, especialmente sob ação do Periogard. Conclusão: As interações feitas entre resinas acrílicas e enxaguatórios bucais demostraram variância significante em determinados pares de grupos. As soluções antissépticas bucais aumentaram a rugosidade de superfície das resinas acrílicas autopolimerizáveis testadas

    Potencial Utilização de Sistemas Antimicrobianos Naturais como Conservantes Alimentares / Potential Use of Natural Antimicrobial Systems as Food Conservatives

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    Os antimicrobianos naturais são compostos que apresentam capacidade de inibir o crescimento de microrganismos patogênicos e/ou deteriorantes, como bactérias e fungos. Os sistemas antimicrobianos podem ser de origem microbiana, animal e vegetal. Esses antimicrobianos vêm sendo considerados uma alternativa atrativa para a oferta de produtos seguros e de boa qualidade, além de aumentar o tempo de prateleira de diversos alimentos perecíveis. Diante dessa perspectiva, o objetivo do estudo foi identificar evidências disponíveis da literatura sobre a potencial utilização de sistemas antimicrobianos naturais como conservantes alimentares. O estudo trata-se de uma revisão de literatura acerca da utilização de sistemas antimicrobianos naturais como conservantes alimentares. Foram utilizadas revistas eletrônicas de saúde, com dimensão temporal entre 1997 a 2019. Os sistemas antimicrobianos naturais são representados por bacteriocinas, Peptídeos Antimicrobianos (PAMs) e Óleos Essenciais (OE), estes compostos inibem ou impedem a multiplicação de microrganismos contaminantes em alimentos. Os agentes antimicrobianos provenientes de fontes naturais são utilizados como agentes de conservação de forma a aumentar o tempo de prateleira dos alimentos e manter as características de qualidade dos alimentos. Quanto ao mecanismo antimicrobiano, esses compostos interferem nas funções das células de microrganismos principalmente gerando modificações nas propriedades da membrana citoplasmática e no metabolismo energético além de inibirem a síntese de ácido nucleico. Logo, os antimicrobianos naturais podem ser considerados alternativas viáveis para ampliar o tempo de prateleira, garantir a segurança e atender à demanda para a conservação dos atributos nutricionais e da qualidade dos alimentos

    As doenças ocupacionais originadas frente à exposição a riscos ocupacionais na prática dos profissionais de enfermagem.

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    INTRODUÇÃOO trabalho de enfermagem envolve aspectos físicos e psíquicos que estão diretamente relacionados e podem tanto proporcionar satisfação quanto tensão e, conseqüentemente, adoecimento do trabalhador (BULHÕES, 1994). Durante a prática dos profissionais de enfermagem há inúmeros riscos ocupacionais. Os riscos ocupacionais podem ser biológicos, químicos, físicos, ergonômicos e psicossociais (BULHÕES, 1994).  Surge o interesse pela temática a partir do momento em que foi observado que há muitos estudos sobre os riscos ocupacionais e pouco se fala nas doenças que esses riscos podem ocasionar durante a prática dos profissionais de enfermagem. O surgimento das doenças ocupacionais originadas pela exposição a riscos ocupacionais leva os profissionais de enfermagem ao absteismo, gerando uma desorganização no serviço prestado, diminuindo a qualidade na assistência. A experiência de absteismo em termos de produção, uma marca do capitalismo, e intensificada pelo incremento das exigências pelas flexibilizações do trabalho e pelo risco de desemprego. A doença leva esse profissional a demonstrar fraqueza e incapacidade de exercer sua função (RAMOS, TITTONI, NARDI, 2008). O objeto desse estudo são as doenças ocupacionais adquiridas pela equipe de enfermagem diante aos riscos ocupacionais na sua prática profissional.  O afastamento desses profissionais adoecidos gera um desequilíbrio nos gastos econômicos da instituição que trabalham. O gasto econômico aumenta com relação aos serviços prestados dos profissionais de enfermagem, tendo que se contratar mais profissionais para substituir a falta de mão de obra e garantir a qualidade na assistência prestada. 3. Com o surgimento das doenças ocupacionais surge como conseqüência o aumento do absteismo, as licenças e as aposentadorias precoces. Os profissionais de enfermagem se vêem num quadro de insatisfação, devido às mudanças que a doença gera no seu estilo de vida (GERALDO,2008).  Considera-se relevante este estudo para o não desequilíbrio dos gastos, com relação ao trabalho prestado pelos profissionais de enfermagem, no seu local de trabalho e garantir a satisfação desses profissionais diante a função que exerce perante a sociedade. O estudo sobre as doenças ocupacionais na prática dos profissionais de enfermagem torna-se importante ainda, pela escassez de estudos, principalmente, quando são originadas de um risco ocupacional. Este estudo contribuirá para uma melhor discussão acerca das conseqüências da exposição a riscos ocupacionais e um melhor entendimento da gravidade da exposição aos riscos ocupacionais na prática dos profissionais de enfermagem. É importante também ressaltar que os profissionais de enfermagem podem reivindicar condições melhores de trabalho, alem de aderirem uma atitude adequada em relação aos equipamentos de proteção individual (EPI), amenizando a exposição aos riscos, e conseqüentemente as doenças que esses riscos podem ocasionar.  OBJETIVOS1) Identificar as doenças que acometem os profissionais de enfermagem na sua prática diante os riscos ocupacionais 2) Discutir as doenças ocupacionais identificadas e os riscos ocupacionais.  METODOLOGIAO estudo será realizado através de revisão da literatura. A identificação e a localização da bibliografia ocorreram mediante a livros sobre a temática e Banco de Dados Virtuais: Bibliografia Virtual em Saúde no período de 1990 à 2010. A seleção de textos se dará a partir da leitura dos resumos encontrados, tendo como critérios a relevância e adequação do estudo em questão e a análise bibliográfica será realizada através de leitura crítica, objetivando a identificação do conteúdo e os principais aspectos referidos nas literaturas selecionadas.  RESULTADOSQuanto à exposição aos riscos biológicos as doenças que podem vir a ser originadas são: a tuberculose pulmonar, cytomegalovirus, hepatites virais, infecção pelo virus da imunodeficiencia humana (HIV) e síndrome da imunodeficiência adquirida (aids). Estas são hoje mundialmente apontadas como as principais doenças originadas pela exposição aos riscos biológicos para o trabalhador de enfermagem. Todavia este risco pode originar ainda a outras doenças como rubéola, meningite,difteria, herpes simplex, varicella zoster, febre tifóide, gastrenterite infecciosa, parotidite, queratoconjutivite epidêmica e infecções respiratórias por vírus (RAMOS, TITTONI, NARDI, 2008).  A exposição ao risco químico pode apresentar problemas como anencefalia, asma, rinite, espinha bífida, defeitos no sistema urinário e genital. As doenças originadas pelos riscos físicos aos profissionais de enfermagem incluem as doenças relacionadas à audição e as doenças relacionadas ao padrão de sono, devido ao ruído excessivo existente no ambiente de trabalho. Foi possível identificar também o aparecimento de doenças oculares devido à ma iluminação no ambiente de trabalhos dos profissionais de enfermagem, já as exposições a radiações podem levar o aparecimento de doenças congênitas (SELL, 2002). As doenças originadas frente à exposição aos riscos ergonômicos identificadas são as dorsalgias, destaca-se a lombalgia, sinovites e tenossinovites. As doenças identificadas com relação a exposição aos riscos psicossociais foram o estresse, ansiedade, depressão e a síndrome de Burnout.  CONCLUSÕES É importante a discussão acerca da conseqüência da exposição aos riscos ocupacionais na pratica dos profissionais de enfermagem, visto que no estudo em questão foram identificadas o aparecimento de diversas doenças.  Para o controle, entendimento é diminuição das doenças ocupacionais originadas frente à exposição aos riscos ocupacionais é necessária à implantação de um serviço de saúde do trabalhador no local de trabalho, onde este serviço fiscalizaria a exposição aos riscos ocupacionais na prática dos profissionais de enfermagem e implantaria uma educação continuada para esses profissionais com relação a sua prática profissional, dando suporte para a realização de suas atividades com maior segurança e qualidade. Com tudo não se deve apontar o trabalhador de enfermagem apenas como causador sobre o aparecimento de doenças ocupacionais na sua prática. O ambiente de trabalho desorganizado e o processo de trabalho, que estão submetidos esses profissionais também colaboram para o aumento dos riscos ocupacionais e o surgimento de doenças. Sendo necessária uma adequada administração do ambiente e do processo de trabalho que estão inseridos esses profissionais. REFERÊNCIAS BULHÕES, I. Riscos do trabalho de enfermagem. 2ºed. Rio de Janeiro: Editora Folha Carioca; 1994. RAMOS, Márcia Ziembell; TITTONI, Jaqueline; NARDI, Henrique Caetano. A experiência de afastamento do trabalho por adoecimento vivenciada como processo de ruptura ou continuidade nos modos de viver. Cad. psicol. soc. Trab. São Paulo, v.11, n 2, dez 2008. Disponvel em: http://pepsic.bvs-psi.org.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S151637172008000200006&lng=pt&nrm  BRASIL. Segurança e saúde do trabalhador. Política nacional de Brasília. Brasília; 2004. GERALDO, M.G.P. O perfil dos trabalhadores, seu adoecimento e absenteísmo em um hospital publico universitário. [Dissertação] Belo horizonte: Universidade Federal de Minas Gerais, Curso de Medicina; 2008. SELL I. Projeto de Trabalho Humano: Melhorando as condições de trabalho. Florianópolis: Ed. da UFSC, 2002.             
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