21 research outputs found

    Filmes de poli(ácido lático) adicionados de extratos de carotenoides – desenvolvimento de materiais para a embalagem de alimentos sensíveis à luz e ao oxigênio

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    A busca por alimentos livres de aditivos artificiais embalados em materiais que não agridam ao meio ambiente é uma tendência. Tendo em vista que o uso de embalagens que protegem os alimentos da luz e do oxigênio permite a extensão do shelf life de produtos perecíveis, a incorporação de extratos de carotenoides à matriz polimérica do poli(ácido lático) (PLA) é uma alternativa para melhorar as propriedades desse polímero e ampliar sua gama de aplicação. Inicialmente, extratos de beta-caroteno, licopeno e bixina foram incorporados à matriz de PLA em filmes produzidos pela técnica de casting, onde a bixina apresentou a maior estabilidade de coloração dos filmes e o melhor desempenho na proteção do óleo de girassol frente a reações de oxidação. Os filmes com licopeno e beta-caroteno protegeram o óleo através da barreira à luz, onde a liberação gradual de carotenoides para o óleo teve papel secundário na redução da formação de peróxidos no produto. A cinética de migração dos carotenoides para um líquido simulante foi descrita por um novo modelo matemático, onde a degradação dos compostos liberados foi considerada. Na segunda etapa do estudo, filmes de PLA com bixina foram produzidos através de processamento via fusão, onde o processamento a 160 °C provocou perdas de até 85% dos carotenoides. No entanto, o uso de 0,1% de bixina produziu materiais com excelentes propriedades de barreira à luz UV, a qual foi responsável pela expressiva redução da fotodegradação da riboflavina. As tensões de cisalhamento inerentes ao processamento em câmera de mistura não causaram degradação adicional da bixina, sendo possível manter boa parte do poder corante do carotenoide. Apesar de aumentar a permeabilidade ao oxigênio do material, o uso de plastificante acetil tribul citrato (ATBC) acelerou a migração da bixina para o alimento evitando que a degradação oxidativa do óleo de girassol ocorresse de forma acelerada. O desenvolvimento de filmes a partir de PLA e carotenoides demonstra que é possível produzir embalagens biodegradáveis, de coloração atrativa, mecanicamente resistentes e que protejam os alimentos embalados da fotodegradação. Através do conhecimento gerado, é desejável otimizar o desempenho do PLA como material antioxidante através da modulação da cinética de migração dos carotenoides e do aumento da barreira ao oxigênio do material.Consumers demand for food produced without synthetic and chemical preservatives packaged in environmentally friendly materials is a trend. Considering the shelf life of perishable food, it can be extended by the use of packaging materials that protects it from light and oxygen. The incorporation of carotenoid extracts into the poly (lactic acid) (PLA) matrix is an alternative to improve the properties of this polymer and to broaden its application range. Initially, beta-carotene, lycopene and bixin extracts were used to produce PLA films by the casting technique, where bixin produced films with the highest color stability and the best performance in protecting sunflower oil against oxidation. Lycopene and beta-carotene films protected the oil through a light barrier, where the gradual release of carotenoids to the oil played a secondary role in reducing the formation of peroxides in the product. A new mathematical model described the kinetics of carotenoid migration to a food simulant, where the degradation of the released compounds was considered. In the second part of the study, PLA films with bixin were produced by melt processing at 160 °C, where the heat caused up to 85% of carotenoid degradation. However, the use of 0.1% bixin produced materials with excellent UV-light barrier, which was responsible for significantly protecting riboflavin from photodegradation. The shear stress inherent to the melt mixing process did not cause bixin further degradation, where the coloring properties of the carotenoid in PLA were maintained. Despite increasing the oxygen permeability of the material, the use of acetyl tributyl citrate (ATBC) accelerated bixin migration to the food and prevented the increase of sunflower oil oxidative degradation. The development of PLA materials with carotenoids demonstrates that it is possible to produce colored food packaging that protects packaged food from photodegradation, besides being biodegradable and mechanically resistant. Through the knowledge generated, it is desirable to optimize the performance of PLA as an antioxidant material by modulating the carotenoid migration kinetics and increasing the material's oxygen barrier properties

    Filmes de poli(ácido lático) adicionados de extratos de carotenoides – desenvolvimento de materiais para a embalagem de alimentos sensíveis à luz e ao oxigênio

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    A busca por alimentos livres de aditivos artificiais embalados em materiais que não agridam ao meio ambiente é uma tendência. Tendo em vista que o uso de embalagens que protegem os alimentos da luz e do oxigênio permite a extensão do shelf life de produtos perecíveis, a incorporação de extratos de carotenoides à matriz polimérica do poli(ácido lático) (PLA) é uma alternativa para melhorar as propriedades desse polímero e ampliar sua gama de aplicação. Inicialmente, extratos de beta-caroteno, licopeno e bixina foram incorporados à matriz de PLA em filmes produzidos pela técnica de casting, onde a bixina apresentou a maior estabilidade de coloração dos filmes e o melhor desempenho na proteção do óleo de girassol frente a reações de oxidação. Os filmes com licopeno e beta-caroteno protegeram o óleo através da barreira à luz, onde a liberação gradual de carotenoides para o óleo teve papel secundário na redução da formação de peróxidos no produto. A cinética de migração dos carotenoides para um líquido simulante foi descrita por um novo modelo matemático, onde a degradação dos compostos liberados foi considerada. Na segunda etapa do estudo, filmes de PLA com bixina foram produzidos através de processamento via fusão, onde o processamento a 160 °C provocou perdas de até 85% dos carotenoides. No entanto, o uso de 0,1% de bixina produziu materiais com excelentes propriedades de barreira à luz UV, a qual foi responsável pela expressiva redução da fotodegradação da riboflavina. As tensões de cisalhamento inerentes ao processamento em câmera de mistura não causaram degradação adicional da bixina, sendo possível manter boa parte do poder corante do carotenoide. Apesar de aumentar a permeabilidade ao oxigênio do material, o uso de plastificante acetil tribul citrato (ATBC) acelerou a migração da bixina para o alimento evitando que a degradação oxidativa do óleo de girassol ocorresse de forma acelerada. O desenvolvimento de filmes a partir de PLA e carotenoides demonstra que é possível produzir embalagens biodegradáveis, de coloração atrativa, mecanicamente resistentes e que protejam os alimentos embalados da fotodegradação. Através do conhecimento gerado, é desejável otimizar o desempenho do PLA como material antioxidante através da modulação da cinética de migração dos carotenoides e do aumento da barreira ao oxigênio do material.Consumers demand for food produced without synthetic and chemical preservatives packaged in environmentally friendly materials is a trend. Considering the shelf life of perishable food, it can be extended by the use of packaging materials that protects it from light and oxygen. The incorporation of carotenoid extracts into the poly (lactic acid) (PLA) matrix is an alternative to improve the properties of this polymer and to broaden its application range. Initially, beta-carotene, lycopene and bixin extracts were used to produce PLA films by the casting technique, where bixin produced films with the highest color stability and the best performance in protecting sunflower oil against oxidation. Lycopene and beta-carotene films protected the oil through a light barrier, where the gradual release of carotenoids to the oil played a secondary role in reducing the formation of peroxides in the product. A new mathematical model described the kinetics of carotenoid migration to a food simulant, where the degradation of the released compounds was considered. In the second part of the study, PLA films with bixin were produced by melt processing at 160 °C, where the heat caused up to 85% of carotenoid degradation. However, the use of 0.1% bixin produced materials with excellent UV-light barrier, which was responsible for significantly protecting riboflavin from photodegradation. The shear stress inherent to the melt mixing process did not cause bixin further degradation, where the coloring properties of the carotenoid in PLA were maintained. Despite increasing the oxygen permeability of the material, the use of acetyl tributyl citrate (ATBC) accelerated bixin migration to the food and prevented the increase of sunflower oil oxidative degradation. The development of PLA materials with carotenoids demonstrates that it is possible to produce colored food packaging that protects packaged food from photodegradation, besides being biodegradable and mechanically resistant. Through the knowledge generated, it is desirable to optimize the performance of PLA as an antioxidant material by modulating the carotenoid migration kinetics and increasing the material's oxygen barrier properties

    Utilização de fibra de laranja como substituto de gordura em pão de forma

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    O presente estudo foi realizado com a finalidade de avaliar os efeitos da substituição total da gordura em pães de forma através da utilização de fibra de casca de laranja, um subproduto industrial, na faixa de 0 a 5%. A adição da fibra de laranja foi combinada ao uso de alfa-amilases de origem fúngica e bacteriana (10 a 50ppm), realizando-se planejamento experimental fatorial 22, com repetição do ponto central. Uma formulação Controle, sem fibras, sem enzimas e com 2% de gordura também foi realizada. A qualidade dos pães foi avaliada através de análises de shelf-life para o período de 7 dias, através do Índice de Retrogradação (via DSC), além das análises de volume, coloração do miolo, atividade de água e análise sensorial. A presença da fibra de laranja associada ao uso de enzimas contrapôs os possíveis efeitos negativos causados pela ausência da gordura para as faixas de fibra e enzima estudadas, permitindo a obtenção de pães de qualidade, fonte de fibras e livre de gordura. A adição de 2,5% de fibra de laranja combinada ao uso de 30ppm de alfa-amilase causou aumento de volume dos pães (23%), onde a textura dos pães, medida por análise sensorial, não foi prejudicada pela retirada da gordura

    Utilização de fibra de laranja como substituto de gordura em pão de forma

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    O presente estudo foi realizado com a finalidade de avaliar os efeitos da substituição total da gordura em pães de forma através da utilização de fibra de casca de laranja, um subproduto industrial, na faixa de 0 a 5%. A adição da fibra de laranja foi combinada ao uso de alfa-amilases de origem fúngica e bacteriana (10 a 50ppm), realizando-se planejamento experimental fatorial 22, com repetição do ponto central. Uma formulação Controle, sem fibras, sem enzimas e com 2% de gordura também foi realizada. A qualidade dos pães foi avaliada através de análises de shelf-life para o período de 7 dias, através do Índice de Retrogradação (via DSC), além das análises de volume, coloração do miolo, atividade de água e análise sensorial. A presença da fibra de laranja associada ao uso de enzimas contrapôs os possíveis efeitos negativos causados pela ausência da gordura para as faixas de fibra e enzima estudadas, permitindo a obtenção de pães de qualidade, fonte de fibras e livre de gordura. A adição de 2,5% de fibra de laranja combinada ao uso de 30ppm de alfa-amilase causou aumento de volume dos pães (23%), onde a textura dos pães, medida por análise sensorial, não foi prejudicada pela retirada da gordura

    [Avance del boletín diario]: 1942 Junio 13

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    O consumo abusivo de embalagens plásticas tem causado diversos problemas ambientais, visto que as mesmas são produzidas a partir de fontes não renováveis de energia e são resistentes à degradação. Neste contexto, o desenvolvimento de filmes biodegradáveis ativos para aplicação em alimentos é de grande importância pois, além de serem produzidos a partir fontes renováveis e mais sustentáveis, os mesmos podem interagir com o produto embalado e proporcionar benefícios extras em relação aos filmes convencionais. Este trabalho utilizou o bagaço de uva proveniente do processo de vinificação como fonte de antocianinas para o desenvolvimento de filmes biodegradáveis com propriedades antioxidantes. A microencapsulação das antocianinas, realizada com a finalidade de aumentar sua estabilidade, utilizou maltodextrina e goma arábica como agentes encapsulantes. Diferentes formulações de filmes biodegradáveis foram desenvolvidas com as microcápsulas produzidas. Goma arábica, maltodextrina e a combinação das mesmas foram eficientes no processo de microencapsulação (>90% de retenção de antocianinas). Apesar de apresentarem o mesmo teor de antocianinas - quantificadas via cromatografia líquida de alta eficiência - a atividade antioxidante das microcápsulas de goma arábica foi maior. A diferença entre a atividade antioxidante das cápsulas foi atribuída às diferentes solubilidades destas em água, onde maiores solubilidades poderiam liberar mais facilmente as antocianinas encapsuladas. O filme desenvolvido a partir de antocianinas encapsuladas com maltodextrina apresentou melhores propriedades mecânicas e ofereceu maior proteção ao óleo de girassol frente às reações de oxidação, e portanto foi utilizado na produção de sachês de azeite de oliva extra-virgem. O filme desenvolvido apresentou biodegradabilidade comprovada e propiciou maior estabilidade oxidativa ao azeite de oliva nele embalado quando comparado a um azeite embalado em polipropileno comercial. Os resultados obtidos neste trabalho comprovam a potencialidade da utilização de maltodextrina como encapsulante de antocianinas e como ingrediente na produção de filmes biodegradáveis, aplicados principalmente em produtos gordurosos.The abuse of plastic packaging has caused various environmental problems, since they are produced from non-renewable sources of energy and are resistant to degradation. In this context, the development of active biodegradable films for application in foods is of great importance, since they are produced from renewable and sustainable sources, besides they may interact with the packaged product and provide additional benefits over conventional films. This study used the wine grape pomace as a source of anthocyanins for the development of biodegradable films with antioxidant properties. Microencapsulation of anthocyanins, which was carried out with the purpose of increasing its stability, used maltodextrin and gum arabic as wall materials. Different formulations of biodegradable films were developed with the obtained microcapsules. Gum arabic, maltodextrin and their combination were effective in the microencapsulation process (> 90% retention of anthocyanins). Despite being provided with the same anthocyanins content - quantified by highperformance liquid chromatography - the antioxidant activity of gum arabic microcapsules was greater. The difference between the antioxidant activity of the capsules was attributed to their different solubility in water, so that capsules with higher solubility could release more easily the encapsulated anthocyanins. The film containing anthocyanins encapsulated with maltodextrin showed better mechanical properties and offered greater protection to sunflower oil against oxidation reactions, and so was used in the production of extra-virgin olive oil pouches. The developed film, which was proven to be biodegradable, increased the oxidative stability of the olive oil when compared to olive oil packaged in a commercial polypropylene. The results of this study demonstrate the potential usage of maltodextrin as wall material on encapsulation of anthocyanins and as an ingredient in the production of biodegradable films, mainly applied in fatty products
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