89 research outputs found

    Práticas de risco ao HIV de mulheres profissionais do sexo

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    OBJECTIVE To investigate differences in HIV infection- related risk practices by Female Sex Workers according to workplace and the effects of homophily on estimating HIV prevalence. METHODS Data from 2,523 women, recruited using Respondent-Driven Sampling, were used for the study carried out in 10 Brazilian cities in 2008-2009. The study included female sex workers aged 18 and over. The questionnaire was completed by the subjects and included questions on characteristics of professional activity, sexual practices, use of drugs, HIV testing, and access to health services. HIV quick tests were conducted. The participants were classified in two groups according to place of work: on the street or indoor venues, like nightclubs and saunas. To compare variable distributions by place of work, we used Chi-square homogeneity tests, taking into consideration unequal selection probabilities as well as the structure of dependence between observations. We tested the effect of homophily by workplace on estimated HIV prevalence. RESULTS The highest HIV risk practices were associated with: working on the streets, lower socioeconomic status, low regular smear test coverage, higher levels of crack use and higher levels of syphilis serological scars as well as higher prevalence of HIV infection. The effect of homophily was higher among sex workers in indoor venues. However, it did not affect the estimated prevalence of HIV, even after using a post-stratification by workplace procedure. CONCLUSIONS The findings suggest that strategies should focus on extending access to, and utilization of, health services. Prevention policies should be specifically aimed at street workers. Regarding the application of Respondent-Driven Sampling, the sample should be sufficient to estimate transition probabilities, as the network develops more quickly among sex workers in indoor venues.OBJETIVO Investigar diferenças nas práticas de risco à infecção pelo HIV segundo local de trabalho das mulheres profissionais do sexo e efeitos de homofilia na estimação da prevalência do HIV. MÉTODOS Foram utilizadas informações de 2.523 mulheres recrutadas por Respondent-Driven Sampling em estudo realizado em 10 cidades brasileiras, 2008-2009. Foram incluídas profissionais com 18 anos ou mais de idade. O questionário foi autopreenchido e incluiu perguntas sobre características da profissão, práticas sexuais, uso de drogas, testes periódicos de HIV e acesso aos serviços de saúde. Utilizaram-se testes rápidos para detecção de HIV. As participantes foram agregadas em dois grupos por local de trabalho: pontos de rua ou locais fechados, e.g., boates, saunas e termas. Foram utilizados testes Qui-quadrado de homogeneidade, levando-se em consideração as probabilidades desiguais de seleção, bem como a dependência entre as observações. Os efeitos de homofilia por local de trabalho foram pesquisados na estimação da prevalência do HIV. RESULTADOS As práticas de maior risco ao HIV associaram-se a: trabalhar em pontos de rua, menor nível socioeconômico, baixa cobertura de exame preventivo de câncer de colo de útero, elevado consumo de crack, maior prevalência de cicatriz sorológica de sífilis e maior prevalência de infecção pelo HIV. O efeito de homofilia foi maior entre as profissionais de locais fechados. Contudo, não afetou a estimativa da prevalência de HIV, mesmo utilizando o procedimento de pós-estratificação por local de trabalho. CONCLUSÕES Os resultados indicaram que as estratégias devem ser dirigidas à ampliação do acesso e à utilização dos serviços de saúde. As políticas de prevenção devem priorizar as profissionais de rua. Em relação à aplicação do Respondent-Driven Sampling, a amostra deve ser suficiente para estimação das probabilidades de transição, uma vez que a rede se desenvolve mais rapidamente entre as profissionais de locais fechados

    Avaliação do consumo de bebida alcoólica na dieta habitual de pessoas que vivem com HIV/AIDS em unidade de referência da cidade Rio de Janeiro

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    Segundo o Ministério da Saúde, no Brasil, de 1980 a junho de 2018, foram identificados 926.742 casos de AIDS. Nos últimos cinco anos o país tem registrado, anualmente, uma média de 40 mil novos casos de AIDS. A introdução da terapia antirretroviral (TARV) para o tratamento de pessoas com HIV/AIDS ocasionou redução da morbidade e aumento da sobrevida dos casos de AIDS, bem como melhora da qualidade de vida em pessoas vivendo com HIV/AIDS (PVHA). Em contrapartida, entre as PVHAs houve um aumento do consumo de substâncias que causam dependência e repercutem na vida social, econômica e psicológica dessa população. O uso de álcool por PVHA está relacionado a um pior prognóstico, com aumento da incidência de comorbidades, como a coexistência de doenças hepáticas e anemia. Objetivos: Avaliar consumo de bebida alcoólica (cerveja) e relação com perfil sociodemográfico de PVHA. Metodologia: Estudo de corte transversal, com amostra de 69 indivíduos assistidos em um hospital de referência para o tratamento de HIV/AIDS na cidade do Rio de Janeiro, utilizando-se de Questionário de Frequência de Consumo Alimentar (QFCA) para levantamento de informações sobre a dieta habitual. Resultados: Acerca do consumo de bebidas alcoólicas e suas possíveis correlações, observou-se a participação da cerveja com um consumo semanal representativo em meio aos indivíduos do sexo masculino (34,1%), com primeiro grau incompleto (40%), renda familiar estimada entre 1 e 3 salários mínimos (30%) e moradores da Zona Norte (33,3%) do município do Rio de Janeiro. O perfil sociodemográfico de indivíduos que fazem consumo diário de cerveja mostra que a escolaridade exerce influência sobre as decisões de consumo desses indivíduos, uma vez que os que possuíam mais anos de estudo abdicavam, em sua maioria, desse hábito, onde é possível inferir que há um maior grau de apropriação do conhecimento acerca dos efeitos adversos gerados pelo consumo de álcool durante o tratamento com a terapia antirretroviral. Conclusão: Diante de tais resultados, fica clara a necessidade da criação de um espaço de diálogo em que se destaque a Educação Alimentar e Nutricional (EAN), a fim de que esses indivíduos sejam aconselhados a cerca das adversidades do uso contínuo de bebidas alcoólicas e o que estas acarretam ao tratamento do HIV/AIDS, trazendo-os assim, ao papel de protagonistas do cuidado com a própria saúde

    Condições do domicílio e cobertura da Estratégia Saúde da Família no Brasil: uma comparação dos resultados da Pesquisa Nacional de Saúde 2013 e 2019

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    Objective: This study sought to evaluate the information regarding the characteristics of households and coverage of the Family Health Strategy (FHS), produced in the National Health Survey (NHS) and describe the changes that occurred in the period between 2013 and 2019. Methods: Information on households and FHS coverage from the two editions of the NHS (2013 and 2019) was used. Differences between the proportions found were assessed, related to the availability of basic supply and sanitation services, as well as the adequacy of the materials used in the construction of the home, and the distribution of the adequacy of the households and the coverage of the FHS according to regions and census situation. For the analysis, the complex sampling design was considered, and the t-test for independent samples was used to assess the statistical significance of the difference between the proportions found in 2013 and 2019. Results: Increases were observed in the percentage of households with adequate finishing, as well as in the percentage of households with piped water in at least one room, and with adequate basic sanitation (sewage and garbage). The FHS coverage also showed an increase in the period. Regional differences prevail and according to urban or rural situation of households. Conclusion: Despite the increases observed both in the adequacy of households, in the availability of basic services and water and sanitation supply and in access to primary health care, many challenges still persist, mainly to ensure that these services reach the most vulnerable places.Objetivo: Este estudo buscou avaliar as informações referentes às características dos domicílios e de cobertura da Estratégia Saúde da Família (ESF), produzidas na Pesquisa Nacional de Saúde e descrever as mudanças ocorridas no período entre 2013 e 2019. Métodos: Utilizou-se as informações sobre domicílios e sobre cobertura da ESF das duas edições da Pesquisa Nacional de Saúde (2013 e 2019). Avaliaram-se as diferenças entre as proporções encontradas nas duas edições, relacionadas à disponibilidade de serviços básicos de abastecimento e saneamento, bem como à adequação dos materiais utilizados na construção do domicílio, e a distribuição da adequação dos domicílios e da cobertura da ESF segundo regiões e situação censitária. Para a análise foi considerado o desenho complexo de amostragem, e utilizado o teste-t para amostras independentes para avaliar a significância estatística da diferença entre as proporções encontradas em 2013 e 2019. Resultados: Foram observados aumentos no percentual de domicílios com acabamento adequado, bem como no percentual de domicílios com água canalizada em pelo menos um cômodo, e com saneamento básico (esgoto e lixo) adequado. A cobertura da ESF também mostrou aumento no período. Prevalecem as diferenças regionais e segundo situação urbana ou rural dos domicílios. Conclusão: Apesar dos incrementos observados tanto na adequação do domicílios, quanto na disponibilidade de serviços básicos e abastecimento de água e saneamento e no acesso à assistência primária de saúde, muitos desafios ainda persistem, principalmente para garantir que estes serviços cheguem nos locais mais vulneráveis

    Aumento nas prevalências de obesidade entre 2013 e 2019 e fatores associados no Brasil

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    Objective: To investigate the variation of anthropometric indicators from 2013 to 2019 and the factors associated with obesity in Brazil, using information from the National Health Survey. Methods: Cross-sectional study with cluster sampling and simple random sampling in the three stages. Measurements of weight and height among participants in 2013 (n=59,592) and in 2019 (n=6.672) were used. Differences in obesity prevalence were tested by Student's t test for independent samples. To identify the sociodemographic factors and health problems associated with obesity, we used Poisson regression models with robust variance and crude and age-adjusted prevalence ratios (PR) to test the associations.  Results: From 2013 to 2019, prevalence of obesity increased significantly, from 20.8% to 25.9%. Among men, the greatest increases were found in the 40-59 age group (9.1%) and in the median income category (8.3%). Among women, the greatest rises were found among those with low education (8.7%) and non-white ones (6.0%). For both males and females, factors associated with obesity were age, to live with a partner, level of instruction directly associated among men, and inversely associated among women. In 2019, for males, the crude and adjusted PRs were significant for high cholesterol, high blood pressure and at least one chronic non-communicable disease (NCD) and, for females, for poor self-rated health, high blood pressure, diabetes, and at least one NCD. Conclusion: It is necessary to implement intersectoral policies to promote changes in eating habits and encourage the practice of physical activity, taking into account economic, social, cultural, and environmental aspects.Objetivo: Investigar as variações de indicadores antropométricos entre 2013 e 2019 e os fatores associados à obesidade no Brasil, utilizando as informações da Pesquisa Nacional de Saúde. Métodos: Estudo transversal com amostra por conglomerados e seleção aleatória simples nos 3 estágios. Foram usadas as medidas aferidas de peso e altura em 2013 (n=59.592) e em 2019 (n=6.672). As diferenças nas prevalências de obesidade entre 2013 e 2019 foram testadas pelo teste t de Student para amostras independentes. Para identificar os fatores sociodemográficos e problemas de saúde associados à obesidade, foram usados modelos de regressão de Poisson com variância robusta e razões de prevalência (RP) brutas e ajustadas por faixa etária para testar as associações. Resultados: De 2013 a 2019, a prevalência de obesidade aumentou significativamente, de 20,8% para 25,9%.  Entre os homens, os maiores aumentos ocorreram no grupo etário 40-59 anos (9,1%) e faixa de renda mediana (8,3%) e, entre as mulheres de baixa escolaridade (8,7%) e não brancas (6,0%).  Para ambos os sexos, os fatores associados à obesidade foram idade, viver com companheiro e escolaridade, diretamente entre homens e inversamente entre mulheres. Em 2019, para o sexo masculino, as RP brutas e ajustadas foram significativas para colesterol alto, hipertensão arterial e alguma doença crônica não transmissível (DCNT) e, para o feminino, para autoavaliação de saúde não boa, hipertensão arterial, diabetes, alguma DCNT. Conclusão: É preciso implementar políticas intersetoriais para promover mudanças nos hábitos de alimentação e incentivar a prática de atividade física, levando em consideração os aspectos econômicos, sociais, culturais e ambientais.&nbsp

    Adults at high-risk of severe coronavirus disease-2019 (Covid-19) in Brazil

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    OBJECTIVE: To estimate the proportion and total number of the general adult population who may be at higher risk of severe Covid-19 in Brazil. METHODS: We included 51,770 participants from a nationally representative, household-based health survey (PNS) conducted in Brazil. We estimated the proportion and number of adults (≥ 18 years) at risk of severe Covid-19 by sex, educational level, race/ethnicity, and state based on the presence of one or more of the following risk factors: age ≥ 65 years or medical diagnosis of cardiovascular disease, diabetes, hypertension, chronic respiratory disease, cancer, stroke, chronic kidney disease and moderate to severe asthma, smoking status, and obesity. RESULTS: Adults at risk of severe Covid-19 in Brazil varied from 34.0% (53 million) to 54.5% (86 million) nationwide. Less-educated adults present a 2-fold higher prevalence of risk factors compared to university graduated. We found no differences by sex and race/ethnicity. São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, and Rio Grande do Sul were the most vulnerable states in absolute and relative terms of adults at risk. CONCLUSIONS: Proportion and total number of adults at risk of severe Covid-19 are high in Brazil, with wide variation across states and adult subgroups. These findings should be considered while designing and implementing prevention measures in Brazil. We argue that these results support broad social isolation measures, particularly when testing capacity for SARS-CoV-2 is limited

    Infecção pelo HIV durante a gestação: estudo-Sentinela Parturiente, Brasil, 2002

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    OBJECTIVE: To evaluate the actual coverage of HIV infection detection during pregnancy at national level. METHODS: The actual coverage of HIV testing during pregnancy was defined as the proportion of women who attended prenatal care visits (at least one visit), ordering HIV testing and knowledge of test result before delivery. The coverage was estimated by sampling procedures based on the 2002 Sentinel Surveillance Study data. Actual coverage Inequalities were assessed by: country regions; population size of the municipality where delivery took place; and mother's schooling. RESULTS: The actual coverage of HIV testing during pregnancy was 52%. Huge sociogeographic inequalities are seen between the Northeastern (24%) and Southern regions (72%); illiterate mothers (19%) and those with complete basic education (64%); mothers who delivered in small municipalities (36%) and those who delivered in municipalities with more than 500,000 inhabitants (66%). Ministry of Health recommendations were fully followed by only 27% pregnant women. CONCLUSIONS: The study results show a need for actions aiming at increasing HIV detection coverage during pregnancy, and indicate that HIV/STD programs should be intensified with joint strategies between the National AIDS Program and infant-maternal programs.OBJETIVO: Avaliar a cobertura efetiva da detecção da infecção pelo HIV durante a gestação, em âmbito nacional. MÉTODOS: A cobertura efetiva do teste de HIV na gestação foi definida como a proporção de gestantes que teve atendimento pré-natal (pelo menos uma consulta), pedido de teste de HIV e conhecimento do resultado antes do parto, sendo estimada por processo de amostragem, utilizando-se as informações coletadas no Estudo-Sentinela Parturiente, 2002. As desigualdades da cobertura efetiva foram analisadas por: grande região; tamanho populacional do município de ocorrência do parto; e grau de instrução da mãe. RESULTADOS: A cobertura efetiva do teste de HIV durante a gestação foi estimada em 52%. As enormes desigualdades socioespaciais ficaram evidenciadas na comparação entre as regiões Nordeste (24%) e Sul (72%); entre parturientes analfabetas (19%) com as que têm o ensino fundamental completo (64%); entre as que realizaram o parto em municípios pequenos (36%) com as que o realizaram em municípios com mais de 500 mil habitantes (66%). As recomendações do Ministério da Saúde foram atendidas, completamente, por somente 27% parturientes. CONCLUSÕES: Os resultados estabelecem a necessidade de haver medidas voltadas para maior cobertura da detecção do HIV na gestação, e indicam que os programas do Programa Nacional de DST e Aids e os programas de saúde da mulher devem ser intensificados, com estratégias conjuntas entre eles

    Papanicolaou test in Brazil: analysis of the National Health Survey of 2013 and 2019

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    OBJETIVOS: Comparar a cobertura do rastreamento do câncer de colo do útero no Brasil em 2013 e 2019, investigar os fatores associados à realização do exame e os motivos informados para não ter realizado, além de comparar o tempo do recebimento do resultado do exame no SUS e na rede privada. MÉTODOS: A partir de dados da Pesquisa Nacional de Saúde (PNS) foram calculadas as prevalências e os respectivos intervalos de confiança de realização do exame preventivo do câncer do colo do útero há menos de três anos, em mulheres de 25 a 64 anos, em 2013 e 2019. Modelos de regressão de Poisson foram utilizados para comparar as prevalências do desfecho segundo características sociodemográficas. Também foram analisados os motivos para não ter feito o exame e o tempo entre a realização e o recebimento do laudo. RESULTADOS: Houve aumento na cobertura do exame preventivo no Brasil entre 2013 (78,7%) e 2019 (81,3%) e redução na proporção de mulheres que nunca fizeram o exame de 9,7% para 6,1%. A prevalência de realização do exame foi maior em mulheres brancas, melhor escolaridade e renda mais alta, residentes nas regiões Sul e Sudeste. Os motivos mais frequentes para não realizar o exame foram achar desnecessário (45% em 2013 e em 2019) e nunca ter sido orientada a fazê-lo (20,6% em 2013 e 14,8% em 2019). CONCLUSÕES: Apesar das elevadas coberturas de rastreamento alcançadas pelo país, há grande desigualdade no acesso ao exame, e uma parcela não desprezível de mulheres está sob maior risco de morrer por uma doença que pode ser evitada. Esforços devem ser feitos para a estruturação de um programa de rastreamento organizado que identifique e capte as mulheres mais vulneráveis.OBJECTIVES: To compare the coverage of cervical cancer screening in Brazil in 2013 and 2019, investigating the factors associated with having the test performed and the reasons given for not doing it. Additionally, a comparison is made concerning the time taken to receive the test result in SUS (Sistema Único de Saúde) and in the private health services. METHODS: Using data from the National Health Survey (Pesquisa Nacional de Saúde - PNS), prevalence rates and corresponding confidence intervals were calculated to determine the frequency of recent cervical cancer screenings among women aged between 25 and 64 years old in Brazil, for both 2013 and 2019. Poisson regression models were employed to compare the prevalence of the outcome according to sociodemographic characteristics. The reasons for not having the test and the time between performing and receiving the result were also analyzed. RESULTS: The findings revealed an increase in the coverage of preventive cervical cancer exams in Brazil from 78.7% in 2013 to 81.3% in 2019. Additionally, there was a decline in the proportion of women who had never undergone the exam, from 9.7% to 6.1%. Prevalence of test uptake was higher among white women, those with higher levels of education and income, and those residing in the South and Southeast regions of the country. The most commonly cited reasons for not taking the test were the impression it was unnecessary (45% in both 2013 and 2019) and never having been asked to undergo the test (20.6% in 2013 and 14.8% in 2019). CONCLUSIONS: Despite the high coverage of screening achieved in the country, there is great inequality in access to the test, and a non-negligible number of women are at greater risk of dying from a preventable disease. Efforts must be made to structure an organized screening program that identifies and captures the most vulnerable women

    Adoção dos comportamentos saudáveis e recomendações recebidas nos atendimentos de saúde entre hipertensos e diabéticos no Brasil, 2019

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    Objective: To estimate prevalence of healthy behaviors among individuals aged 30 years or over diagnosed with arterial hypertension (AH) and diabetes mellitus (DM) using information from the National Health Survey, 2019. Methods: Cross-sectional study with cluster sampling and simple random sampling in three stages. Individuals were aggregated according to have AH; AH only; DM; DM only; AH and DM only; without chronic non-communicable disease (NCD). Poisson regression models and crude and adjusted prevalence ratios (PR) for sex, age group, and educational level were used. The proportions of recommendations received among AH and DM patients were estimated by type of care (public/private). Results: A total of 69285 individuals aged 30 years or older was analyzed. Compared to individuals without NCD, prevalence of consumption of fruits and vegetables ≥5 days a week was significantly higher among AH individuals (39.9%; 95%CI 38.8-41.0%) and DM individuals (42.8%; 95%CI 40.7-44.9%). However, estimates of not having consumed ultra-processed food were low, 19.7% (95%CI 18.9-20.6%) and 21.9% (95%CI:20, 3-23.5%), respectively. Prevalence of not smoking reached values ​​close to 90% and significant PRs, while the practice of physical activity had levels below 30% and non-significant PRs. The proportions of healthy eating recommendations reached 90% but were close to 70% for not smoking. Conclusions: It is necessary to encourage the practice of healthy lifestyles and provide information about the benefits of physical activity and the harmful effects of unhealthy eating for well-being and aging with qualityObjetivo: Estimar as prevalências dos comportamentos saudáveis entre os indivíduos de 30 anos ou mais com diagnóstico de hipertensão arterial (HA) e diabetes mellitus (DM) utilizando as informações da Pesquisa Nacional de Saúde, 2019. Métodos: Estudo corte-transversal com amostragem por conglomerados e amostra aleatória simples nos três estágios. Os indivíduos foram agregados segundo ter HA; apenas HA; DM; apenas DM; apenas HA e DM; sem doença crônica não transmissível (DCNT). Foram utilizados modelos de regressão de Poisson e razões de prevalências (RP) brutas e ajustadas por sexo, grupo de idade, e grau de escolaridade. As proporções de recomendações recebidas entre os hipertensos e diabéticos foram estimadas por tipo de atendimento (público/privado). Resultados: Foram analisados 69285 indivíduos com 30 anos ou mais. Comparados aos indivíduos sem DCNT, as prevalências de consumo de frutas e hortaliças ≥5 dias na semana foram significativamente maiores entre os hipertensos (39,9%; IC95% 38,8-41,0%) e diabéticos (42,8%; IC95% 40,7-44,9%). Contudo, as de não ter consumido alimento ultraprocessado foram baixas, 19,7% (IC95% 18,9-20,6%) e 21,9% (IC95%:20,3-23,5%), respectivamente. As prevalências de não fumar alcançaram valores próximos a 90% e RP significativas enquanto a prática de atividade física teve níveis inferiores a 30% e RP não significativas. As proporções de recomendações recebidas de alimentação saudável alcançaram 90%, mas foram próximas a 70% para não fumar. Conclusões:    É preciso estimular a prática dos estilos de vida saudáveis e prover informações sobre os benefícios da atividade física e os efeitos nocivos da alimentação não saudável para o bem-estar e envelhecimento com qualidade

    O consumo de bebidas alcóolicas entre adolescentes durante a pandemia do Covid 19, Convid Adolescentes - Pesquisa de Comportamentos

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    Objective: To describe the prevalence of alcohol consumption before and during the Covid 19 pandemic and to analyze the factors associated with this behavior during the period of social distancing in Brazilian adolescents. Methods: Cross-sectional study, using data from the Convid Adolescents survey, carried out via the web between June and September 2020. The prevalence of alcohol consumption before and during the pandemic and association with sociodemographic variables, mental health, lifestyles was estimated. A logistic regression model was used to assess associated factors. Results: 9,470 adolescents were evaluated. Alcohol consumption decreased from 17.70% (95%CI: 16.64;18.85) before the pandemic to 12.80% (95%CI: 11.85;13.76) during the pandemic. Higher alcohol consumption was associated with the age group of 16 and 17 years (OR=2.9;1.08-1.53), living in the South region (OR=1.82;1.46;2.27) and Southeast (OR=1.33;1.05;1.69), having 03 or more close friends (OR=1.78;1.25;2.53), reporting worsening sleep problems during the pandemic (OR=;1.59;1.20;2.11), feeling sad sometimes and always (OR=2.27;1.70;3.05), always irritated, being a smoker (OR=13, 74;8.63;21.87) and passive smoking (OR=1.76;1.42;2.19) were associated with higher alcohol consumption. Adherence to the restriction in a very strict way was associated with lower alcohol consumption (OR=0.40;0.32;0.49). Conclusions: The pandemic caused by Covid 19 led to a decrease in the consumption of alcoholic beverages by Brazilian adolescents, being influenced by sociodemographic and mental health factors, adherence to social restriction measures and lifestyle. It is necessary to involve managers, educators, family and society in the articulation of Public Policies for the prevention of alcohol consumption.Objetivo: Descrever as prevalências de consumo de bebidas alcoólicas antes e durante a pandemia de Covid 19 e analisar os fatores associados a esse comportamento durante o período de distanciamento social em adolescentes brasileiros. Métodos: Estudo transversal, utilizando os dados da pesquisa Convid Adolescentes, realizada via web entre junho e setembro de 2020. Foi estimada a prevalência do consumo de álcool antes e durante a pandemia e associação com variáveis sociodemográficas, saúde mental, estilos de vida. Foi utilizado modelo de regressão logística para avaliar os fatores associados. Resultados: Foram avaliados 9.470 adolescentes. O consumo de bebida alcoólica reduziu de 17,70% (IC95%: 16,64;18,85) antes da pandemia, para 12,80% (IC95%: 11,85;13,76) durante a pandemia. O maior consumo de álcool esteve associado a faixa etária de 16 e 17 anos (OR=2,9;1,08-1,53), morar na região Sul (OR=1,82;1,46;2,27) e Sudeste (OR=1,33;1,05;1,69), ter 03 ou mais amigos próximos (OR=1,78;1,25;2,53), relatar piora dos problemas de sono durante a pandemia (OR=;1,59;1,20;2,11), sentir-se triste às vezes e sempre (OR=2,27;1,70;3,05), irritado sempre, ser fumante (OR=13,74;8,63;21,87) e fumante passivo (OR=1,76;1,42;2,19) se associaram ao maior consumo de álcool. A adesão à restrição de forma muito rigorosa associou-se ao menor consumo de álcool (OR=0,40;0,32;0,49). Conclusões: A pandemia causada pela Covid 19 levou à diminuição no consumo de bebidas alcóolicas pelos adolescentes brasileiros, sendo influenciada por fatores sociodemográficos, de saúde mental, adesão as medidas de restrição social e estilo de vida. Faz-se necessário o envolvimento de gestores, educadores, família e sociedade na articulação de Políticas Públicas para prevenção do consumo de álcool
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